quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Quando a astúcia e sutileza torna-se contraproducente.
Tyzhden ua. (Semana Ukrainiana), 28.10.2014.
Igor Losev

O auto descrédito do novo governo e sua primeira pessoa e, consequentemente desilusão adquiriram ultra-rápido caráter.


Muitos ukrainianos, que votaram nas eleições presidenciais, em maio de 2014 a favor de Petro Poroshenko, esperavam escolher um líder forte, decidido e de princípios necessários à nação durante a guerra.

Yushchenko, para depreciação política precisou de um ano, Yanukovych - meio ano, Poroshenko conseguiu em 100 dias. (Os dois ex-presidentes citados governaram em tempo de paz - OK). O que, em grande parte é relacionado com a enorme dissonância entre os desafios existentes e o estilo de comportamento do presidente, conduta do qual nós testemunhamos. Quando há guerra, conversa nos bastidores não funciona. Além disso, torna-se claro, que a própria estratégia de ações do atual governo está errada. Ela decorre das tradições da classe burocrático - comercial que formou-se nos períodos de Kravchuk, Kuchma, Yushchenko e Yanukovych (ex-presidentes) , que levavam à degradação do Estado ukrainiano. Nestas tradições, política era vista como um fenômeno não público, como sistema de conspirações e acordos dos bastidores. Uma vez que todos os problemas do poder da Ukraina durante os 23 anos, resolviam-se deste modo, surgiu uma profunda convicção instintiva que somente desta forma tudo pode ser resolvido.

Daí vem a tentativa de sentar-se em várias cadeiras ao mesmo tempo, passar "entre a chuva" e enganar a história. Este truque ingênuo, de modo algum, ajuda fortalecer as posições da Ukraina diante da ameaça russa. Principalmente, não se pode ganhar a guerra com métodos puramente diplomáticos, porque no início vem os canhões, depois a diplomacia.

O desejo de Poroshenko de lutar não lutando, não promete nada de bom, lembrando a famosa tese do filósofo grego Euclides, a quem Alexandre da Macedônia pediu para lhe ensinar geometria, mas sem esforço e perda de tempo: "Rei! Não há caminhos reais em geometria!" Ukraina já teve sorte em 1991 em contornar as leis históricas, conquistando a independência sem uma única gota de sangue, no entanto, a história inexoravelmente voltou atrás pelas nossas dívidas em 2014.

A relutância das autoridades em denominar a guerra como guerra, usando o eufemismo ATO (operação anti-terrorista), a rejeição do assalto à mão armada do Estado estrangeiro para declarar a lei marcial não facilita a situação, mas a agrava terrivelmente. Se não há guerra, juridicamente não se pode exigir dos cidadãos que concordem com a limitação de sua paz diária. Forma-se uma situação inerentemente contraditória, situação anti-natural: de um lado, há guerra, do outro não há.

Agentes inimigos externos e suas armas não podem ser derrotados com intrigas políticas, para o que todos estes anos reduzia-se a vida política ukrainiana.

Isto leva a consequências desagradáveis e perigosas para o país. Recentemente houve uma revolta em algumas unidades da Guarda Nacional, com a exigência de dispensar os soldados estagiários, que serviram seu prazo legal, e que desejam ser desmobilizados.

Pode-se concordar com o governo, que viu aqui a mão de Moscou. A mão, provavelmente, lá existe, e não uma só. No entanto, esta também é a paga pela provincial liderança. Porque, juridicamente, guerra não temos. Os rapazes, honestamente serviram durante seu período. Quais são as bases  legais para não dispensá-los? Se tivesse sido declarado o estado de guerra, poder-se-ia esclarecer aos soldados: "Vocês serão desmobilizados depois do término da guerra, depois da vitória". O que dizer agora? Alegar ATO? No entanto, em oposição ao pessoal das Forças Armadas da FR, com suas forças paramilitares (como cossacos) já não pode existir nenhum ATO por definição. Então quem mentiu ou enganou Petro Poroshenko? Além disso, hoje qualquer cidadão da Ukraina tem a possibilidade, de eximir-se, completamente impune, da mobilização, a qual com nenhuma operação anti-terrorista não está prevista, porque a tarefa da ATO realiza-se pelas existentes SBU (Serviço de Segurança da Ukraina), Ministério do Interior, Guarda Nacional por incumbência das Forças Armadas da Ukraina.

Como se pode guerrear eficazmente sem o estado de guerra? Absolutamente incompreensível. Inimigo externo e seus agentes armados não se vence com intrigas políticas, às quais, todos esses anos reduzia-se a vida política na Ukraina. Neste contexto até a catástrofe de Ilovaisk foi em conformidade de tal distorção pseudo jurídica. O ex-ministro da defesa Valeriy Gueletey, após sua demissão, declarou que o Superior exigia dele a luta contra as formações de gangues, e esta tarefa ele cumpriu. Isto é, agia nos limites da ATO, que não previam a invasão  de tropas regulares russas. Os objetos devem ser chamados pelos seus nomes, do contrário, pela posição de avestruz se pagará alto preço, como sob Ilovaisk, porque a guerra da Rússia contra Ukraina, não se pode qualificar como guerra de Kyiv contra alcoólatras armados de Donbas, tóxico-dependentes, desempregados e valentões (apesar de que todos estes personagens lá, sem dúvida, estão presentes).

Todo este perigoso jogo de esconde-esconde com a realidade é uma característica própria do estilo presidencial de Poroshenko. Tal como suas infames "tréguas" durante os combates no Donbas, quando havia a possibilidade de rapidamente destroçar as formações russas e pró-russas, colocando a FR diante do fato consumado, que não havia ninguém para apoiar nesta região e precisaria aventurar-se (a Rússia) a invasão aberta e óbvia ao mundo. No entanto, assim que surgia a perspectiva da vitória,
começava a "trégua"a da vez.

Ainda hoje Poroshenko não se cansa de falar sobre a "paz", com a qual ele tornou felizes os ukrainianos, embora no Donbas diariamente trava-se a guerra, morrem dezenas e centenas de pessoas, o exército russo até agora permanece no sudeste da Ukraina. Naturalmente, o principal para ele - eleições e possibilidade de fortalecer seu poder com a maioria parlamentar, portanto, precisa a qualquer preço criar a imagem de um pacificador. Isto lembra muito Neville Chamberlain que, voltando de Munique, declarou aos britânicos: "Eu lhes trouxe a paz!" E, em pouco tempo iniciou-se a Segunda Guerra Mundial...

Pode-se imaginar, como é bom ouvir essas estórias sobre "paz" pelos soldados ukrainianos, aos quais dirigem os disparos do "Grad", dos morteiros, artilharia pesada, tanques, e que diretamente têm de enterrar seus companheiros.

Nós ainda não conhecemos os verdadeiros resultados das negociações de Poroshenko com Putin, Merkel, Hollande, Cameron, em Milão. Mas especial esperança de que o presidente foi capaz de suportar a pressão do inimigo e "simpatizantes" da Ukraina, não há. Lenta, mas firmemente Putin dobra Poroshenko, incentivando-o à posição derrotista. Parece que este não se esforça muito para resistir. Conhece bem o tenente-coronel da KGB (Putin) esta raça de comerciante. Essa mentalidade específica. No Canal TVi o jornalista Yegor Checherynda disse, que há a informação de que no russo Lipetsk supostamente começou trabalhar a fábrica Roschen (fábrica de produtos de chocolate de Poroshenko - OK). 

E em Sevastopol a fábrica Morskyi, que pertencia a Poroshenko, ao que parece, ninguém confiscou (Rússia confiscou propriedades de ukrainianos na Criméia - OK). Devemos entender o simples e óbvio fato, que mostra toda a experiência recente que sem sucessos militares reais da Ukraina quaisquer acordos com Putin são possíveis apenas com a nossa capitulação. Pelo menos, se Poroshenko em Milão não curvou-se, e conseguiu preservar o bastante negativo para Ukraina status quo (ocupação da parte de Donbas e Criméia, a zona tampão pelo meio de Donbas, o status especial das "DNR" e "FSC" com permanência dos exércitos russos) então isto pode ser considerado como opção intermediária sob condições, que o tempo será aproveitado com algum resultado, não como tempo perdido.
Recentemente, no Parlamento, houve mais um evento simbólico: parte da atual maioria parlamentar tentou aprovar uma lei reconhecendo OUN - UPA (Organização dos Nacionalistas Ukrainianos - Exército Insurgente Ukrainiano ) - lado combativo na Segunda Guerra Mundial.

Tal documento significaria uma ruptura definitiva, abismo mental entre Ukraina e Rússia de Putin, depois do que não poucos mitos de unificação imperial perderiam todo o sentido da perspectiva, uma vez que este ponto ideológico é de mais aguçado confronto entre a idéia nacional ukrainiana e a imperial russa. O não reconhecimento a OUN - UPA pela Ukraina oficial assegura o elemento de dúvida da independência da Ukraina, sua completa persuasão, como se nosso país se envergonhasse de sua luta heroica pela própria liberdade. (Rússia não admite que Ukraina lutou contra ela, daí querer apagar os vestígios e a memória - OK). Para aprovação da lei faltaram alguns votos dos representantes da maioria democrática. É claro, que este documento poderia privar Poroshenko do apoio de um certo segmento da população do país. Mas isto, a julgar por seus interesses pessoais, e não nacionais.

Infelizmente, nos últimos meses Poroshenko mostrou-se fraco, indeciso, político incoerente, propenso a ações fracionadas e atrasadas, incapaz de ir além do paradigma do governo Kuchma.

(O autor do texto é um dos redatores, senão o redator principal  do conceituado jornal "Semana Ukrainiana - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Quem vence nas eleições parlamentares na Ukraina.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 27.10.2014

l - Bloco Petro Poroshenko (bloco do presidente) ocupa a primeira posição. Vence em 64 circunscrições. Esperam-se 90 candidatos majoritários. No geral, dos dois sistemas, de 126 a 153 deputados.

2 - Bloco da Frente Popular. Bloco do primeiro-ministro Arsenii  Yatseniuk. No total deverá ter 82 mandatos. Seu maior sucesso nas regiões de Ternopil e Ivano-Frankivsk.

3 - Bloco Auto-ajuda. Bloco do prefeito de Lviv, Andrii Sadovyi. Segundo dados anteriores, a maioria dos votos vieram da capital. Ajudou também sua cidade natal. O bloco espera 30 mandatos.

4 - Bloco da Oposição. Compõe-se dos políticos que restam do Partido das Regiões, liderados pelo ex-chefe do Ministério de Energia, Yuri Boiko. São 31 deputados, mas o número ainda pode aumentar com os candidatos majoritários. Donetsk é sua principal região de influência.

5 - Partido Radical de Lyashko. É Chernihov a região nativa de Lyashko, que apoia os radicais. Eles podem contar com 22 assentos.

6 - Bloco Pátria. Pátria é bloco de Yulia Tymoshenko. Mal ultrapassou a barreira de 5%. O seu melhor resultado vem da parte central da Ukraina. Deverá conseguir 19 assentos.

Outros: 110 deputados.

Pela análise dos resultados, o governo terá maioria no Parlamento. Não deverá colaborar apenas o Bloco da Oposição. 
Lyashko, do Partido Radical, pediu para compor com a situação. Declarou que, devido à difícil situação na Ukraina, deseja colaborar.

Os partidos que não venceram a barreira de 5% não farão parte do Parlamento. Inclusive o Partido "Liberdade" de Oleh Tiahnebok, que até às 15:50 h recebeu apenas 4,69% de votos.

Os observadores do Parlamento Europeu e da Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa reconheceram as eleições parlamentares, antecipadas, de acordo com os padrões europeus.  
Christopher Chop, delegado da PACE disse que, em termos de agressão a nível nacional, o número de eleitores, de 52%, pode ser considerado bom.
A rede européia de organizações de observação eleitoral (ENEMO) avaliou as eleições na Ukraina como transparentes e em conformidade com as normas internacionais.

No Conselho entram, aproximadamente, 62 deputados que apoiaram leis ditatoriais em 16 de janeiro (ainda no governo de Yanukovych), avisa a recém eleita Victória Syumar. Eles entram nas relações de candidatos majoritários. Inclusive, um candidato que votou a favor destas leis, entra com apoio do Bloco Petro Poroshenko - Vladislav Atroshenko. E, também Yaroslav Moskalenko, com apoio do mesmo Blog.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 26 de outubro de 2014

Eleições Parlamentares na Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 26.10.2014

Hoje, dia 26 de outubro, realizaram-se as eleições legislativas antecipadas na Ukraina.
Os ukrainianos elegeram o Parlamento Ukrainiano da VIII convocação.
Serão eleitos 225 deputados, de 29 partidos que participaram, com o limiar eleitoral superior a 5% e também, dos 322 candidatos majoritários que se candidataram a partir de partidos políticos ou por conta própria.

O comparecimento de eleitores superou 40,80% até às 16:00 horas. A presença maior verificou-se em Lviv, Khmylnetskyi, Ivano-Frankivsk, Volyn e Ternopil. A menor em Luhansk, Donetsk e Odessa.

Nenhum combatente do batalhão voluntário, nem as pessoas que residem lá, puderam votar na cidade Shchastia, Luhansk - lá não tem seção eleitoral. O comandante do batalhão culpa o presidente. O governador de Luhansk, Gennady Moskal declarou, que devido a burocracia, nem todos os combatentes da ATO puderam votar por não serem contratados por um período fixo. Não podiam votar com bilhetes militares, e a maioria não tinha consigo o passaporte. Na região de Popasna e Stanychno, sob controle ukrainiano a maioria das seções eleitorais não abriu porque as pessoas designadas para trabalhar, devido ao medo não vieram. No sábado, dia 25, estas regiões, mais a Zoriana, sofreram tiroteio.

No dia das eleições, as posições das forças de segurança ukrainianas sofreram tiroteio 18 vezes. Por sorte não tivemos nem mortos, nem feridos, avisa Petro Mekhed, vice-ministro de Defesa.

O Ministério do Interior sabe sobre 9 casos de suborno de eleitores e granada na seção. Também foram registrados 19 avisos sobre colocação de minas nas instalações de comissões eleitorais. Averiguam-se 4 casos de confisco de armas e da granada descoberta na maleta do observador de um candidato.

Quase 75% dos militares puderam votar até às 15 horas.

A Comissão Central não tem dúvida quanto à validade das eleições. Apesar das dificuldades com a organização das eleições em algumas regiões da Ukraina, o processo eleitoral ocorre normalmente. Nenhum partido político tem razões para questionar seu resultado, diz a vice-chefe da Comissão Eleitoral Central Zhanna Usenko-Chorna. Não fosse a agressão russa no leste da Ukraina, poder-se-ia constatar que a organização destas eleições - uma das melhores. Apesar de fatos lamentáveis em algumas regiões, nenhuma força política - nem dentro do país, nem no exterior - não tem base para duvidar dos resultados destas eleições", - acrescentou ela. Em muitas seções, simultaneamente às eleições parlamentares ocorreram eleições locais: em 142 seções escolhem os chefes das aldeias, em 14 das vilas e em 10 das cidades.

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 25 de outubro de 2014

Turbulências administrativas
Tyzhden ua. (Semana Ukrainiana), 24.10.2014
Bohdan Butkevych

Eleições antecipadas - vasto campo para atividades de trapaceiros políticos. Suborno e pressão administrativa, continuam instrumentos ativos de luta política.


Eleições completamente honestas - na Ukraina ainda não houve. As próximas, infelizmente, é pouco provável, que sejam. Especialistas dizem que o suborno direto dos eleitores caiu ligeiramente em comparação com 2.012, mas sem fraude e violações não passará. Bem como do recurso administrativo, embora não considerado sob uma única força política na corrida, mas ainda bastante eficaz na colheita de votos.

ERRO GIGANTESCO

O maior problema é, claro, Donbass, onde de um lado, lutam pelo poder usando todos os métodos permitidos, ou não, insatisfeitos representantes das forças pró-russas, que o governo não conseguiu isolar do processo eleitoral. Por outro lado - o governo não conseguiu garantir o direito ao voto para mais de 50 mil militares ukrainianos e combatentes dos batalhões voluntários, e regular o problema das províncias, que parcialmente são controladas pela Ukraina e, parcialmente, pelas formações de bandidos. Contando com o baixo comparecimento esperado nesta região e maciço suborno dos eleitores devido a difícil situação econômica, as eleições no leste, tem todos os indícios, se não de completa falsidade, de insolvência. No entanto, um certo progresso, embora tímido, existe.

"Eu tenho certeza, que as eleições no Donbass, é claro, precisava realizar, porque não se pode tirar do povo o seu direito constitucional da escolha, - afirma o blogueiro popular Sergei Ivanov. - No entanto, as autoridades permitiram um enorme erro, não apenas no leste, mas em toda Ukraina, que terá uma influência fatal sobre todo processo. Eles não isolaram do processo eleitoral a quinta coluna. E agora esta coluna não só não está presa, mas conseguiu, a possibilidade legal, e ainda aproveitando o dinheiro roubado do povo ukrainiano e buracos na lei, eleger-se nas mesmas circunscrições, onde alimentava-se o separatismo. Infelizmente, neste sentido, seguir os países bálticos, ficaram com medo, ou tem algum "acordo" quanto à participação das forças pró-Kremlin nesta campanha. Por exemplo, personagens tipo Liovochkin, Akhmetov, Iefremov, etc. Como justificar a participação na corrida eleitoral de Moshenko, que votou pelas leis de 16 de janeiro, ou Golenko, que trabalhou diretamente com os separatistas, ajudou-os? É claro que, de forma alguma não se pode permitir eleições lá,  onde não há completo controle do governo ukrainiano".

Todos os principais separatistas em Luhansk e parte de Donetsk são candidatos ao Parlamento e tentam entrar, - confirma o comandante do batalhão "Aidar" Segei Melnychuk. -Preparam-se para depositar boletins "carrossel". 
(É uma modalidade de falsificação do voto - OK) Eu avisei: nós não permitiremos isto, estaremos ao lado de cada seção e acompanharemos os boletins até Kyiv".

Naturalmente, o ponto mais problemático é Donbass. Além da ocupação de várias circunscrições, com completa incapacidade de realizar lá as eleições, há o problema urgente das circunscrições, que em parte são controladas pela Ukraina, em parte pelas formações bandidas. Portanto, são passíveis de quaisquer falsificações. Por exemplo, fraco controle da Comissão Eleitoral Distrital, possibilidade de depósitos de boletins nas Comissões Eleitorais Descentralizadas, falsificação do número de eleitores realmente partícipes, condução de eleitores dos territórios ocupados para votação. Estas questões, nem a Comissão Central Eleitoral, nem o Parlamento não decidiram, então existirão grandes riscos no dia das eleições.

No geral o Estado dá pouca atenção às eleições nos territórios problemáticos, mesmo nas circunscrições libertas pelo exército ukrainiano, - diz o analista da rede cidadã "OPORA" (Apoio) Oleksandr Kliuzhev. - Por exemplo, o candidato da 47ª Circunscrição (Sloviansk), um tal Yuri Solod, marido de Natália Korolevska (Participante do ex-governo Yanukovych-OK), conduz uma grande campanha, com sinais de compra do eleitorado. Mas reação correspondente dos órgãos de segurança, em contraste de casos semelhantes nas regiões de Zaporizhzhia, Kharkiv e Odessa não há. Isto é facilmente explicado porque nestas regiões se concentram nas funções desempenhadas dentro da ATO, e às violações das leis eleitorais eles não conseguem chegar. Com o que se aproveitam as pessoas do Partido das Regiões. Na verdade, comprar eleitores na região, que já se acostumou à semelhante decomposição, e ainda nos tempos da desorganização, é muito fácil. E tais casos não são poucos.

No entanto, existe um risco considerável de interferência armada no processo eleitoral. Por exemplo, algumas Comissões Eleitorais Distritais não revelam sua localização física para evitar ataques terroristas e provocações dos separatistas.  "Eu não excluo o uso, nas regiões de Donetsk e Luhansk, do recurso armado, pois estas regiões são muito militarizadas e cheias de armas ilegais, - diz Sergei Ivanov. - Por exemplo, numa circunscrição de Luhansk tem um certo candidato, Radchenko, o qual gosta de se apresentar como combatente do batalhão "Aidar", embora não seja, considera normal andar pelas sedes dos concorrentes com um grupo de pistoleiros alugados, e intimidá-los.

O presidente da Administração Regional Estatal Gennady Moskal adverte, que as eleições em vários assentamentos regionais são perigosas para a vida dos eleitores, porque os terroristas preparam provocações. Quase todo território de Stanychno, da região de Luhansk tem fronteira com a chamada "FSC",a proclamada república de Luhansk , e diariamente há bombardeios de artilharia pesada, e regularmente penetram equipes subversivas de inteligência. Mesma situação em mais cinco aldeias, que com Stanychno pertencem à circunscrição Nº 114, e à circunscrição 112 mais três aldeias. Em relação à ameaça real para a vida e à saúde dos membros das comissões eleitorais, representantes autorizados pelos candidatos, observadores oficiais e os próprios eleitores, Moskal pediu para verificar a possibilidade de realização de eleições em áreas a ser determinadas. Existem riscos semelhantes também em Donetsk.

A afluência às urnas prevista no Donbass não é muito alta. Muitas pessoas abandonaram a região, outras se mudaram dentro da região, muitos não se registraram. E não se pode esquecer o enorme cansaço moral devido a guerra e política nesta região. 
Mas, há fatos positivos. Apesar de que metade dos moradores de Donbass não conseguiu votar nas eleições presidenciais (deste ano), nos territórios em que houve eleições, elas foram as mais honestas de todos os tempos. O partido das Regiões não teve possibilidade de garantir seus 80% como em 2.012. Apesar de que a dependência agora depende mais do governo local e dono da empresa na qual o eleitor trabalha. A influência, de diversas forças políticas, nivela, ao menos um pouco, o processo eleitoral.

Em Luhansk, a compra de eleitores não é tão descarada nestas eleições, mas continua o suborno, especialmente nas áreas rurais. O valor aumentou um pouquinho, a partir de 200 hryvnias. Em Volyn, alguns espertinhos distribuem certificados, que poderão ser trocados por dinheiro, após as eleições nos "fundos de caridade" do candidato. Continuam valendo as mais diversas formas da "caridade", como auxílio social, construção de playgrounds, presentes para crianças, ajuda aos militares do ATO, etc.

SEM DIREITO AO VOTO

Em tempo de paz, os soldados designados para parte oficial, dispõem de 4 horas para votar - explica Oleksandr Klyuzhev. - Mas agora, na área do ATO surgem muitos problemas práticos, que não foram resolvidos pelo Parlamento, por isso milhares de combatentes agora não poderão realizar seu direito constitucional (Justamente os mais patriotas - que pena! -  OK). A maioria das unidades militares está fora de sua implantação, ou mesmo em locais onde não foi possível organizar as eleições. Então, não há nenhuma razão formal para incluí-los na lista de eleitores. E, ainda há os combatentes dos batalhões voluntários, que não pertencem às unidades militares.

No entanto o presidente e a Comissão Eleitoral Central  promete resolver este problema. "Eu reuni os chefes de departamentos militares e encarreguei-os de recolher as declarações dos soldados e incluí-los ao cadastro dos eleitores da Ukraina - disse Poroshenko. - Ao registro já incluíram 10 mil soldados que estão na área de combate ao terrorismo. Isto é vergonha e irresponsabilidade, que o Parlamento não conseguiu aprovar um projeto de lei sobre o voto dos militares". No entanto, algumas unidades e batalhões de voluntários pretendem sozinhos resolver estas questões. "Meus combatentes certamente vão votar, - categoricamente declarou o Kombat de "Aidar" Melnechuk. - Tem circunscrições eleitorais, as listas foram apresentadas. Parte do batalhão votará em Starobilsk, parte - na cidade Shchastia". Mas constata-se, que a maioria de várias dezenas de milhares de soldados, que permanecem na zona ATO, não poderão realizar seu direito constitucional de votar.

Tradução: O. Kowaltschuk
  

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eleições parlamentares na Ukraina

No próximo domingo, dia 26 de outubro, realizar-se-ão as eleições parlamentares na Ukraina.

Os que vivem nos abrigos subterrâneos em Donetsk
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 08.10.2014

Jornalista Kate Serhatskova esteve no abrigo subterrâneo em Donetsk. Lá vivem moradores locais já a alguns meses. Juntamente com seus filhos pequenos que não mais frequentam a escola.


Novo vídeo de Babylon '13 : "Permanecer vivo"
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 24.10.2014

Os veteranos Ukrainianos atuais falam sobre suas vidas, a guerra no leste e esperanças para o futuro.  (Não deixe de ver - não é necessário saber o idioma ukrainiano para entender - OK).


Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Amigos de Yanukovych compram aptos de luxo e vilas em Moscou
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.10.2014

Praticamente todos os amigos do ex-presidente Viktor Yanukovych hoje no exílio, já se instalaram na Rússia. Os ex-funcionários da Ukraina adquiriram em Moscou apartamentos e residências, e já adquiriram passaportes russos e emprego permanente.
Além do próprio Yanukovych, que se estabeleceu em Rublovts, na vila "Landshaft", na Rússia agora vivem:
Ex-ministro do Interior Vitali Zakharchenko,
Ex-chefe do Ministério da Defesa Pavel Lebedev,
Ex-ministro da Justiça Elen Lukash,
Ex-chefe da Inteligência Estrangeira Gregory Illiashov (marido de Elen Lukash,
Ex-chefe do Serviço de Segurança da Ukraina Oleksandr Yakumenko,
Ex-primeiro-vice-chefe da administração presidencial Andrii Portnov,
Ex-procurador-geral Viktor Pshonka,
Ex-primeiro vice-primeiro ministro Sergei Arbuzov,
Ex-ministro da Educação, Dmitry Tabachnik.

Como diz "Nossa Versão", a lista continua - ao todo são 5.000 pessoas, com crianças e familiares.

Aproximadamente 40% dos !refugiados - funcionários" da Ukraina compram imóveis em Moscou, pelo preço desde um a dois milhões de dólares. E aproximadamente 40% investem em imóveis de dois a cinco milhões de dólares. Os restantes 20% assumem grandes negócios - até 30 milhões de dólares.

Os cidadãos ricos da Ukraina ocuparam dois terços de apartamentos luxuosos alugados em Moscou.  Muitos "refugiados" compram habitação abertamente. É o caso de Portnov que sofreu tentativa de sequestro.
O filho do ex-primeiro-ministro, deputado Alex Azarov comprou um lote de terra de 4.000m², na região de Istrinsk, mas transferiu-o para o nome do pai de sua esposa - valor 8 milhões de dólares.
O ex-chefe do SBU comprou um segundo apartamento em Moscou, registrando-o no nome de seu genro.
O ex-presidente do Banco Nacional Sergei Arbusov encabeçou a associação "Centro para o estudo econômico e sócio-cultural desenvolvimento dos países da CEI, Europa Central e Oriental", registrado por ele em São Petersburgo.

Poroshenko concordou com julgamento de Yanukovych à revelia
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana, 21.10.2014

Presidente Poroshenko assinou a lei que possibilitará a realização do julgamento de Viktor Yanukovych.
O serviço de imprensa presidencial explica que trata-se de mudanças na lei penal "sobre a inevitabilidade da punição de certos crimes contra a segurança nacional, segurança pública e delitos de corrupção."
Este documento permite a realização de processos à revelia contra suspeitos, e confisco de seus bens.

Rússia terá 20 anos de guerrilhas se ela se atrever a novas agressões contínuas.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.10.2014


O es-ministro de Relações Exteriores da Polônia, e atual presidente do Sejm (Parlamento polonês) diz temer que Rússia não aceitará a existência da Ukraina como nação independente, separada... "E se eles quiserem ir contra o nacionalismo ukrainiano, então Rússia saberá, que Ukraina é uma nação real e enfrentará uma guerra de guerrilhas de 20 anos" - disse o Sr. Sikorski. E que Rússia poderá facilmente tomar o território ukrainiano para Kremlin criar a chamada "Novorossia"", mas terá problemas para mantê-la sob controle. Para manter este território Rússia precisara 200 - 300 mil militares e 10 anos. Eles enfrentarão mobilização nacional permanente" - disse Sr. Sikorski.

Segundo NBN  de 20 de outubro, o chanceler polonês R. Sikorski disse que a inteligência russa começou investigar a situação na Ukraina, em termos de anexação, ainda em 2011.

Numa entrevista à revista Político Magazine, o ex-ministro das Relações Externas da Polônia disse que Rússia queria incluir Polônia na divisão da Ukraina. Ele acrescentou que Rússia fazia cálculos sobre qual região seria mais vantajoso capturar. E foram pensadas: Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Odessa.

Inverno veio... Haverá algo para nos aquecer?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 23.10.2014
Zinovia Voronovych

Para temporada de aquecimento Ukraina carece de pelo menos cinco bilhões de metros cúbicos de gás. 


Na Ukraina já iniciaram geadas e quedas de neve. No dia 22 começou o aquecimento. Verdade, somente nas escolas, creches e hospitais. Mesmo se o aquecimento vier para as residências, será num modo muito econômico. Os especialistas estimam um deficit de 5 - 7 bilhões de metros cúbicos. 

A rodada de negociação entre Ukraina, Rússia e UE terminou em nada. As partes, supostamente, concordaram no preço de inverno - 385 dólares por mil metros cúbicos, com pagamento adiantado. (Rússia não mantém o mesmo preço para todos os países. É como se diz por aqui: "conforme a cara do freguês". Os ukrainianos, segundo eles, pagavam o maior preço - OK).
Rússia não quer assinar nenhuma garantia de que este preço será mantido, ela alega que o preço é de 485 dólares e 100 dólares é o desconto, e exige pagamento adiantado.
Várias negociações tripartidas dão a sensação de que o acordo é entre a Comissão Européia e FR, porque aos representantes ukrainianos ninguém ouve. Europa precisa de livre trânsito do gás através da Ukraina. A comprovação de desprezo aos representantes ukrainianos foi demonstrada quando o representante ukrainiano em Bruxelas pegou o microfone, a delegação russa deixou o salão.

Bohdan Sokolovskyi, especialista em energética: "Mesmo Rússia assinando um documento, não há garantia que ela o cumprirá." Ele acha que fazer acordos com o agressor e, principalmente, pagar-lhe adiantado, absolutamente não se deve. Melhor passar um inverno difícil com o pouco gás reverso e começar negociar com a Noruega para o próximo ano. Noruega produz 106 bilhões de m³ de gás e pretende arredar Rússia do mercado europeu.

Mas, nem todos acreditam que poderão atravessar o inverno sem o gás russo. Quando a temperatura começar a cair, as pessoas vão sair para protestar, diz Yuri Korolchuk, do Instituto de Pesquisa Energética. "O gás que temos será suficiente apenas até Janeiro. Precisamos fazer acordos com a Rússia, ou com a Europa para maior quantidade de gás reverso.

"Mas, mesmo acordos com a Rússia não garantem que teremos gás suficiente se não há documentos claros, assinados. Não há garantias. Para em janeiro a FR declare que não pode nos fornecer a quantidade necessária - diz o especialista do Centro de Pesquisa Energética Oleksandr Kharchenko. Ele também acha que poderão, com dificuldade, sobreviver  ao inverno com o gás que tem. Ele considera que o plano do governo em desligar o gás, primeiramente, das empresas químicas, depois metalúrgicas, se faltar gás, é correto. Por que o Estado deve fornecer gás a empresas privadas? Precisa, como na UE dar-lhes acesso ao tubo, e sobre o fornecimento que eles façam seus acordos com a Rússia. A maioria das empresas químicas ukrainianas pertence a empresários russos. Então, eles que negociem o gás que precisam. Isto resolveria muitos problemas.

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Rússia afogarão no petróleo?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.10.2014
Zinovia Voronovych

A queda dos preços do "ouro negro" é pior do que as sanções. Na Rússia para o ano seguinte preveem "buraco" no orçamento de 500 bilhões de rublos!

Presidente USA e o rei da Arabia Saudita acordaram um "golpe de petróleo" contra Rússia ainda na primavera?
A "amizade" internacional contra Rússia ou luta pelo mercado? Especialistas coçam suas cabeças, sobre o que está acontecendo no mercado do petróleo e por que alguns países que produzem "ouro negro", de repente, tão amigavelmente, começaram derrubar os preços. Para os ukrainianos, mesmo longe da economia, a queda dos preços do petróleo - a notícia é, definitivamente, agradável. Em primeiro lugar, devido ao petróleo barato, já começou cair o preço da gasolina. Em segundo lugar, a queda dos preços do petróleo afeta a economia russa mais do que quaisquer sanções. Quando o preço do barril de petróleo chegou a U$ 87, o ministro das finanças russo Anton Siluanov disse: se tais condições continuarem, no próximo ano teremos que pegar no fundo de reserva aproximadamente 500 bilhões de rublos (12,5 bilhões de dólares)  para fechar o buraco no orçamento. O preço já está abaixo de 85 dólares, e é provável que caía mais...

Foram os especialistas russos que, primeiramente, começaram a falar sobre a trama no mercado de petróleo. Dizem que os Estados Unidos e Arábia Saudita concordaram em derrubar os preços do petróleo para assim destruir a economia da Federação Russa. Ainda na primavera, aos russos, pareceu suspeita a visita de Barack Obama ao rei da Arábia Saudita. De fato, o cartel de petróleo da OPEP começou intensificar a produção do petróleo. Os Estados Unidos também aumentaram a produção em seus campos de petróleo  no Texas e Dakota. Como consequência, os preços caíram ainda mais de 20 dólares e, parece, que não planejam parar. No orçamento russo para 2014-2016 o preço previsto é de 93-95 dólares por barril. Os rendimentos da produção e exportação do petróleo - 50% das receitas do orçamento russo. Portanto, a redução do preço em cada dólar abaixo do previsto no orçamento - um golpe duro para economia da Rússia.

Rússia que costuma aterrorizar metade da Europa com o seu gás, encontrou-se numa armadilha. E - não é pela primeira vez. Há especulações, de que foi a conspiração dos EUA e Arábia Saudita na década de 80, devido a qual os preços do petróleo caíram em 2,5 vezes, levou ao colapso da União Soviética. É possível que a América mais uma vez decidiu ir por esse caminho... No entanto, os analistas acreditam, que a meta dos EUA não é acabar dom a FR, mas conter Putin.

"Eu não construiria grandes ilusões, que a queda dos preços do petróleo levará ao colapso da FR. Em um ou dois meses a economia russa não desmorona. Até com 80 dólares por barril, a economia russa é capaz de funcionar mais ou menos, normalmente, não menos de um ano", - diz o perito do Centro Razumkov Volodymyr Omelchenko.


No entanto, o cartel de petróleo da OPEP planeja reduzir o preço abaixo de US $ 80. "76 - 77 dólares  pode tornar-se o preço final do barril". - declarou o ministro do petróleo de Kuwait Ali al-Omairi. Segundo suas palavras, a Organização dos Países Exportadores do petróleo na reunião de 27 de novembro, é provável que reduzirão a produção para sustentar os preços.

"As razões para queda dos preços do petróleo são várias - diz o vice-diretor do Centro Técnico - Científico "Psyche" Gennady Riabtsev. -Proposições no mercado do petróleo, atualmente, são maiores do que a demanda, por isso não podem afetar o preço. Além disso, não excluem certos acordos entre os Estados Unidos e a Arábia Saudita. E o motivo pode ser não apenas minar a situação econômica da Rússia. Aos EUA é vantajoso reduzir o custo do óleo. Desde meados dos anos 80 dos EUA retiravam a produção em massa. Formou-se tal situação que ao setor econômico simplesmente não é confortável trabalhar nos EUA. Para corrigir a situação, os EUA esforçam-se em reduzir o valor da energia. Com o gás já conseguiram. O preço do gás hoje, nos EUA, é 80 - 100 dólares por mil metros cúbicos. Comparem isto dom 485 dólares que de nós exige FR, e vejam a diferença. Agora eles querem reduzir o preço do petróleo. Se falar de óleo leve do Canadá, seu custo é cerca de 60 dólares por barril. Até este ponto pode-se baixar o preço. Grandes exportadores de petróleo estão interessados em preços mais baixos, e isto lhes permitirá desalojar do mercado os produtores cujo custo é muito maior. Por exemplo, o custo do petróleo na Arábia Saudita é 4 -5 vezes menor que na Rússia. Por isso a Arábia Saudita pode se dar ao luxo de baixar os preços. Mesmo se não for por motivo político, mas a política aqui, certamente é presente, economicamente tal passo é confortável às principais economias mundiais. Aos países importadores como UE é confortável a energia mais barata. Aos países do Oriente Médio é benéfico baixar os preços, porque assim eles desalojam o petróleo russo do mercado europeu e asiático. Naturalmente, o preço do petróleo é uma das alavancas de influenciar Rússia. Afinal, se o preço abaixo de 80 dólares durar vários meses, as autoridades russas terão de cortar programas sociais. "Por experiência própria, sabemos o que significa aos eleitores o corte nos gastos sociais. Pode-se criar dezenas de leis, que prejudiquem a democracia, o povo aceitará. Mas, se você retira esmolas sociais, parte das pessoas que apoiam o governo, imediatamente reduz-se.

É claro, que os preços do petróleo - é a melhor ferramente de luta com a Rússia. Então, espera-se que Putin começará a retirada de seus militares e deus diversionistas do território ukrainiano. No entanto, para nós, o valor do petróleo é importante, não só para refrear Putin. Pois do preço do petróleo depende o preço do gás.

"Os contratos de longo prazo de preço do gás estão ligados ao preço do petróleo. Então, se diminui o preço do petróleo, devem diminuir os preços do gás. Exatamente assim é o contrato entre a Rússia e Ukraina, Mas, da Rússia pode-se esperar quaisquer truques, especialmente porque a fórmula pela qual eles calculam o preço do gás para Ukraina, é muito vaga. Esperar uma política adequada em relação ao gás da Rússia basta, - diz Volodymyr Omelchenko. - O preço do petróleo - é também acima de 60% do preço da gasolina. É claro, que o efeito na Ukraina , da redução do preço das matérias primas um pouco nivelam os problemas no mercado de câmbio. Portanto, os preços  descem não tão rapidamente como desejariam os nossos motoristas. Retem a queda dos preços da gasolina os problemas na aquisição de divisas que possuem os importadores. E, também, porque o mercado dos produtos do petróleo aqui é monopolizado".

Entretanto...

Perante o cenário de queda dos preços do petróleo, a moeda russa continua a depreciar-se. Apesar do apoio sem precedentes (para segurar o rublo o Banco Central da FR, apenas na semana passada gastou mais de 4 bilhões de dólares), o rublo continua estabelecer anti-recordes. Em 15 de outubro, no transcorrer do curso na bolsa de Moscou, desabou para 41 rublos por dólar e mais de 52 rublos por euro.

Catástrofe ecológica ameaça Donbass, inclusive Rússia.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 21.10.2014


(Vídeo no idioma russo)
Isto foi afirmado pelo presidente do Sindicato Independente dos Mineiros da Ukraina Mykhailo Volynets, diz o site da cidade de Gorlivka 0624.com.ua
"Em Enakievo está inundada a mina "Poltavska", próximo está sendo inundada "Vuhlerivska".  Ao lado delas está a mina "Yunkom", na qual em 1979 foi realizada uma explosão nuclear. Agora as águas sujas das minas ascendem e trazem substâncias radioativas para superfície, onde o nível da radioatividade excederá em 1000 vezes", - diz Volynets.

Ele salienta, que em Gorlivka, a mina "Oleksandr-Oeste" recebeu, em 1989, 50 toneladas de substancia perigosa - monoclorobenseno" (Peço compreensão, tradução para esta junção de nomes, eu não encontrei - OK) que se juntou com outras substâncias nocivas sob a terra.
Segundo Volynets, na ocasião, a área foi localizada e a mina foi fechada. "Mas agora a inundação descontrolada das minas fará com que esses produtos químicos venham à superfície. Será envenenada uma camada da terra, a água potável. A água inundará caves, campos, asfalto e tudo mais - transformará em lama. Serão envenenados os afluentes do rio Seversky Donets, Mar Azov e território russo. Na província de Rostov (Rússia) há mais de 100 minas fechadas nos últimos 25 anos, então será envenenado o Rio Don", - afirma Volynets. Ele reforça, que as ações militares no Donbass promovem desastre ambiental na região. "Viver lá será muito complicado, especialmente no inverno", disse ele. De acordo com o especialista, as águas das minas podem alcançar a superfície em 4=5 meses "e talvez menos".

Anteriormente o jornal ZN-UA escreveu sobre as possíveis consequências letais do conflito com o meio ambiente na região de Donbass. Basta parar o bombeamento da água nas minas e em consequência à violação do fornecimento da energia, a água ameaça subir à superfície junto com o metano, transformando grandes áreas em pântano tóxico. O vazamento de cloro líquido de estações de água em resultado, por exemplo, de projétil, pode custar a vida de pessoas que encontram-se a quilômetros de distância, e a não limpeza destas águas ameaça os moradores locais com epidemias.

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Ocidente: entre interesses e valores
Tyzhden.ua (Semana Ukrainiana), 17.10.2014
Igor Losev

O ocidente que quer desenvolvimento livre e normal, não pode permitir a hegemonia da atrasada e parasitária Rússia, que dita suas pobres regras ao restante do mundo.


A agressão do Kremlin contra Ukraina, o colapso do sistema das relações internacionais do pós-guerra, particularmente a ineficiência absoluta do Memorando de Budapeste de 1994, o embaraço ocidental quanto a pós República Weimar da Rússia, trouxeram as discussões sobre, por que Moscou com seu sistema autoritário e totalitário tem tão enorme impacto no mundo democrático, por que justamente ela dita a ele a ordem diária, ignorando ostensivamente e entusiasticamente, menosprezando todas instituídas normas da convivência internacional.

Não é apenas a questão de força realmente tradicional da traiçoeira "bizantina" diplomacia do Kremlin (embora ela se baseia mais na força brutal que na habilidade) mas, também, a objetiva fundamental dualidade da civilização ocidental. O ocidente - é mercado como base econômica e democracia como base política. Se democracia - é valores, o mercado - é interesses. E eles estão em constante conflito entre si. Não se pode dizer aqui que sempre vence um ou outro . Há inúmeros fatores, que asseguram o triunfo dos valores sobre os interesses, ou ao contrário. O ocidente é literalmente crucificado entre as realidades controversas.

A ilustração viva disto é o problema francês atual com a venda a Rússia dos navios portadores de helicópteros Mistral. Moscou aprendeu a jogar com habilidade nas contradições entre a idéia e cálculos especulativos. Certamente é uma grande tentação... Aliás, não é apenas arte de Moscou. O ocidente democrático seduzia-se por outros regimes anti-democráticos. Pode-se lembrar, que até o início da Segunda Guerra Mundial às atitudes dos poderes democráticos ocidentais a Alemanha nazista era bastante tolerante. (E isso apesar das sombrias leis raciais de Nuremberg!) e em 1936 os democratas de bom grado e com entusiasmo foram para as olimpíadas de Hitler.

No Ocidente tendia e tende o princípio: "Negócio a qualquer preço! Negócio apesar de tudo!", o que confirma a tese clássica do marxismo que o burguês, por uma porcentagem de lucros está pronto para vender até a corda, com a qual o enforcarão. Estados Unidos e Europa ativamente colaboraram com o bolchevismo da União Soviética nos anos 20 e 30 do século XX apesar do fato de que a União Soviética não fazia segredo de suas intenções ao mundo burguês. O que já não dizer sobre os comunistas radicais, quando até o liberal Krushchev, no final dos anos 1950, durante sua visita aos Estados Unidos carinhosamente prometeu aos americanos:  "Nós vamos enterrá-los!" Significativamente, os Estados Unidos estabeleceram relações diplomáticas com a União Soviética durante a Grande Fome na Ukraina. Nos Estados Unidos havia a Grande Depressão, por isso, negócios acima de tudo...

No primeiro plano quinquenal na União Soviética, a industrialização terminaria em fracasso (em primeiro lugar após a abolição da NEP (Nova Política Econômica) sem ajuda integral das empresas ocidentais, especialmente no complexo militar-industrial. Os historiadores russos Diakov e Bushyie, em seu livro, que centra-se na forma como a União Soviética auxiliava a destroçada, na Primeira Guerra Mundial, Alemanha na recuperação do MIC (Complexo Industrial Militar) denominaram "Espada nazista forjava-se na URSS". Mas a espada comunista forjavam países democráticos ocidentais...

Até o início de 1930 na União Soviética não havia indústria de tratores, nem tanques. Mas, em 12 anos, eles já possuíam 24 mil tanques equipados, de fabricação própria. Compreender este fenômeno é impossível sem referência ao papel da organização de tal milagre, do especialista americano Albert Khan. Como afirma o historiador russo Dmitri Khmielnitskyi, a empresa de Albert Khan "...projetou entre 1929 e 1932, 521 (segundo outros dados 571) objetos. Isto, em primeiro lugar, fábricas de tanques em Stalingrad, Chelyabinsk, Kharkiv e Tomsk; de veículos rodoviários em Chelyabinsk, Moscou, Stalingrad, Nizhby Novgorod, Samara e fábricas de ferramentas em Kaluga, Novosibirsk, Upper Salda, Moscou e fundições em Chelyabinsk, Dnipropetrovsk, Kharkiv, Kolomna, Lyubertsy, Magnitogorsk, Sormo, Stalingrad..."

Khan abraçou com suas atividades quase toda a indústria militar soviética. Por muitos anos, esses fatos eram cuidadosamente escondidos na URSS, e mesmo nos Estados Unidos, histórias sobre eles não eram muito populares.

Dmitri Khmielnitskyi escreve: "Em 1931 o empregado engenheiro da empresa da Kahn, William H. Brass, voltando para os Estados Unidos compartilhou suas impressões sobre o trabalho na URSS com jornalistas do jornal de Detroit. Ele descreveu o mercado negro, a impossibilidade de deixar o país, sobre o Judiciário selvagem, sobre polícia secreta e os problemas habitacionais. E sobre o que mais temiam nos EUA, - transformação da indústria civil na militar. Mas o mais grave foi a suposição de Brass que, o contrato de Khan com União Soviética incluía um item sobre a promoção do comunismo nos EUA. Albert Khan imediatamente desmentiu, na imprensa, a promoção do comunismo, mas as dúvidas sobre atividades de sua empresa na União Soviética, dissipar não conseguiu. 

O governo soviético propôs a Khan, em 1930, um pacote de encomendas para construção de empresas industriais na União Soviética, no valor de 2 bilhões de dólares, que no início do ano 2000 equivalia a 220 bilhões de dólares (!).

De onde vinham os dólares para pagamento de fantásticas pelo tamanho, encomendas? Isto foi o valor das vidas de milhões de camponeses ukrainianos que morreram em 1932-1933, porque lhes tiraram o pão (colheita de trigo), que era mandado para exportação. Stalin admitiu isto na carta a Molotov: "Mikoian avisa, que as provisões crescem e diariamente exportamos pão de 1 - 1,5 milhões de "pud" (o peso desta medida é de 16.36 kg - OK) no mínimo. Do contrário corremos o risco de ficar sem as nossas novas fábricas de engenharia e metalurgia... Em outras palavras, devemos ferozmente forçar a exportação de grãos".

Interessante, que então, como agora, Moscou usou magistralmente a competição e contradições entre países e empresas ocidentais, preferencialmente contrapondo USA e Europa. Aliás, Stalin escrevia sobre isto a Kaganovich no verão de 1.931: Por causa das dificuldades das condições monetárias e não aceitáveis condições de crédito na América sou contra quaisquer encomendas da América. Proponho proibir novas encomendas, cessar quaisquer negociações sobre novas encomendas e, se possível, desistir dos acordos já realizados sobre encomendas anteriores, transferindo-as para Europa..." Kaganovuch apoiou o líder e avisou: "Verifica-se, que 80 - 90% das encomendas podem ser transferidas para Inglaterra". Os americanos começaram afastar, substituindo-os pelos europeus, e em 1935 nas fábricas soviéticas trabalhavam 1,719 alemães, 871 austríacos e somente 308 americanos. Interessante, que antes da chegada de Hitler ao poder, os especialistas alemães nas empresas da União Soviética havia muito menos.

Difícil não concordar com o historiador Khmielnitskyi: "É muito alta a probabilidade de que, se Khan não tivesse se entendido com Stalin em 1929 e não projetasse a ele as maiores fábricas de tanques no mundo, então, possivelmente, não haveria suficiente decisão de Stalin para estabelecer em 1939 o pacto com Hitler para juntos iniciarem a guerra, para divisão do mundo. Mas, a empresa de Albert Khan existe até hoje...

Claro, para os ukrainianos é muito importante e dolorosa a questão sobre, o que vencerá hoje na sociedade ocidental: os valores ou os interesses? É esta questão não é acadêmica, é uma questão de vida ou morte não apenas para Ukraina, mas, no mínimo para toda Europa Central e Oriental. 

Hoje, pela abordagem mais racional pode-se constatar que os interesses e valores do Ocidente encontram-se, porque, se ao Kremlin for permitido quebrar a ordem mundial, então dominarão não as normas do direito, não os cálculos econômicos, mas a força brutal e a arrogância que rapidamente transformarão a vida num caos total, na guerra contra todos, o que  inevitavelmente fará absolutamente impossível o mundo sem armas nucleares. Pois cada país, que desejará sobreviver, será obrigado, não contando com as garantias que nada valem, criar um equilíbrio de medo para um potencial agressor.

O anacronismo político e econômico não pode seu um modelo forçado para a humanidade. Hoje, o Ocidente, para proteger seus interesses, deve partir dos valores.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 19 de outubro de 2014


Principais notícias da ASEM (17 e 18.10.2014) e da Ukraina
Vysokyi Zamok (Castelo Alto) 19.10.2014

Em Milão, nos dias 16 e 17 de outubro, realizou-se a reunião da ASEM (Organização Internacional unificada de países da Asia e Europa, com a presença de chefes de Estado. Fatos relevantes:


Herman Van Rompuy, presidente do Conselho da Europa: Putin deu a entender que ele é contra o congelamento do conflito no leste da Ukraina e considera Donbass território ukrainiano. (No entanto, no dia 01.09.2014, ele declarou ao presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso que, se quiser, poderá tomar Kyiv em duas semanas).

O primeiro-ministro da Itália disse aos repórteres que, em sua opinião, foi dado um passo importante em relação a Ukraina. No entanto, o porta voz do presidente russo afirmou, que os líderes europeus não entenderam a posição da Federação em relação aos acontecimentos no Leste da Ukraina.

David Cameron, primeiro-ministro da Grã Bretanha: Putin não quer que Ukraina se divida" (Não mesmo??? - OK). Mas, se não houver progresso na execução dos acordos, UE deve reforçar as sanções contra Rússia.

O pequeno almoço de trabalho dos presidentes da Ukraina e Rússia, durou quase uma hora e meia.
As discordâncias persistem.
Segundo primeiro-ministro italiano Matteo Renzo,os líderes da cimeira ASEM deram um passo importante na discussão sobre Ukraina... Eles consideram importante incluir Rússia na solução de problemas internacionais. Para decisão de tal situação é preciso tempo, mas os trabalhos vão continuar nas próximas horas, dias, meses... 
Além de Putin e Poroshenko, participaram das negociações o primeiro-ministro da Itália Matteo Renzo, o primeiro-ministro britânico David Cameron, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande, e chefes da Comissão Européia, José Manuel Barroso e Herman Van Rompuy.

"A introdução de sanções foi o passo certo, mas falar sobre aumento das sanções é muito cedo", disse o representante de um dos países da Europa Ocidental.

Poroshenko descreveu os três pontos do Acordo de Milão: "Primeiro - devem ser implementados todos os itens do memorando de Minsk. Segundo - colaboração com as eleições no Donbass. Terceiro - certo progresso em relação ao gás.

Cinco países lembraram a Putin sobre os acordos de Minsk e expressaram total apoio à integridade territorial da Ukraina.

Poroshenko teve uma reunião com Putin a portas fechadas.

Rússia acusou os participantes do pequeno almoço em Milão, em completa incompreensão da Ukraina.
"Com pesar, podemos notar, que os participantes demonstraram uma completa falta de vontade para entender a situação real no sudeste da Ukraina", - disse Peskou (Secretário de Imprensa de Putin) aos jornalistas.

Total apoio à integridade territorial da Ukraina.

Outras notícias:

Nos combates de Ilovaisk morreram muitos combatentes ukrainianos. Réquiem pelos heróis mortos.


Os terroristas continuam o bombardeio das áreas residenciais, informa o porta-voz do Centro Analítico Andrii Lysenko. 
"Ontem eles lançaram ataques de artilharia sobre as aldeias Granitne, Pisk, Maloorlivka, Debaltseve, Troïtske, Nikishin, Novoorlivka, Kamianka, Trudivske, Krasnogorivka, Hostra Mohyla, Donetskyi, Funze, Nyzhnie, Zolote, Stanytsia Luhanska.
Além destas localidades, os terroristas lançaram foguetes múltiplos "Grad" sobre Trohzibenk em Luhansk e Komuna, Tonenke e Novokalynove na região de Donetsk.

Vídeo social: "Onde está Ukraina?"
A Professora pede: Indique a França. Indique o Brasil. E onde está Ukraina?


O governo da Grã Bretanha já aprovou um pacote de assistência militar para Ukraina, inclusive assume o custo do transporte e desembaraço aduaneiro. O pacote inclui: 1.000 conjuntos de armaduras mais capacetes; 80 conjuntos de equipamentos médicos; 500 conjuntos de roupas de inverno para os militares; 500 meias quentes. O pacote ainda deve passar pela aprovação do Parlamento. 

A ajuda humanitária russa que vem aos terroristas da "FSC" é maciçamente saqueada, mesmo antes de chegar às fileiras dos voluntários. Eles pretendem seguir um plano já elaborado pela "DNR" que, no entanto, é raramente observado. (Esperar o quê de grupos marginalizados da sociedade soviética?...-OK).

O carvão das minas de Akhmetov é exportado para Rússia. (Os leitores, com certeza lembram o recente artigo sobre a falta de carvão na Ukraina...OK).
"O carvão, extraído nas minas JSC "DTEK Sverdlovantratsit" em Luhansk, é levado para região de Rostov (Rússia). É levado por caminhões e pela ferrovia através da estação "Krasna Mohyla". Rússia fornece os materiais necessários para funcionamento da empresa", segundo informações de pessoas próximas ao corpo de veteranos.

Na capital da Ukraina, abrigos contra bombardeio existem apenas no papel. A prefeitura, inclusive, forneceu os endereços dos "4.000 abrigos" existentes. A correspondente do 5º Canal Eugene Tahanovych entrou em pânico após inspeção desses endereços.


O Serviço Federal de Inteligência da Alemanha concluiu que o Malásia Boeing foi derrubado pelos separatistas. "A Comissão holandesa, que trabalha na investigação do desastre, após a decodificação das anotações da chamada "caixa preta", absteve-se de atribuir a culpa concretamente a alguém. Porém, o Serviço de Inteligência Federal da Alemanha, segundo informação do Der Spiegel, chegou a uma conclusão concreta: como as fotos ukrainianas, também as interpretações russas dos eventos, de acordo com Schindler, foram falsificadas.  "Foram os separatistas pró-russos" - declarou o Presidente do Serviço da Inteligência Federal da Alemanha Gerhard Schindler.

Assista o pronunciamento do presidente Poroshenko. Texto traduzido abaixo:


Donbas sozinho é incapaz de sobreviver, portanto, diz o presidente, a realização de eleições legítimas é indispensável: Nós cumprimos o Acordo de Minsk, instalamos a paz, garantimos a eleição de um governo legítimo de acordo com as leis, e iniciamos diálogo político. Segundo caminho: praticam-se falsas eleições, eleições sem escolha, porque isto não são eleições, a nação não vai participar. Compreendam, por favor, que estes territórios sozinhos não são capazes sobreviver, não há tal possibilidade. Possibilidade de que eles farão algo e sobreviverão. Nestes territórios não são pagos os salários pelo trabalho, e não haverá pagamentos, se eles forem por este caminho, porque este caminho é, simplesmente, caminho para lugar nenhum. E 70% do potencial industrial destes locais não trabalha e não vai trabalhar. Por quê? Porque não há para onde enviar mercadorias. Não há governo, esta produção não será reconhecida por ninguém, mesmo se ela existir. Não há condições para administração, não há nenhuma posição sobre pagamentos sociais, não há onde pagar e, finalmente, este é o caminho para nada, não é porque ele não agrada Ukraina ou Europa, ou ao mundo todo, mas porque recursos para sobrevivência não há. E, por isso, a vitória da Ukraina estará conosco.

Entrevista completa do presidente Poroshenko. Em ukrainiano.


Tradução: O. Kowaltschuk