sábado, 26 de março de 2016

Stanislav Klyha e Mykola Karpyuk 
Pesquisa Internet.

Traços de tortura com choque elétrico em cativeiro russo, pela primeira vez mostrou Stanislav Klyha. O acusado com Klyha, Mykola Karpyuk apelou aos ukrainianos para lutar e não desistir diante do inimigo. Ambos estão no chamado "caso Yatseniuk". Eles foram sequestrados pelos serviços secretos da Rússia e, através de cruel tortura deram confissões que, supostamente, 20 anos atrás, com Arseny Yatseniuk fuzilavam soldados russos na Chechênia, segundo a TSN (Canal de TV) , em 26.10.2015. (Quanto  a estória de que Yatseniuk (Primeiro-ministro da Ukraina) lutou na Chechênia, as opiniões nos jornais levaram mais como brincadeira porque, diziam, Yatseniuk ainda era estudante na época e não podia estar na Chechênia,
(Alguns curiosos até verificaram sua frequência na Universidade) como, de fato, não esteve. No início, este caso, não recebeu muita atenção.

Segundo depoimento da mãe de Stanislav Klyha, ele também não poderia ter estado na Chechênia porque no período em que foi acusado de participar da guerra na Chechênia, frequentava a Universidade em Kyiv. Quando foi preso, a mãe procurou por ele longos 10 meses, até encontrá-lo aprisionado na Rússia, para onde viajou para visitar sua namorada. Ele foi detido num hotel, na Rússia. Klyha é jornalista.

Mykola Karpyuk está sendo acusado de ter assassinado na guerra Chechena - 30 (trinta) militares russos. Ele já tentou suicídio. Os dois queixam-se de pouca ajuda do governo ukrainiano.
Mykola Karpyuk era um dos dirigentes da UNA - UNSO (Assembléia Nacional Ukrainiana - Auto Defesa Nacional Ukrainiana) e foi pego pelos russos antes do Congresso da Assembléia Nacional Ukrainiana - Auto Defesa Nacional Ukrainiana, quando o partido foi rebatizado em "Setor Direito".
"Setor Direito é um partido ukrainiano, sucessor da UNA - UNSO fundado pelo Herói da Ukraina Yuriy Shukhevych, que liderou a organização até 2014, antes de ter sido eleito deputado da Ukraina.

Principais metas do partido:

- desenvolvimento do Estado independente, soberano, legal, social e democrático;
- participação na formação do governo central, governos locais e regionais em sua composição através do partido nas eleições e outros eventos políticos;
- modernização do Estado no princípio da equidade, transparência e sem corrupção, e promover a formação e expressão da vontade política dos cidadãos, os direitos humanos.

O programa do partido é baseado em princípios e fundamentos do nacionalismo cívico.

Durante o Maidan em 2013 - 2014, em Kyiv e em muitas regiões, o Setor Direito desempenhou uma parte muito importante nos protestos. Também foram criados vários batalhões: Aidar, Azov, Donbas, outros, que defendem o território ukrainiano no leste.

Atualmente, o Setor Direito passa por uma crise interna. O cientista político Igor Losev diz que há pouca informação o que não lhe permite tirar conclusões sobre a recusa de Yaroslav Yarosh continuar na liderança: "Provavelmente estas sejam algumas divergências internas sobre a futura estratégia do "Setor Direito" e seu desenvolvimento entre Dmytro Yarosh e parte da gestão da organização", conclui.

Ukrainskyi Tyzhden, 08.11.2015:

SBU (Serviço de Proteção da Ukraina) encontrou testemunhas que poderão fornecer álibi para os detentos na Rússia, Karpyuk e Klyha, comentou o advogado  Ilya Novikov.

Karpyuk e Klyha estão sendo acusados de lutar na Chechênia em 1994 - 1995.  Os amigos encontrados para testemunhar comemoravam, com os suspeitos, o Ano Novo em 31.12.1944 e, é nesta data que os dois são acusados por participar de uma grande batalha em Grosny, na Chechênia, quando os exércitos russos tentavam tomar o palácio Dudaiev.

Em 26.10.2015, o tribunal russo deixou Karpyuk e Klyha sob custódia, e rejeitou a moção sob fiança. Neste dia o cônsul da Ukraina, depois de um ano e meio, pela primeira vez, pôde visitar os dois detidos.

Ao lado russo expressaram protesto sobre a inadmissibilidade da violação do direito dos funcionários consulares da Ukraina no acesso aos cidadãos ukrainianos, ilegalmente detidos, tal como é previsto no artigo 13 da Convenção Consular entre Ukraina e Rússia, o que tornou impossível por um longo tempo visitar Karpyuk, Klyha, Gennady Afanasiev, Yuri Soloshenko e Alexander Kostenko. O Ministério de Assuntos do Exterior exige a reparação dos direitos dos presos e condenados no território russo, dos cidadãos da Ukraina e sua libertação imediata.

Gennady Afanasiev, de Simferopol, - um dos réus dos assim chamados "terroristas do grupo Sentsov (O cineasta, já condenado e enviado para Sibéria), foi preso junto com Oleg Sentsov e Alexander Kolchenko. A detenção ocorreu no início de maio, numa rua de Simferopol (capital da Criméia).

Vera Savchenko foi convidada, formalmente, como defensor público de Karpyuk e Klyha.  Os presos políticos Karpyuk e Klyha, estão mantidos sob custódia na FR, desde Março e Agosto de 2014, "sob acusações forjadas, declararam sob torturas expressas por membros dos órgãos de aplicação da lei russa, recusaram-se de seus depoimentos anteriores, dados sob tortura" - diz o comunicado.

Como já foi observado, pelos policiais russos, durante toda a investigação pré-julgamento não foi concedida permissão para visita dos funcionários consulares aos detidos Karpyuk e Klyha. Como eles não puderam manter nenhum diálogo com os presos, Stanislav, simplesmente, mostrou às câmeras os traços de tortura nos punhos e joelhos. Às acusações dos investigadores Klyha, decididamente, diz que são falsas.

"Os ukrainianos ficaram alegres ao verem, no tribunal, jornalistas ukrainianos. Após 18 meses de isolamento, quando a eles não foram autorizados, nem advogados, nem o cônsul, eles ficaram agradavelmente surpresos, que na Ukraina sobre eles não esqueceram".

O advogado de Savchenko, Ilya Novikov, incumbiu-se da proteção do ukrainiano Mykola Karpyuk. Defenderá em conjunto com o advogado georgiano Dokka Itslayev. Stanislav Klyha protegerá Marina Dubrovina, avisou Novikov no Twitter.


A seguir, os 25 (vinte e cinco) atuais presos do Kremlin:


(O mapa na cor amarela - Ukraina; abaixo da Ukraina a cor escura é Criméia - local da maior quantidade de aprisionados. Em azul - Rússia).

Tradução: O. Kowaltschuk

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