segunda-feira, 7 de abril de 2014

Últimos acontecimentos
Imprensa Ukrainiana


Os separatistas em Donetsk apoderaram-se da ODA (Administração Estatal Regional), segundo informam "Notícias de Donbass" em sua página no Twitter.

Houve lutas: arrancaram os escudos dos milicianos...Pela janela arremessaram uma granada, voaram pacotes explosivos, usaram propulsor hidráulico. Às 15h30min os separatistas entraram no território da ODA-Donetsk. Baixaram a bandeira da Ukraina e hastearam a bandeira russa.
Anteriormente realizou-se um comício com mais ou menos duas mil pessoas. Eles consideram que Kyiv está dominado pelos americanos.
Segundo o representante do Ministério do Interior Ihor Demin em Donetsk, a milícia não interferiu na situação para evitar maiores tumultos e derramamento de sangue.

Bandeira russa hasteada


Bandeira com o novo nome pretendido: República de Donetsk

Em Mariupol (cidade de Donetsk, aproximadamente 500 mil habitantes), um grupo de manifestantes invadiu a Procuradoria. Houveram chamadas para "formações revolucionárias" e "criação de uma república federativa". Distribuíam capas para passaportes (identidade) com o nome "República Donetsk". 
Encontra-se preso em Kyiv o ex-prefeito de Mariupol Dmytro Kuzmenko. Ele organizava atividades separatistas na região de Donetsk. Também está preso o autoproclamado governador de Donetsk Pavlo Hubariev. No início de março, em Luhansk, os funcionários do SBU prenderam Arsen Klinchaiev, que liderou um comício separatista e tomada da ODA.

Em Kharkiv, o assalto foi adiado para 21:00 h - havia aproximadamente 500 pessoas e 30 "combatentes" camuflados. Eles diziam que o indispensável era "sobreviver um dia - o auxílio vem vindo".
O assalto teve início com o começo da música russa dos tempos da Segunda Guerra Mundial:
 "Levanta-te, grande país,/ Levanta-te para luta mortal/ Com força fascista escura,/ Com a horda amaldiçoada!

Na Praça da Liberdade - algumas centenas de pessoas com aparência agressiva seguravam bandeiras russas. Também reuniram-se homens de forte aparência nas ruas adjacentes, com fitas de St. George. Próximo da ODA pessoas com escudos. Durante o assalto os separatistas jogavam granadas de som na milícia. Parte de manifestantes entra no ODA. Milícia recua, separatistas gritam: "Obrigado, milícia!" 
Da janela do segundo andar já tremula bandeira russa. 


Em Luhansk os separatistas apossaram-se do SBU (Serviço de segurança da Ukraina) quebrando portas e janelas. Quebraram muitos vidros jogando tijolos. Encheram o prédio com ovos e garrafas com restos de cerveja. A multidão gritava: "Vergonha", "Liberdade aos ativistas", "Rússia


Eles queriam a liberdade do suspeito da tentativa de derrubar a ordem constitucional Oleksandr Kharytonov, líder da "Guarda Nacional". Bloquearam a rua Soviética. Realizaram um comício em apoio à Federalização da Ukraina. Manifestaram-se a favor da demissão do novo governo, atribuir ao idioma russo o status de 2º idioma nacional. Participaram cerca de 2.000 pessoas.

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Publicada lista de "lustração" ( nome dado às  pessoas que em alguns países soviéticos ocupavam determinados cargos, não fossem designadas para continuar desempenhando cargos no serviço estatal após mudança de governo) para comissões eleitorais. No caso, a lista relaciona pessoas envolvidas em fraudes nas eleições anteriores. A lista foi elaborada pelos ativistas do Comitê de Eleitores da Ukraina - KVU Oleksandr Chernenko. Chernenko disse que: parte de irregularidades e fraudes ocorre pelas ações ou omissões dos membros das comissões eleitorais; esperamos que muitos casos ainda deverão ser investigados, mas as eleições se aproximam e precisamos agir; hoje estamos próximo de 350 nomes. E, certamente, isto não é o limite. A lista será revista e complementada. Se nós percebermos estas pessoas participando de comissões nas eleições presidenciais o "questionamento será àqueles candidatos que os delegaram".

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Rússia tenta apoderar-se do controle dos serviços da navegação aérea na região da Criméia. Sobre isto avisa o Serviço de Aviação  do Estado da Ukraina.

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A Assembléia Parlamentar da OTAN cessa a cooperação com o governo da Rússia, anunciou o presidente Hugh Bailey. No entanto, ele não exclui, que "em alguns casos" o secretariado executivo pode convidar representantes do Parlamento russo para negociações. Quais são os casos em questão, Bailey não deu detalhes. Esta decisão foi tomada após a agressão militar russa na Criméia.

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O vice-primeiro ministro Vitali Yarema disse que as ações separatistas são financiadas pelo ex-presidente Yanukovych e seus partidários.

"Yanukovych e seus partidários retiraram da Ukraina grande quantidade de dinheiro, o qual, de acordo com a informação da inteligência e serviços operacionais utilizam para elevar os sentimentos separatistas entre a população da Ukraina". A quantidade exata de dinheiro retirado ele não soube precisar mas, segundo suas palavras, trata-se de bilhões de dólares.

Segundo Yarema, nos últimos dois meses, em diferentes cidades da Ukraina foram realizadas cerca de 320 ações separatistas, com participação de 242 mil pessoas. "O que pode fazer um jovem desempregado, ideologicamente e psicologicamente ajustado para realizar atos ilegais, se lhe pagam 100 dólares por dia?", - disse ele.

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Avakov, Ministro dos Assuntos do Interior acusou Putin e Yanukovych pelo desavir na Ukraina. Eles encomendaram e pagam mais uma rodada de agitação separatista no leste do país - Luhansk, Donetsk, Kharkiv.

"Aos separatistas e aos cabeças quentes, que exigem a qualquer preço deter os tumultos. A situação retornará sob controle sem sangue. Tal comando aos aplicadores da lei - é verdadeira" - escreveu ele.

"Estabilizamos a situação. Aceitaremos a pressão dos marginais pagos e não repulsivamente afastaremos", - ele acrescentou. O Ministério do Interior não vai atirar nas pessoas.  - "Em um punhado de provocadores pré-pagos, entre os manifestantes há muitos enganados, muitos vêm pelo dinheiro".

Anatoli HrytsenkoPolítico ukrainiano, Ministro da Defesa (2005-2007), presidente do Comitê do Parlamento sobre Segurança e Defesa Nacional (2007-2012), presidente da Subcomissão de combate à lavagem de dinheiro (desde 2012, líder do partido "Posição cidadã". Coronel da reserva.

Governo brinca com fogo!

O governo não agia, e de longe observava, como Putin, apoderava-se da Criméia. Como uma após outra "caiam" unidades militares, arrebentavam-se navios e aeródromos... Criméia Putin conquistou...

Agora o governo também não age e de lado observa, como Putin apossa-se do leste da Ukraina - Luhansk, Donetsk , Kharkiv...

Telefonam oficiais do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) de Luhansk: "Apossam-se do prédio da Administração do SBU! Lá tem armas, documentos, inclusive secretos, trabalhos operacionais!!"

Dirijo-me à milícia e forças especiais - seus 2500 combatentes estão na praça! - por que não defendem?! Temos ordem para não nos intrometer. Quem é o comandante, oficial sênior? Silenciam. Senhor Hrytsenko, isto - é traição? Kyiv entrega Luhansk? Todo Donbass? Por que aqui não estão Avakov? Nalyvaichenko? Parubii? Turchenov?"

Sou obrigado repetir: considero, que isto é inatividade e sabotagem do poder, como mínimo, ou - traição!

Conspiração estratégica com Putin ou movimento tático para impedir a eleição presidencial (porque alguém viu que não tinha chance) - motivo para inercia do governo para mim é completamente desconhecida. Talvez, você saiba?

Espero, que o governo de Kyiv saiba, o que deve fazer durante o próximo dia, para recuperar o controle da situação.

Espero, que as autoridades em Kyiv finalmente percebam, que devem ouvir - e escutar as pessoas no leste do país.

Sou forçado a mais uma vez lembrar: prevenir exacerbações, impedir a escalada do conflito - é sempre mais eficiente e mais barato (em todos os sentidos da palavra), do que localizar as consequências do conflito.

Tradução: O. Kowaltschuk

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