segunda-feira, 30 de junho de 2014


Poroshenko precisa começar a guerra, para não se tornar rei sem país
Radio Svoboda (Rádio Liberdade)
Basil Zilhalov

Os comentaristas acreditam que devido a assinatura do Acordo de Associação com UE, Ukraina enfrenta crescente pressão econômica e política da Rússia, porque a convergência de Kyiv a UE
ameaça aos seus mercados no leste da Ukraina e na União Aduaneira. Os especialistas também consideram que a probabilidade do fracasso do plano de Paz do presidente ukrainiano o compromete seriamente diante dos próprios cidadãos. Os analistas observam, nas páginas das edições europeias que "Putin limita-se apenas com gestos simbólicos" e não contribui para diminuição da violência no leste da Ukraina, e aos separatistas e seus asseclas não são necessárias nem as reformas políticas, nem compromissos, ou interesses ukrainianos... eles se interessam apenas pelas capturas de territórios. Os jornais influentes observam que em Kyiv aumentam as críticas a Petro Poroshenko pela sua verbosidade, ausência de ações concretas e até já dizem, que ele é "dirigente, semelhante ao Hetman sem país (Hetman - denominação do chefe dos antigos cossacos ukrainianos - OK)

Polonesa Rzeczpospolita diz: "O acordo de Associação entre UE e Ukraina desperta a fúria russa", a qual recorre e vai recorrer ainda mais aos meios de pressão econômica e política contra Kyiv, incluindo guerra comercial e restrições alfandegárias sobre bens ukrainianos. Os especialistas citados pelo jornal de Varsóvia, consideram, que além das perdas econômicas significativas devido a reorientação da produção ukrainiana Kyiv também encontra-se diante de novas perdas territoriais em consequência da escalada do conflito no leste da Ukraina. Os observadores também apontam as dificuldades com a implementação da realização do plano de paz do presidente Petro Poroshenko e aumento da insatisfação interna com a sua "inação e palavreado". Mas, o Ocidente, neste meio tempo, com palavras apoia o plano pacífico de Kyiv, mas não se apressa com a introdução da terceira fase de sanções econômicas contra Moscou, que é o que mais teme Vladimir Putin.

Característica à posição da UE em relação a Moscou é a entrevista do Ministro das Finanças da Alemanha Volfgang Schaeuble ao Financial Times de Londres, na qual ele, de todos os modos evitou estimativas aguçadas ao regime de Putin e negava que ele, anteriormente, havia comparado o presidente do Kremlin a Hitler, e cuidadosamente afastava-se da atual política da Rússia como "ameaça para Europa e Ukraina". Schaeuble também disse quanto a Rússia: "nós não queremos sanções, mas se nós não nos voltamos aos princípios básicos da cooperação internacional, e se a independência e autodeterminação das nações não é respeitada, então é inevitável, que essas ações terão consequências."

O alemão Suddeutsche Zeitung escreve, que o presidente da Ukraina Petro Poroshenko, que encantou o mundo no início "com seu charme e aparência de um ursinho de pelúcia", agora perdeu a sedução com eventos negativos em casa. E hoje, quando o plano de paz não funciona, Poroshenko começou ser criticado pela sua verbosidade, ausência de medidas práticas e até já não o chamam "líder, mas antes "hetman" sem país". O autor do artigo Suddeutsche Zeitung, Catherine Kahlveyt, argumenta que "agora Petro Poroshenko caiu sob intensa pressão, porque a guerra no leste continua, caem os mortos, os separatistas não mostram prontidão para compromisso... E Moscou também limita-se apenas com gestos simbólicos". Segundo a observadora da edição alemã, a trégua no leste da Ukraina favoreceu mais os separatistas, porque "a eles, e seus comparsas políticos, como a muito se sabe,não interessam reformas políticas, compromissos, ou interesses ukrainianos". Ela também observa, que muitos na Ukraina já consideram, que já é muito tarde fazer algo para recuperar o controle de Kyiv sobre Donbass, se não começar imediatamente uma guerra decisiva, com frente ampla, contra os separatistas. Estas pessoas criticam o presidente pela verbosidade e inação. E, como escreve o jornal alemão, ainda tem uma categoria de pessoas em Kyiv, que consideram, que Donbass se separando, possivelmente Rússia deixará Ukraina em paz. Na opinião do jornal alemão, o presidente da Ukraina está agora numa posição muito difícil.


Rússia prepara sabotadores para atuar na Ukraina - SBU
O Serviço de Segurança da Ukraina conseguiu incontestáveis evidências sobre o funcionamento de mercenários e sabotadores para desestabilizar a situação e dar apoio aos terroristas na Ukraina, declarou numa entrevista, no sábado passado o vice-presidente do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) Viktor Yahun.
Segundo suas palavras, os dados obtidos indicam a presença no território russo, particularmente em Pskou, Taganrog, cidade de Minas da Província de Rostov, aldeia Molkino da região de Krasnodar e na Província de Moscou, centros de preparo de grupos subversivos para cometer atos terroristas, de sabotagem e ataques armados contra militares ukrainianos e população pacífica.
As provas documentais testemunham que, exatamente de lá os criminosos são enviados para Ukraina com tarefas dos russos", - disse o funcionário do SBU.
Para isto, acrescentou, usam-se as redes sociais que abrigam as informações de contato - telefones, nomes dos contratadores, endereços de emails, indicações para localização dos acampamentos.
O recrutamento dos chamados "voluntários" realiza-se, principalmente, na base econômica. "Concordam apenas pessoas sem princípios, - disse Yahun.
O Estado ukrainiano, segundo o vice-chefe do SBU, exige do lado russo "rapidamente fechar os pontos de recrutamento e os campos de treinamento de mercenários, retirar os anteriormente enviados para Ukraina grupos do serviço secreto".


O vídeo mostra os locais onde os sabotadores são "preparados", endereços, telefones, etc., e destaca as suas principais funções na Ukraina: envenenar a água, destruir pontes e represas, danificar comunicações, desacreditar/desconsiderar o governo da Ukraina.

No leste da Ukraina, na parte dos territórios das províncias de Donetsk e Luhansk agem grupos armados com o apoio da Rússia, incluindo pessoal e armas, e ultimamente também com equipamento militar pesado. Além disso, os sabotadores pró-russos são detidos pelos militares ukrainianos em outras regiões.

Tradução: O. Kowaltschuk

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