domingo, 9 de março de 2014

Taras Shevchenko - criador da diplomacia popular, fundamentos de compreensão mútua e amizade entre os povos
                       
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Abracem-se irmãos meus Imploro-vos, suplico!
                                                                                                         Taras Shevchenko.



Nos acontecimentos heróicos, relacionados com nunca vista resistência pacífica a bestial bando no governo multinacional povo da Ukraina - em Kyiv, no leste, oeste, norte e sul de nossa Pátria, com apoio a nossa luta pela comunidade européia, vejo enorme impacto da diplomacia nacional.

Exemplo expressivo disso é o apoio com palavras e ações a Digna Revolução Ukrainiana, do lado do governo e Nação polonesa. Transcorreu menos de dois anos, do momento em que os bonecos de Kremlin lançaram uma campanha sem precedentes contra o seu próprio povo, dispostos  a introduzir uma cunha na amizade entre dois povos: Ukraina e Polônia, aproveitando-se de trágicos para as duas nações acontecimentos em Volyn, em 1942. E somente a democracia popular, ou seja, inúmeros encontros dos representantes do clero ukrainiano e polonês e atuantes culturais, de artes e atletas, dezenas de milhares de jovens - criaram novas possibilidades. Cidadãos de dois países - foram os criadores de novas, verdadeiras e melhores relações entre as nações, quebraram antigas ofensas e mal entendidos.

Por muitos anos sob a iniciativa popular a Lviv no Natal vinham milhares de moradores de Donetsk. Como consequência disto, é que muitos representantes de Donbass estiveram lado a lado com os moradores de Lviv, para a compreensão, Donetsk falou no idioma ukrainiano e a maioria dos moradores não apoiou os separatistas

Infelizmente, os moradores da Criméia muito raramente foram convidados à Ukraina ocidental e imposto aos habitantes do ocidente o estereótipo de "fascista - banderivtsia", foi um dos fatores de apoio ao separatismo e ao ex-presidente ladrão dos habitantes da Criméia ao separatismo e ao ex-presidente ladrão.

É claro, a crise da desconfiança será superada, se todos compreenderem,  que a diplomaria popular, não é a imposição de seus clichês ideológicos,  que o respeito mútuo para a visão do outro, pequenas concessões para o alcance da grande meta, construção de uma Ukraina atualizada, pela qual sonhava Taras Shevchenko e deram suas vidas os combatentes pela liberdade, começando pelos heróis de Kruty  aos heróis da "Centena Celeste".

Para compreender as causas e consequências do mal entendido entre os povos no passado e da grandeza do heroísmo moral de Taras Shevchenko é imprescindível mencionar o tempo e as circunstâncias da permanência de diferentes povos oprimidos dentro do Império Russo. Governantes alemães da dinastia - Hottorp, que prevalecia no Império Russo desde o reinado de D. Pedro III, ou seja, desde 1762 até o fim de sua existência em 1917, fez de tudo para semear o ódio entre os povos que foram condenados, em sua desgraça, viver neste Império. Os czares russos apresentavam-se publicamente como verdadeiros cristãos, mas em suas ações rejeitavam completamente a idéia cristã: "Diante de Deus não há nem Helenos nem Judeus...

Particularmente chocantes para os povos oprimidos foram os tempos do reinado da ex-princesa alemã, Imperatriz russa Catarina II, 1762-1796. Foi na época de seu reinado que os orgulhosos descendentes dos cossacos do Zaporizhia, os ukrainianos foram reorganizados em escravos-servos. Foi destruído o estado do Canato da Criméia, os grego-helenos foram expulsos da Criméia, onde viveram por muitos séculos, no sangue foi afogado o levante polonês liderado por Kosciuzko, e o Estado polonês deixou de existir. Os judeus foram encurralados em guetos. Sem parar exterminavam-se os povos do Cáucaso, Ural e Sibéria. O Império Russo transformou-se em um enorme acampamento de povos oprimidos. E, a fim de dominar tranquilamente, os czares russos aniquilavam diferentes nações, semeando o ódio e o desespero, semeando a maldade e a perfídia, ódio gratuito e fúria entre as pessoas.

Não era melhor a época, na qual nasceu e crescia Taras Shevchenko. Desde infância via a enorme injustiça para com o seu povo. Mais tarde essa injustiça refletiu-se em seus versos. Considero que as palavras de ira contra os opressores - os representantes de diferentes nações não devem ser vistos, de forma alguma, como uma manifestação de nacionalismo extremo. Não menos irados eram seus apelos poéticos entra os ukrainianos - opressores e traidores de seu povo.

Eventos, relacionados com o estabelecimento de Shevchenko artista e poeta, que com estudos e socialização na cidade de Vilnius e São Petersburgo, com os melhores representantes de diversas nações ajudaram na formação de sua visão de mundo. O primeiro professor de pintura profissional de Taras, foi o professor de Artes junto a Universidade de Vilnius Jonas Rustemas, 1762-1835. O pintor lituano de origem armênia dedicou muita atenção ao jovem Taras, no domínio da pintura.

A estada em são Petersburgo, abriu a Shevchenko novas possibilidades para ex-escravo de Smolensk, Vassili Shyraiev tornou-se para Shevchenko não apenas professor de pintura, mas também amigo e orientador. Grande simpatia ao talentoso artista ukrainiano manifestaram representantes da inteligência russa. Eles fizeram esforços incríveis para resgatar Taras da escravidão feudal. Foram o acadêmico da pintura Charles Bryulov (filho de pai francês e mãe alemã) e o poeta Vasily Zhukovsky ( filho de pai russo e mãe turca). Suas ações podem servir como exemplo nas condições da antiga Rússia como surgimento de ações da diplomacia popular e melhores virtudes de diversas nações. Tornando-se livre, Taras, com ajuda de seus amigos russos, estudava história e cultura de povos russos, outras nações, lia muito e em pouco tempo tornou-se conhecido não apenas por suas realizações artísticas, mas também pelo seu alto nível intelectual. 

Afligindo-se pelo destino de sua nação, ele, um dos primeiros no Império russo que distinguiu-se na defesa dos povos oprimidos do Cáucaso. No poema " Cáucaso", Shevchenko, referindo-se aos povos caucasianos, escreveu as linhas cujo valor não se apagou durante centenas de anos.

                                                     É vossa glória, montanhas azuis,
                No bloco de gelo oprimidos.                 
  E vós, nobres cavalheiros
  Por Deus não esquecidos.
  Lutem - superarão,
  A vós Deus ajuda!
  Convosco a verdade, convosco a glória
  E a liberdade Santa!

Estes versos, repetidos com inspiração pelo herói da "Centena Celeste" Serhii Nihoian, circunvoaram o mundo. (Centena celeste é o nome que os ukrainianos estão dando aos quase cem heróis que perderam a vida no Maidan - OK).

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... Acontecimentos trágicos, relacionados com a sua prisão em 5 de abril de 1847 e o seu exílio ao isolado regimento de Orenburg não minou o indestrutível espírito de Shevchenko, não gerou em seu coração ódio e crueldade. Pelo contrário, permanecendo na fortaleza de Orsk, observando a infortunados cazaques, preocupou-se com seu penoso destino. Taras estudava suas canções e lendas, e pintava cenas de seu cotidiano. Foi sob a influência dessas lendas que o poeta criou seu perspicaz poema "Havia um machado atrás da porta de Deus". E entre os muitos desenhos, aquarelas e sépias criados com pincel do genial artista durante seu exílio, é necessário destacar o retrato de uma jovem cazaque. Neste retrato ele soube,criando uma imagem romântica de uma menina do leste, trazer até nós seu mundo exterior.


Em Orenburgo Shevchenko aproximou-se aos exilados poloneses - participantes do levante heróico de 1831 contra a opressão nacional da Polônia ocupada pelo czarismo russo. Taras fez amizade com Bronislav Zaleski  e Yedvard Zhelihovskyi. Resultou dessa amizade um poema-apelo  "Aos poloneses" escrito por Shevchenko em 1847, no qual ele expressou seus sentimentos sinceros e conclamou à amizade nas palavras: "Oh, pois é assim, amigo, irmão!"

Após a libertação de 1857, Shevchenko passando por Astrakhan vai a Nizhni Novgorod" , onde permaneceu por seis meses. Em seu coração não há ódio aos russos, pelo contrário, ele trava relações amigáveis com representantes da inteligência russa, até começa escrever seu diário no idioma russo. quando ele viu em Nizhni Novgorod os retratos dos executados decembristas, em seu diário escreveu estas palavras "... retratos de nossos primeiros apóstolos mártires, me impressionaram com muita força e tristeza. Como seria bom criar uma medalha deste acontecimento infame. De um lado esses grandes mártires com a inscrição: "Primeiros anunciadores russos da liberdade". Do outro lado: Não é o primeiro carrasco russo coroado".

A nação ukrainiana, a qual nos dias de hoje, na véspera do 200º ( nasceu em 09.03.1814 e faleceu em 10.03.1861 aniversário de nascimento do filho genial da Ukraina Taras Shevchenko, passa pelo difícil teste de sua capacidade em salvaguardar sua Independência diante da ameaça de ações militares do lado da Rússia, do mesmo modo que Shevchenko o povo russo daquele que "não é o primeiro palaciano coroado".

Eu acredito, que a vitória da Nação Ukrainiana sobre as forças do mal e construção da verdadeira Ukraina será o melhor presente para o aniversário do grande Profeta.

Correspondente da questão das artes do Fórum Internacional Press TV Mark Sinkin

Tradução: Oksana Kowaltschuk
                                                                                               

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