Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 25.02.2016
Stanislav Kozlyk
No cativeiro russo permanecem 25 ukrainianos, aos quais incriminam graves crimes. No entanto, as organizações internacionais de direitos humanos ainda não os reconheceram como presos políticos.
Em separado, recordamos os tártaros da Criméia. Assim, em 2015, o "poder" da anexada província dedicou-se à perseguição de ativistas por causa de suas crenças religiosas. Por exemplo, em janeiro detiveram, supostamente, os membros da organização "Hizb ut Tahrir" Ruslan Zeytulaev, Nuri Primov e Ruslan Vaitov. Eles foram acusados pela criação desta organização e participação na mesma. Ela, como sabemos, é proibida na FR devido ao seu "extremismo". No entanto, no Ocidente ela não é considerada extremista. O advogado dos detidos diz, que durante as buscas não encontraram quaisquer provas que envolvessem estas pessoas no "Hizb ut - Tahrir".
Há certo tempo "Semana" escrevia sobre os 11 (onze) prisioneiros ukrainianos na FR. Desde então, o número de pessoas presas por razões políticas relacionadas com Ukraina aumentou. Hoje em cativeiro russo, de acordo com o Centro de liberdades civis são 25 pessoas. Por mais de um ano e meio conseguiu-se libertar apenas duas. Mas duas "grandes questões" contra ukrainianos acrescentaram mais algumas.
Designados para o papel de "punidores".
A primeira e, talvez, a mais conhecida para o grande público - "grande questão ukrainiana". Ela é relacionada com "punidores e fascistas", como as imagina o russo médio, mas figuram nela ukrainianos, que são acusados de envolvimento nos "batalhões penais", de assassinatos em massa e métodos ilegais de condução da guerra. Entre eles Nadia Savchenko e Sergey Lytvynov. Suas biografias, bem como as condições de detenção variam drasticamente. Savchenko, voluntária do batalhão "Aidar", capturaram em 17 de junho de 2014 próximo da vila Metalist, na região de Luhansk. Durante sete dias mantiveram em cativeiro, depois transportaram, ilegalmente, para Rússia. Desde o início, tentaram acusá-la na participação da morte de jornalistas russos Igor Voloshyn e Anton Kornelyuk (no mesmo dia encontraram-se sob fogo próximo de Luhansk). Mas na versão final foi acusada de cumplicidade no assassinato cometido em razão de ódio político. Em acréscimo, a militar ukrainiana é incriminada no ilegal cruzamento de fronteira da FR. Em 22 de março ela foi sentenciada a 22 anos de prisão. E, ainda a 30 mil rublos de multa pelo cruzamento de fronteira.
A história de Lytvynov é um pouco diferente. Simples morador da região Stanychno-Luhansk. Concluiu apenas a 7ª série do Ensino Médio, trabalhava como empresário local e desempenhava tarefas pertinentes.
De acordo com testemunho de aldeões da vizinhança, teve problemas com o desenvolvimento, e por isto não serviu no exército. Em 12 de agosto de 2014 foi ao hospital na região de Rostov, ao dentista, porque as instituições médicas ukrainianas não estavam disponíveis devido à ações de combate. Em 21 de agosto desconhecidos levaram-no para a filial local do Departamento de Combate ao Crime Organizado, mas já no dia 29 Lytvynov foi acusado de "genocídio da população falante do idioma russo no sudeste da Ukraina". Segundo a versão dos investigadores, o trabalhador matou 39 homens, uma menina, estuprou e assassinou oito mulheres. Tudo isto ele, supostamente cometia como voluntário do batalhão "Dnipro - 1" segundo ordem do gerenciamento e diretamente ordens de Igor Kolomoisky, (oligarca ukrainiano) que, inclusive, trazia dinheiro aos soldados (É a primeira vez que leio, que oligarcas ukrainianos contribuíam com dinheiro para custeio da luta em favor do Estado ukrainiano. Quem ajuda o governo nesta parte é a população comum através do trabalho dos abnegados ativistas voluntários - OK). No entanto, graças aos esforços do advogado Viktor Parshutkin e cônsules ukrainianos a questão entrou em colapso. Descobriu-se que os nomes das vítimas e seus endereços são fictícios, e o próprio Lytvynov confundia-se nos testemunhos. Então os investigadores recusaram-se em transferir a questão ao tribunal. Em compensação abriram uma nova questão, segundo a qual o morador de Luhansk foi acusado de roubar um cidadão da FR. Alegaram que, em conjunto com os militares ukrainianos, ele agrediu um morador da região de Rostov, que possuía uma casa na Ukraina, agrediu-o e roubou dois veículos, pelo que deveria ser aprisionado a 12 anos. No entanto, como se viu pelos números, o carro "roubado" foi retirado do registro. (É tão grande a ânsia de incriminar que nem verificam se há condições. - OK). E, o outro é listado como roubado. Além disso, o "roubado", a última vez visto na Ukraina foi no final de 2013. Hoje, no caso deste episódio ainda age o tribunal. No entanto, a história dá motivos para um otimismo cauteloso, visto que Lytvynov é, talvez, o único ukrainiano, que tem chance real na volta para casa, por causa de problemas óbvios com base em evidência.
A questão "Hizb ut - Tahrir" surgiu na Criméia relativamente a pouco tempo - cerca de um ano atrás. Segundo ela é possível condenar qualquer tártaro da Criméia, que observa normas e costumes religiosos.
Segunda, mas não menos importante - "grande questão caucasiana", é relacionada com a "participação" dos ukrainianos nas guerras na Chechênia, particularmente na Primeira chechena. As figuras mais conhecidas Stanislav Klyh e Nicholas Karpyuk. A eles acusam no suspeito assassinato de militares russos e ativa participação nas atividades no território do palácio presidencial em Grosny, na praça Minutka e na estação ferroviária. A investigação tenta persuadir, que os ukrainianos junto com cúmplices conseguiram matar 30 militares e feriram 13. Klyh foi preso em agosto de 2014 na Rússia, quando ia visitar sua namorada na Rússia. Karpyuk - em março de 2014 na região de Bryansk. O último, supostamente, deveria ir com Viacheslav Fursov, do "Setor Direito" a Moscou, à liderança da Rússia". Em 20 de março Karpyuk foi acusado de envolvimento nos eventos chechenos.
A própria questão baseia-se no depoimento de apenas uma pessoa - Alexander Malofeyev, o qual, segundo a versão dos investigadores, também participou em confrontos com militares russos na Chechênia . Depois da suposta volta para Ukraina ele cometeu vários roubos e foi condenado. Quando foi libertado, mudou-se para Novosibirsk para junto de sua mãe. E lá ele foi condenado por novos crimes por mais 23 anos.
A advogada Marina Dubrovin sugere que Malofeyev foi pressionado porque ele é usuário de drogas. Podemos supor que é por causa disto a "testemunha" declarou, que na guerra da Chechênia participaram Dmytro Yarosh (líder do Setor Direito), Oleg e Andrew Tyahnybok (políticos ukrainianos) e o primeiro-ministro Arseny Yatseniuk. De acordo com os defensores, os protocolos interrogatórios de Malofeyev começaram aparecer na questão em 2014, paralelamente com as detenções de Klyh e Karpyuk. Até este momento, os nomes ukrainianos dos detidos nesta questão não apareciam, embora eles fossem divulgados em 1.997. Mais um argumento, que pode testemunhar sobre evidente fabricação: Nenhum dos membros da UNA - UNSO reconheceu Malafeyev como participante do movimento. Os próprios Klyh e Karpyuk dizem, que eles não podiam estar, fisicamente, na Chechênia em 1994 - 1995. Stanislav Klyh estudava na Universidade Shevchenko em Kyiv e Karpyuk cuidava da mãe doente.
Depois do surgimento na questão de advogados independentes Klyh e Karpyuk declararam sobre torturas: eles foram torturados com choques, estrangulamento, espancamento, privação de sono, água e alimentação, aplicavam substâncias psicotrópicas. Depois de tanto achincalhamento Karpyuk até tentou tirar sua vida, mas os guardas impediram. Ambos prisioneiros escreveram uma declaração ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH). Atualmente realiza-se tribunal em Grosny. Aos moços ameaça de 15 anos à prisão perpétua.
"Espiões e extremistas"
A terceira, relativamente, nova categoria - "espionagem". Aqui, no mínimo, três detidos, o mais famoso dos quais o já mencionado Soloshenko. Ele, durante 20 anos, trabalhou na esfera militar e dirigia a fábrica de Poltava "Znamia" (Podemos traduzir como: bandeira, , estandarte - OK), que após o colapso da União Soviética existia devido às encomendas russas, para a defesa. Depois de 2010 a empresa fechou. Soloshenko se aposentou, no entanto ele continuou os contatos com os parceiros de negócios. Depois da detenção, durante 10 meses, o cônsul tentava visitá-lo, mas lhe recusavam. Durante a acusação, Soloshenko insistia em sua inocência, até escrevia cartas ao procurador-geral Yuri Chaika e pedia perdão a Vladimir Putin. No entanto, no tribunal admitiu a culpa e declarou que não pensa recorrer da sentença. Recebeu seis anos de detenção da liberdade.
Quarto e, provavelmente, o maior grupo de casos - da Criméia. Convencionalmente, eles podem ser divididos em dois grupos: político e religioso. Ao primeiro entram Sentsov, Kolchenko (Sentsov já foi condenado a 20 anos e deportado para Sibéria, Kolchenko foi condenado a 10 anos, declarou que não vai pedir indulto, também deportado, está em Chelyabinsk nos Urais, próximo do limite com Asia. Rússia não evolui em nenhum aspecto, condenar inocentes e envia-los à Sibéria ela sempre usou -OK), Afanasiev e Chirniy, acusados de terrorismo e atos terroristas, condenados à pena de prisão de 7 a 20 anos. Aqui também pertence à assim chamada questão de 20 de fevereiro, pela qual passa o vice-presidente de Mejlis Akhtem Chyyhoz. Mejlis (órgão dos tártaros da Criméia, semelhante ao Parlamento - OK).Ele é acusado na organização de "distúrbios em massa" em 26 de fevereiro de 2014 próximo do Parlamento da Criméia. Então, aos ativistas pró-ukrainianos se opuseram os apoiantes do partido "Unidade russa", encabeçado por Sergey Aksenov. Em consequência do empurra - empurra morreram duas pessoas, dezenas receberam ferimentos. A Chyyhoz ameaçam com 15 anos de prisão.
Segunda - a questão chamada "Hizb ut - Tahir". Surgiu na Criméia recentemente - cerca de um ano atrás. Segundo ela, avisam no Centro de liberdades civis, pode-se condenar qualquer tártaro crimeano, que segue normas e costumes religiosos, que, como admitem os protetores de direitos humanos, no futuro poderá tornar-se norma para ocupada península. Hoje, com "religião" ocupam-se em Sevastopol e Simferopol. Recentemente o tribunal de Simferopol aprisionou quatro tártaros, detidos após busca de 12 de fevereiro.
Pode-se supor, que ainda dos tempos da Ukraina existem listas Obviamente, agora as aperfeiçoam. O quanto se sabe, as questões contra os ativistas costuram. Mas, tais assuntos religiosos - tendência comum russa. Lá, tais detenções desde o ano 2.000. Pessoas "empacotam" às dezenas, simplesmente, da Ukraina isto não observamos. Em Ufa (cidade na Rússia, uma das 20 maiores, mais de um milhão de habitantes. Fica na confluência dos rios Ufa e Dyoma, a 100 km à oeste dos cumes Bashkir, sul do Ural (Pesq. Google). Agora há 20 muçulmanos detidos. Em Moscou - 20 muçulmanos. E, em parte, este repressivo comboio já espalharam na Criméia, particularmente relacionado ao contexto crimeano,
No geral pode-se dar os nomes de apenas dois dois ukrainianos, que durante estes últimos dois anos tiveram a sorte de retornar das prisões russas, para Ukraina. Estes são dois ex-estudantes Bohdan Yarechevskyi e Yuri Yatsenko. Eles foram detidos na região de Kursk. Eles foram torturados, forçados a confessar espionagem e atividades subversivas. Para livrar-se do FSB, eles cortaram suas veias. Finalmente Yarechevskyi, depois de alguns meses liberaram, mas Yatsenko foi condenado a dois anos de prisão por posse de pólvora de caça. Posteriormente reduziram a pena a nove meses, incluindo nesse prazo o período em centros de detenção.
Muito em breve Ukraina deve esperar uma série de decisões sobre outros prisioneiros. O veredicto no caso de Lytvynov, segundo os ativistas de direitos humanos, possivelmente vem na primeira metade de abril. Na questão de Karpyuk e Klyh - próximo do final de abril, porquanto lá falta o pronunciamento da defesa, debates e sentença. Quanto aos tártaros crimeanos a situação é mais complicada. Sim, ou diferente os detidos "terroristas" devem ser enviados para Rússia, onde se iniciará o processo. Exatamente quando isto acontecerá, não se sabe.
Quanto às possíveis trocas de prisioneiros, os ativistas de direitos humanos encolhem os ombros. Dizem que com Savchenko, Sentsov e Klyh as situações são entendidas, mas o que fazer com os tártaros - é desconhecido, visto que para eles a península torou-se absoluta.
Aquele mesmo detido crimeano Ali Asanov tem 4 filhos e uma enorme família. Eles são agricultores. Há dois pais idosos, que dedicaram a vida para voltar a Criméia (Lembramos, os crimeanos, anteriormente, já foram expulsos da Criméia - OK) e eles dizem que de lá, apenas os retirarão com os pés na frente. Ou novamente deportarão. E, como trocar estas pessoas, em que condições? Eles precisam, com toda a família recolher, trazer e acomodar na Ukraina, mas é improvável que o Estado assuma essa responsabilidade (Um presidente é um dos maiores bandidos de todos os tempos, outro é inoperante! - OK). Mas, garantir a segurança na Criméia é impossível. Além disso lá, há a ameaça de início de repressões maciças, se proibirem Majlis (órgão análogo ao Parlamento - OK). Este é um grande perigo aos tártaros da Criméia" - diz Tomak.
Presos políticos ou não?
Políticos ukrainianos atualmente somente reconheceu a organização russa de direitos humanos "Memorial". Nenhuma estrutura internacional não teve iniciativa semelhante. Como enfatizam os direitos humanos ukrainianos, o termo "preso político" significa que a pessoa era um jornalista, dos direitos humanos ou cometera resistência não violenta. Na mesma Amnesty Internacional sobre o desenvolvimento da situação em curso, mas mesmo a Sentsov não reconhecem "caso político", porquanto não estão certos que ele não recorreu à violência. Em relação ao caso Savchenko, no geral, não vale a pena falar. Pois ela é militar. No entanto, a organização exigia "qualificações proporcionais" de suas ações. No caso de Afanasyev, porquanto ele incendiou a porta da organização na Criméia da "Russia Unity", Amnesty fez declarações sobre a tortura aos prisioneiros ukrainianos na Rússia. Também em relação aos prisioneiros do Kremlin houveram resoluções do Parlamento Europeu, no Sejm polonês, declarações de deputados checos. Durante a próxima sessão da PACE devem votar uma resolução sobre esta questão.
Falando sobre as chances de troca, a situação é ambígua. Em seu tempo o Ministro da Justiça da Ukraina apelou à Rússia para transferir Sentsov, Kolchenko, Afanasyev e Soloshenko para cumprir a pena na Pátria. Sobrenomes poderia haver mais, no entanto a burocracia complica a situação. Pois o pedido para extradição, de fato, devem dirigir-se os parentes e o próprio condenado. Dado que esta é uma maneira legal para resolução da situação, mesmo depois do retorno os ukrainianos devem continuar o cumprimento da pena. Libertá-los pode apenas o tribunal. Deste modo, isto significa, que Ukraina reconhece o veredicto da Themis russa. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ukraina também considerou as opções para troca por meio do mecanismo de perdão. O ministro Pavlo Klimkin até prometeu levantar a questão durante a reunião do "formato de Norman" (O tal grupo internacional que se reúne para resolver a questão da ocupação do leste da Ukraina: Ukraina, Rússia, Alemanha e França - Ok). No entanto, como esta questão foi considerada até agora é difícil dizer. A única coisa - não vale levar a sério as declarações das pessoas envolvidas nas trocas com "FSC/DNR" que permitem em um mês ou dois voltar à pátria Savchenko e Sentsov.
"As pessoas, que se ocupam com troca no nível de "FSC/DNR" e dizem, que podem trocar Nadia ou Sentsov - isto não é sério. A troca somente pode ocorrer no mais alto nível - administrações presidenciais. Porque nem o SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) com este tema não se ocupa. Sua paróquia - reféns do "FSC/DNR". E ajuda com a recolha de provas sobre prisioneiros do Kremlin. Mas, as negociações - é com o Ministério das Relações Exteriores e Administração Presidencial, - resumiu Tomak.
Tradução: O. Kowaltschuk
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