Ukrainska Pravda, 19.05.2015
SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) publicou as declarações dos dois soldados russos detidos pelos militares ukrainianos.
O comandante do grupo Evgeny Erofeev disse ser um cidadão russo, residente em Togliatti. É militar da FR. : "Minha classificação militar - capitão. Sou o comandante do grupo. Sirvo na 3ª brigada da guarda, local de implantação - cidade Togliatti", - disse ele.
Erofeev veio ao território de Luhans no início de abril, como parte do segundo deslocamento de sua brigada.
Comandante temporário do destacamento - major Napolskyh. É cidadão da FR e militar.
"A ordem era conduzir a exploração relativa à fiscalização da unidade de ponta do inimigo e partes próximas constituídas de milícia e cossacos. (Fiscalizar partes de milícias e cossacos? Isto indica que os militares russos fiscalizam as forças pró-russas. Cossacos, atualmente, são alguns grupos pró Russia com esta denominação. Não há mais cossacos na Ukraina. Os cossacos ukrainianos eram os antigos militares voluntários, que formavam um verdadeiro exército, a Sich Zaporozhzhya, e que escreveu páginas brilhantes de luta, coragem e honradez na história ukrainiana. - OK).
O destacamento localiza-se na cidade de Luhansk, endereço exato não lembro - setor privado na região Vavilov", - disse Erofeev.
Segundo ele, a unidade consistia de três rotas, cada uma com 4 grupos. Na composição do meu grupo havia 12 pessoas. Todos cidadãos da FR", - acrescentou ele.
"A tarefa era realizar observação de reconhecimento. Então, a ordem era não atravessar a linha de contato, não abrir fogo sem necessidade. Em relação aos constantes bombardeios à posição, decidi mudar a posição, avançar na composição de três pessoas, em busca de uma nova posição", - disse ele.
"Ao procurar, deparei com velhas trincheiras, que pareciam abandonadas, dei comando para duas pessoas verificarem, sozinho permaneci na cobertura. Quando os militares entraram permaneci na cobertura. Quando os militares entraram na trincheira, houveram ataques e eles fugiram com grito de "retrocedemos". Começamos retroceder. Sobre nós abriram fogo, recebi ferimento no braço, osso fragmentado. Caí, por algum tempo perdi a consciência", - disse o militar russo.
"Recuperei-me, comecei engatinhar, vieram os militares das trincheiras. Não tentaram matar-me, detiveram-me, deram ajuda, agora estou aqui. Durante a detenção, para ser honesto eu pensei que seria morto imediatamente. Queria me explodir com granada - o braço direito não obedecia, não consegui alcançar com o esquerdo. Enquanto eu tentava, vieram os militares das trincheiras, detiveram-me, colocaram na maca, levaram. Depois fui levado ao hospital em Shchastia, lá recebi a primeira ajuda médica", - acrescentou Erofeev.
"Eu penso, a ninguém esta guerra é necessária. Enquanto os grandes removem a espuma, as classes baixas escorrem em sangue", - concluiu ele.
Por sua vez o batedor-enfermeiro Alexander Alexandrov nomeou todos os membros do grupo.
Ele também declarou que é um ativo militar russo, cumpre o serviço militar na 21208 unidade , terceira brigada de propósito especial, localizada na cidade de Togliatti, cujo comandante é o coronel Sergey Schepel.
"Nós adentramos no território da Ukraina em 26.03.2015. Entramos na composição do 2º Batalhão, com o número de 220 pessoas.
Comandante do batalhão Napolskyi Konstantin, major, cidadão da FR. (Seguem os nomes e cargos de todo o grupo).
Os dois militares russos de Togliatti, detidos na Ukraina, foram operados pelos médicos ukrainianos. A Sasha Aleksandrov, ao fêmur quebrado, colocaram um dispositivo de fixação externa.
Também receberam a oportunidade de conversar, por telefone, com os familiares na Rússia.
Segundo Nalyvaichenko, presidente do SBU (Serviço de Proteção da Ukraina) eles serão processados pela participação em uma organização terrorista. E não serão trocados por ukrainianos presos pelos militantes pró-Rússia.
Enquanto são bem tratados na Ukraina, o secretário do presidente russo, Dmitry Pescov, diz que militares russos no Donbas não há, e nunca houve. Tanto na Rússia quanto os militantes, declararam que os detidos são co-trabalhadores da "milícia do povo".
Tradução: O. Kowaltschuk
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