Apanhado das notícias dos jornais: Castelo Alto e Rádio Liberdade, 02.03.2017
A acusação russa considera que a culpa de Savchenko está demonstrada. Hoje o tribunal passou à fase final - debates dos participantes do processo e a última palavra da ré. Depois será fixada a data do anúncio da sentença.
O procurador Pavlo Filipchuk disse que os jornalistas da TV russa faziam cobertura "objetiva e imparcial" dos acontecimentos no Donbas quando foram atingidos pelo fogo mortal. Rússia não poderia ficar de fora e não trazer à justiça os autores da tragédia. Ele lê a acusação: "Savchenko, usando seus hábitos e equipamentos, informou o comandante do batalhão "Aydar". Aproveitando estas instruções, os militares ukrainianos realizaram, no mínimo, seis tiros de obuses o que resultou na morte dos repórteres Max Voloshin e Igor Korneliuk. O correspondente
e seis cidadãos da Ukraina conseguiram afastar-se e, portanto, os atiradores "não conseguiram concluir a sua intenção até o final."
Segundo a acusação, depois dos disparos, em 17 de junho, Savchenko foi descoberta pelo "FSC" e levada à sua localização, mas em 23 de junho ela, ilegalmente, atravessou a fronteira, em local não especificado, e foi vista por funcionários do Ministério do Interior, próximo da aldeia Katerinivka, lembrou Filipchuk.
Nesta altura Savchenko gritou: "Eu felicito o camarada coronel com o recebimento de mais um título. Por minha causa recebeu mais uma estrelinha".
Por várias infrações, no total determinaram a Savchenko 23 anos de prisão em colônia de regime geral, com multa de 100 mil rublos.
Em apoio a Savchenko, compareceram: Cônsul Geral da Ukraina em Rostov-on-Don, diplomatas de países ocidentais, representante da Comissão Européia na FR, sua irmã Vira. A sala estava tão cheia que precisaram abrir mais uma.
Os advogados não esperavam absolvição porque Themis russa rejeitou 90% das provas recolhidas pela defesa.
Nadia Savchenko adiantou que, no caso do juiz escrever a sentença por mais de duas semanas, ela vai anunciar uma greve de fome seca, começando na quinta feira. Não considera necessário recorrer contra o veredicto e proteção da piloto ukrainiana, no final da sessão disse o advogado Ilya Novikov, que compareceu usando uma camisa bordada, como usam os ukrainianos, apesar de ser de nacionalidade russa.
"O que nós pensamos sobre o quanto darão. Honestamente dizendo, não faz diferença. Agora pedem 23 anos. Pedissem 25, não seria pior. Pedissem 10, não seria melhor. Normalmente o advogado, seja o que for que ele pense sobre os promotores, sobre os juízes, ele guardará sua opinião bem fundo e lutará por seu cliente por cada ano e por cada mês, que constem no julgamento. Mas, este não é o nosso caso. A nós, realmente, não importa qual será o prazo da sentença, porque nós compreendemos, os juízes compreendem, os promotores compreendem e Nadia Savchenko compreende que o tempo, quando ela estará em casa na liberdade, de modo algum depende do que está escrito no veredicto!, - disse o advogado Ylya Novikov.
O Tribunal de Rostov decidiu continuar a sessão no dia seguinte porque Savchenko sentiu-se mal e ainda havia grande número de discursos. Mas Savchenko, no final, ainda disse: "Inimigos russos são aqueles que lutam com armas, no território estrangeiro. O bebê recém-nascido e a vovozinha não são inimigos. Devia ter me ouvido, procurador Filipchuk", - comentou ela antes do final da reunião.
03.03.2016
Mark Feigin observou o fato de que o "conflito internacional armado "acontece em outro país. Quando esta questão começou, para mim era claro, que na Rússia a jurisdição é ausente, por isso Savchenko poderia ser julgada no seu território.
Savchenko tinha a palavra final, mas o juiz encerrou a sessão. "Vocês me prometeram a última palavra hoje! Idiotas" - gritou Savchenko.
Depois disso ela anunciou que começa uma greve de some seca.
Eu quero que todo o mundo democrático, civilizado entenda, que Rússia - é um país do terceiro mundo com regime totalitário e ditador tirano.
Tradução: O. Kowaltschuk
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