sexta-feira, 18 de abril de 2014


PÁSCOA: RELIGIÃO E TRADIÇÕES UKRAINIANAS
Pesquisa Internet

Páscoa - maior feriado cristão. Este dia é considerado como o dia da ressurreição de Jesus Cristo.
A palavra "Páscoa" vem da antiga comemoração em que os judeus comemoravam a libertação do cativeiro egípcio.
Para Páscoa, os fiéis preparavam-se sete semanas da Quaresma - é o período que Jesus passou no deserto. Significado especial tem a Quinta-feira em que Jesus com seus discípulos dividiu a refeição festiva. Neste dia, todos os ortodoxos, de acordo com a possibilidade, esforçam-se para comungar. À noite, na igreja leem os 12 Evangelhos, onde descreve-se a Paixão de Cristo.
Na Sexta-feira Santa retiram da Igreja o sudário, acompanhando com rezas e cânticos. Neste dia triste recomenda-se não comer.
Na madrugada da Ressurreição de Cristo realiza-se uma missa festiva e abençoam-se os alimentos. Assim a Igreja abençoa os fiéis depois de uma longa quaresma. Uma rica mesa de Páscoa é símbolo de alegria celeste e símbolo da Ceia do Senhor.

Atualmente, aos pesquisadores é muito difícil analisar quais são as cerimônias de Páscoa genuínas, quando surgiram e em que circunstâncias. Com rituais cristãos misturaram-se antigos rituais pagãos associados com celebração do sol. Sob influência do calendário cristão parte dos ritos pagãos misturaram-se com a semana da Páscoa e parte desapareceu já que correspondia à Quaresma, que é oposta à "alegria da primavera".
Dos costumes conhecidos, pelas testemunhas oculares, há o vestígio de três cultos: culto da geração, do sol e da primavera, e de Cristo que trouxe à humanidade a idéia da Ressurreição - idéia de renascimento espiritual e físico. Crença comum a todos os povos eslavos é que na Páscoa o "sol brinca", ou "passeia", embora seja aceito como atributo do feriado cristão, porque "neste dia todos se alegram no céu e na terra", era, talvez, uma das principais idéias iniciais da festa do sol da primavera, da qual surgiram outras, como "na véspera do domingo de Páscoa não pode dormir" porque "aquele, que dorme, perde sua felicidade".

Depois da missa, que dura a noite toda, a procissão em volta da igreja repete-se três vezes, e então começa o processo do ritual da santificação dos alimentos: pascas (pão especial), linguiças, rábano e outros alimentos (dependendo da região). As donas de casa colocam os produtos em cestas decoradas com toalhas bordadas, velas e pervincas. Após o serviço religioso as famílias vão para casa e iniciam a refeição. 

Primeiramente comem o ovo consagrado. Nas cestas podem estar consagrados também assados, linguiça, peixe, queijo, alho, estragão, raiz forte, sal e vinho, cordeiro. As pessoas acreditam que o cordeiro consagrado garantirá a fidelidade das forças da natureza e protegerá dos desastres naturais. 

Após a refeição, os jovens vão ao pátio da igreja e iniciam diversas brincadeiras que acompanham com cânticos. Na Páscoa todos devem alegrar-se. Quem ficar triste neste dia, ficará triste o ano inteiro. 
Se alguém morria na Páscoa, considerava-se que sua alma feliz ia diretamente ao céu, porque neste dia "o céu estava aberto".

Também costumavam tocar o sino da igreja. Quem tocasse por primeiro teria a melhor colheita. 
Na segunda-feira, segundo a tradição, os rapazes jogavam água nas moças, elas podiam revidar na terça (eram três os dias santificados). Ainda poderiam colocar fogo ao redor da igreja. Este fogo limpava o ar e livrava de todas as impurezas. Devia extinguir-se sozinho.

As comemorações terminavam com reunião em memória dos mortos. Nos morrinhos dos túmulos enterravam ovos, cascas de ovos, sal benta e, até um cálice de vodka, e diziam: "comam , bebam e lembrem de nós". 

Tradução: O. Kowaltschuk

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