terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Como Rússia transforma os ukrainianos em traficantes de drogas.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.02.2017
Darya Bavzaluk

As pessoas são atraídas por anúncios de emprego bem pago, não necessária qualificação, mas depois a envolvem em relações criminosas e "entregam" às agências de aplicação da lei.


Há poucos dias, os funcionários do Ministério Exterior da Rússia deteve 47 ukrainianos suspeitos na criação de narcosindicato. "Cessada atividade logística de grupos de unidades estruturais, que em 14 regiões da Rússia realizavam entrega de especialmente grandes quantidades de narcóticos, em veículos motorizados, especialmente equipados", - fornece informação sensacional o Ministério das Relações Exteriores russo.

No entanto, de acordo com a informação da polícia ukrainiana, os cidadãos da Ukraina, que foram presos na Rússia "sob suspeita de criação de um "Sindicato de Narcóticos internacional" não são criminosos, mas vítimas. Tais vítimas, não oficialmente, eles são muito mais, talvez milhares.

"Trata-se de uma rede criminosa, que recrutava e levava pessoas jovens, de 20 a 30 anos para trabalhar como "correios" na Federação Russa.

Os candidatos para o papel de "correios" deviam ter um registro criminal e experiência na cooperação com órgãos de aplicação de lei. Após a chegada à Rússia os cidadãos ukrainianos trabalhavam como mensageiros de droga, mas em caso de recusa eram detidos pela polícia russa".

Aos ukrainianos detidos "colavam" o Artigo 228 do Código Penal da Federação Russa (posse de drogas). Os ativistas de direitos humanos acreditam que a maioria deles estava em busca de trabalho e foi envolvida na atividade ilegal forçadamente. (Emprego na Ukraina está difícil, principalmente para jovens sem profissão - OK).

Então, como operava este esquema. No metrô metropolitano ou apenas nos postes, colocavam maciçamente os anúncios com ofertas de altos salários, de mensageiro ou expedidor. No anúncio não constava que a mercadoria deve ser entregue na Rússia. Sublinhava-se que, "para entrega de mercadoria em grande quantidade" eram necessários "jovens enérgicos". Esclarecia-se que "não precisava ter experiência", e adicionavam: "Ensinaremos!".
Prometiam salário bastante atraente - 5 mil... semana.

Em dezembro do ano passado, em Dnipro, foram descobertos quatro organizadores deste esquema. Como contou o consultor freelance do presidente do Ministério do Interior e deputado Anton Gerashchenko, este grupo organizado começou agir na Ukraina e um na Moldávia. "Objetivo do grupo - recrutar jovens cidadãos da Ukraina através de anúncios no metro e nos jornais gratuitos. Parecia nada anormal ou suspeito.
Se a pessoa correspondia, apenas então lhe diziam que irá para Rússia, viverá em apartamento alugado, receberá um telefone, através do qual virão os comandos. Por exemplo, é necessário vir a tal região, encontrar uma construção abandonada, e lá, sob quaisquer pedra haverá uma bolsa com narcóticos, pré-embalados em pacotinhos e deverá deixá-los em esconderijos. Mas depois estes correios "entregavam" às agências policiais russas para que elas apresentassem estatísticas de combate ao tráfico de drogas" - contou Anton Gerashchenko.

Para isto "bicavam" pessoas ingênuas, que não entendiam que era armadilha. Quando, propõem, um alto salário para empregos não qualificados, compram bilhetes, dão Smartphone, prometem apartamento, então qualquer pessoa deve saber que há algo errado, - diz o correspondente do "Castelo Alto", a ativista de direitos humanos Maria Tomak. 

Segundo ela, o esquema é típico: sempre compram o bilhete para Moscou, e já na Rússia todos os contatos ocorrem através do telefone móvel. Recrutam em toda Ukraina, mas, normalmente caem nesta arapuca os moradores de Kyiv ou das regiões orientais. Recrutam também nos territórios não controlados pela Ukraina, Donetsk e Lugansk. Se a pessoa, após a chegada à Rússia recusa-se distribuir as drogas ou após alguns "trabalhos" quer "cair fora", ela, imediatamente, é entregue aos aplicadores da lei.  "Alguém trabalha uma semana, alguém um mês, mas apenas a pessoa dizer aos parentes, no telefone, que quer fugir, no mesmo dia a prendem", - diz a senhora Maria.






Tais anúncios no metrô de Kyiv havia centenas. "Drogas" - (Escrito a mão no cartaz) alertam aos ingênuos trabalhadores, passageiros conscientes. 

Ao "queijo na ratoeira"  os ukrainianos são empurrados pelas dificuldades financeiras. Normalmente, compram-se ou pessoas sem instrução, ou aqueles que enfrentam algum tipo de dificuldade financeira. Por exemplo, fizeram um empréstimo e perderam o emprego. 

Ultimamente, diz Maria, tais anúncios diminuíram. Talvez por causa do clamor público os organizadores ocultaram-se. Embora seja possível que haja micro grupos para recrutamento. "Mas agora começa a segunda fase desta questão, muito importante. Paramos o fluxo de pessoas à Rússia, mas o que fazer com aqueles, que já estão condenados ou em breve irão para prisão russa?" - diz a senhora Tomak.

Enquanto isso, Rússia usa esta história com a finalidade propagandista, para mais uma vez mostrar o lado feio dos ukrainianos. Além disso, isto pode ser mais um tipo da chamada "guerra hibrida".  Desta forma, Rússia pode formar uma rede de agentes. Aqueles que concordam em cooperar, libertam da prisão preventiva, eles voltam para casa e fornecem informações ao país agressor ou executam pequenas tarefas de sabotagem.

Um funcionário do Serviço de Segurança da Ukraina deu a entender, que "as questões sobre narcótico estão sob o  "barrete" do FSB (Serviço Federal de Segurança, russo). No SBU acreditam que todos os que vão à Rússia, atrás de tais anúncios, compreendem, o que irão encontrar" - explica a ativista de direitos humanos. 

Os defensores aconselham: 

Se seu familiar foi envolvido neste esquema, você deve, imediatamente escrever uma declaração à sede da Polícia Nacional.  O Ministro das Relações Exteriores da Ukraina recomenda que, no cado de, no território russo surja quaisquer caso de detenção, tratamento desumano, pressão física ou psicológica por parte das autoridades russas, os cidadãos ukrainianos devem contactar imediatamente o Centro Operativo do Ministério (N° do telefone) ou diretamente para a hotline do consulado da Ukraina, localizado na Rússia.

XXX

Os líderes dos militantes ameaçam interromper o fornecimento de carvão e tomar posse das empresas.
Ekonomichma Pravda (Verdade Econômica), 27.02.2017.

Os militantes ameaçaram parar o fornecimento de carvão a Ukraina e também introduzir o "controle externo" nas empresas que operam nos territórios ocupados, mas registrados nos territórios livres, se não for levantado o bloqueio, Eles referem-se àquele bloqueio que alguns deputados ukrainianos fizeram, disseram os líderes dos militantes de ORDLO (Áreas separadas das regiões de Donetsk e Lugansk) Alexander Zakharchenko e Igor Plotnetskyi.

"Nós somos obrigados declarar que, se até zero hora de quarta-feira (01 de março de 2017) o bloqueio não for levantado, nós introduziremos gestão externa em todas as empresas de jurisdição ukrainiana, que trabalham em "DNR/FSC" - diz o comunicado.( A ameaça é das organizações terroristas que controlam parte de Donetsk e Lugansk, aos ukrainianos que deixaram de comprar o carvão antracite - OK)

Nós deixaremos de fornecer carvão à Ukraina. Nós vamos reconstruir todos os processos de produção e orientá-los para o mercado russo e de outros países. Exatamente isto é que havia numa de nossas primeiras promessas no momento da proclamação de nossas "repúblicas", - declarou o militante.

No entanto, os trens com carvão já estão indo à Rússia.

Os militantes acreditam que o bloqueio "contraria diretamente o espírito e a letra dos Acordos de Minsk".

Na declaração observam, que por causa do bloqueio, muitas empresas localizadas nos territórios ocupados, foram forçadas a parar seu trabalho.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 26 de fevereiro de 2017

História de amor durante o Holodomor vem para telas dos cinema dos EUA e Reino Unido.
(Holodomor - morte pela fome)
Rádio Svoboda (Rádio Liberdade), 07.02.2017


Como em muitas histórias cinematográficas sobre amor, "Bitter Harvest" ou "Amarga colheita" - histórica novela, criada com esforços e recursos da diáspora ukrainiana no Canadá - não faltam beijos apaixonados, promessas de fidelidade e dolorosas cenas de separação. E tudo isso contra o pano de fundo da turbulência que absorveu a pátria dos principais personagens. Os acontecimentos desenrolaram-se durante a fome de 1930, memórias que ainda hoje pendem como sombra nas relações entre Ukraina e Moscou oficial. Neste momento, quando essas relações cada vez mais se aguçam, o filme vai para as telas de cinema nos EUA e Reino Unido.

"Estamos falando de Stalin, mostramos Stalin, mas realmente é óbvio que a ocupação da Criméia e leste da Ukraina, a mesma história se repete.

George Mendelyuk  

O filme tem a participação de atores britânicos Max Irons, Samantha Barks e Terence Stamp e retrata a catástrofe causada pela política do líder soviético Joseph Stalin, que procurou consolidar o poder soviético e destruir as menores manifestações de independência da Ukraina. Mas este filme - é, essencialmente, uma história de amor, enfatiza o seu diretor canadense de origem ukrainiana George Mendelyuk, conhecido, particularmente, pelo filme de 1980 "Roubo do Presidente". Ele também acrescenta, que sua fita não é apenas sobre o passado.

"Embora no filme nós falamos sobre Stalin, mostramos Stalin e como ele organizou esta fome artificial, mas realmente é óbvio que a ocupação da Criméia e leste da Ukraina, a mesma história se repete" - diz Mendelyuk.

TRAILER OFICIAL:

https://www.youtube.com/watch?v=3P0saS1peTw&feature=youtu.be

A partir de notas em guardanapos à reprodução da história. Fortes homens rurais cortam os feixes dourados de trigo. Mulheres coradas arrastam sacos de trigo nas costas, para o moinho. Acima deles - céu sem nuvens. Irritados soldados vermelhos sobre cavalos assustam o jovem e a jovem, que se beijavam apaixonados na mata. Eis algumas cenas iniciais do filme que conta a história fictícia do criativo e talentoso rapaz aldeão chamado George (interpretado por Irons), o qual separaram do amor de sua juventude Natália (interpretado por Barks). Ele quer estar com ela. Enquanto isso, o Exército Vermelho executa o plano de Stalin - coletiviza os produtos agrícolas, o que levará à fome e morte de milhões de pessoas. O filme termina com os acontecimentos de 1933, quando o número de mortos atinge o seu apogeu.

Richard Bachenskyi - Hoover, co-autor do filme, disse que primeiramente apresentou seu plano em 1.999, depois de sua primeira visita a Ukraina. Natural de Ontário, representante da segunda geração de imigrantes ukrainianos, Bachenskyi - Hoover queria ser ilustrador, mas foi obrigado a se defender com ocasionais biscates coo construtor. Posteriormente, por algum tempo, ele desempenhou pequenos papéis em programas e filmes televisivos canadenses, incluindo o filme de 1.999 dirigido por Mendelyuk.

Um ano antes disso, ele casou-se com filha de imigrantes ukrainianos, o que levou-o a visitar Ukraina e começar a estudar sua herança étnica. Em 2004 Bachenskyi - Hoover passou várias semanas nas ruas de Kyiv durante a Revolução Laranja.

Durante a Revolução Laranja , eu percebi que este país tem sofrido muito e ninguém nunca produziu um filme sobre Holodomor (morte pela fome).

Richard Bachenskyi Hoover.

A idéia do que mais tarde torou-se "Amarga colheita" Bachenskyi - Hoover, começou com anotações em guardanapos, que fazia, absorvido na história triste daquele período e destino de próprios parentes. "Durante a Revolução Laranja eu compreendi que este país sofreu muito e ninguém, nunca fez um filme sobre Holodomor
(morte pela fome), - disse Bachenskyi - Hoover.

Em 2008 - três anos após mudar-se para Kyiv - ele já possuía suficientes desenvolvimentos, para convencer os governantes ukrainianos para financiar o filme. Mas, segundo ele, o governo do então primeiro-ministro Yanukovych, não demonstrou nenhum interesse, bem como os empresários ricos, aos quais Bachenskyi - Hoover dirigiu-se.

"Eu vi nisto a possibilidade de mostrar ao Ocidente aqueles horrores que fez Stalin, delinear para um típico espectador ocidental o contexto, no qual permanece a atual Ukraina. 

Ian Ignatovych.

Em 2011 ele foi a Ian Ignatovych, investidor de Toronto, cujos pais foram forçados a fugir de Lviv durante a Segunda Guerra Mundial e emigrou para o Canadá em 1948. Ele cobriu completamente os custos da produção do filme, que atingiu 21 milhões de dólares. "Eu vi nisto uma oportunidade para mostrar ao Ocidente, aqueles horrores que realizou Stalin, definir para um típico espectador de cinema o contexto, no qual permanece a atual Ukraina", - explicou seu motivo Ignatovych.

Bachenskyi - Hoover foi a Mendelyuk com a notícia de que encontrou um patrocinador, e ele concordou em se tornar seu diretor.

Em "Amarga Colheita", que teve um orçamento de US $ 21 milhões, desempenhou o veterano do cinema britânico Terence Stamp.

O filme "Amarga Colheita" ("Bitter Harvest") sobre a fome (Holodomor), mostrarão em 45 países.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 26.02.2017
Victoria Zhuhan



Em Kyiv apresentaram o filme "Amarga Colheita". A história de amor que desenrola-se em tempos de Holodomor, em 1939-1933, será exibido em 45 países. Seus criadores dizem: fizeram todo o possível, para sobre Holodomor soubesse o maior número de pessoas além da Ukraina.  

A Kyiv, do Canadá vieram, o produtor do filme Ian Ignatovych e o diretor George Mendelyuk, também o produtor executivo Denis Davidson (EUA) e a intérprete do principal papel feminino Samantha Barks (Grã Bretanha). 

Na tela grande na Ukraina a fita aparecerá em 23 de fevereiro, e no exterior "Amarga Colheita" será exibido em 45 países - em todos os continentes (Espero que passe aqui em Curitiba. Assim que alguém souber o dia, peço que avise - OK) Na Rússia ainda não planejam a exibição do filme. O produtor executivo Dennis, Davidson disse, que nenhum dos distribuidores russos, ainda não manifestou interesse. 

Colheita, casamentos e funerais, bordados, aguardente de cereais e bolo assado na chapa (palhanetsia) - tudo isto contra o pano de fundo de moinhos, do museu de arquitetura popular em Pirogovo. Tal Ukraina verá o público ocidental no início do filme "Colheita Amarga". Quando, junto com os tiros dos bolcheviques ribombarão os "kolkozes" (fazendas coletivas) e "prodrozkladka" (sistema de abastecimento), o quadro cheio de vida perderá todas as cores, e todo público mergulhará na atmosfera do Holodomor (morte pela fome) de 1932 - 1933. 

A trama é centrada em torno das vicissitudes do destino humano, e as cenas de execuções, tiroteios, fugas e perseguições não deixam o espectador distrair-se por um segundo.

Na conferência de imprensa em Kyiv, o produtor Ian Ignatovych disse: o formato foi escolhido de tal forma, que fosse interessante ao público ocidental - do contrário, que censo haveria?

A cena com a canção "Lua no céu..." filmamos na primeira tentativa.

O principal herói Yuri na execução de Max Irons cresce ao longo do filme, de rapaz - artista a lutador guerreiro pela liberdade, e sua esposa Natália (Samantha Barks) dirige, durante o Holodomor a "rebelião das mulheres". Segundo o diretor, deste modo mostraram que na cultura ukrainiana as mulheres se sobressaem como incrivelmente poderosa força natural.

"Eu sou muito diferente da tal heroína, Natália, - disse Barks em uma pres-conferência com a imprensa em Kyiv. - Eu aprendo algo de cada herói que eu desempenho. Especialmente da Natália - ela é incrivelmente corajosa. Ela me inspira, e eu gostaria de pensar, que numa situação semelhante, eu teria, ao menos um décimo de sua coragem. Quem sabe, mas eu considero, que ela é uma mulher extremamente forte."

Espero, que nós retribuímos com merecido tributo às vítimas do Holodomor - atriz Samantha Barks sobre o filme "Amarga Colheita".

Para o filme a atriz, uma parte da canção popular "Lua no Céu..." - esta cena ela gravou da primeira vez. É esta a canção que cantava a mãe de George Mendelyuk. Junto com a irmã ela fugia da fome, de Kharkiv para Lviv -  na "Colheita Amarga" os heróis partem para Lviv da aldeia de Smila, em Cherkasy. Mendelyuk partilhou: graças ao filme ele encarnou a missão de seus pais - preservar a cultura e tornar pública esta parte da história da Ukraina.

Sensíveis detalhes no filme apareceram não apenas nas histórias reais, também por acidente. Segundo a história a Yuri chegou-se o menino - órfão Lyubko. Quando Yuri, após a separação encontrou Natália, descobriu, que ela perdeu seu filho. Segundo o cenário, Lyubko, neste momento vai embora. No entanto, o jovem ator repensa e volta. Deste modo os heróis têm um filho adotivo. 

"Que maldades Stalin não causou ao povo ukrainiano, mas esta família apesar disso, conseguiu reunir-se", - resumiu o diretor.
George Mendelyuk

No serviço de Stalin havia notícias mentirosas.
No serviço de Stalin houve alguém chamado Walter Duranti, apologista, e nós lembramos isto no filme. Ele recebeu o Prêmio Politzer e escrevia "informação oposta", - diz George Mendelyuk. Ele dizia: isto não é fome, é não comer o suficiente. Nós falamos sobre isto hoje, porque existe responsabilidade entre o que, acontecia então, e o que acontece agora. Hoje nós falamos sobre noticiário satírico, mas eles foram - novidades satíricas no serviço de Stalin".

Segundo palavras do produtor, após as mostras de testes, na platéia dos EUA e Reino Unido, os assistentes perguntavam: Por que até agora, ninguém nos mostrou?

O produtor Ian Ignatovych disse que o objetivo do filme era mostrar a verdade dos fatos históricos. No filme há personagens que se denominam "nacionalistas ukrainianos" e "patriotas ukrainianos" - eles exclamam "Glória à Ukraina!" Ignatovych alerta: nos anos 30 esta frase não tinha continuidade, e todos os potenciais paralelos com o presente deixa a critério dos telespectadores.

A historiadora ukrainiana Lyudmyla Grinevich, que aconselhava os criadores do filme, acrescentou: aos ukrainianos neste filme devolveram o direito de ter sua própria identidade e sentimento nacional. Segundo suas palavras, a literatura do período soviético mostra, que nos anos 30 não havia o conceito "patriotismo ukrainiano". Apenas após a descoberta de documentos da União estatal e administração política da URSS, tornou-se  sabido: que o clima social na Ukraina estava intimamente entrelaçado com o clima nacional.

Tradução: O. Kowaltschuk

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) realizou mais de 20 buscas aos suspeitos em cooperação com a Rússia.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 21.02.2017
Michael Shtekel

Presidente do SBU Basil Hrytsak
Rússia gasta milhares de dólares para desestabilizar Ukraina, para mostrar que Ukraina não se realizou como estado. Isto é evidenciado pelo Serviço de Segurança da Ukraina, que já realizou dezenas de buscas e prendeu algumas pessoas. A Procuradoria Geral pede àqueles, que foram usados pelos serviços especiais russos nos interesses do Kremlin, para  que venham, revelem o sucedido, e ajudem a investigação. Entre os figurantes em processos penais - assessores de deputados.

O Serviço de Segurança da Ukraina e da Procuradoria Geral deteve algumas pessoas, incluindo os auxiliares dos deputados da Ukraina,  por atividades subversivas de interesse da Rússia - organização de reuniões pagas, mesas redondas e até registros de projetos de leis. Particularmente, trata-se sobre a lei: "Sobre medidas de apoio estatal para o desenvolvimento, promoção e proteção do idioma russo, outros idiomas das minorias nacionais na Ukraina", que foi apresentado pelo deputado Eugene Balytkyi, e outras medidas de apoio informativo de idéias necessárias ao Kremlin.

"Parecia - zonas francas econômicas, eleição de governadores e dirigentes regionais de agências de aplicação da lei, restauração dos laços econômicos, eleição de governadores e dirigentes regionais de agências de aplicação da lei, restauração dos laços econômicos com Rússia, outorga de estatuto especial ao idioma russo. Eles avançam, ao mesmo tempo,  em várias direções através de representantes eleitos em vários níveis. Forma - mesas redondas, congressos com apelos à Suprema Rada da Ukraina (Rada - Conselho) e presidente da Ukraina. Eles criam a ilusão de maciço apoio", - explicou o presidente do Serviço de Segurança da Ukraina.

Entre as organizações, que apoiam Rússia com informações - "Conselho Público de Dnipropetrovsk",  "Zaporozhye Social", Odessa para porto livre", "Slobojanshyna de Kharkiv. Entre os organizadores - ex-ativista da "Escolha ukrainiana" Paulo Zolotarev, assistente do ex-ministro da Educação Dmytro Tabachnyk (período Yanukovych), Anton Kuzmenko, e os cidadãos Oleg Zaritskyi, Vladislav Dulapchiy, chefe da organização de comunidade "Donbas terra de Kyiv" Andrew Budiak, assistentes de deputados Yuriy Zhytomerskyi e Cristina Maniovych, também Anna Volubueva, chefe do secretariado da Organização "União de Deputados de reforma da legislação fiscal, alfandegária, de terras, da legislatura da Ukraina".

https://www.youtube.com/watch?v=TmPH-8Nro1o&feature=youtu.be

Segundo o chefe do SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) desde o início de 2015, Rússia começou implementar o segundo cenário de agressão - mostrar que Ukraina não realizou-se como estado e não controla a sua própria vida política, disse o chefe do SBU. Para os cidadãos da Ukraina, com dinheiro russo organizam apelos dos conselhos regionais.

Na Rússia ajudam dispersar a mensagem sobre "continuação da Revolução da Dignidade" - SBU.

Também no SBU avisaram que os serviços especiais russos apoiam, no campo de informação, até tais idéias como "continuação da Revolução da Dignidade". Isto significa, que os cidadãos ukrainianos participam de reuniões e ações políticas não honestamente, pelo dinheiro russo, disse Basil Hrytsak (Pagam pelo comparecimento - OK).

Com base nos resultados de interceptações telefônicas e outras ações de investigação, em 20 e 21 de fevereiro, o Serviço de Segurança da Ukraina realizou mais de 20 buscas, durante as quais foram apreendidas armas, munições e moeda estrangeira - dólares e euros. A Procuradoria Geral investiga quatro processos penais, que anteriormente, por alguns meses, investigava o SBU. Interceptação de conversas telefônicas, feitas após as sanções judiciais, e a publicação de materiais foi feita com permissão do investigador, disse o Procurador Geral da Ukraina Yuriy Lutsenko.

Penso, que hoje destruir os telefones não há sentido, tudo está registrado. Fugir também não vale a pena. Única saída para todos, quem "no escuro" colaborou com planos de Moscou - seria melhor escrever uma declaração explicando suas ações e ajudar a investigação do SBU ", - disse Lutsenko.

O Procurador-Geral também anunciou, que a possível culpa dos auxiliares dos deputados não significa culpa dos próprios deputados. Nos esquemas pró-russos acusaram os auxiliares dos deputados, em nome da coalizão governista.

Radio Svoboda dirigiu-se, pelos comentários, a duas figuras que realizavam escuta, mas não receberam deles nenhuma informação de culpabilidade, do SBU.

https://www.youtube.com/watch?v=9y8ni2pyRsI&feature=youtu.be

Lutsenko ainda avisou que a Procuradoria da Criméia abriu processo penal contra o deputado Andrey Artemenko, o qual, segundo mídia, conduzia negociações com representantes do Kremlin, por um lado, e os conselheiros do presidente norte-americano Donald Trump - do outro. Logo, ele será chamado para interrogatório e, provavelmente, a Procuradoria Geral vai pedir ao Parlamento para privar Artemenko da imunidade parlamentar.

Tradução: O. Kowaltschuk

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Marcha em Kyiv. Nacionalistas unem-se para pressionar o governo.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 22.01.2017
Eugene Solonena.

Não praticar comércio com os territórios ocupados e Rússia, punir aqueles que cometeram crimes com os territórios ocupados, minimizar o impacto do poder das grandes empresas, aprovar a legislação sobre as eleições e impeachment do presidente, não privatizar ativos estratégicos e proibir a venda de terras agrícolas. Tais exigências apresentaram os participantes da "Marcha da dignidade nacional", que caminharam até a administração governamental em 22 de fevereiro. Os iniciadores da marcha eram:  União "Svoboda" (Liberdade) e "Setor Direito", como também o partido "Corpus Nacional Azov".
Os especialistas vêem, na marcha comum de algumas forças nacionalistas, preparação para união nas próximas eleições parlamentares. Por sua vez, os críticos de tal união política, em formação, vêem nos slogans da "Marcha da dignidade nacional" populismo e tentativas de recusa da cooperação com os aliados ocidentais.

Milhares de pessoas de todas as idades reúnem-se em grupos no Khreshchatek (nome da rua), Praça da Independência e Avenida  dos Heróis da Centena Celeste, estendem bandeiras e banners. Não muito longe do Hotel "Ukraina", ao lado da capelinha é improvisado memorial aos Heróis da Centena Celeste, centenas de ativistas com bandeiras alinham-se nas fileiras. Assim começou a "Marcha da Dignidade Nacional", iniciada pelas três organizações políticas citadas acima. 

Depois das dez horas da manhã a marcha, de mais de 10 mil pessoas, "Marcha da Dignidade Nacional" dirige-se à Bankova (Administração Presidencial) e, depois, ao Edifício do Parlamento.






Os coordenadores do protesto, próximo da Administração Presidencial pararam e fizeram breves discursos, acusando o presidente Poroshenko porque ele "coloca os interesses comerciais acima dos interesses do Estado", particularmente promove comércio com Rússia e regiões ocupadas de Donetsk e Lugansk. Os manifestantes propuseram oferecer ao chefe de Estado uma bala (doce) de ouro, a qual simboliza o negócio de confeitaria, de propriedade de Petro Poroshenko, e simbólico "bilhete de Lipetsk" - cidade da Rússia, na qual até recentemente funcionou uma fábrica da corporação "Roshen".

Depois os caminhantes foram até o Parlamento, cantando slogans patrióticos. Apesar dos receios da parte dos representantes da mídia e acusações afiadas contra o atual governo, não houve confrontos entre os participantes da marcha da dignidade nacional e polícia. Na polícia de Kyiv avisam que no geral, para garantir a ordem em Kyiv, em 22 de fevereiro, convocaram aproximadamente seis mil policiais. Ao mesmo tempo, a marcha dos nacionalistas era acompanhada por apenas 300 policiais, porquanto não houve provocações.

O ponto final da caminhada foi o prédio do Parlamento.

Aqui também não houve confrontos com a polícia, mas os participantes acenderam tochas e petardos fumígenos ou bombas de fumaça.


Nacionalistas - pelo bloqueio ORDLO (ORDLO - regiões separadas de Donetsk e Lugansk -OK), contra a privatização de empresas estratégicas e mercado de terras. Pelas tarifas mais baixas.

Sob as paredes do Parlamento discursaram os líderes do protesto. Assim, o chefe da Svoboda (liberdade) Oleh Tyahnybok disse que a Revolução da Dignidade não terminou, uma vez que chegou a apenas um de seus objetivos - a derrubada de Yanukovych. Mas, mudanças fundamentais não houve, o bem-estar dos ukrainianos piorou, e o "risco da revanche pró-russa é grande como nunca". Ele sugeriu o esboço de "linhas vermelhas", as quais o governo ukrainiano não tem o direito de ultrapassar. 
Anunciou os requisitos gerais ao governo também o líder do "National Corps" Andrew Biletskyi. Aproveitando o status de deputado, ele fez isto da tribuna do Parlamento.
"Nós, nacionalistas ukrainianos, unimos esforços para enfrentar os invasores armados no leste e ditames financeiros do oeste, mas o principal - é destruir este governo, que aqui, equivocadamente, denomina-se ukrainiano", - declarou Biletskyi.
Ele, também acusou a direção do Estado em muito altas tarifas públicas, na usurpação do poder por um punhado de bilionários e "entrega de territórios ukrainianos à Rússia".

Entre outras exigências - a cessação das relações diplomáticas com a Rússia, a rejeição da privatização de empresas estratégicas, a aprovação de leis sobre o impeachment do presidente e sobre o afastamento de deputados. Uma das exigências tornou-se a rejeição da idéia da criação de um mercado de terras agrícolas

No caso de não cumprimento destas exigências, alertou Andrew Biletskyi, as organizações nacionalistas serão capazes de obrigar o Parlamento a anunciar a sua dissolução.

Tradução: O. Kowaltschuk

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Fábricas de Akhmetov param a produção. Bloqueio comercial continua.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 21.02.2017
Iana Polanska


Os deputados na terça-feira ativamente discutiam o bloqueio comercial dos territórios ocupados, enquanto os apoiantes de tais ações piqueteavam as paredes do Parlamento. Após as rixas entre os ativistas e policiais, no domingo, os organizadores insistem, que não têm a intenção de provocar ninguém, mas apelam para aprovar a lei "Sobre territórios ocupados". Ela, dizem nos bastidores, pode ser colocada na ordem do dia, já na quinta-feira. Os opositores também apontam, que o bloqueio pode minar a estabilidade econômica e prejudicar os mineiros ukrainianos que trabalham na parte não controlada de Donbas.

O bloqueio dos territórios temporariamente ocupados continua. Na sede de coordenação informaram, que o primeiro-ministro Volodymyr Groisman aceitou o diálogo. Os ativistas expressaram suas demandas: libertação imediata dos presos e aprovação da lei sobre os territórios ocupados.

Em resposta, o primeiro-ministro propôs aos "representantes do bloqueio comercial Com os ocupantes" entrar na comissão da troca. E garantiu, informam os ativistas, que o Gabinete Ministerial cancelará as permissões do Serviço de Segurança para circulação de mercadorias e emitirá um decreto, que regulamentará a circulação de mercadorias.

Neste contexto, Steel Plant Yenakiyevo (Empresa metalúrgica de Yenakiyevo e PAT (Sociedade anônima de acionários) "Krasnodon vuguillya" (carvão), que encontram-se no território não controlado pelo governo ukrainiano de Donbas, já anunciaram a cessação da produção devido a ações militares prolongadas e bloqueio do tráfego ferroviário.

"Após o bloqueio do tráfego no trecho Yasenuvata - Skotovate, a importação de matéria prima e exportação de produto acabado tornou-se impossível", - diz o comunicado.

Em geral, a empresa do oligarca ukrainiano, proprietário da companhia "Metinvest" Rinat Akhmetov, pode perder até US $ 30 milhões a cada mês, devido ao bloqueio econômico de Donbas. Sobre isto avisa a sociedade de investimento Dragão Capital. 

Nos territórios ocupados devem passar os produtos alimentícios e produtos de primeira necessidade - disse Sobolev.

É importante que os territórios ocupados sejam reconhecidos ocupados juridicamente. Que o comércio com eles seja proibido, -  disse Yegor Sobolev.

O mencionado pelos ativistas projeto de lei "Sobre os territórios ocupados", deve ser submetido a votação na quinta-feira, aprovar a base, e depois recolher as proposições referentes a ele. Sobre isso diz o deputado da "Auto-Suficiência", um dos organizadores do bloqueio Yegor Sobolev.

"Para nós, esta decisão é muito importante que os territórios ocupados sejam reconhecidos, juridicamente, como territórios ocupados. Para que o comércio com eles seja proibido. Que possamos permitir somente a venda de alimentos (para o nosso povo ocupado), bens essenciais e ajuda humanitária. Mas, não sob controle de Rinat Akhmetov, mas pelas organizações internacionais", - disse ele.

Se "cessam" as empresas que pertencem a "Rinat Akhmetov", ao Banco de Desenvolvimento e Atividade Econômica Externa da Federação Russa e outros parceiros do presidente Vladimir Putin" - isto significa que para atacar Ukraina haverá menos recursos e dinheiro". Assim Sobolev comentou a declaração de empresas "Metinvest" sobre cessação do trabalho.Tal posição também é partilhada pela facção "Pátria". Seu líder Yulia Tymoshenko está convencida de que o comércio com os territórios ocupados permanece, porque com isto ganham as primeiras pessoas do Estado.

"Bandidos, ocupantes, enviam carvão para o lado ukrainiano, por intermédio das autoridades ukrainianas. Isto são produtos para quase um bilhão de dólares. Este dinheiro é dividido entre todos os envolvidos nestes negócios corruptos e imorais", - disse Tymoshenko.

As empresas foram construídas no período soviético, orientadas para uma determinada qualidade de carvão - diz Dolzhenkov.

Já o líder da facção "Frente popular" Maxim Burbak  acha que o bloqueio deve ser implantado apenas na forma legal, para que Kremlin não use este tema para minar a situação interna.

Maxim Burbak
"Nós apelamos aos ukrainianos para estarem vigilantes, para não permitir que sejam usados pelas forças, que financiam-se e agem sob as ordens de Moscou. O governo, urgentemente, deve proibir o comércio com os territórios ocupados de Donetsk e Lugansk, aprovando a relação de mercadorias e objetos, que podem ser importados através da linha de fronteira em ambas as direções. Trata-se, exclusivamente de produtos comprados ou vendidos pelas empresas registradas no território ukrainiano, e que pagam imposto na Ukraina" - diz Burbak.

Tradução: O. Kowaltschuk

domingo, 19 de fevereiro de 2017

À ação de bloqueio sob Administração Presidencial veio polícia e Guarda Nacional, houve confrontos.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 19.02.2017 às 19,41 h


No lugar da ação sob a administração do presidente, para apoiar o bloqueio comercial com os territórios ocupados de Donbas, vieram forças policiais. Entre os participantes aumentou o número de pessoas camufladas e usando "balaclava" (capuz com pequenas aberturas para os olhos e boca - OK). Entre os participantes e forças de segurança surgiram colisões.

No local encontra-se o vice-presidente da polícia, chefe de patrulha policial Oleksandr Fatsevych, que às perguntas dos jornalistas respondeu que "não há nenhum confronto". A presença do grande número de policiais explicou que era para "defesa da ordem pública.

Como avisou o deputado Semen Semenchenko (o mesmo que com o deputado Parasyuk lidera o bloqueio do combustível - OK). Na cena dos acontecimentos, os conflitos surgiram porque os policiai não davam possibilidade aos deputados caminhar pela rua Instytutska até Administração Presidencial.

"Cometem transgressões - interferem no trabalho dos deputados, não mostram seus certificados, não mostram os números nos capacetes", - declarou Semenchenko.

Além disso, no local de "ação bloqueio", na rua Instytutska, para limitar o movimento, polícia colocou a proteção de grade. A passagem na rua limitaram de três lados, especialmente da Rua Hrushevskoho e da Rua Instytutskaia - na direção do Banco Nacional e Administração Presidencial.

Do local dos acontecimentos ouviam-se explosões, parecidas com fogos de artifício ou pacotes explosivos.

No lugar dos acontecimentos os jornalistas relataram, que além da patrulha policial estavam presentes os representantes da Guarda Nacional.

De acordo com "Hromadske" (nome de programa da TV - palavra derivada de Hromada = sociedade - OK), os manifestantes atiravam petardos (engenho explosivo, portátil - OK) na polícia e tentavam romper a grade colocada, para chegar até o edifício da Administração Presidencial, polícia impedia.


Por sua vez, nos comentários aos jornalistas, o chefe da polícia, da patrulha de Kyiv, Yuri Zozulya disse que não havia a "intenção  de proibir a alguém ir a algum lugar, não há - apenas foi reforçada a segurança porque muitas pessoas desconhecidas vieram e não se sabe com que finalidade".
"A elas foi proposto mostrar, que nada proibido havia... Mas as pessoas... querem provocações, querem imagens, e as fazem", - disse ele.

Aos participantes veio o deputado Andrew Teteruk, mas houve altercação verbal e ele afastou-se. Os participantes gritavam "Vergonha, chamavam-no de "Judas" e gritavam "Banda fora".
O deputado Teteruk comentou à imprensa: "O bloqueio deve ter uma forma legal, não pelo caminho de "Makhnovschyna", que faz Semenchenko.
(Makhnovschyna foi um fato histórico, digno e merece uma explicação. Mas, geralmente é usado como sinônimo de desorganização. Assim que sobrar um tempinho preparo um resumo e publico - OK).

Como se sabe, após a ação, próximo a Estela da Independência, no centro de Kyiv - a "manifestação" em apoio ao bloqueio comercial com territórios ocupados de Donbas, os participantes foram até a administração presidencial. Lá, ergueram uma tenda e declararam que pretendem ficar á noite e organizar o "reduto".


USA apelam a Ukraina para remover os obstáculos ao fornecimento do carvão de Donbas.

O ministro de energia Igor Nasalek disse que Ukraina vai estudar as possibilidades da compra de carvão da África do Sul, China e Austrália. (No início, quando os separatistas pró-Rússia ocuparam Donbas, os ukrainianos tentaram comprar carvão da África do Sul, se bem me lembro. O carvão era mais caro e de qualidade não desejada - OK)

Poroshenko: 300 mil pessoas perderam emprego. O Estado perde 2 (dois) bilhões de dólares, com todas as consequências. Nos territórios ocupados dezenas de milhares ficará sem trabalho. Lá não tem trabalho, então grande parte deles, para sobreviver, passará para o lado dos combatentes (Eu penso que Poroshenko deveria voltar atrás antes que o movimento cresça e agir contra os dois deputados que criaram toda esta confusão e que vai provocar a morte de pessoas, ou, no mínimo, evitar gastos desnecessários com prejuízo ao país e aos cidadãos. Como é que dois deputados podem criar uma baderna dessas, e nada se faz? - OK).

A União Industrial de Donbas interrompeu sua atividade em Alchevsk. Trata-se da produção de ferro fundido, aço, laminação, coque, complexo que não tinha análogo na Europa, simplesmente cessou.

Os embaixadores dos países G7 apelaram para parar o bloqueio do carvão no Donbas.

Semen Semenchenko: Nós planejamos ampliação nas ferrovias, nas quais nos trazem produção da Rússia. Nas rodovias isto será mais difícil. Lá é necessário muitas pessoas, e existe grande possibilidade de provocações. (Isto eu considero que já deveriam ter pensado a muito tempo. O carvão é diferente, ele está no território usurpado - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Brasileiro no agrupamento "DNR". Primeiro estrangeiro condenado por lutar no Donbas. 
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 31.01.2017

                                                             Documentos de Raphael Lusvarhi

Cidadão do Brasil tornou-se o primeiro estrangeiro, não russo, condenado por Kyiv pela participação na guerra do Donbas.
Tribunal Pechersky, de Kyiv, condenou-o a 13 anos de prisão, com confisco de propriedade. O nome do condenado oficialmente não dizem, mas, segundo informação da mídia trata-se de Raphael Lusvarhi, detido no outono passado, no aeroporto "Borespil" em Kyiv.

A Procuradoria de Kyiv informou, que o tribunal provou que o cidadão do Brasil participou da criação do grupo "DNR", o qual na Ukraina é reconhecido como uma organização terrorista, e faz recrutamento de mercenários. Segundo informação da promotoria, Lusvarhi lutou ao lado dos militantes da "DNR" desde setembro de 2014 a maio de 2015, desempenhando as funções de comandante da rota, instrutor e batedor.

Segundo o resultado do tribunal de julgamento de Kyiv o estrangeiro foi considerado culpado pela criação de uma organização terrorista e criação de, não previstas em lei formações armadas. Pelo código Penal da Ukraina  foi dada sentença de 13 anos de aprisionamento com confisco de propriedade.

O nome do condenado oficialmente não foi anunciado, mas, de acordo com as redes sociais e meios de comunicação, trata-se de Raphael Marques Lusvarhi, 32 anos, aprisionado no aeroporto de Kyiv, "Borispol",  no outono passado.

xxx

Dia no ATO: 3 (três) soldados ukrainianos morreram 10 (dez) foram feridos
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.02.2017

Os militantes pró-Rússia realizaram 35 ataques. Como resultado morreram três militares nossos,  10 receberam ferimentos. Avisa o centro de imprensa ATO.

"Na direção de Donetsk, com morteiros de diversos calibres, os exércitos russos de ocupação dispararam sobre Avdiivka, Kam'ianka, Pisque, Zaitseve, Verhnotoretske.  Com lançadores de granadas e armas de pequeno porte, novamente Zaitseve, Kam'ianka, Avdiivka, Piske.  Sobre Zaitseve dirigiu o fogo franco-operador", - diz o comunicado.

"Ao mesmo tempo, na direção de Lugansk, de 120 e 82 mm,  de morteiros, os grupos armados ilegais dispararam sobre Kremske, com granadas e com armas de pequeno porte dispararam sobre Lobacheve e Novo-aleksandrivka".

"Na direção de Mariupol, de morteiros de 120 mm, os invasores dispararam sobre Shyrokyne, e de lançadores de granadas e armas de pequeno porte, dispararam sobre Shyrokyne, de lançadores de granadas e armas de pequeno porte - Mariinka, Novoselivka, Vodiane, Lebedenske, Shyrokyne, Pavlopil, Hnutove. 
Sobre Shyrokyne conduziram fogo com BMP.  Com mísseis anti-tanque dispararam sobre Bohdanivka", - avisaram no estado maior.

Apaguemos a luz!
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.02.2017
Ivan Farion

Os ukrainianos devem estar prontos para o desligamento da eletricidade. A crise energética provocou o bloqueio da estrada de ferro dirigido pelos deputados.


A aguda escassez de antracite, ou carvão térmico, que é extraído, principalmente, em minas situadas nos territórios ocupados de Donbas (mas que pagam impostos para o orçamento da Ukraina), foi devido ao bloqueio de três linhas ferroviárias nas regiões de Lugansk e Donetsk. Deles nós recebemos o combustível para centrais elétricas. Desde 26 de janeiro o combustível não recebemos - porque diretamente nos trilhos foram instalados manifestantes liderados pelos deputados Parasyuk e Semenchenko (deputados ukrainianos) e, em algumas partes os trilhos foram desmontados. Devido a isto, Ukraina já deixou de receber mil vagões de antracite. Os danos já passam de uma centena de milhões. E - o pior, corremos o risco de passar o final do inverno na escuridão e baterias frias...

No Gabinete Ministerial asseguraram que um eventual desligamento da luz não afetará objetos relacionados com ecologia, medicina, educação: Os bloqueadores dizem, que suas ações são uma resposta à recusa dos separatistas em libertar do cativeiro reféns da Ukraina, e - esforços para prevenção de rios de contrabando que, supostamente, com a ajuda do governo, vão em direção de Donetsk e Lugansk. E ainda estes "veteranos da ATO" consideram que o comércio com os ocupantes é imoral. As tentativas de encontrar compromisso com os bloqueadores, convencê-los para abandonar as medidas radicais, que ameaçam a segurança nacional, jogam o jogo russo, não obtiveram sucesso. Não influenciou-os nem o apelo da União Européia, onde declararam, que o bloqueio de carvão prejudica os ukrainianos de ambos os lados da linha de delimitação. Agir pela força com os bloqueadores em Kyiv não querem, porque isto pode causar mais violência. Então foi preciso passar para o regime de emergência. No momento ele irá operar por um mês. Se a situação não mudar, o "tempo X" será prolongado...

O governo instruiu os especialistas para determinar o nível admissível de redução de energia, prepará-los para trabalho em condições extremas. Foi dado comando para reduzir o consumo de energia, desenvolver gráficos de desligamento emergencial, caso necessário, para o caso de necessidade poder desligar. A tais medidas de austeridade recorrerão em casos extremos: se a falta de eletricidade não for compensada pela energia nuclear e centrais elétricas, que trabalham com gás de carvão, - a potência destas estações aumentou nos últimos dias. No gabinete asseguram, que um eventual desligamento da luz não afetará objetos relacionados com ecologia, medicina, educação.  É óbvio, as empresas estratégicas - trabalharão no modo normal. Mas, a muitos, os programas da TV à noite, será necessário esquecer. Devido às diferenças nas redes, haverá prejuízo nos aparelhos...

Na reunião do Conselho de Segurança e Defesa da Ukraina discutiram, como neutralizar a ameaça para a segurança energética. Além da introdução do regime da economia, decidiram apressadamente procurar fontes alternativas de carvão antracito. Provavelmente irão comprá-lo no exterior, mas não na Rússia. O presidente apontou para o impacto financeiro e social do bloqueio. Segundo ele, devido ao bloqueio, sem aquecimento poderão ficar Sumy, Kramatorsk, margem esquerda de Kyiv e outras cidades. A indústria metalúrgica dispensará 300 mil empregos. "O estado perderá dois bilhões de dólares em receitas - com todas as consequências que derivam desta situação", - declarou Petro Poroshenko, prognosticando, que a blocada pode desvalorizar a "hryvnia". Com isto, acrescentou, que dezenas de milhares de pessoas podem ficar sem trabalho nos territórios ocupados. Como isto ameaça? Na Agência Central de Inteligência da Defesa da Ukraina informaram que os trabalhadores das empresas no Donbas ocupado, que ficaram sem trabalho, para alimentar suas famílias, foram forçados entrar às fileiras das forças terroristas...

Na Ukraina começou operar o estado de emergência no setor da energia. O governo promulgou uma resolução sobre medidas de emergência em 15  de fevereiro.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 17.02.2017






A decisão foi adotada devido ao bloqueio de carvão antracito, de Donbas, para garantir o interrupto funcionamento do sistema.
De acordo com o "Ukrenergo" (Energia da Ukraina), as reservas atuais de energia são suficientes para 40 dias.
O gabinete alertou para possíveis apagões.
O presidente Petro Poroshenko promulgou a decisão do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ukraina desde 16 de fevereiro de 2.017:
1. Sobre medidas urgentes para neutralizar as ameaças à segurança energética da Ukraina e proteção das infraestruturas críticas.
2. Controle na execução das decisões de Segurança Nacional e Conselho de defesa da Ukraina - pelo Secretário da Segurança Nacional. O documento entra em vigor a partir da data de publicação. A decisão do Conselho de Segurança Nacional observou que o Gabinete deve prestar atenção em:

. reforçar o controle da circulação de mercadorias oriundas de certos territórios na área da operação antiterrorista nas regiões de Donetsk e Lugansk;
. elaboração do projeto de reconstrução de blocos geradores de energia, de calor e eletricidade, que utilizam carvão antracito para produção do grupo gasoso;
. diversificação das fontes de carvão da Ukraina e criação de uma reserva de carvão energético;
. aprovação de uma nova estratégia energética.

Além disso, o Conselho Nacional de Segurança encarregou o Serviço de Segurança da Ukraina apresentar, urgentemente, uma proposta do governo quanto a transferência de bens, da região ou para região da operação antiterrorista nas regiões Donetsk e Lugansk.

Também o gabinete de Ministros da Ukraina urgentemente necessita
1. tomar medidas exauríveis para neutralizar as ameaças à segurança energética da Ukraina;
2. confirmar a circulação de mercadorias à região ou da região, da operação antiterrorista  em Donetsk e Lugansk e listagem de mercadorias, proibidas para locomoção;
3. elaborar e implementar um plano de ações para reforçar a luta com o deslocamento ilegal de bens na área da operação antiterrorista em Donetsk e Lugansk;
4. organizar a reparação das infra-estruturas de transporte danificadas: (pontes, passagens de nível, etc.) na área da oportunidade antiterrorista em Donetsk e Lugansk;
5. tomar medidas necessárias para diversificar as fontes de fornecimento de carvão a Ukraina e criação de uma reserva de carvão térmico;
6. garantir temporariamente, até a total superação da crise, a cessação das exportações da Ukraina do carvão antracite;
7. organizar colaboração com facções e comissões do Parlamento da Ukraina com a finalidade do Parlamento desenvolver propostas de alteração da legislação decorrente da resolução do Conselho de segurança da ONU de 12.02.2017, Nº 2341;
8. em conjunto com o Serviço de Segurança da Ukraina intensificar os esforços para implementar a decisão do Conselho de Segurança e Defesa da Ukraina, de 29 de dezembro de 2016 "Sobre melhorias das medidas para  proteção da infra-estrutura crítica", promulgada pelo Decreto do Presidente da Ukraina, de 16.01.2017, Nº 8;
9. juntamente com a Comissão Nacional para regulação estatal na esfera da energia e serviços públicos, sem demora:

-   apreender a equidade, o valor econômico e social das tarifas para energia, eletricidade, serviços de habitação e elaborar possíveis medidas para melhorar o mecanismo de regulação de controle, direitos corporativos que pertencem ao Estado, e também informar o público sobre os resultados deste trabalho;

-   desenvolver e assegurar a realização do programa de construção de novas unidades de potenciais e reconstrução das centrais térmicas existentes e usinas térmicas que utilizam carvão do grupo Antracito  para utilização da produção nacional de carvão gasoso.

Além disso, o Conselho Nacional de Segurança encarregou o Ministério de Assuntos Internos e o Serviço de Segurança da Ukraina imediatamente:

-  tomar todas as medidas necessárias para garantir a ordem pública nas regiões da operação antiterrorista em Donetsk e Lugansk e criação de condições de segurança adequadas para o seu bom funcionamento.

-  Também à Polícia Nacional, à guarda Nacional e ao Serviço de Segurança da Ukraina foram dadas instruções para garantir a segurança e impedir, de forma estabelecida por lei, as tentativas dos serviços de violação da ordem pública nos objetos de infra estrutura crítica.

- Além disso, ao Serviço de Segurança da Ukraina foi instruído a intensificar imediatamente os esforços para neutralizar as tentativas dos serviços especiais russos, seus agentes, com eles relacionados elementos e grupos de sabotagem complicar o funcionamento da infra-estrutura crítica.

Tradução: O. Kowaltschuk