domingo, 7 de junho de 2015

Sapos e cobras
Como os separatistas matam uns aos outros por causa do Acordo de Minsk.
Zakhid.net (Ocidente.net) 01.06.2015
Oleksandr Fomenko

Notícias das repúblicas - rio de fatos falsos, jogos e fofocas. Não surpreende que o assassinato de Alex Mosgovyi permaneceu quase despercebido. Lá sempre alguém morre - um a mais, um a menos. Não importa. Assassinato de Mozgovyi - apenas um incidente isolado da guerra interna nas "repúblicas", cujos resultados vão influenciar o futuro próximo" da Ukraina.

"República" problemática

Após o golpe separatista os velhos proprietários de Donbas perderam a influência e, por um tempo, a região mergulhou em anarquia. A "DNR", que se tornou uma peculiar vitrine da "Nova Rússia", a situação rapidamente dominaram os "instrutores russos". A recém-formada "república" lideraram os russos Boroday e Strelkov. No governo de Zakharchenko o bloco de poder ficou sob o controle dos russos Amiufeev, Pinchuk e Byeroz que possuíam experiência desde Transnistria. 

Já na "FSC" a verticalidade de comando estava ausente. Desde o início a maior parte da "república" foi controlada pelos cossacos de Don, do "otaman" (líder) Kozitsyn. Eles, não simplesmente ignoravam as ordens de Luhansk, como negavam a existência da "república", como denominavam suas terras de Todo poderoso exército de Don. Além deles, o governo de "FSC" pretendiam os fortes comandantes de campo como Byednov e Mosgovyi, os quais Kozitsyn tentava conquistar.

No verão de 2014, após a bem sucedida ofensiva das forças ATO, em Moscou finalmente se convenceram, de que o cenário "Nova Rússia de Kharkiv a Odessa" rompeu-se. Sob a pressão da comunidade internacional Kremlin concordou com o compromisso de Minsk (concordar de verdade, não concordou, porque pequenos ataques continuaram, diariamente morria 1 - 2 soldados ukrainianos, havia feridos. Muitas armas vieram da Rússia, armas que escondiam ou camuflavam nos territórios ocupados, ou próximo a fronteira ukrainiana, segundo noticiavam os jornais - OK).
Plotnytskyi e Zakharchenko não discutiram e "concordaram" com os acordos de Minsk. Isto não foi de agrado de todos os separatistas. Portanto, da "DNR" afastaram os radicais Gubarev e Strelkov e os encaminharam para Rússia.

Guerra interna

No território da "FSC", entre os executantes das instruções do Kremlin e patriotas radicais da Nova Rússia desencadeou-se uma verdadeira guerra. Até o final do ano passado Plotnytskyi tentou negociar com os cossacos e irreconciliáveis líderes dos militantes. No entanto, resultados específicos não atingiu. Sob a liderança da "FSC" passariam somente o "otaman" Paulo Dromov e alguns militantes de outros destacamentos cossacos.

Por isso, em 1 de dezembro, os exaltados receberam de Luhansk um sinal claro. "Em algumas áreas da "república" ainda agem gangues, que tentam estabelecer suas próprias regras. Mas o seu tempo expira. Nós estabeleceremos ordem, inclusive com as forças do Ministério do Interior e Polícia Nacional", - declarou Plotnytskyi. Mas em 1 de janeiro a "polícia do povo" demonstrativamente liquidou o comandante Alexander Byednov, comandante do destacamento de "Betmen", estacionado em Luhansk.

Em 10 de janeiro foi desarmado o destacamento "Odessa", e seu comandante Alex Fominov, próximo a Mozgovyi, encontrou-se "no porão",(expressão que significa o local de torturas - OK).  Em 23 de janeiro foi exterminado Yevgeny Ishchenko, cujo gruo controlava a cidade de Pervomaisk. Em 1 de março a "FSC" capturou o grupo do "otaman" Kossoguir. Em 1 de abril, no território da FR foi preso o ex-ministro  da Defesa Oleg Bugrov, e em 23 de maio chegou a vez ao  próprio Alex Mozgovyi, líder do grupo "Prizrak".

Nova Rússia se fecha

De acordo com alguns dados, nisto Plotnytskyi recebeu ajuda, ou dos "especialistas" da GRU (Principal Serviço de Inteligência), ou de uma companhia militar privada. De uma forma ou outra, a oposição interna da "FSC" foi quase completamente destruída. E, enquanto nas "repúblicas" esmagavam os novos fãs da Nova Rússia, os meios de comunicação russos ativamente replicavam a declaração do ex-chefe da "DNR" Alexander Boroday que não existe nenhuma Nova Rússia - apenas um sonho que não se tornara realidade.

Recentemente, com o mesmo espírito, exprimiu-se Oleg Tsarev. "Funcionamento das estruturas da Nova República está congelado, porquanto ela não se encaixa no plano de paz, assinado na presença de "Norman Quartet", - declarou o ex-deputado. Quase simultaneamente com Tsarev, sobre o encerramento do projeto "Nova Rússia" falou o ministro das Relações Exteriores da "DNR" Alexander Kofman. E, no Ministério do Exterior russo, mais uma vez declararam, que apoiam a volta das "repúblicas" à composição da Ukraina.

Toda essa conversa poderia ser ignorada se ela não fosse confirmada com a eliminação maciça dos oponentes aos acordos de Minsk. Portanto, para Ukraina há duas notícias:  boa e ruím. A boa é que a escalada da luta no leste não haverá mais. (já houve, no dia 3 deste mês - OK). Pelo menos de que, os polidos buriat (Os buriates ou buriat-mongóis - cerva de 436 mil pessoas, são a maior minoria étnica da Sibéria e também vivem nos territórios adjacentes de Irkutsk e Trans-Baikal, da FR. Os militantes, de aparência asiática distinta possuem passaportes de "Donetsk", que recebem no posto de controle de fronteira em "Gukovo". - Pesquisa Google) abrirão caminho para Criméia, não se diz. Parece que Kremlin decidiu realmente empurrar as "repúblicas" de volta para Ukraina e prepara-se realmente para isso.

Agente consciencioso

A má notícia consiste no fato, que as "repúblicas", de fato, permanecem sob o controle da FR. É ingênuo pensar, que todos estes Mozgovyi e Betmen se destroem, a fim de que Kyiv possa, mais facilmente, entender-se com as lideranças das "regiões com a ordem especial de auto-governo". Mesmo dentro dos limites dos Acordos de Minsk, Kremlin tentará salvar a máxima influência sobre Ukraina - costumeiramente, através de controle total pelas "antigas repúblicas".

Para isto Moscou necessita leais fantoches, como por exemplar Plotnytskyi, que destruirão até mesmo os leais irmãos de ontem se receberem a ordem apropriada. Os violentos tiroteios também não significam, que nas áreas especiais" prevalecerá paz e tranquilidade. Se Kremlin precisar desestabilizações, aparecerão os desestabilizadores. Da mesma forma, na Chechênia, aparecem militantes, assim que Kremlin começa ameaçar com o corte nos subsídios. Mas lá os militantes comparecem segundo o chamado de Kaderov, a tensão em "áreas especiais" encenarão de Kremlin.

No entanto gritar "Traição! é cedo. O acordo de Minsk - não é mais do que um projeto de resolução provisória da situação. Uma ordem especial de autogoverno nos territórios das atuais "repúblicas" também introduz-se temporariamente, por três anos. Durante este período muitas coisas podem mudar. Pelo menos na Ukraina haverá tempo de se preparar para vários imprevistos, e os aliados ocidentais terão tempo para pressionar Rússia com sanções. Portanto, precisa encher-se de paciência e manter o pó seco ( estar sempre alerta).

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"Temos provas de enormes sacrifícios devido a agressão da Rússia na Ukraina".
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 29.05.2015

A delegação americana na OSCE chamou a atenção da comunidade mundial sobre a terrível perda de vidas nos territórios ocupados por russos no leste da Ukraina.

"Temos provas de enormes vítimas da agressão da FR na Ukraina", declarou Daniel Bayer, representante permanente da OSCE, em Viena, no dia 28 de maio.
Ele sublinhou: os residentes dos territórios, sob o controle dos capangas da Rússia, não tem acesso aos cuidados  de saúde, água potável, alimentos, e as crianças são impedidas de frequentar a escola.  "Relatório semanal da Missão Especial de Acompanhamento observa, que os moradores da chamada "FSC"  queixaram-se da falta de serviços básicos e a inaptidão da chamada "FSC"em defender os direitos básicos em áreas sob seu controle".
Bayer lembrou que, segundo dados da ONU, mais de 5 milhões de pessoas na Ukraina precisam de assistência, incluindo mais de 1,2 milhões de pessoas deslocadas internamente.
Ele também observou, que até 19 de maio, o plano de ajuda humanitária da ONU, na Ukraina, recebeu aproximadamente US $ 81 milhões. Isto representa apenas 26% de 316 milhões de dólares, da necessidade discutida na ONU.
"Exortamos os países doadores a considerar aportes adicionais", - disse Bayer. Ele acrescentou que os Estados Unidos anunciaram recentemente uma ajuda adicional de US $ 18 milhões para as vítimas do conflito no leste da Ukraina e Criméia.

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Ameaça de explosões à empresa de Poroshenko
Zakhid.net (Ocidente.net), 01.06.2015

Um desconhecido grupo de malfeitores, que assumiu a responsabilidade pela explosão na Loja Roshen de Kyiv, de propriedade do presidente ukrainiano Petro Poroshenko convocou os ativistas radicais da direita para destruir o negócio do presidente. Anteriormente aconteceu uma tentativa idêntica numa loja na Rússia.
Petro Poroshenko possui uma empresa comercial que fabrica chocolates, fundada ainda por seu pai, com lojas e fábrica na Rússia e Ukraina, que colocou a venda assim que assumiu a presidência da Ukraina. Mas, não conseguiu vender devido a crise ukrainiana. Com a venda ocupa-se uma conceituada empresa internacional.
Leiam a declaração dos militantes e tirem suas conclusões.
"Militantes de nosso grupo colocaram um artefato explosivo na Loja Roshen, que pertence ao atual ditador Petro Poroshenko. Desde a chegada do novo governo todos os ramos industriais vão ao fundo, a população está morrendo, mas o negócio de Poroshenko cresceu em 18 vezes. Convocamos todos os ativistas da direita infligir ataques maciços ao negócio do legitimamente eleito ocupante que destrói nosso país. Esperamos novas explosões, amigos", - diz o comunicado dos terroristas publicado no canal do Youtube. Mas escondeu o rosto.


Tradução: O. Kowaltschuk

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