domingo, 11 de maio de 2014


Notícias do "referendo" - 11.05.2014
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana)

No Donbass - "referendo" dos separatistas sob a mira das pistolas. 

 A votação sobre o estado da região começou às 8:00 horas, organizado por separatistas armados. Consta de uma única pergunta - se apóia você o ato de independência do Estado da República Popular de Donetsk" (Que é auto-proclamada pela decisão dos separatistas).

A edição russa pró-Kremlin "Ria Novosti" informa que próximo ao prédio do "Centro-eleitoral da República Popular de Donetsk" foi reforçada a guarda dos combatentes do auto-proclamado Estado da República de Donetsk, parte deles com armas automáticas.

E, apesar de Putin ter convocado os separatistas para transferir o "referendo", em Moscou, nas instalações do Fundo Eslavo de Literatura e Cultura também organizaram uma seção eleitoral para os moradores de Donbass e Luhansk.
Eleição em Gorlivka. Foto de Olga Ivshyna.
Os desejosos "votaram" ilegalmente em Donetsk. Foto Alex Tomosin.
No entanto, a publicação "Novidades de Donbass" escreveu: Em Donetsk as pessoas não sabem aonde votar, e a maioria nem planeja..

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Os separatistas de Donbass mostram os "milagres do comparecimento": 65% dos eleitores votaram até às 12:00 horas em Luhansk. Em Donetsk, até às 11h20min votaram 30%.
Os boletins começaram a ser entregues ainda na quinta-feira. Eles não tem nenhum controle de proteção.
Nas seções de votação uma pessoa pode votar por várias pessoas ao mesmo tempo.
A Comissão Central Eleitoral e o SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) fecharam o acesso ao registro de dados dos eleitores no Donbass já há algumas semanas, então onde é que os separatistas conseguiram os dados sobre os eleitores é desconhecido.

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Não é em todos os locais que abrem as portas para votação dos separatistas. Em Artemivsk, das 40 seções abriram apenas 14. Todas as escolas se recusaram. O prefeito proibiu a realização na cidade. Então usam alguns escritórios, Palácio da Cultura...

Em Gorlivka, o reitor da Universidade também não permitiu.

Em Krasnoarmiisk como o governo local não cedeu instalações, seus organizadores armaram uma tenda no mercado local, onde pode votar qualquer pessoa, em qualquer quantidade..

Os dirigentes das empresas comunais conduzem as pessoas para votação.

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Em Kramatorsk os terroristas apoderaram-se dos funcionários do aeroporto. À noite eles pegaram o chefe do aeroporto e três funcionárias. Uma das mulheres depois dispensaram. Ela voltou com uma costela quebrada, cabelos arrancados e concussão cerebral, avisa Tymchuk, dirigente do centro de investigação político-militar. (Mais um ato de "ternura" revolucionária - OK). O destino dos outros sequestrados é desconhecido. Informação confirmada pela publicação News of Donbass.

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Os terroristas roubaram o Museu de Libertação de Donbass, em Donetsk. Eles vieram armados e exigiram as armas da Segunda Guerra Mundial mantidas no museu como exposição.
"Sob ameaças os funcionários foram obrigados entregar as armas" - diz o jornal News of Donbass.
Anteriormente os terroristas de Donbass saquearam lojas de armas e de brinquedos.
Nos últimos dias na região, especialmente em Mariupol, os saques tornaram-se mais frequentes.
(O Ministério de Defesa refere-se a vários tipos de armas usadas pelos extremistas cuja procedência não é fabricada na Ukraina. As descrições são técnicas cuja tradução necessita conhecimento técnico, o que não está a meu alcance. - OK)

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Ukraina vai contar os metros cúbicos da água do Dnieper entregue a Criméia. Na região de Kherson realiza-se a construção do ponto de abastecimento de água retirada do canal, não autorizada pelas autoridades auto-proclamadas da Criméia.
Na península a situação com abastecimento da água tornou-se crítica, especialmente com a irrigação de terras agrícolas.

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O cenário da tragédia de Odessa desenvolveram as pessoas do ex-presidente Yanukovych, segundo vice-governadora Zoia Kazanzhi afirmou em entrevista à "Novaya Gazeta".
"Isto fizeram as pessoas da "família" Yanukovych, de acordo com o seu plano de retorno ao trono. Pela boca de Oleg Tsariov o bando já anunciou que para um novo país é suficiente 8 regiões (províncias), isto será "Nova Rússia".
De acordo com suas palavras, contando quanto dinheiro retiraram do país, a Viktor Yanukovych e pessoas próximas a ele, único que lhes falta é - seu território.
"Vocês pensam que alguém na Rússia estaria desperdiçando dinheiro para que Odessa enlouquecesse, Donetsk, outras regiões? Yanukovych tem dinheiro e ele gasta, investe em seu retorno..." disse a vice-governadora, mas observou que Putin apoia Yanukovych, porquanto ele constrói a Grande Rússia", mas quem paga as contas é o ex-presidente.

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Em Kramatorsk vieram militares do batalhão "Dnipró" da Guarda Nacional. Eles tomaram sob sua proteção o Conselho Municipal e a milícia. Os organizadores do "referendo" fecharam praticamente todos os pontos de votação. Dizem que foram pressionados pela Guarda Nacional. Os combatentes recolheram os boletins e as listas dos votantes.
No local ficaram uns 100 apoiantes da República Popular de Donetsk dispostos a defender seus ideais até o fim.
Por sua vez o vice-chefe da Administração Estatal Regional (ODA) Gennady Korban avisa que o batalhão de voluntários do Ministério de Assuntos Internos da Ukraina "Dnipró", batalhão da Defesa Territorial de Dnipropetrovsk, e destacamentos de comando operacional "Sul" em 11 de maio começam o patrulhamento dos territórios de Donetsk: Krasnoarmiisk,Dobropoly, Velykonovosilsk, Oleksandrivsk, - "para lutar com saques em massa, assassinatos e sequestros de pessoas".

A introdução do batalhão, de acordo com Korban, foi realizada "a pedido dos moradores da região de Donetsk, por causa da fuga e esquiva do cumprimento dos deveres de seu cargo por alguns funcionários dos governos locais e agências de aplicação da lei.

"O objetivo da operação" - apoio a ordem legal, neutralização dos saqueadores, bandidos e criminosos. Pede-se aos moradores de Donetsk contribuir com os patriotas de Dnipropetrovsk" - disse Korban.

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Parte de veículos blindados russos estacionados próximo a fronteira com Ukraina está pintada com a gama das cores da força de paz da ONU, declarou em entrevista o presidente da Administração Presidencial Serhii Pashynskyi, respondendo à pergunta se sabiam das intenções da Rússia  de introduzir os pacificadores da ONU em razão dos resultados do "referendo" em Donbass.
Pashynskyi respondeu que as forças de paz podem ser inseridas apenas por uma decisão do Conselho de Segurança da ONU, "e tudo o mais - não serão pacificadores, mas ocupantes".

"Sim, realmente, no território da Federação Russa encontra-se uma coluna inteira de veículos blindados, pintados com as cores das Nações Unidas, realmente lá ainda estão unidades militares", - declarou ele.

"Portanto nós consideramos qualquer invasão como agressão militar e reagiremos a isto como a uma agressão militar", - sublinhou Pashynskyi.

Tradução: O. Kowaltschuk

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