The Economist
Ukrainskyi Tyzhden (Tyzhden ua.), 23.01.2015
À recuperação da economia russa precisará bastante tempo. Ela precisará de reformas estruturais, as quais é duvidoso esperar.
A julgar pela falta de notícias econômicas nos meios de comunicação russos, a crise veio . Como nos tempos soviéticos, a televisão não relata fatos, esconde-os. A imagem oficial - é a guerra na Ukraina (com apoio da América), o colapso da economia ukrainiana (que os EUA ignoram), e as realizações russas no esporte, balé (e outras áreas, pelas quais eles sentem inveja). Enquanto isso, os russos comuns apressam-se trocar os rublos por dólares e comprar tudo o que ainda não subiu.
Durante as duas primeiras semanas o rublo desabou em 17,5% em relação ao dólar. A inflação ultrapassou 10%. Preços do petróleo - principal artigo de exportação russa - caiu a menos de US $50 por barril, o que levou os economistas rever as previsões para o lado negativo. Agora a queda do PIB este ano deverá ser de 3-5%. A avaliação do crédito russo constantemente move-se para o "lixo".
A impassível calma do governo indica falta de estratégia. A TV mostra, como Vladimir Putin ouve alegres relatos dos governadores. Mas o atual declínio dos preços do petróleo planejado a US $ 100 dólares o barril, em US $ 45 ou 20% das receitas previstas, considera o ministro das finanças Anton Siluanov. Ele, assim mesmo já planejava cortar o orçamento em 10%, mas pode precisar mais. Mesmo se as pensões e salários subirem 5%, a inflação acima de 10% significa diminuição da renda real, pela primeira vez desde a vinda de Putin ao poder, em 2000.
Kremlin espera resistir a esta crise, como sobreviveu nos anos 2008-2009, quando o PIB perdeu 7,5%. Então o governo podia estimular a demanda com aumento dos custos orçamentais e facilitar às empresas-devedoras. Agora, tal variável não existe. As reservas de valores em ouro da Rússia são menores que a quatro anos atrás, e na melhor da hipóteses vão durar um ano e meio. Pior ainda é, que o gabinete do governo perdeu a confiança dos cidadãos. O aumento das taxas de juros para 17% em dezembro destinava-se para proteção do rublo, mas não funcionou. Os russos perderam a fé na moeda local e começaram cancelar os depósitos, diz um economista sênior do Banco Alfa, Natália Orlova.
O rublo cairia ainda mais, se o Kremlin não ordenasse aos exportadores vender divisas, e a grandes empresas - não comprar moeda estrangeira. No entanto, a liquidez, que o Banco Central aloca a instituições financeiras russas, infiltra-se no mercado de câmbio, o que cria ainda mais pressão sobre o rublo. Qualquer injeção de liquidez, deste modo, em vez de estimular a demanda interna, simplesmente pode aumentar a evasão do capital. O único modo de apoiar o rublo - é limitar o fornecimento de ativos líquidos aos bancos, mas isto, por sua vez, criará pressão sobre eles. German Gref, presidente do Sberbank, maior instituição financeira da Rússia, alertou (supostamente), que a crise cambial poderá transformar-se em crise bancária de larga escala.
Colidindo com a saída de capitais, queda dos preços do petróleo, falta de acesso aos mercados estrangeiros e seus próprios problemas demográficos, é improvável que Rússia saia rapidamente da crise. Sua esperança é que a desvalorização do rublo acelerará a substituição da importação (como após o default de 1998) e deste modo inspirará o crescimento econômico, não é real. Então a FR realizava a substituição dos principais produtos, que podiam ser produzidos no reservado equipamento soviético. Os produtos importados, atualmente, não podem ser, rapidamente substituídos por análogos locais. Isto requer investimento, poucos estão dispostos arriscar.
O ex-ministro das Finanças Alexei Kudrin e o economista Yevsey Gurvich consideram, que à economia russa não ajudarão medidas nem monetárias, nem fiscais. Na base da doença russa - enfraquecimento dos fatores da economia de mercado e supressão da concorrência. A intensificação da influência estatal significa, que na economia russa dominam empresas estatais ou quase estatais, cuja renda não depende da eficiência econômica, mas de contatos políticos. Incentivos distorcidos, bem como a corrupção, e falta de direitos de propriedade, forçaram a saída de empresas mais bem sucedidas do mercado, reforçando a posição de empresas estatais parasitas, de gestão ineficaz. A queda dos preços do petróleo revelou estas falhas, não as causou.
Como explicam Kudrin e Gurvich, o crescimento excepcional da Rússia no período 1998-2008 foi, de fato não seu próprio: a ele contribuiu dinheiro fácil, que apareceu, graças ao aumento dos preços do petróleo e empréstimos baratos. Isto estimulou o consumo, o qual se satisfazia com as importações e aumento da produção doméstica.O governo estava ocupado com a redistribuição da renda em vez de
reestruturação e modernização da economia. As empresas privadas e o Kremlin escolheram lucros rápidos, em vez de investimentos a longo prazo. Mesmo em 2009, o objetivo do governo era minimizar as consequências políticas da crise financeira, em vez de aumentar a competitividade econômica.
Agora o único caminho para Rússia - é reestruturação da economia, a fim de restaurar o papel dos mercados. 25 anos atrás essa transição foi possível graças ao colapso da União Soviética e as mudanças no Kremlin. Em um apelo velado a Putin Kudrin declara, que agora isto pode ser feito, e durante a sua presidência, mas com outro governo. Convencer o presidente não foi possível. E, enquanto ele ponderá sobre opções, a economia não para de rolar para baixo, não importa sobre o que a televisão silencia.
Notícias ukrainianas: 25 e 26 de janeiro de 2015
Ukrainska Pravda (Verdade ukrainiana)
O Conselho de Segurança e Defesa Nacional instruiu o governo para iniciar recurso ao Tribunal de Haia por crimes contra a humanidade, cometidos por terroristas contra cidadãos ukrainianos em 2014 - 2015 e o reconhecimento da "DNR" e "FSC" como organizações terroristas.
A decisão correspondente foi aprovada durante a reunião de emergência em 25.01.2015.
"Para aumentar a pressão sobre Rússia, o Conselho de Segurança e Defesa Nacional aprovou a decisão da obrigatoriedade de sanções, introduzidas pelos países da UE, Suiça, EUA e Grupo dos Sete em relação a FR e propôs reforçá-las.
Para combater a ameaça russa e ataques terroristas apoiadas pela Rússia, foi aprovado um conjunto de medidas para fortalecer a capacidade de defesa e as medidas de combate ao terrorismo. Trata-se da criação de administrações civis-militares nas zonas da ATO para garantir a segurança da população.
Também foi aprovada a encomenda de novas armas e técnica militar, para defesa das Forças Armadas, Guarda Nacional e outras formações militares.
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Chefe do Estado Maior do exército russo dirige os militantes de Popasna.
Moscou, observando o fracasso de seus súditos (terroristas) para enfrentar as organizadas ações das Forças Armadas da Ukraina, introduz nas batalhas as regulares tropas russas. Assim, na região da Popasna dirige as forças russo-terroristas, pessoalmente, o chefe do estado-maior 58 do exército Southern District o major general Sergey Kuzolov.
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Os militantes da "DNR" dizem que não houve nenhum ataque a Mariupol. Eles realizam apenas "medidas restritivas sobre as posições que ocupavam anteriormente", não permitindo o avanço do "inimigo" a partir do sul. (Para prevenir o avanço do inimigo, as forças da ATO, foi preciso atacar os moradores pacíficos de Mariupol? - OK).
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Na UE discutem as novas sanções contra empresas russas. Na reunião extraordinária do dia 29 de janeiro a questão será analisada. Também haverá a possibilidade de expandir a lista de russos cuja entrada será proibida na UE e introdução de sanções contra ativos russos.
O ministro das Relações Exteriores também disse que na UE, já estão discutindo a possibilidade de desligar Rússia do sistema SWIFT ( Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Globais).
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A Assembléia Parlamentar co Conselho Europeu aprovou a decisão de imunidade internacional para piloto ukrainiana Nadia Savchenko, que obriga Rússia a libertá-la.
Anne Brasseur, presidente da PACE: "Regras da PACE confirmam imunidade aos membros da Assembléia não apenas durante as Assembléias, mas também para visitas à Assembléia. Portanto, Rússia deve levantar as restrições para viagem da deputada à sessão. Se um deputado está aprisionado, ele deve ser liberado pelo governo que o detém.
A delegação russa na PACE propôs trocar Nadia Savchenko (e, talvez, mais alguns reféns ukrainianos mantidos na Rússia) pelo pleno restabelecimento de seus direitos no âmbito da PACE.
O primeiro passo deve ser feito pelos representantes ukrainianos. Eles recusaram. Mas, a chance de que Rússia obterá sucesso, aumentou significativamente. (Então ficou claro que a piloto não matou ninguém, estava apenas sendo guardada para uma vantajosa troca - OK).
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Os militantes, hoje - 26 de janeiro - estão bombardeando várias localidades na Ukraina.
Dispararam com "Grad em Stanytsia Luhanska - morreram duas pessoas. Também houve tiroteio nas aldeias vizinhas. Artem foi o distrito mais afetado.Em Stara Kondrashivska acertaram a escola, mas esta já está fechada há bastante tempo. Os moradores locais, quase todos , saíram para regiões mais tranquilas. No centro já não há eletricidade nem água a quase uma semana. O fornecimento do gás é intermitente.
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A situação mais tensa encontra-se na direção de Debaltseve. As forças russo-terroristas continuam o bombardeio às forças ATO. Estas, no entanto, ainda continuam em suas posições. O fogo da artilharia também atingiu Luhansk, Mius, Nikishin, Troitske. Próximo do aeroporto de Donetsk não cessam disparos de morteiros em Avdiivka, Pisk, Granitne e, principalmente em Mariinka. Continua o bombardeio em Shchastia, Kremske, Novotoshkivska.
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O Ministério do Interior da Ukraina pede aos militantes para cessar fogo em Mariinka e Krasnohirka para dar possibilidade de evacuar as crianças.
Blog de Bóris Nemtsov (Político e blogueiro russo)
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 25.01.2015
Putin admitiu que seus separatistas cometeram crime e bloqueou a correspondente resolução do Conselho de Segurança.
O comportamento infame e mentiroso de Churkin-Putin pouco lhes preocupa porque a verdade conhecem só no exterior. Dentro da Rússia a maioria assiste apenas o Primeiro Canal, cujos relatos dizem que os próprios ukrainianos bombardearam sua cidade.
Caracteristicamente, os agitadores não mencionam a conclusão do grupo de acompanhamento da OSCE, que opera no leste da Ukraina, com o consentimento de Putin e a cuja composição pertencem representantes da Rússia.
A conclusão disto é conhecida a todo mundo:
Daí resulta que a 400 m do local onde aconteceu o bombardeio havia um posto de controle do exército ukrainiano.
Sujaram-se Putin e Zakharchenko... Queriam destruir o posto de controle e iniciar o ataque ao leste de Mariupol. Zakharchenko, alegremente, informou a mídia sobre o início da ofensiva... Quando viram que morreram dezenas de pessoas, Kremlin deu toque de recolher.
O plano de Kremlin precisa ser ajustado devido a grande repercussão internacional. E, a questão não são apenas sanções. Cheira Haia. É claro que Putin não quer o destino de Milosevic. Milosevic também não queria ir para lá... Mas precisou fazê-lo.
Fotos de Mariupol - dia seguinte:
Tradução: O. Kowaltschuk
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