Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 24.01.2015
Morreram 30 pessoas (entre elas 2 crianças) e há 94 feridos (5 crianças). Alguns destes 30 já morreram nos hospitais, há mais feridos graves. Há grande necessidade de sangue. Voluntários chamam para doação.
Gennadi Moskal, governador de Luhansk: "Stanytsia e Shchastia sobreviveram ao inferno". É muito crítica a situação em Stanytsia. Bombardeios da artilharia, morteiros e "Grad" (MLRS) não cessaram a noite toda, houve apenas pequenas (20 ou 30 minutos) interrupções. Posicionados no morro, além do Donets Siverskyi (território controlado pelos militantes) as instalações, "Grad" (MLRS) e canhões dispararam sobre bairros residenciais diretamente.
Na pequena cidade, dezenas de edifícios danificados e destruídos, alguns ainda em chamas. Os salva-vidas não podem sair para apagar o fogo devido às constantes ações de combate. Em Stanytsia não há luz, água, gás nem aquecimento. Crítica é a situação no distrito Kondrashivka, bombardeada com intensidade. Casas destruídas e número de mortes, ainda não é possível precisar.
Bombardeio intenso, durante a noite, também sofreu Shchastia. "Dispararam dos "GRAD" e artilharia os militantes do lado da ocupada pela "FSC", "Vessela Hora". Três ruas centrais, com casas danificadas e destruídas. Sob os escombros morreu uma mulher. As usinas térmicas não foram afetadas, mas metade da cidade está sem eletricidade devido ruptura nas linhas. Arruinado coletor central - boa parte da cidade está sem aquecimento. As equipes verificam a extensão dos danos para recuperação e possível restabelecimento de luz e calor. Agora, em Shchastia - 9 graus.
"Os moradores de Stanytsia e Shchastia viveram, no último dia, o verdadeiro inferno. Casas e infra-estrutura destruídas, ausência de água, luz e calor, morte de pessoas - tudo isto são consequências do
"mundo russo" que Rússia através de seus mercenários e suas tropas regulares leva aos vizinhos em troca de seu desejo de viver num país normal e independente", considera o governador da Administração Estatal Regional de Luhansk - Gennadi Moskal.
Algumas pessoas estão paradas nas ruas, com seus filhos e pertences. Aos que querem sair do local os soldados ukrainianos fornecem ônibus e os levam para parte ocidental da cidade. Elas serão colocadas nos prédios dos jardins de infância.
Os terroristas visaram a área da cidade densamente povoada e também o horário matutino quando todos estavam em casa.
Poroshenko: Matança em Mariupol - crime contra a humanidade.
"Matança sangrenta de dezenas de pessoas e ferimentos a quase cem pacíficos cidadãos de Mariupol não é, simples ato terrorista. É - crime contra a humanidade, sujeito ao Tribunal de Haia".
"Abrindo fogo, com pontaria contra áreas residenciais de Mariupol, os militantes continuaram os atos terroristas, entre os quais, só nos últimos dias - tiroteio sobre o ônibus de passageiros em Volnovakha e assassinato de pessoas no ônibus em Donetsk, fogo nos quarteirões residenciais de muitas cidades e aldeias... O assim chamado avanço dos terroristas - é o seu ataque contra moradores civis de Donbass" - diz na declaração presidencial.
"Sobre isto hoje falei em Riad (Poroshenko foi para Arábia Saudita para o funeral do rei Abdullah A.A.A. Saud), por telefone com os líderes mundiais e, agora, rapidamente, volto para Ukraina para reunião do Conselho de Segurança e Defesa Nacional, para uma coordenação decidida de ações em relação a este terrível crime", - acrescentou Poroshenko.
Segundo suas palavras os países civilizados devem unir mais forças e parar a disseminação de ameaças terroristas.
E, as tais chamadas "DNR" e "FSC" devem ser reconhecidas como ameaças terroristas..
"Chegou a hora de dizer os nomes de seus protetores. Quaisquer ajuda aos militantes, fornecimento de armas, técnica e mão de obra bem treinada - será que isto não é apoio ao terrorismo, visível para o mundo todo? Nós somos pela paz, mas o chamado do inimigo - aceitamos. Iremos defender nossa Pátria assim, como pertence aos verdadeiros patriotas, e para completa vitória", acrescentou ele.
Os países da UE já falam sobre novas sanções contra Rússia. Alguns depoimentos.
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Letônia, que está na presidência da UE, Edgar Rinkevichs
"O ataque dos separatistas em Mariupol viola os acordos de Minsk. Rússia tem total responsabilidade para detê-los. Se isto não acontecer - haverá ainda mais isolamento e sanções". Ele também disse que conversou com o ministro das Relações Exteriores da Ukraina, ofereceu-lhe apoio da Letônia e ajuda na coordenação de ações. Inclusive prometeu retomar as negociações para reconhecimento da "DNR" e "FSC" como organizações terroristas.
Ministro das Relações Exteriores da Lituânia: "Rússia deve reconhecer sua responsabilidade pelas ações de combate no Donbass, e retirar seus exércitos do território da Ukraina".
O ministro está chocado com a morte de mais de 20 pessoas. Lembrou os ataques e assassinatos em Volnovakha e na parada de ônibus em Donetsk que levaram à morte catastrófica pessoas civis. Ele também enfatizou a perseguição aos tártaros e sistemática violação de direitos humanos na Criméia.
Federica Moherini, alto representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política: "Eu conclamo Rússia para usar sua considerável influência sobre os líderes separatistas e sustar seu apoio militar, político e financeiro. Isto evitará consequências catastróficas para todos. E, inevitavelmente levará a ulterior e séria deterioração entre as relações entre UE e Rússia", - declarou ela.
O representante da Ukraina junto à UE, embaixador Konstantin Eliseev apelou a Bruxelas para convocar uma reunião extraordinária do Conselho da UE e do Comitê de Assuntos Externos do Parlamento Europeu.
Tradução: O. Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário