segunda-feira, 31 de março de 2014

Militares russos roubam propriedade das Forças Armadas da Ukraina na Criméia

Rádio Svoboda, 31.03.2014

O Ministro da Defesa declarou no domingo, que na estação ferroviária de Bakhchysarai na Criméia "Pessoas desconhecidas usando uniforme de soldados da Rússia "guardam" o local com carregamento da técnica automotiva das Forças Armadas da Ukraina, e retiram ilegalmente todo equipamento valioso.

De acordo com o Ministério, com base em inúmeros relatos de testemunhas oculares, o roubado, todas as noites é carregado aos caminhões particulares e levado para um destino desconhecido.

Além disso, declararam no Ministério da Defesa, os militares russos se recusam dispensar do auto-parque 30 caminhões tanque, quebrando o acordo anterior.

De acordo com o Ministério, 74 carros, entre os quais 30 caminhões tanque, do batalhão motorizado da Força Naval da Ukraina devem ser colocados nas plataformas ferroviárias, para serem levados para Ukraina

Moscou indignada com a Resolução da Assembléia da ONU quanto a Ukraina

Ministério das Relações Exteriores da Rússia chama de contraproducente a Resolução aprovada pela Assembléia Geral da ONU em apoio à integridade territorial da Ukraina.
Segundo o Ministério a aprovação da Resolução "somente complicará a regulação da crise interna da Ukraina".

Moscou também expressa sua indignação com a "chantagem política e pressão econômica" de certos países durante a aprovação da resolução

"Não inspira a nada, além da compaixão, é digno de melhor aplicação, com que as autoridades de Kyiv e "advogados" estrangeiros, que representam seus interesses, tentam estragar a essência dos inquietantes processos que ocorrem na Ukraina. Usado em plena capacidade  todo o potencial da máquina de propaganda dos tempos da Guerra Fria, a fim de conduzir para plano posterior o fato da maior crise política interna da Ukraina e transferir a responsabilidade à escalada das tensões à Federação Russa", - declaram no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia.

100 (cem) países na Assembléia Geral da ONU votaram pela Resolução que apoia a "integridade"
territorial da Ukraina e denomina o "referendo" na Criméia inválido. Contra esta decisão foram 11 países e 58 se abstiveram.

Além da Rússia, votaram contra Armênia, Belarus, Bolívia, Cuba, Coréia do Norte, Nicarágua, Sudão, síria, Zimbábue e Venezuela.

A Resolução da Assembléia da ONU não obriga à execução, apenas declaram-se as atitudes para questões mundiais importantes. No Conselho de Segurança, as decisões que são tomadas por unanimidade e são obrigatórias para serem executadas, Rússia bloqueia qualquer crítica a suas ações.

Ministério das Relações Exteriores: Rússia, como um agressor não quer regulação, mas rendição da Ukraina

As últimas declarações instrutivas e de ultimato do ministro das Relações Exteriores da Rússia indicam que, a Moscou como real agressor não é necessário qualquer regulação na Ukraina, declarou o Ministro dos Assuntos do Exterior em Kyiv no domingo.

Sob as suas armas este agressor exige apenas completa rendição da Ukraina, sua divisão e destruição do Estado ukrainiano, diz o comentário do Ministro dos Assuntos do Exterior por ocasião das declarações de Lavrov, com o qual, no dia de hoje, ele participou de um programa na TV russa. Lavrov propôs a Ukraina condições para federalização da Ukraina, idioma russo como segunda língua oficial, referendum, outros. Como diz o comentário do Ministro do Exterior, desejaríamos propor ao lado russo, antes de ditar condições a um Estado soberano e independente, prestar atenção no estado catastrófico e completa impotência de suas minorias nacionais, incluindo a ukrainiana.

Dirigindo-se a Moscou, Kyiv propõe: "Por que Rússia não completa a federalização, que aliás, está registrada no nome oficial, como real, e não apenas como conteúdo decorativo? Por que não dar mais poderes aos indivíduos da federação, desenvolvimento que é suprimido hoje, com a mesma severidade que era suprimido nos tempos dos czares e soviéticos? Por que não incluir outras, além da russa, línguas oficiais, incluindo a ukrainiana - idioma de milhões de cidadãos da Rússia? Por que não permitir a realização do referendo sobre maior autonomia, e em caso de necessidade, também a independência dos sujeitos de outras nacionalidades da Federação?"

No Ministério das Relações Exteriores dizem, que entendem: essas questões - são retóricas. "Mesmo o pensamento sobre elas, e no caso de tentativa de sua realização - tais ações, como foi no norte do Cáucaso, serão afogadas em sangue."

Infelizmente, nada mudou na Rússia desde os tempos em que o grande poeta Taras Shevchenko (são duzentos anos desde o seu nascimento -OK) escrevia sobre ela: "De Moldova a Finn em todas as línguas tudo é silêncio..."(povos fino-úgricos no norte da Europa. População básica da Finlândia - OK). Não é necessário ensinar os outros. Melhor restaurarem a ordem em seu próprio país. Vocês têm problemas" - diz o comentário-apelo do Ministro do Exterior da Ukraina, devido a exigências a Kyiv, com as quais sobressaiu-se o chefe do Ministério das Relações Exteriores russo.

Mais cedo, no domingo, a TV "Primeiro Canal" russa mostrou entrevista com Lavrov, na qual ele declara que Moscou propõe, em conjunto com USA e UE formular um apelo universal para as autoridades de Kyiv, para criação de uma nova Constituição da Ukraina, que garantiria, entre outras questões, a sua estrutura federal, o estado não alinhado e estatuto oficial da língua russa.

Mais tarde no domingo, Serhii Lavrov deve realizar consultas regulares sobre Ukraina com o secretário de Estado dos EUA John Kerry. Washington sobressai com completamente diferentes exigências em relação a Ukraina, especialmente pretendendo de Moscou ir em busca de um diálogo direto com Kyiv sob os auspícios do Grupo de Contato Internacional. 

Na Rússia, que tem o nome oficial de Federação Russa as regiões tem muito menos poder do que Criméia teve na composição da Ukraina.

Comandante da OTAN - EUA retorna imediatamente a Europa devido as ações da Rússia.

O general americano Philip Bridlav, comandante das forças da OTAN na Europa e do Comando Europeu dos EUA voltou precipitadamente a Europa para realizar consultas com os aliados da OTAN.

Bridlav deve discutir "formas específicas de fornecimento de garantias de segurança aos aliados da OTAN na Europa Oriental", disse um porta-voz do Pentágono. Na terça e quarta ele deve se reunir, em Bruxelas, com os ministros das Relações Exteriores dos países membros da Aliança. 

De acordo com estimativas mundiais dos EUA, Rússia, atualmente tem aproximadamente 40 mil soldados próximo às fronteiras orientais da Ukraina. Os analistas ukrainianos e estrangeiros temem, que o presidente da Rússia, Vladimir Putin pode estar preparando uma nova invasão para outras 
regiões da Ukraina após a anexação da Criméia ukrainiana.

Tradução: O. Kowaltschuk

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