sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Luhansk completamente cortado do resto do mundo - Conselho Nacional de Segurança
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 15.08.2014

Kyiv - a partir de hoje, Cruz Vermelha vai ajudar as autoridades ukrainianas no envio de medicamentos para Luhansk. No entanto, a Administração Regional de Luhansk informa que até hoje todas as tentativas de entrega de alimentos com uso de veículos foram frustradas. Os militantes os confiscam ou atiram neles. 
Irena Veryhina, chefe da Administração de Luhansk reconhece que a situação na cidade está próximo de uma catástrofe humanitária.

Continua tensa a situação em Donetsk. Embora, ao contrário de Luhansk, lá ainda há comunicação móvel e internet.

Irena Veryhina diz que os moradores de Luhansk ainda podem deixar a cidade através do corredor humanitário, na direção do Metalist - Shchastia.

"Já por 12 dias em Luhansk não há luz, água, telefone, internet. Todas as nossas tentativas de trazer produtos alimentícios foram frustradas. Apenas é possível usando carros pequenos, mas isto é insuficiente. Se passa um carro grande com produtos, ou ele é fuzilado, ou os terroristas pegam os produtos", - diz Irena Veryhina. (O governo ukrainiano entregou à Cruz Vermelha uma ajuda humanitária, inclusive medicamentos, para Luhansk, Shchastia e Pervomaisk, no dia de ontem. Tomará que consigam entregar - OK).

Segundo Irena, na quarta-feira, 13 de agosto, em Luhansk, devido ao bombardeio com "Grad" (foguetes múltiplos),  morreram 20 pessoas.

Segundo A. Lysenko, porta-voz do centro informativo-analítico do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, o "FSC" (República Popular de Luhansk) realiza a mobilização forçada dos cidadãos. Os mobilizados são usados como mão de obra para reforçar a defesa da cidade, inclusive cavando trincheiras. Também carregam munição. 

Uma coluna de veículos russos cruzou a fronteira com Ukraina - imprensa britânica.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 15.08.2014

Os correspondentes do The Guardian e The Telegraph testemunharam como um comboio militar cruzou a fronteira perto de Donetsk após o anoitecer de 14 de agosto.
A coluna que consistia de 23 veículos blindados, acompanhados por veículos de logística, cruzou a fronteira através de um buraco na cerca de arame farpado, relata The Guardian.

No dia 15, Rádio Liberdade, trouxe a seguinte explicação da mídia estatal russa: FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa) negou a informação dos jornalistas ocidentais que o comboio russo, de veículos blindados, cruzou a fronteira da Rússia com Ukraina. Disse que não é real.

O site estatal russo "News" avisa: Devido a bombardeio regular do território russo e casos de militares ukrainianos atravessarem a fonteira (atribuem aos ukrainianos o que eles mesmos fazem - OK), na região realizam medidas necessárias para garantir a segurança dos moradores de fronteira".
Aquilo, que viram os jornalistas estrangeiros - é um grupo móvel do Serviço de Fronteiras. 
O departamento destacou que esses grupos operam exclusivamente na Federação Russa. 

Os jornalistas dos jornais britânicos, Sean Walker, do Guardian e Roland Oliphant do Daily Telegraph seguiam o movimento dos comboios humanitários no território russo. Na quinta-feira à noite eles relataram no Twitter, que a coluna de 23 veículos blindados russos cruzaram a fronteira com Ukraina.
Roland Oliphant: "nem os faróis desligaram". Sean Walker disse que ele tornou-se testemunha não de uma invasão, mas "daquilo que acontece constantemente".

Estes 23 veículos que cruzaram a fronteira fazem parte dos 280 veículos que, segundo Rússia, estão vindo com ajuda humanitária para Ukraina. Eles se separaram da coluna a pouco mais de 20 quilômetros da fronteira, e prosseguiram com a tal "ajuda humanitária" (armas que usarão para matar os ukrainianos - OK) aos separatistas-terroristas.

Hoje, dia 15 de agosto, a única notícia sobre a tal "ajuda humanitária", diz que estariam aguardando a documentação da Cruz Vermelha, portanto, os veículos estão estacionados na estrada.

Tradução: O. Kowaltschuk

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