domingo, 13 de março de 2016

Poroshenko verifica a possibilidade de um referendo quanto a autonomia de ORDLO (Regiões separadas: Donetsk e Luhansk).
DT.UA (Espelho da Semana), 11.03.2016
Versão resumida

O presidente inquieta-se porque após as eleições os habitantes das áreas ocupadas receberão o direito do voto. Poroshenko, periodicamente revê as opções do referendo em relação a Donbas, no qual os cidadãos da Ukraina devem expressar sua atitude à idéia de autonomia aos território excluídos de Donbas. Sobre isto em seu artigo escreve para DT.UA Sergey Rakhmanin citando fontes. Segundo ele, tal referendo é visto como uma alternativa para as eleições em ORDLO. (A exigência da realização de eleições nos territórios ocupados é dos países europeus. Poroshenko resistia mas, finalmente aceitou a idéia. - OK).

"Recentemente, Poroshenko, de acordo com as nossas fontes, periodicamente retorna à idéia, da qual sozinho recusou-se em 2015. Trata-se da possibilidade de um referendo em que os cidadãos da Ukraina devem expressar sua atitude para com a idéia de autonomia das áreas excluídas  de Donbas. O motivo é compreensível - se os cidadãos disserem "sim", o presidente retira de si a responsabilidade de empurrar as decisões do Conselho, perigosas para sua classificação. Se disserem "não" ele poderá justificar o fracasso dos acordos de Minsk com a vontade soberana da nação. Mas, se aceitarão tal justificativa em Berlim-Washington, já não mencionando Moscou?

"O presidente Poroshenko deve pensar, teme reações afiadas do já irritado Ocidente com sua não obrigatoriedade a ele", - diz o artigo. 

Apesar de que pessoas próximas a Poroshenko, consideram, que ver ORDLO (em qualquer status) parte da Ukraina, ele quer tanto quanto continuar a guerra" - escreve Rakhmanin.
Além disso, de acordo com Rakhmanin, preocupa o presidente mais um ponto de vista, de acordo com Rakhmanin, preocupa o presidente mais um ponto de vista puramente técnico.

 - Depois das eleições em ORDLO esses territórios, como antes, não serão controlados por Kyiv, de fato, mas tornar-se-ão de-jure. E os moradores
dali, novamente poderão obter o direito de participação nas eleições nacionais.  Pelo menos Moscou, essa questão já comentava. E votarão nas eleições parlamentares (regulares ou antecipadas), certamente não pelo BPP (Bloco Petro Poroshenko). E, obviamente, não por Petro Poroshenko - nas eleições presidenciais. Mas, ele, seriamente pensa em um segundo mandato. Já. E tem absoluta certeza de que o segundo mandato merece... Em qualquer caso, tal "alargamento" do campo eleitoral no campo parlamentar, e no presidencial, proporciona oportunidades adicionais aos revanchistas" - diz no artigo.

Lembramos, como anteriormente escrevia Rakhmanin em seu artigo. "Mudanças de curso?" eleições em ORDLO e seu reconhecimento por Kyiv examina-se como principal instrumento de "retirada digna da Rússia da guerra no Donbas", que permitirá a Putin, simultaneamente, manter o controle sobre ORDLO e esperar o levantamento das sanções.

Tenho impressão que grande parte da população ukrainiana não aceitará esta situação. Poroshenko anda muito desacreditado por grande parte do povo ukrainiano. Os europeus cansaram dar ajuda a quem pouco prioriza o povo. - OK)


Akhmetov sobre sua indicação a ORDLO: Eu estou pronto para tudo, para parar a guerra.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 12.03.2016

O empresário ukrainiano Rinat Akhmetov disse estar pronto para quaisquer medidas para acabar com a guerra no Donbas e continua partidário do alcance da paz através de negociações.

Esta declaração foi publicada em resposta à publicação DT.UA (Espelho da Semana).

"Eu quero distinguir, que o serviço de imprensa de Rinat Akhmetov nunca comentou e não vai comentar  rumores e especulações. Mas se você perguntar a o que está pronto Rinat Akhmetov? Rinat Akhmetov está disposto para tudo, para parar a guerra e o sofrimento das pessoas", - diz o comentário do secretário de imprensa de Akhmetov, transmitido à agência "Interfax - Ukraina".
"Ele,realmente, está pronto para fazer tudo o que depende dele, e até mais. O principal é que não haja derramamento de sangue. Rinat Akhmetov foi  e continua partidário, para que as partes venham à mesa de negociações", - diz o comentário.

A secretária de imprensa lembrou, que no verão de 2014 Akhmetov já manifestou sua posição, que permanece inalterada hoje: Ao Donbas sem Ukraina será muito difícil. A Ukraina sem Donbas - também muito difícil.

"Em Bulat Okudzhava (Poeta, músico, escritor, novelista e compositor russo soviético. Filho de georgianos - OK), tem estas linhas: "pegaremos nas mãos, amigos, para não perecermos individualmente". Hoje este chamamento é muito relevante", - diz o comunicado.

"Em minha opinião, este é o único caminho correto - mudança na Constituição, descentralização do poder. Isto, quando as autoridades de Kyiv vem às regiões. É quando o governo não indica, mas elege. E, isto é quando a autoridade local assume a responsabilidade pelo atual e futuro diante das pessoas", - diz no comentário.
"Eu estou profundamente convencido, que Donbas, somente poderá ser feliz numa Ukraina unida", concluiu o empresário. 

Como sabemos, "Espelho da Semana. Ukraina" no sábado publicou um artigo, no qual se diz, que o presidente Petro Poroshenko demonstrou interesse pela idéia de criar em ORDLO administrações, que encabeçariam pessoas, que satisfariam Kyiv e Moscou.

"Putin, segundo nossos dados, confirmou prontidão para substituir Zakharchenko e Plotnytskyi por personagens menos odiadas. Poroshenko, como nós soubemos, interessou-se com o "plano de Medvedchuk" (Outro ricaço, empresário e advogado, compadre de Putin, ukrainiano -Ok), que prevê a criação em ORDLO administrações de pessoas que agradariam Kyiv e Moscou", - diz o artigo.
"O próprio Viktor Volodymyrovych Medvedchuk, analisando tudo ficou convencido de que feliz, Donbas poderá ser apenas unido a Ukraina" concluiu o empresário.
Viktor Medvedchuk, aparentemente, sugeriu a Poroshenko os candidatos - Rinat Akhmetov e Yury Boiko, candidatos que agradaram ao presidente.
"Segundo nossos dados, ele manteve conversações preliminares com ambos que, supostamente concordaram. Acreditar nisto (especialmente a Akhmetov) não é simples mas DT.UA insiste na precisão dessas informações. A Putin já apresentaram esta proposta, mas o a resposta ainda não receberam. 

É interessante que os quatro jornais, cujos artigos eu costumo traduzir, ignoraram o assunto. Apenas o deputado e blogueiro Mustafa Nayem lembrou o assunto. O jornal DT.UA também é um jornal de boa qualidade, apenas eu não o consulto frequentemente, não sobra tempo para seguir todos os jornais ukrainianos poque são muitos.

O deputado-blogueiro não acredita que Akhmetov assumirá tal responsabilidade. Inclusive, no comecinho da ocupação de Donetsk, ele recusou esta responsabilidade, quando apenas o prédio do Ministério do Interior estava ocupado. O deputado-blogueiro acha que Akhmetov tinha chance para êxito.
O próprio Akhmetov obteve muitos prejuízos causados pela ocupação, muitos dos seus negócios são desta região. Mas ele ainda consta da lista de pessoas mais ricas do mundo. I

Desde o início da ocupação morreram mais de dez mil ukrainianos, mais de dez mil foram feridos e mutilados. O número de deslocados estabeleceu o record desde a II Guerra Mundial e chegou a 1,8 milhões de deslocados. A fronteira, na região, é totalmente controlada pelos russos. No território ukrainiano não funcionam os tribunais ukrainianos, nem procuradores, nem administração. A moeda de uso é rublo russo.

O deputado e blogueiro acredita que Rinat Akhmetov e Yuri Boiko transformarão a região num apêndice eleitoral. Nayem diz que os parceiros europeus não calculam dois passos à frente e como pode afetar a Ukraina a volta dos regionais (Regional era o partido do ex-presidente Yanukovych). O que pode acontecer breve, já nas próximas eleições.

Tradução: O. Kowaltschuk

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