segunda-feira, 30 de junho de 2014


Poroshenko precisa começar a guerra, para não se tornar rei sem país
Radio Svoboda (Rádio Liberdade)
Basil Zilhalov

Os comentaristas acreditam que devido a assinatura do Acordo de Associação com UE, Ukraina enfrenta crescente pressão econômica e política da Rússia, porque a convergência de Kyiv a UE
ameaça aos seus mercados no leste da Ukraina e na União Aduaneira. Os especialistas também consideram que a probabilidade do fracasso do plano de Paz do presidente ukrainiano o compromete seriamente diante dos próprios cidadãos. Os analistas observam, nas páginas das edições europeias que "Putin limita-se apenas com gestos simbólicos" e não contribui para diminuição da violência no leste da Ukraina, e aos separatistas e seus asseclas não são necessárias nem as reformas políticas, nem compromissos, ou interesses ukrainianos... eles se interessam apenas pelas capturas de territórios. Os jornais influentes observam que em Kyiv aumentam as críticas a Petro Poroshenko pela sua verbosidade, ausência de ações concretas e até já dizem, que ele é "dirigente, semelhante ao Hetman sem país (Hetman - denominação do chefe dos antigos cossacos ukrainianos - OK)

Polonesa Rzeczpospolita diz: "O acordo de Associação entre UE e Ukraina desperta a fúria russa", a qual recorre e vai recorrer ainda mais aos meios de pressão econômica e política contra Kyiv, incluindo guerra comercial e restrições alfandegárias sobre bens ukrainianos. Os especialistas citados pelo jornal de Varsóvia, consideram, que além das perdas econômicas significativas devido a reorientação da produção ukrainiana Kyiv também encontra-se diante de novas perdas territoriais em consequência da escalada do conflito no leste da Ukraina. Os observadores também apontam as dificuldades com a implementação da realização do plano de paz do presidente Petro Poroshenko e aumento da insatisfação interna com a sua "inação e palavreado". Mas, o Ocidente, neste meio tempo, com palavras apoia o plano pacífico de Kyiv, mas não se apressa com a introdução da terceira fase de sanções econômicas contra Moscou, que é o que mais teme Vladimir Putin.

Característica à posição da UE em relação a Moscou é a entrevista do Ministro das Finanças da Alemanha Volfgang Schaeuble ao Financial Times de Londres, na qual ele, de todos os modos evitou estimativas aguçadas ao regime de Putin e negava que ele, anteriormente, havia comparado o presidente do Kremlin a Hitler, e cuidadosamente afastava-se da atual política da Rússia como "ameaça para Europa e Ukraina". Schaeuble também disse quanto a Rússia: "nós não queremos sanções, mas se nós não nos voltamos aos princípios básicos da cooperação internacional, e se a independência e autodeterminação das nações não é respeitada, então é inevitável, que essas ações terão consequências."

O alemão Suddeutsche Zeitung escreve, que o presidente da Ukraina Petro Poroshenko, que encantou o mundo no início "com seu charme e aparência de um ursinho de pelúcia", agora perdeu a sedução com eventos negativos em casa. E hoje, quando o plano de paz não funciona, Poroshenko começou ser criticado pela sua verbosidade, ausência de medidas práticas e até já não o chamam "líder, mas antes "hetman" sem país". O autor do artigo Suddeutsche Zeitung, Catherine Kahlveyt, argumenta que "agora Petro Poroshenko caiu sob intensa pressão, porque a guerra no leste continua, caem os mortos, os separatistas não mostram prontidão para compromisso... E Moscou também limita-se apenas com gestos simbólicos". Segundo a observadora da edição alemã, a trégua no leste da Ukraina favoreceu mais os separatistas, porque "a eles, e seus comparsas políticos, como a muito se sabe,não interessam reformas políticas, compromissos, ou interesses ukrainianos". Ela também observa, que muitos na Ukraina já consideram, que já é muito tarde fazer algo para recuperar o controle de Kyiv sobre Donbass, se não começar imediatamente uma guerra decisiva, com frente ampla, contra os separatistas. Estas pessoas criticam o presidente pela verbosidade e inação. E, como escreve o jornal alemão, ainda tem uma categoria de pessoas em Kyiv, que consideram, que Donbass se separando, possivelmente Rússia deixará Ukraina em paz. Na opinião do jornal alemão, o presidente da Ukraina está agora numa posição muito difícil.


Rússia prepara sabotadores para atuar na Ukraina - SBU
O Serviço de Segurança da Ukraina conseguiu incontestáveis evidências sobre o funcionamento de mercenários e sabotadores para desestabilizar a situação e dar apoio aos terroristas na Ukraina, declarou numa entrevista, no sábado passado o vice-presidente do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) Viktor Yahun.
Segundo suas palavras, os dados obtidos indicam a presença no território russo, particularmente em Pskou, Taganrog, cidade de Minas da Província de Rostov, aldeia Molkino da região de Krasnodar e na Província de Moscou, centros de preparo de grupos subversivos para cometer atos terroristas, de sabotagem e ataques armados contra militares ukrainianos e população pacífica.
As provas documentais testemunham que, exatamente de lá os criminosos são enviados para Ukraina com tarefas dos russos", - disse o funcionário do SBU.
Para isto, acrescentou, usam-se as redes sociais que abrigam as informações de contato - telefones, nomes dos contratadores, endereços de emails, indicações para localização dos acampamentos.
O recrutamento dos chamados "voluntários" realiza-se, principalmente, na base econômica. "Concordam apenas pessoas sem princípios, - disse Yahun.
O Estado ukrainiano, segundo o vice-chefe do SBU, exige do lado russo "rapidamente fechar os pontos de recrutamento e os campos de treinamento de mercenários, retirar os anteriormente enviados para Ukraina grupos do serviço secreto".


O vídeo mostra os locais onde os sabotadores são "preparados", endereços, telefones, etc., e destaca as suas principais funções na Ukraina: envenenar a água, destruir pontes e represas, danificar comunicações, desacreditar/desconsiderar o governo da Ukraina.

No leste da Ukraina, na parte dos territórios das províncias de Donetsk e Luhansk agem grupos armados com o apoio da Rússia, incluindo pessoal e armas, e ultimamente também com equipamento militar pesado. Além disso, os sabotadores pró-russos são detidos pelos militares ukrainianos em outras regiões.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 29 de junho de 2014

Manifestação no Maidan: esta pode ser a última manifestação pacífica
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana) 29.06.2014

Na quinta manifestação (após Yanukovych), no Maidan reuniram-se alguns milhares de pessoas. Elas apelam ao Presidente Poroshenko para acabar com a trégua.

Manifestação no Maidan
Os ativistas, do palco, leram as exigências e as entregaram à Administração do Presidente. Além de pedir o término da trégua, eles querem a introdução da lei marcial e o fornecimento aos militares  do armamento indispensável para destruição dos terroristas,  e exigências a EUA e países europeus para introdução da 3ª etapa de sanções a Rússia (o que já prometeram, inclusive alguns países já estariam preparando).
Posteriormente acrescentaram mais um pedido - retirar das negociações Viktor Medvedchuk, Nestor Shufrych e outros traidores.
Antes da leitura das exigências os ativistas alertaram que o evento deste domingo pode ser a última manifestação pacífica, porque ele, o presidente deve ouvir o verdadeiro poder - a nação ukrainiana. 
E, que ele tem chances e argumentos diante da UE para mostrar que não é possível continuar com o plano de paz. Caso o presidente não ouvir as exigências do povo, será considerado traidor do país. E por ele aguarda o destino de Yanukovych.
Além disso, o comandante do batalhão "Donbass" Semen Semenchenko contou que os militares ukrainianos estão em terrível situação, porque os recursos direcionados pelo governo para seu apoio, não chegam ao destino

Comandante do Batalhão "Donbass" Semen Semenchenko
"Até agora, o Ministro das Finanças aloca dinheiro destinado a apoiar as empresas que já estão subordinadas aos separatistas. Nas estruturas governamentais há muitos traidores", - disse ele.
Semenchenko disse para não considerar Donbass região problemática e não abandoná-lo. "Donbass é pela Ukraina, embora lá haja pessoas enganadas. Nenhuma Europa nos ajudará. Nós devemos introduzir a ordem sozinhos. Nós podemos parar o agressor..." - concluiu o comandante.
No próximo domingo marcaram nova manifestação e, para terça-feira pediram para vir sob o Parlamento e exigir dos deputados a aprovação da nova lei eleitoral.

Como foi anunciado, dia 27 de junho o presidente Poroshenko decidiu prorrogar a trégua por mais 72 horas (a trégua que os combatentes pró-Rússia não estavam respeitando desde o início).

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Em Sloviansk, na rua Urytskyi, os terroristas colocaram artilharia, que realiza , o maior bombardeio até agora, durante a tal trégua, nas áreas residenciais da cidade, avisou o chefe da investigação político-militar Dmytro Tymchuk. Segundo seus dados morreram não menos de 9 (nove) civis.

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Próximo a 300 combatentes do batalhão "Donbass" e 100 do batalhão "Kyiv" vieram à Administração Presidencial para exigir o restabelecimento da fase ATO (ação antiterrorista).


Neste domingo, os militares ukrainianos rechaçaram o mais cruel bombardeio no morro Karachan. Dois militares gravemente feridos.

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Durante a conversa telefônica dos presidentes da Ukraina, França, Rússia e a chanceler alemã, Putin pediu prorrogar o cessar-fogo (Segundo comentaristas ukrainianos Putin aproveita o cessar- fogo para aumentar os seus combatentes na fronteira, bem como suas armas -OK).

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Japão e Coréia do Sul condenaram as ações da Rússia na Criméia. Japão proibiu a entrada no país a 23 pessoas ligadas a crise na Ukraina e não reconheceu o referendo da Criméia. E, segundo o Ministério do Exterior Japão prevê a suspensão da redução de vistos e o congelamento do início das negociações da possível assinatura de três acordos de cooperação - investimento, exploração do espaço cósmico e prevenção de atividades militares perigosas.

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Do leste da Ukraina desde o início da ATO já reassentaram 24 mil pessoas
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 28.06.2004

Desde o início das operações antiterroristas, dos territórios de Donetsk e Luhansk, até 28 de janeiro, a outras regiões da Ukraina, transferiram e reassentaram mais de 24.378 cidadãos da Ukraina, segundo comunicado do Serviço de Emergência do Estado.
Entre os evacuados: 9 mil crianças, 718 deficientes e 1.969 idosos. A maioria das pessoas evacuadas, no momento, foi alojada em Kyiv, região de Kyiv, e nas regiões de Zaporizhia, Kharkiv, Odessa e Dnipropetrovsk.
Além destes, muitos cidadãos deixaram seu domicílio e, temporariamente acomodaram-se em casas de parentes ou amigos, em outros locais ou províncias.

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 28 de junho de 2014

Negociações com os terroristas. O diabo está nos detalhes
Tyzhden.ua (Semana Ukrainiana), 28.06.2014
Bohdan Butkevych

Negociações com os terroristas com participação de agentes do Kremlin - é prolongamento de tempo, confortável apenas para Rússia e sua gangue no Oriente.


Há um mau presságio político-ukrainiano: se em algo participa Viktor Medvedchuk (Compadre de Putin - OK) haverá fracasso. E, se Nestor Shufrych estiver do lado, então esconda-se. Agora estes dois negociam em nome dos terroristas russos (não abertamente - OK), isto é, Putin com Ukraina, apesar de tentarem argumentar, que é em nome de Poroshenko. Afinal de contas, não é tão importante,  o que o compadre do líder russo e seu "pequeno" cúmplice resmungam, tendo já por mais de dez anos um propósito claro, e ações para dividir o país: só o fato de sua presença indica, que o novo presidente começa repetir os erros do ex-presidente Yushchenko de 2005 - 2006. Fato igualmente importante - sentar a mesa de negociações com terroristas e sabotadores, que são tais oficialmente após qualificação apropriada da Procuradoria Geral. Conduzir diálogo com aqueles que, por definição, não estão sujeitos à tomada de decisões e simplesmente não tem intelecto para quaisquer capacidades de negociações, - é caminho para nada. Isto é, para derrota.

A toda Ukraina as negociações causaram desagradável surpresa que, de repente, aconteceram no prédio do capturado edifício da Administração Estatal de Donetsk, com representantes das organizações terroristas "DNR" e "FSC", as quais agora se fundiram numa certa "União das Repúblicas Populares" (esqueceram de acrescentar "Soviéticas, mas isto já é entendido). Representantes, que é duvidoso, controlam as atividades de todas as gangues armadas, pró-russas.

Indo às negociações com terroristas, Poroshenko corre o risco de pisar no ancinho de Viktor Yushchenko.

Afinal, se o fanático Hirkin ainda é controlado pelo menos até certo ponto, devido ao seu pensamento, então é que, todos estes borodai - gubariev purhin  dirigem declarados bandidos armados que agora saqueiam no leste, não se acredita em geral.  Não falando já sobre a região de Luhansk, onde agem até 10 gangues diferentes, que competem entre si. Então, até mesmo o acordo com qualquer líder  terrorista não significa o cumprimento desses acordos por todos os outros. E não nos esqueçamos da Rússia, à qual o acordo de paz é desfavorável, evidência disso foi a derrubada do helicóptero das Forças Armadas próximo a Sloviansk, no qual morreram nove pessoas e, o qual, por ironia do destino, somente deveria registrar a conformidade/não conformidade do cessar-fogo. Sobre isto - oh acaso! - Putin soube tão rapidamente que em apenas alguns minutos, informou na conferência de segurança da OSCE em Viena. Segundo ele, os "vingadores de Kyiv" novamente partiram para ofensiva.

Geralmente a lógica russa é bem clara: matar o maior número de nossos soldados e assim obrigar a quaisquer negociações, isto é, legitimar no plano público suas organizações terroristas. Então ela, constantemente fornece recursos (armas, homens e munição) às chamas do conflito. As ações do Kremlin agora lembram muito a situação durante a guerra da Geórgia e Abakhazia de 1992 - 1933, quando, em certo estágio as formações pró-russas não estavam capazes à vitória, então aos georgianos foi imposta a tática de conversações. E assim que as forças necessárias foram concentradas e mobilizadas, os Abkhazianos com apoio do Kremlin, sem nenhuma advertência, passaram ao ataque. Do mesmo modo é compreendida a lógica dos terroristas: eles aproveitam este fôlego para formação de novas áreas fortificadas, transferência de armas pela fronteira, mobilização forçada da população local, etc.

No entanto, a lógica do Sr. Poroshenko é muito menos clara. Assim pode-se supor que a decisão sobre um cessar-fogo unilateral, que é devido ao desejo de evitar provocações da Rússia e fracasso da assinatura econômica, isto é, do bloco real de associação com UE. Além disso, pode-se dizer, que este é um jogo astuto para Europa: vocês veem, como nós queremos a paz, mas estes terroristas malditos não dão sossego. Pode-se também cair completamente  na lógica conspiratória e pensar, que os EUA, fazendo pressão sobre Ukraina, esperam, que a Rússia afunde completamente neste conflito, e então já será terceiro nível de sanções. É duvidoso, falando francamente.

Certamente, pode-se usar uma lógica mais simples, que expressa a citação do recém-nomeado Comissário Presidencial para regularização do conflito Irene Herashchenko: "O principal não são os nomes dos negociadores, mas o alcance da paz no Donbass". Verdade, cada ukrainiano morto no Leste - uma tragédia terrível, e isto não é tema para discussão. Parecia que o caminho certo, de forma pacífica, no estilo de Gandi...

Mas o diabo, como sempre, se esconde nos detalhes. Porque respostas às perguntas, sobre como negociar a paz com aqueles, que a paz, por definição não querem, seriam eficazes, não há, e não pode haver. É demasiado para participação das pessoas, que esta guerra, com amor cultivavam e preparavam durante longos anos. E para quê a paz é necessária depois de tantas mortes sem resultados tangíveis? Porque os soldados ukrainianos continuam morrendo - e não importa, em termos de "operação antiterrorista" ou regime de cessar-fogo". Para que tantas palavras, em vez de uma simples e compreensiva "guerra"?

Ao Sr. Poroshenko já há perguntas sérias, apesar das incompletas três semanas no cargo. Nas condições de guerra este é um tempo enorme, e nenhum período de cem dias para moratória da crítica não tem. Parece que Petro Poroshenko apenas começa entrar no curso das questões, nomeia suas pessoas de confiança, e diz coisas completamente certas. No entanto, porque até agora não foi realizada a "limpeza" do Estado-Maior e dos dirigentes do Ministério do Interior das "toupeiras", que, segundo dados até mesmo de fontes abertas, já se encontram sob o barrete do FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa), e de acordo de todos, sem exceção, combatentes, não param de passar informações aos terroristas? E, não precisa falar sobre a falta de pessoal - seria desejado. Por que até agora não foi criado um centro normal anticrise para governar o país nas condições de guerra, que garantiria mais rápido a adoção de decisões comuns? Por que nas negociações, que bem imaginemos, apenas em nome da paz, foram empreendidas em Donetsk, envolvem Medvedchuk, Nestor Shufrech e, com vergonha dizemos, Oleh Tsariev?

Oh, nós apreciamos a beleza do jogo, quando seu representante, em vez do planejado ministro das Relações Exteriores, Klimkin, Poroshenko escolheu o ex-chefe de Medvedchuk, o segundo presidente Leonid Kuchma, para colocar o lacaio de Putin, a priori, em posição psicológica desconfortável. No entanto, como, em geral, pode-se sentar à mesa de conversações com a pessoa, cujo poder político na Criméia hoje apoia a ocupação do território ukrainiano, e além disso esta pessoa hoje, oficialmente, não representa ninguém? Como é possível sentar-se à mesa de negociações com a pessoa, que é procurada por suspeita em traição do Estado? Por que deixar participar desta mesa aquele, que representa a força política, cujo poder levou Ukraina à guerra? E, finalmente, sobre o que você pode negociar com palhaços sangrentos, que não são responsáveis por suas ações, porque são fantoches de Moscou.

O novo presidente com essas negociações, apesar de que elas já são, realmente frustradas por aqueles mesmos combatentes, pisa nos mesmos ancinhos de Viktor Yushchenko. Manter diálogo com aqueles, que deve-se conversar, exclusivamente, pelas linhas do Código Criminal e armas, terá o mesmo resultado. No entanto, ao contrário de meados dos anos 2.000, a sociedade revoltada já não cairá em sono letárgico. E Petro Poroshenko pode encontrar-se, e rapidamente, com nova revolução da dignidade. Já sem as variadas manifestações de paz. E sua força motriz serão os combatentes, que já não poderão mais tolerar traições e impotência no nível mais alto, e a classe média, que quer a garantia total de fixação dos direitos e liberdades, que ela conseguiu como resultado do Maidan, e que pode perder facilmente devido à tranquilidade excessiva e disposição aos compromissos do novo piloto do país.

Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 26 de junho de 2014

"Sob o aspecto de refugiados para Ukraina Ocidental fugiram muitos separatistas."
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 26.06.2014
Inna Pukish-Ynko
Sobre horrores na guerra do leste - pelos testemunhos oculares


"Sob o pretexto de refugiados fugiram para o oeste da Ukraina muitos separatistas."
A partir das informações dos pontos quentes do Donbass o cabelo fica em pé. Os tiroteios dos combatentes sobre os bairros residenciais, saques, roubos, estupros. Imagens assustadoras que vemos todos os dias na TV - é apenas parte do que ocorre no leste. Nas condições de guerra nem tudo é expresso oficialmente. Mas sobre o que silenciam, gritam testemunhos - nos fóruns on-line, nas redes sociais. Eles escrevem sobre a morte de amigos e vizinhos (alguém foi fuzilado pelos combatentes, alguém foi despedaçado no campo minado), sobre como os conquistadores estrangeiros se apoderam não apenas dos bens materiais, mas também das moças e mulheres. Contam como é assustador viver, sabendo, que a qualquer momento você pode ser traído pelos vizinhos, até pelos parentes. Contam, o quanto é preciso pagar aos "colorados"(¹) nos postos de controle para deixar a cidade (adulto - mil hryvnias, criança - 500 hryvnias) Aconselham-se, um com outro, como preservar o mais precioso do que possuem, dos combatentes e saqueadores (enterram nas florestas e nos quintais não apenas o dinheiro e jóias "escondem", mas até automóveis cobrem com terra). Mas, responder abertamente sobre horrores vividos, à imprensa poucos concordam. Sentem medo. Helena concordou numa entrevista por telefone com a condição de não revelarmos o seu nome, nem a sua cidadezinha em Luhansk, onde ela vive com o marido e duas filhas.

Precisamos esperar até o final do dia porque a Sra. Helena trabalha. Ela me disse: "Eu estou no trabalho. Aqui são cinco escritórios e em todos tem "orelhas". No hall o dia todo olham a TV russa. Não posso conversar. Simplesmente serei queimada." Quando estiver em casa, lhe avisarei"...

- Ao redor - traição, decepção, medo - começou a sua história Sra. Helena - Não se sabe o que esperar mesmo daquelas pessoas que mantinham amizade, às quais ajudou. Apontam-lhe o dedo e dizem: "Aquela ali - pela Ukraina, ela, pelo Setor Direito". (²)  Separam-se até famílias. Na TV, os ministros e funcionários com dragonas ouve-se: que em sua cidade os terroristas foram eliminados, que a situação está sob controle. E, ao sair de casa você vê outro quadro: pela cidade andam combatentes, através da fronteira (são 20 min. de carro) vem quem e aonde quer vir. No nosso posto de controle estão duas pessoas com metralhadoras, e cinco mineiros da guarda de Akhmetov. O Sr. Lytven (Presidente do Serviço Nacional de Fronteiras), que sob pressão dos "maidanivtsi" (pessoas participantes do Maidan - OK) pediu exoneração, (mas ainda não houve resposta do presidente! - CA) relata que a fronteira está fechada. Como fechada, quando sob minha janela veio a técnica (referência a veículos, armamento - OK)?!

-Muitas pessoas deixaram a cidade?

-Quarenta por cento. Na primeira onda saíram muitos empresários, os quais temiam que seu negócio fosse saqueado. Alguns viajaram para escapar dos bombardeios. Sob pretexto de refugiados, muitos separatistas fugiram do Donbass, e levaram suas famílias. Alguns foram para Rússia. Mas lá a vida é muito cara. Voltaram e dizem: "Do Setor Direito precisa fugir para lá, onde não seremos procurados, - à Ukraina Ocidental". 

Uma amiga de minha comadre organizou histerias, contava histórias apavorantes: que o Setor Direito rouba crianças e as vende para coleta de órgãos, que virão os banderivtsi(³)  e levarão todos para acampamentos fechados. Depois fiquei sabendo: viajou para Vinnytsia (região em que há mais simpatizantes do Setor Direito e do Bandera - OK). E tais são muitos: quando tudo começava, eles andavam com as fitas de St. George, votaram no referendo, preparavam-se para encontrar o exército russo, mas agora fingem-se de patriotas-refugiados e contam como são infelizes...

A cada passo, sentimos medo. Sentados com família no jardim, em torno flores, borboletas. E, de repente explosões. Cada som assusta. Deitamos para dormir. À noite, explosões! As crianças correm para o porão, e eu atrás. Bombas, penso. As mãos tremem de medo. Até que vem o marido e diz: "Trovoada". Anteriormente não levantaria nem para fechar a janela.

Os mineiros têm medo de descer, porque sabem quem em sua equipe apoiava os separatistas, pegava dispensas para ir aos comícios, captura de prédios administrativos. As pessoas têm medo porque não sabem o que podem esperar dos seus. Seja como for, são 1.200 metros sob a terra, e ao seu lado - pessoas com ódio nos olhos, que acreditam, que os "banderivtsi" virão para chacinar Donbass.
Em Rovenky aos mineiros ameaçaram: se não forem às barricadas com os separatistas então seriam explodidos dentro da mina. E as pessoas trabalharam 3 turnos (18 horas) sob a terra, com medo de subir à superfície.

No dia 21 no distrito de Sverdlovsk os "voluntários", vestidos com uniformes da Guarda Nacional atiraram no ônibus dos mineiros. Eles foram reconhecidos. São locais, antigos mineiros. Pelo dinheiro estavam prontos matar os seus, para depois culpar destas atrocidades a Guarda Nacional.

Os horrores acontecem diariamente. Os cartórios - em estado de choque. Os que não fecharam, trabalham apenas com os bem conhecidos. Porque trazem pessoas amarradas, espancadas, e com ameaças e violência obrigam assinar acordos de compra - venda de imóveis. Nos tribunais também isto ocorre! Vem a pessoa contra a qual o banco entrou com a ação devido a uma dívida de 200 mil hryvnias, dívida de crédito e diz que ela é - do "corpo de voluntários", protege Donbass dos "banderivtsi" , e o juiz não tem direito de lhe apresentar pretensões. Caso contrário - fuzilará todos. Diz que é cidadão da FSC (República Popular de Luhansk) e não vai entregar o dinheiro aos bancos dos "banderivtsi". O que pode fazer o juiz?

Não param os ataques a empresas, roubos. Vêm aos escritórios com fuzis e dizem: Vamos protegê-los!. Resultado da proteção - retiram tudo o que conseguem carregar, até mesmo itens pessoais, das mulheres tiram os enfeites.

Nos proteger vem os rapazes das regiões ocidentais. Eles lutam para que fiquemos na Ukraina. Estes rapazes morrem aqui, no Donbass .E por isso nos odeiam em Lviv, Zhytomyr, Ivano-Franquivsk. Mas nós não queremos o sangue desses rapazes, nos choramos por eles. Mata não a terra do Donbass, mas aqueles que alimentaram aqui o separatismo. Hoje muitos já esqueceram o congresso separatista em Severodonetsk em 2004. Se naquela ocasião os iniciadores fossem colocados atrás das grades, o que está acontecendo agora no Donbass, não existiria.

Durante os anos dos presidentes Kuchma (dois períodos) e Yanukovych Donbass era usado como recurso. Ele foi entregue a Akhmetov, Yefremov, Partido das Regiões. Aqui não houve educação patriótica.Aqueles que, apesar de tudo,sentiam-se como patriotas, esse patriotismo esforçavam-se para matar - perseguindo, prensando. Matavam a crença que nós - Ukraina unida, que apelando a Kyiv, você seria ouvido.

Agora no Donbass andam com fuzis os russos que se denominam "Exército de cossacos e Don". E vocês sabem que esta organização é oficialmente registrada na Ukraina? Até hoje ela não foi proibida, não foi reconhecida como formação militar ilegal.

Donbass está doente. Ele precisa ser tratado. Mas também precisamos olhar para história da doença. Quantas minas destruíram Yefremov, Prestiuk (ex-governador de Luhansk - CA), o que fizeram com a nossa ecologia, o que aconteceu com as nossas reservas protegidas, áreas reservadas que deveriam ser protegidas para renovação de ambiente natural, o que fizeram com Siverskyi Donets (onde jogam os restos químicos, porque sob a terra morrem pessoas. E perguntar precisa não com palavras, mas com questões criminais. Se por todas estas maquinações castigassem seus organizadores e executores, as pessoas acreditariam na Ukraina. E, não precisaria dizer que aqui todos são contra Ukraina,  Aqueles, que eram contra, já saíram - alguns para Vinnytsia, alguns para Rússia (Alegro-me, que os últimos, de acordo com as leis russas, depois de um ano não poderão voltar para Ukraina).

Para trabalhar no assim chamado "corpo de voluntários" foram muitos?

A primeira onda daqueles, que entraram na milícia, eram pessoas que acreditavam, que ao Donbass virá Rússia, que os protegerá da junta de Kyiv, do "Setor Direito", e a vida será melhor. Segunda onda - pessoas que iam pelo salário. Mas as pessoas simplesmente eram abandonadas: davam 500 hryvnias, e o restante prometiam para o final do mês. Metade não viveu até o pagamento. Conheço rapazes-mineiros que entraram à proteção da FSC, e depois desertaram - fugiram com a família. Dizem: nós fomos lutar para viver melhor, não por banditismo.

- Ouvi dize,r que nas aldeias as pessoas juntavam dinheiro para resgatar-se dos militantes, para organizarem seus postos de controle mais longe e não atraíssem fogo.

- Sim é verdade. Soube, onde deram 5 mil hryvnias. Quando começavam os disparos, nem sabemos, quem e para onde atira, quem o que controla - se é o grupo de militantes lutando entre si, ou se o tiroteio é com as forças da ATO (Ação antiterrorista). Indo para o trabalho, na beira da estrada, nas trincheiras - homens em uniformes camuflados sem identificação. Não sabemos quem são. Entrando na aldeia - pessoas com uniforme militar - com canhões, metralhadoras, morteiros. Os aldeões perguntam, quem, o quê? Em resposta: Nós - exército". Perguntar mais é perigoso - pode se obter uma bala na cabeça. Eles vem, destroçam o ponto e começam atirar para o lado da fronteira russa. As pessoas pensam: é a Guarda Nacional. Mas depois estas pessoas começam atirar em direção à cidade. As pessoas novamente em pânico: é a Guarda Nacional que executa limpeza. E você não sabe, se é mesmo Guarda Nacional ou se disfarçados russos com nossos uniformes.

- Qual é a situação com pagamentos, comida?

- Aos terroristas não importa,se os moradores de "Luganda" receberão pensões. Capturam o Tesouro. Embora é lamentável que os combatentes deixam atrasar os pagamentos. Precisava fazer isto desde o começo. Então o povo faminto não iria ao tal referendo, mas roeria as gargantas de quem o deixasse sem pensões. Mas agora: os terroristas capturam o Tesouro e acusam Kyiv pelo não pagamento. 
Os mercados estão meio vazios. Mas o mais necessário, graças a Deus, tem. Produtos baratos não há. Verduras - deficit. Aqui havia excelentes fazendas. Mas agora araram os campos com veículos blindados. Tudo o que conseguiram, roubaram para sucata. Até mesmo o sistema de irrigação. Os campos não são processados porque os agricultores estão com medo de ir para o trabalho.

1. Colorados - usam a fita de S. George - símbolo da Rússia desde 1769. Na União Soviética, por algum tempo foi considerada como símbolo inimigo do antigo império. Em 1943 foi incorporada à Ordem da Glória Soviética, com a meta  de elevar o patriotismo russo durante a guerra contra Alemanha.


2. Setor Direito - uma organização patriótica. Durante as lutas no Maidan o Setor Direito foi decisivo na vitória.  É mal  visto pelos russificados. Não se percebe tal aversão dos demais setores da sociedade ou  do governo. Seu líder  Yarosh, foi candidato à presidência, ficando nos últimos lugares.

3. "banderivtsi" palavra derivada do nome "Bandera". Bandera foi um dos principais organizadores e fundadores do Exercito Insurgente Ukrainiano antes da Segunda Guerra Mundial. Antes da guerra ele esperava pela ajuda dos alemães. Com a entrada dos alemães na Ukraina, no segundo dia os líderes da Insurgência proclamaram a independência da Ukraina e Bandera foi preso e enviado à Alemanha, onde acabou assassinado por um traidor ukrainiano pago por Moscou. Os russos, principalmente os russificados odeiam tudo o que se relaciona com Bandera, daí chamarem de "banderivtsi" a todos os ukrainianos que apenas são patriotas.

Tradução: O. Kowaltshuk

terça-feira, 24 de junho de 2014

Últimas notícias dos jornais ukrainianos - 24.05.2014
Radio Svoboda (Rádio Liberdade) 24.06.2014

Medvedchuk, nas conversações de paz representou "DNR" e "FSC" - declarou OSCE.
O líder da "escolha ukrainiana" Viktor Medvedchuk (ukrainiano - compadre de Putin) em 23 de junho, nas negociações de paz representou os grupos "República Popular de Donetsk" e "República Popular de Luhansk", reconhecidas como terroristas, diz o site da Organização para Segurança e Cooperação na Europa.
Em Donetsk, a missão especial da OSCE que reuniu-se com o "ministro da informação" da chamada "República Popular de Donetsk", informou sobre a missão de Medvedchuk, o qual no governo do ex-presidente Leonid Kuchma era chefe de gabinete, foi recentemente nomeado como representante na reunião das "DNR" e "FSC" para negociações com o governo, intermediadas pela OSCE.
Anteriormente, o Conselho de Segurança Nacional já havia declarado que Medvedchuk não representava o lado ukrainiano. 

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ONU: Durante os conflitos no Leste ukrainiano morreram mais de 420 pessoas.
O representante do Secretário Geral da ONU, John Shymonovsk, numa reunião do Conselho de Segurança em Nova York, disse  que no período de 15 de abril a 20 de junho, na Ukraina, foram mortos 423 pessoas, incluindo civis.

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Porta-voz da ATO: Os terroristas continuam  a atirar nas posições militares ukrainianas, apesar da declarada trégua. As forças ATO não realizam ações ativas. Elas servem nos postos de controle, fornecem proteção e defesa em determinadas áreas de fronteira da Ukraina, segundo o comunicado do porta-voz V. Seleznev no Facebook.
Nas últimas 24 horas, os terroristas, nas encruzilhadas das vias que levam a Krasnyi Lyman e Sloviansk atiraram diversas vezes de áreas ocupadas por moradores. Para os disparos usavam lançadores automáticos AGS-17 e morteiros. 
Segundo V. Seleznev foi atacado com armas de pequeno porte o posto de controle, no caminho Severodonetsk-Starobelsk. Não houve vítimas ukrainianas.
Em 23 de junho os terroristas atiraram nas creches, escolas e hospitais.

Durante os dois dias os militantes russos realizaram cerca de 30 ataques às forças da Ato, disse em uma conferência de imprensa o vice-ministro dos Assuntos do Exterior Daniel Lubkivskyi. Estes exemplos demonstram as reais intenções dos militantes.
Ele também observou que "os terroristas não estão interessados na segurança dos civis, seu objetivo é minar o Estado ukrainiano, paz e tranquilidade da região".

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De acordo com os dados da ONU, o número das pessoas deslocadas internamente na Ukraina já passa de 46 mil. Da Criméia são 11.500 e cerca de 34.600 do leste ukrainiano, disse Ivan Shumonovych, auxiliar do secretário da Organização Mundial para os Direitos Humanos, no dia 23 de junho.

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Os refugiados do sudeste ukrainiano atravessam a fronteira pelo campo.
Na região de Rostov ( Rússia) já contaram mais de meio milhão de ukrainianos. 
No serviço de migração da FR informam, que na Província de Rostov já são mais de 510  mil cidadãos da Ukraina.
No entanto, a representante do Departamento de Estado dos USA Marie Harfa, disse que os dados russos sobre o grande número de refugiados da Ukraina estão incorretos. "Sim, eles estão errados", - disse a representante, respondendo à pergunta de um repórter. 
Na mesma coletiva Harfa declarou que o governo dos EUA tem informações sobre o envio , pela Rússia, de tanques e veículos blindados para Ukraina.

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Presidente Poroshenko: A trégua que os militantes violaram 35 vezes, pode acabar antes.
Os terroristas abriram fogo 35 vezes sobre militares ukrainianos. "Em 24 de junho, apesar de suas promessas de respeitar o cessar-fogo determinado em Donetsk na reunião trilateral, derrubaram um helicóptero das Forças Armadas da Ukraina e causaram morte a nove pessoas.
No encontro com chefes de segurança Poroshenko deu ordem de, sem nenhuma hesitação, abrir fogo em resposta.
O presidente espera na realização, em 25 de junho, da conferência telefônica com participação da chanceler alemã Ângela Merkel, do presidente da França François Hollande e do presidente da Rússia Putin.

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Dalia Grybauskaite, presidente da Lituânia disse que Rússia oferece aos países bálticos um desconto no preço do gás em troca de sua retirada da OTAN. Ela comparou a tática de Putin com as ações do ditador soviético Joseph Stalin e do líder nazista Adolf Hitler.
Ela acredita que Rússia faz esforços para influenciar os territórios pós-soviéticos e quer que os países bálticos, como antes, dependam da Rússia na economia, energia e política.
Ela tem notícia que em outros países bálticos Putin já tenta negociações com alguns políticos.
Grybauskaite pensa que a UE deve tornar-se economicamente independente da Rússia e também deve diversificar o mercado de energia porque para os países da UE é "muito arriscado" depender da energia russa.

Tradução: O. Kowaltschuk

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Possibilidade de novas sanções contra Rússia.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 23.06.2014

"O Conselho da UE reafirmou o compromisso de novas sanções contra Rússia, caso isto exigirem novos acontecimentos no leste da Ukraina - afirma o comunicado emitido após reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros em Luxemburgo".

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Como foi anunciado, em Donetsk aconteceram negociações multilaterais entre representantes da Ukraina e as auto-proclamadas  DNR (República Popular de Donetsk), e a FSC (República Popular de Luhansk). 
Da parte da da Ukraina participou o ex-presidente Leonid Kuchma e o deputado do Partido das Regiões Nestor Shufrech. 
A FR foi representada pelo embaixador russo na Ukraina Mykhailo Zurabov, pela OSCE Heidi Tagliarini. Também participou o presidente da organização "Escolha Ukrainiana" Viktor Medvedchuk (compadre de Putin).
O representante da OSCE disse que iria realizar um trabalho conjunto para encontrar o grupo da OSCE que desapareceu anteriormente na região de Donetsk.
Os manifestantes das auto-proclamadas repúblicas atacaram os automóveis, em que estavam Nestor Shufrech e o ex-presidente da Ukraina Leonid Kuchma. Os "dirigentes" da DNR precisaram proteger os carros, que acabaram sendo parcialmente danificados, (O que é que se pode esperar de bandidos arregimentados por bandidos? - OK) que, afinal, conseguiram sair do local.

Segundo posterior declaração do ex-presidente Kuchma, os militantes se comprometeram para um cessar-fogo, em resposta a ação similar do lado ukrainiano.

Posteriormente o Secretário de Segurança e Defesa Nacional da Ukraina Andrii Parubii disse que a trégua temporária entre os militares ukrainianos e os militantes da "FCS" e "DNR" dará possibilidades para libertar os reféns, entre eles muitos soldados, e mais importante - moradores civis afetados. E reconstruir as infra-estruturas afetadas.

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Os ativistas sociais pedem ajuda aos países ocidentais para a libertar o cineasta ukrainiano Oleh Sentsov, que foi detido na Criméia em maio e agora está na prisão em Moscou, sob suspeita em atividades terroristas.

"Nós entendemos, que rápido acordo entre Ukraina e Rússia, especialmente em casos ilustrativos, nós não receberemos. Mas, quanto mais ONGs enviarem solicitações sobre o caso, mais chance teremos. Os países ocidentais Rússia ouve mais, principalmente os governantes da República Checa e Alemanha, disse Anastácia Chorna, uma das coordenadoras "Criméia - SOS", que em 23 de junho, em Praga, com um grupo de ativistas, se encontrou com o Ministro do Exterior Lyubomyr Zaoralekom.

Chorna diz que, segundo os advogados do cineasta ukrainiano, escarnecem dele na prisão. "Já tentaram estrangulá-lo com saco plástico, ameaçaram com abusos sexuais, ameaçaram matá-lo e que lhe retirarão os direitos paternos. Oleh é pai de dois filhos, aos quais ele tem grande influência porque foram criados principalmente por ele. Quando lhe ameaçam com seus filhos, me parece que isto é o maior estresse moral, que uma pessoa pode sobreviver", - diz a ativista.

Oleh Sentsov, ativista do Maidan,foi preso pelo FSB, sob a acusação na organização de ataque terrorista na Criméia. Ele está sendo ameaçado com prisão de 20 anos. Já apelaram por sua libertação os cineastas ukrainianos e ativistas culturais. E também os cineastas mundiais - Pedro Almodóvar, BertranTavernier, Ken Loach, Andrzj Wajda, Krzysztof Zanussi, outros.

Oleh Sentsov dirigiu o filme "Hamer" em 2011. Este filme entrou no programa do Rotterdam Fil Festival. No ano passado ele recebeu prêmio pelo projeto de um filme novo "Rhinoceros", cuja filmagem deveria começar no verão.

Jornalista na zona do ATO:

"Que descanso! Nos tiram o couro, nós silenciamos. Já no último caso - caímos. Trégua"...




Aquelas mesmas porções secas americanas que a retaguarda somente pode comprar na internet. Venham até a linha de frente e certifiquem-se - elas temos, são muitas e já provocam fastio aos combatentes. Todos querem "borsch" (sopa de beterraba, batata, repolho, tomate, costelinha de porco, creme de nata ) e toucinho.
Uniformizados
Fronteira
Voluntários
Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 22 de junho de 2014


Notícias da Ucrânia - 22.06.2014
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

Os combatentes ukrainianos mostraram as minas do armamento do exército da FR, com as quais regularmente são atingidos.


Os guardas de fronteira e os militares das Forças Armadas da Ukraina são sistematicamente atingidos com estas minas.
Esta é uma mina explosiva usada contra infantaria, para destruição das forças vivas, bem como a técnica leve do inimigo. Os estilhaços espalham-se a uma distância de até 250 metros.

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Na região de Donetsk explodiram a ferrovia duas vezes.
1. No trecho Ilovaysk - Kuteinikov, às 15h35min, a explosão descarrilou 14 vagões de carga. De acordo com as informações atuais não houve perdas de carga nem prejuízos humanos.
2. Às 15h55min no trecho Ilovaysk - Mospino houve outra explosão e, no momento, havia uma locomotiva nos trilhos. A brigada da locomotiva não foi atingida. Foram prejudicados três dormentes de concreto e trilhos.

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Os mineiros de Donbass se manifestaram contra os terroristas da DNR (República Popular de Donetsk.
 A manifestação começou com um minuto de silêncio pelos milhões de compatriotas mortos na Segunda Guerra Mundial.
Eles apelaram a todas as partes do conflito na região de Donbass exigindo a deposição das armas, cessar fogo, parar com a tomada das empresas e sua destruição.
Na manhã tomaram parte da manifestação os mineiros do primeiro e segundo turno, muitos dos quais, no sábado, ficaram no subsolo, ou tentaram entrar na mina, quando ela foi capturada por pessoas armadas e em veículos blindados, com símbolos da DNR. Na praça Kirov centenas de moradores deram seu apoio aos manifestantes. Muitas pessoas estavam revoltadas com o ataque armado contra a empresa, sequestro de dois dirigentes e saques.
Como sabemos, na manhã de sábado, homens armados não identificados, em veículos blindados e símbolos da DNR invadiram o território da "DTEK Mina Komsomolets Donbass". 
Ameaçando com armas, eles colocaram os funcionários administrativos com rosto no chão e apreenderam os telefones. Neste momento havia na mina 700 pessoas. 
Quase todos os veículos da frota da mina foram capturados: 13 caminhões, 5 automóveis GAZ Gazelle e 4 automóveis leves. 
Também abriram dois caixas eletrônicos que encontravam-se no interior.
Outra parte do bando bloqueou a entrada da mina, de modo que os 800 mineiros do segundo turno não conseguiram entrar.
( E é este tipo de gente que Putin protege e financia - OK)

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Rapazes da Rota do Céu

Eles poderiam ser aduaneiros, economistas, mas tornaram-se defensores da Ukraina. Por ela morreram.
Hoje, no final da tarde, de Starokostiantyniv - Khmelnytskyi,  chegou o avião com dois corpos dos sete soldados ukrainianos, que morreram na quinta-feira, na batalha contra os separatistas, próximo de Yampol no Donbass - Yuri Prykhid e Viktor Syvak.
Antes o avião passou por Ternopil, aonde trouxe o falecido Viktor Semchuk. Estes soldados faziam parte da 24ª Brigada de Ferro, mecanizada, Danilo Halytskyi, do Exército Terrestre das Forças Armadas da Ukraina, que está estacionada em Yavoriv, na região de Lviv. É desta cidadezinha do oeste ukrainiano que partiram para sua última missão de combate, para o leste da Ukraina... 

Chefe-batedor Yuri Pryhid antes de partir para guerra.




Viktor Syvak - orgulho de Sokol

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Poroshenko vai à zona da ATO (Ação Antiterrorista).
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 20.06.2014

O presidente Petro Poroshenko veio ao acampamento Antiterrorista central da Guarda Nacional.
No local também encontram-se o Ministro do Interior Arsen Avakov, O Secretário de Segurança e Defesa Nacional Andrii Parubii e o comandante da Guarda Nacional Stepan Poltorak.
O presidente afirmou que vai assinar o decreto sobre o cessar-fogo temporário. Isto será feito para que os terroristas possam depor as armas, e, aqueles, que não o fizerem, serão destruídos.
Poroshenko também entregou prêmios e equipamento militar (câmeras infra-vermelhas, binóculos) aos combatentes da Guarda Nacional.


Encontro com os fugitivos de Sloviansk






Encontro com os militares

O plano de Poroshenko compõe-se de 15 etapas e prevê garantias de segurança para todas as partes envolvidas na negociação, isenção da responsabilidade criminal daqueles que se renderem e não cometeram crimes graves, libertação de reféns.
Criação de uma zona tampão de 10 quilômetros na fronteira russo-ukrainiana. 
Retirada de grupos armados ilegais, criando um corredor garantido para saída dos mercenários russos e ukrainianos.
Criação no Ministério do Interior sub-unidades para patrulhas conjuntas.
Edifícios administrativos de Donetsk e Luhansk, mantidos ilegalmente, deverão ser libertados.
Restauração das atividades dos governos locais, renovação de transmissão (rádio e TV) nas províncias de Donetsk e Luhansk.
O plano prevê etapas de descentralização do governo (eleições para comitês executivos, proteção do idioma russo, projeto de mudanças da Constituição.
Candidaturas dos dirigentes das Províncias serão coordenadas com representantes de Donbass.
Realização de eleições parlamentares e locais antecipadas.
Programa de empregos na região com renovação da indústria, comércio e infra-estrutura social.

O cessar-fogo começou hoje, 20 de junho, às 22 horas, e vai até às 10 horas do dia 27 de junho.
Mas, se houver ataque por parte dos terroristas, haverá resposta.

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O Conselho de Segurança e Defesa Nacional não confirma a informação do Ministério da Defesa sobre o retorno da fronteira do Estado sob o controle total das forças ukrainianas.
O Conselho afirma que ainda há "buracos" na fronteira. Se toda a fronteira fosse controlada por nossas tropas, teríamos dado a notícia, realmente seria uma etapa de vitória e passagem ao plano do Presidente. "Por enquanto isto não existe", - acrescentou o porta-voz, - Chepovyi.

Na sexta-feira pela manhã, o orador Parlamentar Oleksandr Turchynov declarou que as forças ATO atingiram o posto de controle Izvareno. Segundo suas palavras, isto é "de fato conclusão" da cobertura da fronteira.

Mais tarde, o ministro da defesa Mykhailo Koval, relator do Conselho, declarou que, de acordo com os dados operacionais, as forças ATO assumiram o controle da fronteira.

Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Eu renuncio este governo, esta Rússia: moscovitas pediram desculpas a Ukraina

Ukrainska Pravda Jettia (Verdade Ukrainiana "Vida"), 16.06.2014

À Embaixada Ukrainiana em Moscou, os moradores da cidade trouxeram flores e bilhetes, onde expressaram compadecimentos aos ukrainianos.
Eles colocaram cartazes na parede da instituição, com inscrições:


"Nos perdoe, Ukraina",  "Perdoem irmãos",  "Compadecemo-nos". 

"Perdoem-nos tudo. Se puderem. Desculpem", - diz uma moradora da cidade.

"Eu odeio a guerra em todas as suas formas. A mim revolta muito, que o meu país conduz guerras constantemente e que agora esta guerra chegou a Ukraina. Eu renuncio deste governo, desta Rússia. Eles me privaram de minha pátria, e agora matam a nação fraterna. Eu tenho muita compaixão por vocês.", - diz outra mulher.

"Queridos ukrainianos, por favor, aceitem a compaixão do nosso lado. É lamentável, que aconteceu tal tragédia, que morrem rapazes jovens. Perdoem aqueles de nós que estão aqui hoje e que não podem mudar nada. Eu espero, que vocês consigam construir o seu país e acabar com a guerra. Espero que vocês acreditem em nós. Muitos de nós não são iguais àqueles que mostram na TV", - diz outra garota.

"O mal apossou-se da Rússia, e agora chegou a Ukraina. Nós não conseguimos acabar com este mal e agora eu me sinto culpado por isso", - diz o homem.

O outro homem diz que tudo isto é o mesmo que levantar a mão contra a própria mãe. "Como viver depois disso?" - pergunta ele.

Como sabemos, 15 de junho foi anunciado um dia de luto na Ukraina, pelos militares e guardas da fronteira, que morreram durante a realização da operação antiterrorista.

Em 14 de junho, durante a aproximação ao aeroporto de Luhansk, os combatentes pró-Rússia abateram o avião de transporte militar das Forças Armadas da Ukraina IL-76. A bordo havia 40 soldados e 9 tripulantes.


Vocês vencerão, porque sua é a verdade: em Moscou organizaram uma ação em apoio a Ukraina.

Pessoas que não apoiam a política de Putin em relação a Ukraina vieram ao monumento a Taras Shevchenko em Moscou com bandeiras ukrainianas, da Rússia e vermelho-pretas (A bandeira vermelho-preta foi criada pela Organização dos Nacionalistas Ukrainianos, durante a Segunda Guerra Mundial. O preto simboliza o solo ukrainiano e o vermelho -  o sangue derramado pela Ukraina. -OK) e registraram um apelo aos ukrainianos.

"Nós somos apenas uma pequena parte dos que são solidários a vocês. Estamos aqui reunidos para externar a vocês o nosso total apoio na luta que vocês conduzem. Luta, principalmente por um novo futuro, pela Ukraina com justiça, pela independência da Rússia de Putin. Vocês, obrigatoriamente vencerão, pois a verdade é sua.  "Glória a Ukraina!", - diz o apelo.

Visita não desejada

O Ministério da Cultura da Ukraina informou, que a visita do Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kiril, é indesejável. Sobre isto afirma a declaração do chefe do Departamento de Assuntos Religiosos e Nacionalidades do Ministério da Cultura da Ukraina Volodymyr Yushkevich.
Ele disse, que hoje, 19 de junho, na Igreja Kyiv-Pechersk Lavra deve realizar-se o Santo Sínodo da Igreja Ortodoxa Ukrainiana em união com o Patriarcado de Moscou.

E, como ficou sabido, para este Sínodo da Igreja Ortodoxa Ukrainiana, sob pressão de forças externas pode ser decidido um convite ao Patriaca Kiril de Moscou. "Portanto, como chefe de órgão do governo em matéria de relações estado-igreja, quero avisar, que tal visita em vista da agressão militar russa, que realiza-se contra Ukraina, é indesejável, provocativa e politicamente engajada", - declarou Yushkevich.

Ele garantiu, que Ukraina, dentro dos limites da lei e do Estado de direito, fará tudo, para que esta vinda não se realize em qualquer parte do território do país, incluindo as partes ocupadas temporariamente.


À guerra - com armaduras que são furadas com bolinhas de chumbo.

Verificando a armadura
Em Lviv, preparando-se para partida à zona de guerra, um dos voluntários comprou no comércio local uma armadura de grau 5 de proteção. O certificado dizia que a pessoa receberia total proteção da bala de um autômato, como do tiro de um franco atirador com SVD ("Drahunky").  

Para convencer sua família, e a si mesmo, o voluntário pendurou sua aquisição no muro, pegou sua espingarda e atirou com chumbinho. A armadura ficou furada.
Na aparência é igualzinha à legítima. A diferença está no preço, que é de 1.600 hryvnias, a verdadeira custa 5.000.
Infelizmente já venderam estas proteções várias para os nossos voluntários.

A guerra continua

Próximo a Sloviansk, em Donetsk, morreram hoje, 19 de junho, mais de 20 militares ukrainianos, que participam da ação antiterrorista, segundo ex-governadora de Lviv Irena Sekh. (ex-governadora porque o presidente Poroshenko não quer ninguém ocupando duas cadeiras ao mesmo tempo. Irena Sekh é deputada - OK).

Imagens da vida em Sloviansk














Tradução: O. Kowaltschuk