quinta-feira, 8 de maio de 2014

Putin suspende o "referendo" na Ukraina
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 08.09.2014

Os separatistas de Donetsk recusam-se transferir a data sobre o "referendo" marcado para 11 de maio. 

O serviço de Segurança da Ukraina (SBU) revelou a preparação e coordenação da Rússia para realização do "referendo" quanto a criação da "República Popular de Donetsk", com resultados previamente conhecidos.

Como se sabe, Putin, na quarta-feira após reunião com o presidente da Suiça e da OSCE (Organização para Segurança  e Cooperação na Europa) Didier Burhalteron, explicou a realização das eleições na Ukraina como "movimento na direção certa". Contra as quais, anteriormente, ele estava contra. E também pediu a transferência do "referendo".
O chamamento de Putin aos apoiantes da federalização no leste da Ukraina - transferir o "referendo - surpreendeu os próprios separatistas e especialistas internacionais.

Presidente da Rússia - Putin
Segundo Carl Bildt, ministro das Relações Exteriores da Suécia: "Certo referendo fabricado no leste da Ukraina, a realizar-se no dia 11 de maio, foi parte da desestabilização. Foi bom que Moscou se recusou dele".

Mas o professor dos estudos militares do King College, em Londres, Lawrence Freedman observou que "relaxar é cedo, e da sinceridade de Putin ainda é preciso convencer-se.

"As declarações de Putin sobre a necessidade de transferir o "referendo" no leste da Ukraina e o reconhecimento das planejadas eleições por Kyiv é astúcia. O presidente da Rússia não abandonou o seu objetivo estratégico para destruir Ukraina".
Este pensamento foi dito pelo analista russo Stanislav Bielkovskyi à Radio Svoboda. 

Já o politólogo ukrainiano Yurii Ruban considera que o dono do Kremlin convenceu-se da impossibilidade da implantação no Donbass do "cenário da Criméia", e foi forçado a reagir à pressão do Ocidente. "É claro que os separatistas são generosamente abastecidos com armas, é claro que há um canal para o seu financiamento. Mas grande entusiasmo entre a população não há. É claro, que a própria idéia de um "referendo" prevista para 11 de maio se transformou em uma paródia", - considerou ele.

"É claro que os separatistas são generosamente abastecidos com armas, é claro que há um canal para o seu financiamento. Mas grande entusiasmo entre a população não há. É claro que a própria idéia de um "referendo" previsto para 11 de maio se transformou em uma paródia", - considerou ele.

Enquanto isso, o chefe do governo ukrainiano Arsenii Yatseniuk propôs ao líder russo "não negociar o ar". 
"Vladimir Vladimirovich, o Senhor, como presidente de um grande país, não deve negociar ar. Se Rússia pede para transferir um tal referendo de 11 de maio, então é preciso pedir para informarem o presidente russo, que na Ukraina nenhum "referendo" foi planejado para realizar-se no dia 11 de maio. E, se os separatistas e terroristas, que apoiam a Rússia receberam comando para adiar aquilo, que não foi planejado, então isto são suas próprias elaborações", - disse Yatseniuk.

Tradução: O. Kowaltschuk

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