quinta-feira, 28 de janeiro de 2016


Os verdadeiros problemas de Poroshenko apenas começam.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 26.01.2016
Gennady Stepanchuk


Por tudo será preciso pagar.

Yanukovych concentrou em suas mãos todo o poder. No momento decisivo esta plenitude transformou-se em pedra ao redor do pescoço - transferir sua responsabilidade não teve em quem.

Pelas atuais consequências frustradas da economia política, em primeiro lugar, com sua classificação, pagou Yatseniuk.
(Primeiro-ministro - OK) Embora a contribuição da AP (Administração Presidencial) e do Bloco Petro Poroshenko, para estas consequências não eram menores. No entanto, Poroshenko não esconde seu grande desejo de substituir Yatseniuk por seu protegido, muito desejado - Groisman.

Mas, se na esfera econômica, o presidente tem um temporário "para-raios" na aparência de Yatseniuk, então na esfera de segurança nacional e política externa, ele não terá com quem compartilhar a responsabilidade. Toda a avalanche das consequências de Minsk-2 ele terá de assumir pessoalmente.

Quanto mais o resultado prometido diferenciar-se da realidade - mais rápida e catastrófica será a queda do Olimpo. A agressividade e brutalidade dos métodos, com ajuda dos quais o presidente e seu comando tentam introduzir a posição do Minsk-2, para definitivamente amarrar seu destino político aos efeitos reais dessas posições.

Quanto mais o comando de Poroshenko acusa de traição os críticos do Minsk-2 - tanto maior será o estigma de traição deste comando, se a realidade confirmar a justeza da crítica.

Quanto mais o presidente ignorar os fatos, que lançaram sérias dúvidas sobre a veracidade de suas ações - mais evidente será a inadequação do próprio Poroshenko, se a realidade confirmar a importância desses fatos.

Quanto mais empolado for o quadro da vitória - mais fatais serão serão as consequências da vitória - mais fatais serão as consequências políticas, quando todos se convencerem do fantasioso dessa vitória.

Poroshenko deseja muito expandir sua autoridade e seu poder, e por isso, incansavelmente, cria a imagem de um líder sábio e decisivo. Mas ele não conseguiu compreender, que o não reconhecimento de erros não reforça tal imagem, mas a destrói.
E o acúmulo de erros não reconhecidos e não corrigidos eventualmente pode conduzir não só a perda da imagem heroica, mas também a perda prematura do poder.

Diante do Rubicão.

Poroshenko está diante do Rubicão. E, antes de atravessá-lo, lhe seria muito útil responder a questões, das quais depende o destino do país, e seu destino político.
Qual é a garantia, que após Putin cumprir as condições das autoridades ukrainianas - em "áreas especiais" não permanecerá um grande número de combatentes e grande quantidade de armas de pequeno calibre, mesmo oculta?
E, se nas áreas, permanecer um grande número de combatentes e suficiente quantidade de armas de pequeno calibre - então quantos habitantes ukrainianos de Donbas concordarão em arriscar suas vidas e apresentarão suas candidaturas para os órgãos do governo local.
Se os candidatos ukrainianos forem poucos - então qual será a composição local, com a qual Poroshenko pretende conduzir um diálogo válido, e com o qual deverá negociar quase todos os seus passos? Qual é a garantia, que "com o acordo com as autoridades locais" - na prática isto não significará "acordo com Vladimir Putin?" Dado que a manutenção destas áreas será cem por cento problema ukrainiano?

Qual é a garantia, que a face da paz após a realização de Minsk-2 - não será a mesma que a face da atual "trégua" com tiroteios regulares sobre os ukrainianos.

O que fará o governo ukrainiano, se após a implementação dos acordos de Minsk e retirada da Rússia as mais dolorosas sanções - Putin, seletivamente, cumprir os compromissos assinados? Informar a OSCE sobre "numerosas violações"?

Se tem valor as garantias de Merkel e Hollande - se o acontecido em Debal'tsevo Putin permitiu-se a ignorar impunemente?

Qual é a garantia de que a maioria dos militantes, em cujas mãos há sangue ukrainiano, não serão anistiados e não poderão ser representantes das autoridades locais, exceto talvez, os mais odiosos?

E, se garantias não há - então será que não perceberão isto os combatentes da ATO e seus familiares como escárnio sobre si e sobre a memória dos irmãos mortos?

Que consequências pode haver, se no país saturado de armas, dezenas de milhares de pessoas com experiências de combate decidirem, que foram brutalmente enganadas e usadas?

E isto no fundo, de todos conhecido estado sócio-econômico e cronicamente atrasados indicadores econômicos reais das previsões otimistas do poder.

Qual a garantia, que no futuro, outras regiões da Ukraina não vão exigir as mesmas "particularidades de auto-gestão? Se poderá ser tal garantia a fé pessoal do presidente e seu comando, de que isto "nunca acontecerá"?

A frota russa "Tchornomorska" também foi deixada na Criméia, temporariamente. E permaneceu em silêncio por muito tempo. Mas no terceiro ato, esta arma disparou.

O que determina as verdadeiras intenções de Putin: - declarações de Kremlin, com as quais podem facilmente manipular em qualquer direção, - ou a dupla cem por cento votação de deputados pró-Kremlin no Parlamento, cujos resultados
Vladimir Putin já não poderá mudar? Se se permitiriam os mencionados deputados, em composição completa votar duas vezes como Putin "muito não gostaria"? 

Se Putin esteve "extremamente insatisfeito" com a votação de 31.08.2015 - então por que após a votação ele, imediatamente, se acalmou e começou a seguir, observar as condições da trégua?

E este é o mesmo Putin, que em Debal'tsevo convincentemente provou, que ele não cessará enquanto não conseguir o que quer?! Lá, onde "no momento x" ele não recebeu o desejado, ele não conseguiu ser contido nem com a brutalidade da violação dos Acordos de Minsk, nem com enormes perdas.

A lista de questões não está esgotada. Mas, mesmo ela obriga a considerações sérias.
Mesmo assim já foram cometidos muitos erros.
Poroshenko não levantou a questão, que era obrigado levantar - sobre a inabalável correlação da questão dos russos na Ukraina com a questão dos direitos dos ukrainianos na Rússia.

Ele assumiu compromissos, que não tinha direito assumir - chefe do executivo não tinha nenhum direito dar a outros países a promessa de mudar a Constituição da Ukraina, especialmente durante uma guerra de fato.

O presidente ukrainiano não levou em conta, que tinha como oponente um trapaceiro. Mesmo quando à mesa, além de Poroshenko e Putin, havia Merkel e Hollande-isto criou grandes dificuldades. Mas estas dificuldades podem revelar-se apenas florzinhas, quando Minsk-2 for aplicado. - Poroshenko, de fato, ficará com Putin face a face. 

Medir sete vezes

Político inteligente tem a obrigação de calcular minuciosamente as diferentes variáveis que motivam as ações do adversário e, consequentemente, as diferentes variáveis do desenvolvimento dos acontecimentos. Se  equivocou-se Poroshenko que a variável "Nova Rússia" - é puro blefe de Putin? que isto era apenas um truque tático, a primeira tarefa da qual era assustar o presidente ukrainiano e forçá-lo a passar pelo "menor" dos males? Para evitar "Nova Rússia" - introduzir "particularidades de auto-governo".

A segunda tarefa foi sujar as mãos da maioria dos moradores de Donbas com sangue ukrainiano, para fazê-los dependentes de Putin mesmo na composição da Ukraina. O mesmo método, como nos bandos de assassinos para iniciantes.

Claro, Putin realmente queria propagar as "particularidades da autogestão", pelo menos em todo Donbas. quanto maior o território "particular" - tanto maior a influência sobre a economia e política ukrainiana. Inclusive por meio dos deputados do Parlamento ukrainiano, de territórios "especiais".

Mas o feito dos soldados ukrainianos, e voluntários, arruinou estes planos. E, assim que Poroshenko entrou no caminho certo para Putin - Kremlin começou "vazar" "Nova Rússia".

Se exatamente este cenário interpreta Putin - os verdadeiros problemas para Poroshenko, após as eleições no Donbas não acabarão, mas apenas começarão. Não foi para que Ukraina vivesse em paz e florescesse, que Kremlin realizou tais esforços. As mais dolorosas sanções à Rússia serão levantadas, o financiamento de áreas "especiais" Ukraina assumirá. Merkel e Hollande mover-se-ão a outros problemas. A guerra "hibrida" entrará na fase que praticamente não exigirá despesas financeiras da Rússia.

Esforços de Putin não se desperdiçarão em vão.

Isto já não será Abkhazia que se pendurou no pescoço da economia russa e com isto não dá possibilidades a Putin influenciar na situação política e econômica da Geórgia. "Áreas especiais" serão partes integrantes, por isto darão a Kremlin a alavanca de influenciar Ukraina.

Portanto, antes de aplicar táticas quebra-gelo no Parlamento, Petro Poroshenko deve pesar cuidadosamente as possíveis consequências de diferentes cenários. E perceber que a importância vital do tema condiciona a extraordinária responsabilidade do presidente Poroshenko

Responsabilidade pessoal

Viktor Yanukovych professava o princípio "tudo, o que eu não gosto - é mentira. E recebeu um resultado em conformidade. 

Se vale a Petro Poroshenko imitar o antecessor? 

Principalmente, porque a ele, antes da inauguração (antes de tomar posse - OK), houve aviso...
Gennady Stepanchuk, especialmente para Verdade Ukrainiana.

Sem progresso nos acordos de Minsk II, alterações na Constituição não haverá - Geraschenko.
ZN,UA (Espelho de domingo, Ukraina), 21.01.2016


A deputada Iryna Gerashchenko, autorizada pelo presidente à questão da solução pacífica da situação nos territórios ocupados de Donbas disse que: "A segunda leitura, quanto às mudanças da Constituição da Ukraina, só pode ocorrer no contexto de progressos e realizações de acordos de segurança de pontos humanitários dos Acordos de Minsk. e isto é a retirada das armas com verificação da OSCE e sua permissão ao acesso a todas as regiões ocupadas, retirada de tropas e técnicas e armas estrangeiras, e restauração do controle de fronteiras ukrainianas. Devem ser criadas todas as condições prévias e executados os itens humanitários".
Em sua opinião, "para iniciar a formulação de votação, às alterações constitucionais finais, é imperativo que Rússia e os militantes demonstrem progresso real na implementação do Minsk-2".

Gerashchenko observou que Ukraina cumpre todos os pontos dos acordos de Minsk-2. E, segundo ela, a tática dos militantes é "puxar o rabo do gato". Para cada proposta construtiva - zero de resposta concreta. "Na questão humanitária não conseguimos nenhuma resposta concreta à proposição de troca de mais de 50 pessoas, iniciadas por eles ainda em 06 de janeiro Não conseguimos nem a libertação de 25 pessoas, militares e civis, que têm problemas graves de saúde. Hoje, durante a reunião ouvimos: vamos, nós lhes daremos 17, e vocês entregarão 63..."

Os terroristas em Minsk manifestaram as suas fantasias quanto a reforma da Constituição da Ukraina.
Tyzhden.ua (Semana Ukrainiana), 27.01.2017

Durante a reunião do grupo de contato trilateral, para regularização da situação no Donbas, os representantes da "DNR" apresentaram seus próprios termos à Constituição da Ukraina, que foram rejeitados, disse o representante da Ukraina Roman Bezsmertnyi.  Ele confirmou que os representantes da "DNR" queriam, que a nível constitucional fosse consolidado uma quota da "DNR" no Parlamento Ukrainiano, para que tivessem direito de ajustar todas as leis adotadas e o direito do veto sobre todas as decisões constantes nas leis adotadas, inclusive políticas regionais e internacionais.
Além disso, "DNR" quer anistia completa de todos os envolvidos no conflito, incluindo"libertação do cativeiro dos soldados da "DNR" e operadores presos em Odessa, Kharkiv, Kyiv e outras cidades. Quer, mas os acordos nunca progridem porque  eles sempre querem trocas muito favoráveis a si. 

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

300 crianças de Piritch. Como o jogador croata organizou férias para as crianças da ATO
Ukrainska Pravda Jyttia (Verdade Ukrainiana Vida), 09.10.2015
Roxane Kasumov

Ivits Piritch - jogador de futebol croata, ex-jogador do "Arsenal" de Kyiv, e atualmente agente da FIFA, ao qual proibiram a entrada na Rússia.

"Eu tinha 13 anos quando a guerra começou em meu país... Eu compreendo muito bem o que as crianças sentem."
No verão de 2015 ele iniciou uma ação comunitária para as crianças de emigrantes da zona da ATO e soldados ukrainianos feridos: para crianças que sobreviveram os horrores da guerra, - às suas expensas organizou férias na praia, e para combatentes - reabilitação em centros especializados.

Sobre o dinheiro gasto Ivits Piritch categoricamente se recusa falar. Ele diz que a questão não é em dinheiro, mas no desejo de ajudar aos que, por causa da guerra estavam em uma terrível situação.

Mas a matemática é simples: o passeio mais barato para Croácia (sem refeições) custa 250 - 300 euros. Este verão, graças ao futebolista, que jogou seis anos no clube ukrainiano e se refere a Ukraina como segunda pátria, conseguiram descansar trezentas crianças. Para elas pagaram o deslocamento, o alojamento, três refeições diárias, excursões, reabilitação psicológica e seguro médico.

Piritch admite: ele mesmo não esperava poder ajudar um tão grande número de crianças da guerra. Ele se surpreende apenas com o fato de: por uma causa tão nobre por que ficou sozinho, embora tenha pedido apoio aos colegas jogadores.

Sobre o verão ukrainiano na Croácia Ivits Piritch falou com "Verdade Ukrainiana Vida".

- Ivits, como aconteceu que um grande jogador de futebol croata começou ocupar-se com ajuda às crianças da guerra do leste da Ukraina e com os soldados da isto?

- Eu sou croata, e em seu tempo nosso país viveu tempos tão difíceis como os que acontecem no seu Donbas, provavelmente, quase toda a nação croata hoje - ao lado da Ukraina.

As relações de amizade entre nossos países desenvolvem-se historicamente: foi Ukraina que tornou-se o primeiro país - membro da ONU, a reconhecer a independência da Croácia.

Quando eu tinha 13 anos, em nosso país desencadeou-se a guerra pela independência - isto foi em 1991. Então, vários milhares de patriotas desarmados começaram a defesa. O agressor estava tecnicamente pronto para guerra. Ela durou muito tempo, não foi somente uma etapa: nos bombardeavam do mar, da terra e do ar.

Nós sofremos pesadas perdas - morreram e desapareceram sem notícia 13.500 pessoas, inclusive crianças. Aquela guerra arruinou milhares de vidas, muitas crianças ficaram sem os pais, sem telhado sobre a cabeça.

Depois outros países nos ajudavam, levavam nossas crianças para reabilitação. Eu pessoalmente estive numa dessas viagens. Acredite, eu, na própria experiência me convenci, como isto é importante.

Cada grupo ficou na Croácia quase duas semanas. O futebolista conseguiu organizar férias para 30 crianças da Ukraina
Você sabe, as perdas na guerra da Croácia foram enormes - mas, talvez, ainda mais soldados terminaram a vida com suicídio quando ela findou, mais que morreram na frente. É muito importante trabalhar com eles, conversar, salvá-los através de técnicas psicológicas. Naquela época, nós não sabíamos. No entanto, hoje estes métodos já são conhecidos, nós temos muitos centros de reabilitação - portanto temos possibilidade ajudar os soldados ukrainianos.

Os croatas jamais esquecerão os países, que então nos deram a mão. Isto foi um verdadeiro empurrão para construção de uma nova vida. Como revelou-se - segundo os padrões europeus.

Eu estou convencido, que a Ukraina também virá o futuro europeu - depois da guerra. E o futuro - são seus filhos. Se lhes mostrar os procedimentos e a qualidade de vida da União Européia, então, seja o que for que lhes digam seus pais, aos quais possivelmente, impressiona a "grande Rússia", eles verão com seus próprios olhos e farão conclusões certas.

A maioria das crianças, que tiveram sorte de descansar, neste verão, na Croácia, nunca estiveram no exterior. E eles, realmente, ficaram impressionadas.

- Como você escolhia as crianças para ação humanitária?

- Mas eu não escolhia. Fui à liderança da "oblast" (análogo a Estado -OK) de Dnipropetrovsk, porque me disseram, que lá havia o maior número de migrantes, e comecei trabalhar com eles. Na verdade, tudo, o que dependia deles, eles fizeram. Depois vieram milhares de problemas, simultaneamente: burocracia, irresponsabilidade e assim por diante.

Imaginem: nós preparamos tudo, começamos o primeiro grupo de 150 crianças, através da administração do presidente da Ukraina, fizemos os passaportes - mas uma semana antes da viagem a pessoa, que havia prometido os ônibus, não respondia aos telefonemas... Tudo estava à beira de colapso...

Mas minha consciência me roía: afinal, fizemos todo o necessário - fizemos passaportes, providenciamos os vistos, compramos os bilhetes para o trem Dnipropetrovsk - Kyiv, e o principal - a criançada já estava sentada sobre as malas. Como você pode decepcioná-los?
Estas não são crianças de pais comuns - estas são crianças de pais falecidos ou soldados mutilados. São crianças que viram a guerra com próprios olhos e fugiam dela. São crianças que ficaram sem cuidados paternos, são órfãos.

E, na Ukraina, não se acharam ônibus para levá-las à Croácia para descanso e reabilitação?... Eu não consigo entender isso.

- Como você encontrou a saída da situação?

- Situações sem saída não existem. Bem, eu tenho conexões em todos os lugares, telefonei para todos... Em resumo, vieram três ônibus da Croácia, apesar de que foi extremamente difícil - é verão, a temporada turística em pleno andamento, e todos os ônibus - nas viagens européias, com motoristas.

- Meu amigo que é dono de uma empresa de turismo, sozinho sentou atrás do volante. Você pode imaginar isso? Sozinho senta-se ao volante e vem para Ukraina vazio, seguido por mais dois ônibus assim. Eles vem para Ukraina, nós ocupamos os ônibus na estação ferroviária central- e seguimos pela rota Kyiv - Chop.

A viagem foi planejada de modo que as crianças ainda conhecessem Hungria, mas as forças maiores, em parte, mudaram os gráficos. Na alfândega ukrainiana nós tivemos de passar 5 (cinco) horas! Os guardas de fronteira ukrainiana totalmente escarneceram de suas crianças ukrainianas: nossos passaportes verificavam e verificavam - como se dissessem, que nada sabiam sobre nenhuma missão humanitária. Na rua - 30 graus de calor, mas eles dizem: "Desliguem o motor, desliguem o ar...
Eu não estou acostumado com tal coisa. Se é essa a atitude com suas crianças, então o que fazem com estranhas. Na Croácia nós passamos em dois minutos.

Apesar de que a própria viagem estava cheia de emoções: as crianças, em três sentavam-se aos meu lado no ônibus, contavam suas histórias - e eu explicava como funcionava o futebol profissional.
Havia momentos, é claro, muito difíceis: um menino, ainda não percebendo, que para sempre perdeu o pai, planejava, depois de retornar à Ukraina, jogar futebol com ele... E ainda escarnecem das crianças na fronteira. Triste.

Chegamos em Split, apenas às duas da madrugada, muito cansados.

- Que programa esperava lá as crianças da área ATO? E quem cuidava delas? Porque tantas crianças - é sempre 
"perigoso-traumático" e de muita responsabilidade...

Nós fornecemos tudo para eles - permanência em boas condições na praia, três refeições com frutas intermediárias, auxílio psicológico e médico. Nós organizamos torneios de futebol com jovens croatas. As crianças tinham programação clara, com a qual viviam.
Também com eles vieram conselheiros, que atentamente os seguiam. Cada grupo permaneceu lá quase duas semanas: o primeiro, no início do verão, - 12 dias, o segundo, que foi em agosto, 14 dias.

No geral, eu consegui organizar férias para 300 crianças. Embora no começo eu pensei, que assumiria 30 - 50. Eu comecei telefonar para meus amigos, eles prometeram se juntar, portanto, nós levamos mais. Mas as pessoas, que prometeram, infelizmente, no momento decisivo, falharam.
No entanto, eu não liguei pedindo colaboração a nenhum empresário, a nenhum político.
Eu fiz isto e continuarei fazendo. Apesar de que eu não entendo, porque ninguém apoia um trabalho tão necessário.

Em gratidão as crianças desenhavam seu novo amigo.
- Você - agente de futebol da Fifa, no passado - jogador. Você pediu apoio a seus colegas jogadores? 

- Descobri que eles não estavam interessados. Falava com jogadores e funcionários, mas sem sucesso. E eu não tenho resposta por que isto aconteceu.  Embora, hoje, um ou outro jogador visita um soldado ferido, fotografa-se com ele, diz boas palavras - e vai embora. Nas, só com boas palavras viver não é possível. Ao soldado na frente a vida será mais fácil, quando souber, que à sua esposa e sua criança alguém ajuda, que eles tem alguns trocados.
Eu não compreendo - por que não criar um fundo de ajuda às crianças a partir dos jogadores? Pode-se publicar histórias das crianças, e os jogadores podem ajudar uma criança em particular, ou a um soldado...
Eu não queria pegar dinheiro de ninguém, dizia: "Darei o número do hotel, pagamento, por favor, alojamento e alimentação para 50 crianças". Tudo, mais nada não precisava fazer. Para jogadores não é muito dinheiro.
Espero que os jogadores do "Dínamo", ou do "Dnieper" ou de outros clubes leiam este material, e lhes seja embaraçoso, e alguém levantará esta questão no vestiário,

Como um ex-jogador, eu sei como isto acontece. O capitão sempre dá as suas instruções aos jogadores. Eles, digamos, podem começar a transferir de seu salário uma certa quantia para as necessidades dos combatentes da ATO, ou das crianças da guerra - seja mil, ou 500 dólares. Os jogadores recebem 50 ou 100 mil dólares por mês,- isto para eles é mínimo. Mas, no final juntar-se uma quantia significativa.
E isto será uma verdadeira manifestação de patriotismo - e não fotos no hospital, ou palavras que "nós jogamos pelos combatentes da ATO".
Cartas de agradecimento das crianças.
Eu, honestamente, não posso compreender a indiferença para com um problema tão grande. Assim eu lancei o projeto, organizei uma conferência de imprensa em Split, - eu telefonei para Artem Milevskyi, o qual veio jogar à Croácia, e convidei-o, como visitante e como pessoa pública para uma conversa com jornalistas. Mas ele recusou, disse que não estava interessado.
Simplesmente se recusou a vir. Isto não se encaixa na minha cabeça.
Que ele seja bielorrusso - mas Ukraina lhe deu tudo, aqui ele se tornou jogador de futebol, jogou pela equipe nacional! Eu também sou agradecido a Ukraina - de 2003 a 2007 joguei no "Arsenal" de Kyiv, ganhei dinheiro, soube assegurar a mim e a minha família. E, é preciso compreender: quando o país está na extrema necessidade, é indispensável você fazer uma contribuição social.
Na verdade, organizar descanso para 300 crianças durante o verão - é uma quantidade muito significativa, especialmente porque eu não sou milionário, mas um homem comum. Posso dizer, que essa missão humanitária poderia até não haver, se não fosse a ajuda do Embaixador da Ukraina na Croácia Alexander Levchenko. Ele fez muito por nós.
Para mim este é um exemplo de Embaixador que trabalha por seu país.

- Você mantém contato com as crianças que viajaram em férias para Croácia?

- Eles tem meu número de contato, e se eles têm quaisquer problemas, eles sempre podem recorrer a mim. Depois da viagem eles escreveram muitas cartas com palavras de gratidão. Alguns estão sempre comigo, em meu telefone. Você sabe, as crianças sempre escrevem com o coração, e suas palavras inspiram para continuar o trabalho.
Quando no meu país houve guerra, eu tinha a idade deles. - Eu também não tinha noção de toda a tragédia, pensava: é bom não irmos à escola... Mas, rapidamente tal "meia-vida" cansou, queria sair dos porões, queria que a guerra terminasse. sinceramente quero ajudá-los. E quero que ajudem todos aqueles que têm possibilidades.
- Na verdade, será melhor, se no próximo verão viajarem duas ou três mil crianças.
- Na frente temos os feridos do Ano Novo. Não quero que as crianças fiquem tristes.
- Realmente telefonou-me um conhecido, disse que está pronto para acomodar 50 crianças gratuitamente. Imaginem: croata, que apenas ouviu a história, - desejou juntar-se e ao boom turístico emprestar a sua pensão às crianças do leste da Ukraina. Isto significa que nem tudo está perdido, que as pessoas aprovam a iniciativa, e que haverá mais apoio.

- E sobre a reabilitação dos lutadores? Planeja trabalhar neste sentido?
- Depois da guerra na Croácia apareceram centos de reabilitação: alguns localizam-se no litoral, alguns próximo da capital, Zagreb. Lá existe possibilidade real para curar os soldados ukrainianos.
Até agora, da Ukraina, através do Ministério da Saúde, enviaram apenas oito soldados. Entre eles Alexander Makeyenko - o único que sobreviveu ao acidente de helicóptero em Slovyansk, em maio de 2014 (Então, entre onze mortos havia também o major-general Sergey Kulchytky - autor).
Eu ajudei, pessoalmente, no local. Como eu já disse, toda Croácia etá do lado da Ukraina. Nós ajudamos e vamos continuar fazer isto.
Pessoalmente, eu sempre lembrarei este verão, dois enérgicos irmãos-gêmeos, de cujas travessuras todo o hotel tremia. Eu, cautelosamente, perguntei-lhes sobre seus pais, e eles responderam, apenas os dois ficaram no mundo todo. É possível negar algo a tais crianças?!...
Certa vez, durante a viagem, ainda na Ukraina, paramos num posto de gasolina e eu fui comprar água. Atrás de mim estão umas 70 - 80 crianças com chocolates e balas na mão e perguntam se podem comprar isto? "É claro", digo. E pedi à caixa somar a água e tudo o mais.
A caixa perguntou: "Estas crianças são todas suas?" E eu respondi: "Você pode contar dessa forma".

Outa notícias:
Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana) 25.01.16: 

Cerca de 400 empresas saíram da Rússia durante 2015
Isto são 0,7 do total de empresas alemãs registradas na FR. Esta informação é da Câmara de Comércio Exterior russo-alemã. Em 2014, na Rússia havia 6.000 empresas da Alemanha, em 2015 já eram 5.583. A redução verifica-se no número de filiais de empresas alemãs. O número de filiais e representações de empresas diminuiu em quase 24%. Os representantes da Câmara de Deputados explicaram isto com a determinação da situação econômica da Rússia e a desvalorização do rublo.
Conforme relatado em 2014 a saída de capitais da Rússia chegou  a 151,5 bilhões de dólares.

25.01.16: À estação férrea de Ilovaysk e Khartsyzk, da Rússia chegou trem com equipamento militar, combustível, lubrificante e munições.
Também foi observado o cruzamento ilegal da fronteira da Ukraina com coluna automotiva
russa na região de Dmytrivka (distrito mineiro de Donetsk), com munições e bens.
Lembramos, o SBU (Serviço de Proteção da Ukraina), em 23.11.2016 avisou sobre a permanência de 8.500 militares russos nas regiões ocupadas de Donetsk e Luhansk.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 17.01.2016

As perdas com a corrupção e não efetiva administração nas compras públicas ascendia a 50 bilhões de UAH por ano, ou a quinta parte do volume total de compras, disse o primeiro-ministro Arseni Yatseniuk. 
Isto deverá ser resolvido pelo sistema de contratação eletrônica ProZorro que começara atuar a partir de 01.04.2016 com os ministérios, departamentos e as maiores empresas do sistema estatal. E, a partir de 03 de agosto com todos os outros serviços.


17.01.16: Estados Unidos deram a Ukraina um pacote de ajuda militar de 23 milhões de dólares.
Trata-se de equipamento para proteção de rádio-comunicação, no valor de 21 milhões de dólares e equipamentos médicos para os campos de batalha, no valor de 2 milhões de dólares.
Este equipamento será entregue ao exército ukrainiano, que participa de estudos realizados pelos americanos, em Yavoriv e Khmelnytskyi. Os instrutores americanos ensinarão aos soldados ukrainianos o uso deste equipamento nas linhas da frente, avisa a representação diplomática dos EUA.
No final do ano, o presidente dos EUA, Barack Obama assinou o orçamento da defesa para 2016, no qual destina-se 300 milhões de dólares para assistência militar da Ukraina.
De acordo com o documento, esses fundos beneficiarão, além da ajuda, o treinamento das autoridades de segurança, inteligência, equipamentos de ações não letais e armas não letais.
Mas, trata-se apenas para permissão  do presidente dos EUA fornecer tal ajuda, não a exigência dela. Até agora, a posição da concessão a Ukraina de armas letais, mesmo as puramente defensivas, permanece negativa.

Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 24.01.2016

No domingo, 24 de janeiro, os moradores de Mariupol prestaram homenagem às vítimas do bombardeio das formações bandidas da "DNR", apoiadas pela Rússia, na região oeste da cidade. Na ocasião morreram 30 moradores pacíficos e mais de 100 receberam ferimentos.




22.01.2016: Neste dia, em homenagem ao Dia da Unidade da Ukraina, em Lviv, diante do monumento a Taras Shevchenko, teve lugar um ato público, em comemoração da Unificação da República Popular da Ukraina e República Popular Ocidental da Ukraina, que aconteceu em 1919.


25.01.2016: O presidente da Ukraina Petro Poroshenko anunciou a demissão de 28 juízes, pelas decisões ilegais contra os ativistas do Maidan. 


Estamos preparando agora um decreto para liberar mais 28 juízes que cometeram crimes - eu posso nomear as coisas pelos nomes - ao fazer julgamentos durante o Maidan, e por isso deve haver responsabilidade, e a reforma judicial é uma das primeiras prioridades", - declarou Poroshenko.

15.01.2016 - Suzana Bobkov: "Temos um número cada vez maior de pessoas pobres".


Em Lviv lançaram o projeto "Bom Baú" (Добра скриня). Se você está em situação difícil, e lhe falta dinheiro até para comida, você pode dirigir-se aos voluntários da Organização Cidadã "Sverbyvus", e gratuitamente receber produtos. 
Marta Prysyazhnyuk, coordenadora do projeto contou que o projeto destina-se aos pensionistas (A pensão na Ukraina é muito baixa - OK), inválidos, aqueles que necessitam de assistência financeira. Um conjunto de produtos já está sendo distribuído. Cada pessoa pode receber 3 - 4 espécies, por exemplo: óleo, massas, enlatados, açúcar. "Nós temos cada vez maior número de pessoas pobres,- diz Marta. Muitas pessoas, especialmente os aposentados, gastam dinheiro com taxas de serviços públicos e medicamentos e para produtos necessários, procuramos envolvê-los em projetos sociais, permitindo que se sintam necessários.
Eu entrei na página "Sverbyvus" no "Facebook". Aqui há muitas histórias de vida.. "Senhora Larissa vive com a netinha e um filho mentalmente doente. Cuida da família apenas com sua pensão... ." Ou, "Senhora Teodora sobrevive apenas com sua pensão. Para se garantir, é forçada a recolher garrafas."Ou  "Senhor Oleksandr - pensionista - inválido do Grupo I. A maior parte de sua pensão gasta com tratamento". Ou Senhora Ruslana - mãe de 3 crianças em idade escolar. Uma criança já por oito anos é inválida. Separada, sustenta os filhos sozinha". Ou Senhora Oksana vive com seu filho deficiente. Não trabalha, cuida da criança. Toda pensão e bolsa vai para o pagamento da moradia e serviços comunais". 

Estas são histórias de pessoas comuns que vêm à "Bom Baú", e o mínimo que podemos dar-lhes - são produtos e atenção.

O texto cita dois endereços do "Bom Baú"em Lviv dia aos que tem possibilidade de ajudar às pessoas que se encontram em difíceis situações, que podem deixar aí produtos, por exemplo, a Senhora Natália trouxe pastéis, um outro senhor deixou algumas garrafas de óleo. E, se alguém quiser ajudar na instalação do "Bom Baú", cita o telefone.

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 23 de janeiro de 2016

Relatório de Avdiivka. Russos preparam ofensiva.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 21.01.2016
Alexei Bratuschak


- Hoje é dia do meu aniversário. Ontem também foi.
- Como assim?
- Hoje eu nasci. Mas antes de ontem - não morri.
Estas são as palavras de um soldado com apelido "Florestal" ("Lisnyk" - da floresta - OK). Ele é um dos que estão na vanguarda. Hoje seu 16º batalhão de infantaria mecanizada protege Avdiivka. Sobre seu ponto de resistência disparam quase todas as noites. Foi durante o ataque da vez que o "Florestal" quase foi morto.

Houve luta noturna. Sob tais condições não atiram na pessoa, mas na área, de onde vem o fogo. O adversário, provavelmente, viu o clarão do meu tiro. Ele mirou exatamente este local. A bala repeliu o tubo de gás, mas poderia acertar meu olho.

"Florestal" foi salvo pelo automático. Os militares concluíram, que o inimigo usou uma série AL - centésimo russo.
O ataque inimigo conseguiram interromper. Pela manhã os militares ukrainianos começaram analisar a batalha noturna. "Florestal" com o automático mostra o local: onde localizava-se seu esconderijo, de onde o inimigo atirava. Como resultado, concluíram que o atacante usava "centésimo" AK e cartuchos 7,62. Tais autômatos não há no exército ukrainiano, somente no russo. 

Dados de inteligência: o inimigo usa a experiência da guerra da Chechênia.

No início de janeiro, a brigada 58, que inclui o Batalhão 16, foi trazida à completa prontidão de combate. Então,o inimigo conduziu longo tiroteio na região de Avdiivka, descarregava a técnica - os militares ukrainianos ouviram o ruido surdo dos tanques. Todos estavam preparados para o avanço do inimigo. Mas não aconteceu.

Depois disso os militares ukrainianos começaram lançar drones, para obter mais informações sobre o inimigo. A inteligência aérea do 16º batalhão recebeu argumentos adicionais, que havia na frente russos trabalhando.

O combatente Oleg Hromadskyi demonstra algumas dezenas de fotos do território controlado pelo inimigo. Pergunta aos jornalistas o que eles veem. Mas, sem conhecimentos especializados a pessoa não nota nada. 
- Sem treinamento apropriado, um simples mineiro tais posições não ocupa - explicou o combatente.

O combatente Oleg Hromadskyi demonstra as fotos de inteligência aérea. Elas mostram, que as posições do inimigo equiparam àquelas, que tem experiência na Guerra da Chechênia.
O combatente pega uma das imagens e explica. Aqui podemos ver que sob as lonas de automóveis foram escavados túneis com saída para o nosso lado. Uma pessoa sem treinamento militar direcionaria fogo sobre a base automotiva. Isto foi feito por especialistas.
- Tais buracos fizeram os russos na Chechênia, quando por 2 meses atacavam duas aldeias, - diz o tenente-coronel Hromadskyi, - Lá aproveitavam-se tais "buracos da mata", isto é, entrada de um lado, mas a saída - do outro da estrada. Sob a ferrovia ou rodovia, rompem-se as passagens. Em cima permanece o asfalto, a brita, por isso um projétil de artilharia não prejudica esta construção. Isto é, preparam-se bem. Com a experiência de condução de guerras locais em outras regiões. Talvez cavaram mineiros, mas comandados por instrutores russos.

O combatente circula com marcador o local na foto.
- O que você vê aqui?
- Trincheiras.
- Sim, trincheiras, mas não são simples trincheiras.
Em seguida vem o programa educacional do tenente-coronel. Ele está no exército 25 anos. Já acostumou-se como o fato de que os soldados tentam cavar trincheiras retas, porque assim dá menos trabalho. Mas os manuais de engenharia ensinam que as trincheiras devem ter formatos de zigue-zague. Assim os soldados são mais protegidos das minas e conchas.

Na foto as trincheiras estão equipadas segundo todas as regras da engenharia, mas não segundo manuais soviéticos, observa o comandante do batalhão. E não trabalharam aqui os especialistas ukrainianos.
Embora tenham estudado com os russos nas mesmas instituições militares, mas os profissionais militares ukrainianos, daquele lado não guerreiam, - convence o comandante. - Eu penso que isto fizeram os russos, porque eles tem experiência de guerras locais na Chechênia.
A nossa linha de arredondamento é um pouquinho diferente. Aqui a conexão é chechena. 5 - 2 metros - volta, 5 - 2 metros. Se anteriormente nos manuais usavam-se estas curvas com base no fogo de morteiro, então aqui as curvas, para proteger o pessoal de lançadores de granadas, isto é, os intervalos são muito pequenos e as curvas são muito súbitas.

Foto de trincheiras zigue-zague, que poderiam ser feitas pelos russos.
Também da foto de inteligência aérea você pode ver, onde o inimigo prepara as posições para defesa, e onde para ofensiva. As conclusões são desoladas - em Avdiivka o inimigo preparou a posição de ataque. Hromadskyi observa, que em várias fotos de posições inimigas não há blindagem.

- Mas, na defesa, os soldados devem ser protegidos! - diz o comandante.
- É necessário cobrir todas as fendas para proteger suas pessoas. Por que não fazem isto? Porque estas posições não são para defesa, mas para ataque.

Comparando as duas fotos, o comandante observa que nas trincheiras, na primeira foto a neve é pisoteada, na segunda - não. Se a neve está pisoteada, significa que aqui os militantes sempre estão de guarda. E lá onde ninguém andou - preparam-se para ações ofensivas.

Quando dizem, que a chamada "DNR" espera ofensiva do exército ukrainiano - é mentira. Se eles estivessem preparando-se para a defesa, isto seria visto. Aqui é visto, que conduzem treinamento da defesa, andam pelas trincheiras, - mostra, o combatente, uma foto. Pega outra foto - Aqui eles não vão a lugar nenhum, mas reúnem forças e meios para realizar ações em nossa direção.

Comandante VOP

Em um dos pontos de resistência, próximo a Avdiivka, nos encontra o comandante com apelido "Chub" (topete).
Ele tem 24 anos e ele, a 11 meses, foi servir com a mobilização da vez. Anteriormente ele ocupava-se com airsoft (jogo de luta defendido entre os militares russos. Usam-se rifles, pistolas e automáticos, que disparam bolas de plástico de 6 mm - Pesquisa Google - OK)), mas agora, com entusiasmo fala sobre a vida quotidiana militar. Embora tenha passado pela cátedra militar, a verdadeira ciência militar adquiriu na frente. Ao invés da desmobilização quer entrar nas unidades de fins especiais.

Durante a conversa, constantemente ouvem-se tiros e explosões. "Chub" apenas ocasionalmente comenta: Este era AGS 
(AGS - 17 "Chama" - Lançador automático de granadas. Destina-se para inimigo em trincheira aberta, terreno natural, rios, ravinas, encostas, alturas. (Pesq. Google - OK).
 - Atiram? Isto é na região da Mina Butivka. Lá está a brigada 93, a eles sempre voa. É longe, algo como 1.000 - 1.500 metros. Então podemos não nos preocupar com a nossa segurança,- acalma "Chub".

Enquanto continua a luta na mina, aqui os militares reforçam as defesas. O comandante definiu aos engenheiros a tarefa de equipar os campos minados - para acrescentar proteção a si mesmos.
O terreno é difícil, no caso da aproximação do inimigo, será complicado alcançá-lo com armas de pequeno porte, - explica "Chub". - Colocaremos a cerca, arame farpado, malha, para de todos os modos nos protegermos do inimigo. É tudo defesa. A situação é tal que as ordens vêm unicamente para defesa. Minha tarefa aqui - proteger a vida do pessoal. Fazemos tudo o que é possível.

Comandante com 24 anos de idade, "Chub" faz todo o possível, para proteger seus combatentes.
Nas mãos, "Chub" segura uma mina anti-infantaria MON-50. Esta é uma arma muito perigosa de ação dirigida, explica o militar. E são justamente estas, que seus subordinados colocam ao redor do ponto de resistência. O comandante diz, que estas são dirigidas.
- Para os locais elas são seguras. Enquanto não as fecharmos, elas não explodem. Se vem comando que permite explosões, nós podemos aplicar minas semelhantes.

Além disso, aos militares é necessário informar sobre tiroteios inimigos. Mas, se o ataque é claro, não é proibido abrir fogo, diz "Chub". Os próprios combatentes tentam não abrir fogo sem necessidade, diz o comandante, quando mostra outro exemplar da arma.
Esta é uma metralhadora pesada, Degtyarev - Shpagina. Protegida para reprimir o inimigo com fogo. A arma não é particularmente precisa, mas a ela, a precisão não é necessária. Ela precisa criar uma "muralha de fogo", como gostam de dizer no exército. Nem lembro quando foi usada pela última vez. Em geral nós nos esforçamos para não usá-la porque, quanto maior o calibre, tanto maiores as chances, de que, exatamente, ele será o próximo alvo. Mas, se há necessidade de utilizar a arma - dificuldades não há. 
Os militares mostram outras surpresas, mas pedem sobre elas não espalhar.

"M​ediocridade do comando encobre-se com o heroísmo dos soldados".

Algumas conversas dos militares sobre a liderança. Particularmente pedem direcionar a atenção na técnica, que abastece o batalhão.
Por exemplo, o mais jovem BRDM-2 (Principal veículo blindado de combate, de fabricação soviética, em uso de tropas de reconhecimento, tem mais de 30 anos de idade). Outros ainda mais velhos. Esta informação não é segredo, sobre isto você pode até encontrar na Wikipedia.

A Avdiivka defendem os velhos BRDM-2, das FB-Paginas - 16º batalhão separado de infantaria mecanizada
Diante de tão antigo equipamento, os militares na frente surpreendem-se, porque melhor que a eles abastecem a Guarda Nacional.

- Em Verhnotoretskyi (aproximadamente 2 km da linha de fronteira - Autor) há postos de controle, nos quais estão "natsyky" (Assim os militares das Forças Armadas da Ukraina aqui, entre si, chamam os combatentes da Guarda Nacional - (Verdade Ukrainiana), que possuem armas Hamer e equipamentos. A dois quilômetros deles as posições das Forças Armadas da Ukraina, que são bombardeadas, não tem nada, como nós. Quantas vezes já levantamos esta questão, por que a Guarda Nacional é abastada na íntegra, mas defende apenas Kyiv, e nenhuma mudança, - diz um militar.

Entre si, os militares brincam, que o mais novo equipamento deles - é o ônibus "Bohdan", de ataque na guerra. (Bohdan, é nome masculino, também é nome de uma importante fábrica de ônibus na Ukraina - OK). No Estado Maior há generais que não tem nenhuma informação sobre o abastecimento técnico do batalhão.

Recentemente veio a informação: Grade (lançador de foguetes múltiplos-OK) e tanques para vocês: vão, verifiquem. Mas, ir para onde verificar? A uma distância de 20 km para retaguarda do inimigo? Não tendo informação nem sobre os campos minados, nada? Se tivéssemos um avião (zangão) automático, nós iríamos. Mas não temos. A cada equipe é destinado um, mas ele não existe. Nosso comandante implorou um dos vizinhos.

Parece que a única melhoria constatada, para os militares, é no fornecimento de alimentos. Os produtos recebemos a cada dez dias. Também vem os voluntários, na sua maioria os conhecidos de Poltava (o batalhão formava-se junto com o batalhão de defesa "Poltava"), mas também de outras cidades.

Existem prolemas com o uniforme de inverno. (E pelas fotos e vídeos que vejo na Internet, as nevascas lá estão fortes -OK). O que veio não é suficiente. Especialmente necessitamos de casacos de pele militares e botas. Mas, com isto os voluntários ajudam.
Os comandantes reagem mais ou menos bem nos locais. A mediocridade do comando é encoberta com o heroísmo dos soldados, - conclui um dos militares. 

Alexei Bratuschak para Verdade Ukrainiana. Fotos do autor.

Tradução; O. Kowaltschuk

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Celebravam como uma família
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 14.01.2016
Galina Yarema
Como minorias nacionais reuniram-se na véspera do Velho Novo Ano (Lviv - Ukraina).

O Ano Novo pode-se celebrar de diferentes maneiras. Alguém considera este dia como dia da família, e alguém outro deseja encontrá-lo numa boa e alegre comunidade. Para que o encontro do Ano Novo fosse lembrado por um longo tempo, representantes da comunidade bielorrussa de Lviv decidiram, em conjunto com os amigos russos sentar-se em volta de uma mesa com uma taça de champanhe. Reservaram um pequeno restaurante. Depois de algumas horas, a organizadora Svetlana Merzloviy começou receber telefonemas de georgianos, tártaros, húngaros, gregos, judeus, azeris (de Azerbaijão), alemães, representantes dos povos dos Balcãs... Os presidentes das comunidades ficavam indignados, diziam - realizam um evento interessante e não nos convidam?!

Foi necessário pedir desculpas à direção do restaurante e encomendar um grande salão, porque ao feriado desejaram vir duas centenas de pessoas, - sorri a responsável pelo setor de cultura e turismo da comunidade Belarus Svetlana Merzloviy.  - Nossa comunidade, fundada por Sergei Kulikov, frequentemente se reúne. Celebramos o Dia da Independência da Bielorrússia, e outros feriados nacionais. Desta vez, a idéia consistia de que, cada comunidade nacional mostrasse seus talentos - era necessário não apenas descrever, como encontram o Novo Ano em seu país, mas cantar ou dançar, como isto fizeram os representantes da comunidade judaica. E, claro, oferecer a todos seus pratos nacionais. Nós oferecemos crepes, azerbaidjanos - cerveja doce, judeus - maçãs com mel...

Quando entrei no salão, parecia que errei a porta, porque aos olhos mosqueavam reluzentes trajes nacionais de quase todas as comunidades. Os representantes dos povos dos Balcãs, sob a direção de Svetlana Chankovoi  brilhavam nos compridos vestidos de cetim, os poloneses atraiam atenção cm seus trajes nacionais, os bielorrussos destacam-se com roupas idênticas. Mas o que eu gostei acima de tudo foram os pequenos representantes da comunidade de Azerbaijão - Ruslan Mamedov de cinco anos, e Ilvin Musmulov de dois e meio, que os pais vestiram com roupas de sultão. As crianças compreenderam que toda a atenção estava sobre elas e posaram para as câmeras como estrelas de Hollywood, com satisfação.

A noite começou com o desempenho do Hino Nacional da Ukraina. De acordo com o representante, ator Juris Haziyeva, quantas nacionalidades não vivessem em Lviv, todas lembram, que vivem como uma grande família no solo ukrainiano. Fiquei surpresa porque, além de pessoas jovens e de meia idade, também havia muitas pessoas de idade respeitável. Quando eu vi como cantam e dançam "Sete quarenta" homens e mulheres respeitáveis, não consegui me segurar - pernas sob a mesa saltavam no ritmo da alegre música judaica.Os homens idosos galantemente convidavam não só representantes de sua comunidade. Tártaros com alemães, russos com poloneses, azeris e georgianos dançavam o "hopak" ukrainiano, a polka e a lezguinka georgiana... Mas, o mais importante é que todos ouviam com atenção os discursos dos representantes de outras nacionalidades. Não importava, se isto era a canção "Oi, neve, nevosinha...", desempenho de um coletivo amador russo, se "Meu Azerbaijão", pela cantora profissional de Azerbaijão Kurban Kulczycki. Aqui não houve divisão em minorias étnicas, ninguém contestou ninguém e não olhou de soslaio para o lado do representante de outra nação. Todos demonstraram grande respeito um pelo outro,e pela cultura de outra nação.

Natália Mamedova, representante da Assembléia das Nacionalidades na Ukraina Ocidental disse que um evento desse porte internacional realiza-se primeira vez.
Mesmo os muçulmanos que não celebram o Ano Novo e Natal, vieram.
A comunidade bielorrussa presidida por Tamara Kozak e líder ideológico Svetlana Merzloviy reuniram todos sob o mesmo teto. Nesta celebração nós vimos, que as relações culturais entre os povos irmãos contribuem para a consolidação da paz.

Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.01.2016

"Malanka" é uma comemoração popular na véspera do Ano Novo, no dia 13 de janeiro. A comemoração religiosa referente ao Ano Novo é no dia 14 de janeiro. (Lembramos, as Igrejas na Ukraina, tanto a Ortodoxa, quanto a grego-católica, seguem o Calendário Juliano - OK).

O dia 13 de janeiro é dia de Santa Melania, daí o nome Malanka (Dia 14 é dedicado ao Santo Basílio). Neste dia preparavam comidas especiais. Os jovens andavam de casa em casa, realizando diversas brincadeiras. Desempenhavam diversos papéis, por exemplo: Um aldeão idoso, vovô  Uma cabra e urso puxam um arado, ou espalham sementes pela casa, o que significava que semeavam o campo e desejavam boas colheitas. Também cantavam canções pertinentes ao dia. As brincadeiras variavam de região em região, mas a finalidade era desejar prosperidade. 

Os personagens principais eram - Vovó Malanka e vovô Basílio. De um antigo dia festivo religioso, transformou-se num divertido entretenimento. Atualmente usam motivos e personagens modernos: soldados, médicos, etc.

Na Bukovyna, o feriado termina com um mergulho no rio.

A TV canadense (No Canadá vivem muitos ukrainianos - OK) apresenta um vídeo sobre a Malanka ukrainiana. O apresentador do programa da TV canadense Rick Mercer, no Canal CBC/Rádio Canadá mostrou os representantes da diáspora ukrainiana em Saskatoon comemorando Malanka. "Quem são estes ukrainianos? Como são eles? Por que celebram o Ano Novo em meados de janeiro? 
Estas perguntas Mercer prometeu responder.

https://www.youtube.com/watch?v=at7n-DAYA9k

Vysokyi Zamok (Castelo Alto) Outras Notícias:

01.06.2016: Nas fileiras dos militantes pró-Rússia, no Donbas, estão ocorrendo deserções.
Na véspera do ano novo no "primeiro batalhão de assalto Somália", pediram demissão 14 militantes. Motivo: Atitudes desumanas de seu líder, um criminoso, apelidado "Givi" (Mikhail Tolstuh), que para satisfação de suas próprias necessidades, não considera seus subordinados como pessoas. (Esta já não é a primeira notícia que aparece sobre deserções. O problema é que sempre surgem pessoas novas, sem emprego e, pior, sem possibilidade de conseguir um. Como Rússia lhes paga um salário razoável, então... OK).
Além disso, entre os militantes aparecem pessoas que realmente observam a difícil situação nos territórios.

17.01.2016: Segundo a investigação do jornal alemão "Bild", Rússia gasta em pensões e salários das chamadas "DNR" e "FSC" um bilhão de euros por ano.
No momento, na região de Donetsk há 653 mil pensionistas, em Luhansk - 425,791 pessoas. O gasto mensal com as pensões é de 2.418.378.168 rublos ou trinta milhões de euros (O dólar está, atualmente, cotado em 70 rublos -OK).
Os militantes no Donbas, dependendo do grau, recebem de 90 a 465 euros. Um professor 50 euros. Rússia gasta, mensalmente, 79 milhões de euros para pagamento de funcionários e pensionistas.
No total, isto dá cerca de 1 (um) bilhão de euros por ano, o que corresponde ao gasto de países como Armênia ou Moldávia - são 0,6% dos gastos do orçamento. 
No entanto, o jornal observa que estes gastos são apenas uma parte do custo total do apoio russo às áreas ocupadas de Donbas. O pagamento pelo gás, gasolina, petróleo, alimentos, ajuda humanitária, bem como munições, custam centenas de milhões de euros por ano.
O jornal escreve, que após a cessação dos pagamentos ukrainianos em julho de 2014, e até meados de 2015, os separatistas não podiam pagar as pensões e salários. Mas na metade do verão de 2015 começaram receber os salários em rublos. 
Para transferir o dinheiro ao Donbas Kremlin usa os bancos da ocupada Abkhazia (pertencia à Geórgia).
Os rublos vem para Ukraina em trens especiais, uma vez por mês para Sukhodilsk, Debaltseve e Ilovaysk. Depois são distribuídos em automóveis de coletores, para outras regiões ocupadas.

18.01.2016
Girkin (apelido Strelkov) "chefe" das forças da "Nova Rússia" admitiu que deu ordens para fuzilar a, pelo menos, 4 (quatro) pessoas de Slovyansk. Esta declaração ele fez na "Rádio - KP"."Com base na legislação de 1941 introduzida por Stalin, nós julgamos e fuzilamos.... Durante minha estadia em Slovyansk, ao todo nós fuzilamos quatro pessoas", - declarou Girkin

Ele explicou que foram "dois soldados por saques, entre os próprios militares, um local também por saques, e um por assassinato de militar (Não dá para entender como funciona o cérebro do bandido russo. Entre eles não pode haver roubo, mas roubar e destruir outro país não é apenas permitido, é louvável.-OK)

Quanto à observação que, de acordo com o direito internacional, ele é criminoso de guerra, Strelkov respondeu:
"Eu, absolutamente, não me preocupo com o direito internacional, porque isto é um instrumento nas mãos de vencedores. Se nós formos derrotados - bom, então, significa, que estas normas serão aplicadas a mim".
E, se ele estava pronto para comparecer perante o Tribunal de Haia, Strelkov respondeu: " Eu estou profundamente convencido, que eu não chegarei a isto".
"Como se costuma dizer, eu saia demais, como no famoso filme. E, em segundo lugar, eu cuidarei para fazer tudo de minha parte, para que isto não aconteça. " -  disse ele.

Ele também acredita que o destino de Donbas "decide-se em Moscou". "Isto pode-se dizer, infelizmente, e felizmente - de qualquer lado de observação. Se Moscou conseguir apoiar estas repúblicas, se elas voltarão para Ukraina, porque há tendências também para isto, e para absolutamente contrário, então estas repúblicas poderão sobreviver.

"Eu penso, com o tempo eles vão se unir, e espero, cedo ou tarde, se tornarão parte da Rússia, e não por quaisquer independência. Ninguém queria isto, tudo começou sob as bandeiras russas e, por assim dizer, a criação aqui desses países - pseudo, ainda não são países, infelizmente, sob todos os parâmetros - isto não correspondia e ainda não corresponde aos interesses da população" - considera o ex-líder dos militantes.

***
Na Ukraina aumentou o número de desempregados. Em 01.01.2016 eles já são 490.800 pessoas.
O salário-desemprego recebem 398.000 ukrainianos. As estatísticas não incluem Criméia, nem os territórios ocupados.

***
Na Ukraina, já foram registrados 1.684.815 pessoas deslocadas, segundo o Ministério de Assuntos Sociais.
Pediram auxílio financeiro 695.708 famílias, 652.105 já recebem.

Verdade Ukrainiana - Verdade Econômica, 18.01.2016

Petróleo atingiu a economia mais fortemente que as sanções.
O vice-primeiro-ministro da Rússia disse que o país, desde o inicio de 2015, devido as sanções perdeu 0,5 pontos percentuais, enquanto 3 pontos percentuais foram perdidos devido a preços baixos do petróleo.

***
Os invasores usam medidas direcionadas para destruir a indústria na região.
Assim, nas regiões controladas de Luhansk desmontam e removem para Rússia, no mínimo seis empresas, a saber: CJSC "Lugansk Machine -Building Plant - Parhomenka", JSC "Machine - Building Plant - 100",  GP "TSKBM Donets", JSC "Zavod hirskoryatuvalnoyi Técnica", JSC "Lugansk-teplovoz" e LLC "POLI-PACK, avisa a inteligência.

Como observam na Principal Gestão da Inteligência, por causa da situação financeira e econômica, Rússia é forçada restringir o financiamento de empresas e restringir a produção nos territórios ocupados da Ukraina. Isto aplica-se em especial ao JSC "Lugansk-teplovoz" (76% das ações pertencem à russa ZAO  "Transmashholding").
O número de trabalhadores em 2014 - aproximadamente 7 mil pessoas. A partir de 1º de janeiro deste ano - 2,8 mil. Iniciam-se medidas para cessar a produção destinada ao transporte ferroviário. Planeja-se a redução para 350 trabalhadores. Atualmente funcionam apenas algumas oficinas que ocupam-se com reparação de veículos blindados, danificados, dos militantes de "FSC".
Se um dia a Rússia retirar seus blindados, a região ficará completamente arrasada.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 17.01.2016

50 bilhões de UAH representavam as perdas devido à corrupção nas compras públicas - Yatseniuk.
As perdas com a corrupção e a má administração nas compras públicas ascendiam a 50 bilhões de UAH por ano, ou um quinto do volume total de compras. Sobre isto falou o primeiro-ministro Arseny Yatseniuk em "10 minutos com o primeiro-ministro" na noite de 17 de janeiro. 
De acordo com Yatseniuk, o problema deve ser resolvido pelo sistema eletrônico de compras estatais ProZorro.

"A partir de 01.04.16 ao ProZorro entram todos os grandes clientes de serviços - ministérios, departamentos, maiores empresas estatais. Em 03.08.16 começarão entrar as demais", - disse o primeiro-ministro.
Ele acrescentou, que desde o início do sistema em modo piloto, desde fevereiro de 2015, a economia orçamental ultrapassou 500 milhões, embora pelo sistema passassem apenas 2% dos concursos públicos.
Depois de completa transição, nós esperamos uma economia de dezenas de bilhões de UAH. No ano seguinte poderá ser várias vezes maior", - disse o chefe do governo.

A reforma do sistema de compras estatais aumentou o PIB do país em 0,6% ao ano, disse, ainda em meados de dezembro o vice´ministro do Desenvolvimento Econômico da Ukraina Maxim Nefedov. Segundo ele as bases da reforma são: aumento da transparência, redução das barreiras de acesso ao negócio e profissionalismo dos compradores.

Como declaram os peritos do "Centro de Combate à Corrupção", os maiores esquemas de corrupção permanecem na esfera dos contratos públicos.

Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 17.01.2016

Ukraina cessou, oficialmente, o comércio com a Criméia ocupada.
A regulamentação governamental entrou em vigor sob o Nº 1035. A decisão do governo entra em vigor na data de hoje.
À Criméia está proibido o fornecimento de bens e serviços, com exceção de objetos pessoais, determinados pelo primeiro parágrafo do artigo 370 do Código Alfandegário da Ukraina, que transporta-se em bagagem de mão e/ou em bagagem acompanhada; produtos alimentícios socialmente importantes realizados por pessoas, cujo valor não ultrapasse a 10.000 UAH e peso não superior a 50 kg por pessoa.

No dia 16 de janeiro, os participantes da blocada cidadã da Criméia retiraram seus postos de controle da península e agora pretendem trabalhar apenas como observadores.

Lembramos, os tártaros da Criméia e ativistas, em 20 de setembro, iniciaram a ação de "bloqueio alimentar", que consistia no impedimento de transporte de mercadorias à península. Como consequência do bloqueio houve aumento dos preços de alguns produtos alimentares.

Tradução: O. Kowaltschuk