quinta-feira, 19 de junho de 2014

Eu renuncio este governo, esta Rússia: moscovitas pediram desculpas a Ukraina

Ukrainska Pravda Jettia (Verdade Ukrainiana "Vida"), 16.06.2014

À Embaixada Ukrainiana em Moscou, os moradores da cidade trouxeram flores e bilhetes, onde expressaram compadecimentos aos ukrainianos.
Eles colocaram cartazes na parede da instituição, com inscrições:


"Nos perdoe, Ukraina",  "Perdoem irmãos",  "Compadecemo-nos". 

"Perdoem-nos tudo. Se puderem. Desculpem", - diz uma moradora da cidade.

"Eu odeio a guerra em todas as suas formas. A mim revolta muito, que o meu país conduz guerras constantemente e que agora esta guerra chegou a Ukraina. Eu renuncio deste governo, desta Rússia. Eles me privaram de minha pátria, e agora matam a nação fraterna. Eu tenho muita compaixão por vocês.", - diz outra mulher.

"Queridos ukrainianos, por favor, aceitem a compaixão do nosso lado. É lamentável, que aconteceu tal tragédia, que morrem rapazes jovens. Perdoem aqueles de nós que estão aqui hoje e que não podem mudar nada. Eu espero, que vocês consigam construir o seu país e acabar com a guerra. Espero que vocês acreditem em nós. Muitos de nós não são iguais àqueles que mostram na TV", - diz outra garota.

"O mal apossou-se da Rússia, e agora chegou a Ukraina. Nós não conseguimos acabar com este mal e agora eu me sinto culpado por isso", - diz o homem.

O outro homem diz que tudo isto é o mesmo que levantar a mão contra a própria mãe. "Como viver depois disso?" - pergunta ele.

Como sabemos, 15 de junho foi anunciado um dia de luto na Ukraina, pelos militares e guardas da fronteira, que morreram durante a realização da operação antiterrorista.

Em 14 de junho, durante a aproximação ao aeroporto de Luhansk, os combatentes pró-Rússia abateram o avião de transporte militar das Forças Armadas da Ukraina IL-76. A bordo havia 40 soldados e 9 tripulantes.


Vocês vencerão, porque sua é a verdade: em Moscou organizaram uma ação em apoio a Ukraina.

Pessoas que não apoiam a política de Putin em relação a Ukraina vieram ao monumento a Taras Shevchenko em Moscou com bandeiras ukrainianas, da Rússia e vermelho-pretas (A bandeira vermelho-preta foi criada pela Organização dos Nacionalistas Ukrainianos, durante a Segunda Guerra Mundial. O preto simboliza o solo ukrainiano e o vermelho -  o sangue derramado pela Ukraina. -OK) e registraram um apelo aos ukrainianos.

"Nós somos apenas uma pequena parte dos que são solidários a vocês. Estamos aqui reunidos para externar a vocês o nosso total apoio na luta que vocês conduzem. Luta, principalmente por um novo futuro, pela Ukraina com justiça, pela independência da Rússia de Putin. Vocês, obrigatoriamente vencerão, pois a verdade é sua.  "Glória a Ukraina!", - diz o apelo.

Visita não desejada

O Ministério da Cultura da Ukraina informou, que a visita do Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kiril, é indesejável. Sobre isto afirma a declaração do chefe do Departamento de Assuntos Religiosos e Nacionalidades do Ministério da Cultura da Ukraina Volodymyr Yushkevich.
Ele disse, que hoje, 19 de junho, na Igreja Kyiv-Pechersk Lavra deve realizar-se o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Ukrainiana em união com o Patriarcado de Moscou.

E, como ficou sabido, para este Sínodo da Igreja Ortodoxa Ukrainiana, sob pressão de forças externas pode ser decidido um convite ao Patriaca Kiril de Moscou. "Portanto, como chefe de órgão do governo em matéria de relações estado-igreja, quero avisar, que tal visita em vista da agressão militar russa, que realiza-se contra Ukraina, é indesejável, provocativa e politicamente engajada", - declarou Yushkevich.

Ele garantiu, que Ukraina, dentro dos limites da lei e do Estado de direito, fará tudo, para que esta vinda não se realize em qualquer parte do território do país, incluindo as partes ocupadas temporariamente.


À guerra - com armaduras que são furadas com bolinhas de chumbo.

Verificando a armadura
Em Lviv, preparando-se para partida à zona de guerra, um dos voluntários comprou no comércio local uma armadura de grau 5 de proteção. O certificado dizia que a pessoa receberia total proteção da bala de um autômato, como do tiro de um franco atirador com SVD ("Drahunky").  

Para convencer sua família, e a si mesmo, o voluntário pendurou sua aquisição no muro, pegou sua espingarda e atirou com chumbinho. A armadura ficou furada.
Na aparência é igualzinha à legítima. A diferença está no preço, que é de 1.600 hryvnias, a verdadeira custa 5.000.
Infelizmente já venderam estas proteções várias para os nossos voluntários.

A guerra continua

Próximo a Sloviansk, em Donetsk, morreram hoje, 19 de junho, mais de 20 militares ukrainianos, que participam da ação antiterrorista, segundo ex-governadora de Lviv Irena Sekh. (ex-governadora porque o presidente Poroshenko não quer ninguém ocupando duas cadeiras ao mesmo tempo. Irena Sekh é deputada - OK).

Imagens da vida em Sloviansk














Tradução: O. Kowaltschuk

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