Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.01.2015
No domingo, 18 de janeiro, os ukrainianos compareceram na marcha da paz "Je suis Volnovakha".
(Eu sou Volnovakha - referência à matança de cidadãos pacíficos que viajavam de ônibus, e que, na localidade chamada Volnovakha parou num chekpoint, quando foi metralhado. Um sobrevivente contou que conseguiu sair pela janela porque a porta, danificada pelos tiros não abria. Quando a abriram, o sangue escorreu. Não havia militares ukrainianos na região, não havia nenhum confronto, os terroristas pró-Rússia atiraram no ônibus de passageiros civis deliberadamente - segundo reportagens e testemunhos.
Assim em Kyiv, os ukrainianos marcharam pela paz. No parque Shevchenko, uma grande coluna caminhou até "Maidan Nezalezhnosti" (Praça da Independência - OK), com cartazes nos quais estava escrito "Je suis Volnovakha", e repetindo "Ukraina acima de tudo, glória aos heróis". Também rezaram Te-Deum pelas vítimas.
A Marcha pela Paz reuniu mais de 20 mil de não indiferentes pessoas. Participou também o presidente Poroshenko com esposa e outros funcionários.
Em várias cidades da Ukraina ocorreram marchas semelhantes: Dnipropetrovsk, Odessa, Summy, Kharkiv, Lviv, Cherkasy, Sloviansk, Kramatorsk, Nikolaev.
Em Moscou também realizaram a ação "Nós - Volnovakha".
Algumas dezenas de pessoas reuniram-se em frente a Embaixada da Ukraina. Não trouxeram cartazes porque a ação não foi coordenada com as autoridades. Alguns trouxeram flores e acenderam velas. Outros leram poemas de Taras Shevchenko (Poeta-mor ukrainiano que compôs poesias condenando o regime escravista russo na Ukraina. Nascido em 1814, faleceu em 1861 - OK).
No entanto, também compareceram dezenas de apoiantes das autoridades russas que gritavam: "Maidan não passará", "Traidores".
Segundo jornalista de "Eco Moscou" Alexei Naryshkin, não houve detenções nem confrontos diretos. Polícia foi efetiva.
Tradução: O. Kowaltschuk
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