quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Em Luhansk continuam os combates. Inquieto em Donetsk
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 20.08.2014

A pessoa deixa o prédio destruído pelas ações de combate. Donetsk, 20 de agosto de 2.014.
Em Luhansk continuam os combates. Salvas de artilharia ouvem-se em Donetsk. O Conselho de Segurança Nacional avisa sobre minas nos objetos de infraestrutura e rodovias. Nas últimas 24 horas registraram 32 confrontos entre ATO e separatistas. Morreram nove militares ukrainianos. Não há água em Donetsk, em Luhansk - nem água nem eletricidade.
Na aldeia Olenivka - Donetsk, foram destruídas várias casas, uma mina (extração de carvão) com eletricidade cortada e alagada. Colocaram explosivos na mina "Vitória" e na via de contorno que poderia permitir a saída.

A informação anterior, que em Luhansk entrou uma coluna de tecnologia russa e militares russos (notícia postada ontem neste blog - OK) não confirmaram. Além disso, ainda não conseguiram confirmar a direção da origem do bombardeio sobre a coluna dos fugitivos, com bandeiras brancas, em Luhansk.

Tanto ontem, como hoje,  nesta área continuam as ações de combate, e a procura pelos mortos, de pessoas, que eram evacuadas da zona de combate, com bandeiras brancas, não é possível realizar. Permanece a informação de 17 mortos e seis feridos, três deles gravemente.

Uma grande parte de Luhansk está sob controle da ATO.
Mas, os mercenários chechenos continuam o bombardeio da parte leste da cidade, através do sistema "Grad". Não há água. Em algumas regiões da cidade preparam comida na fogueira.

Há completa falta de eletricidade. A tubulação foi prejudicada, a água flui diretamente nas ruas, onde as pessoas esforçam-se para pegá-la.

Sair de Luhansk pelo corredor humanitário é complicado. No entanto, na terça-feira retiraram quase 200 pessoas, hoje 239.

Em Donetsk (região) em cerca de cem pontos habitados não há luz. Lá ouviram explosões, metralhadoras e morteiros. Veja o relato da moradora Olga, de Donetsk: "Eu vi, com meus olhos, como movimentava-se o caminhão, com uma arma no tabuleiro aberto. Não sei, se era um canhão, ou o quê. Havia um guarda, lógico, com bandeira da Federação Russa. Não era a bandeira da "Novorússia", também não era da "DNR" (República Popular de Donetsk), era a bandeira da Rússia. Eles foram para a ponte de ferro, da rua Artemivsk, e dava para ouvir, como aquele canhão, ou o quê era, atirava".

Em Donetsk trazem água industrial para algumas cisternas. Mas ela é amarela e inadequada até para lavar a louça. Algumas pessoas tem seus próprios poços, elas escrevem anúncios nos portões, que oferecem água.

Felizmente, em Donetsk ainda há mercados que funcionam. Fecham bem antes do anoitecer e, ninguém mais se vê nas ruas.

Nas últimas 24 horas morreram 34 pessoas civis, 29 ficaram feridas. Foram sequestradas 22 pessoas. Desde abril foram registrados 1026 sequestros, desses conseguiram se libertar 558. Há duas iniciativas comunitárias "Vostok - SOS" e "Donetsk - SOS, que trabalham no sentido de encontrar e libertar os desaparecidos. Em geral são as pessoas que trabalham com transporte ou voluntários. Anteriormente, estas pessoas, depois de determinados trabalhos eram liberadas, agora raramente são dispensadas.

Tradução: O. Kowaltschuk

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