Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 05.06.2015
Segundo dados da ONU, em resultado da mais recente escalada da situação em torno de Mariinka, foram mortas 28 pessoas, nove delas - civis.
Em geral, o conflito no leste da Ukraina matou 6.400 pessoas.
O anúncio foi feito, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, pelo Vice-Secretário-Geral para Assuntos Políticos Jeffrey Feltaman.
"De acordo com os últimos relatórios, após o início do conflito morreram 6.400 pessoas. Depois da assinatura dos Acordos de Minsk morreram 400 pessoas. É lamentável, mas na quarta-feira, de acordo com os dados do Gabinete dos Direitos Humanos, 28 pessoas - 9 pessoas civis, morreram em resultado do confronto de Mariinka", - declarou Feltman.
Ele observou, que estas perdas são substancialmente mais elevadas que nas semanas anteriores, "especialmente com base no fato, que houveram sérios tiroteios ao redor de Donetsk".
Os representantes da ONU disseram, que a situação pode ser caracterizada "como fortalecimento de conflito, ou como um agravamento local, mas nem uma dessas variáveis é aceitável".
Feltman sublinhou que o cessar fogo deve ser mantido, e a proteção dos civis é prioridade.
"ONU como nunca apoia a soberania, independência e integridade territorial da Ukraina. É o mínimo que a Nação ukrainiana merece", - concluiu.
Jens Stoltenberg, presidente da OTAN, disse durante a conferência da imprensa, que o cessar-fogo no leste da Ukraina é frágil.
"O que temos visto nas últimas 24 horas (3 de janeiro), aponta para a fragilidade da trégua, que existem violações, que é indispensável apoiar qualquer tentativa direcionada a respeitar o cessar fogo". E novamente apelou a todos os lados do conflito a respeitar o Acordo de Minsk, o qual, além de cessar fogo, prevê a remoção de armas pesadas a partir da linha de contato e acompanhamento da OSCE.
(Os jornalistas ukrainianos publicam, seguidamente, notícias sobre novos acúmulos de armas russas próximo a fronteira, ou mesmo dentro do território ukrainiano já dominado. Inclusive já foi publicada reportagem sobre este assunto no blog. Rússia não dá a mínima, nem ao fato de que estas suas ações são conhecidas, nem às recomendações da ONU ou OTAN. Ela, apenas repete, à exaustão, as suas "verdades". - OK).
Segundo declaração de Sergeev, representante da Ukraina no Conselho de Segurança da ONU, sobre violação flagrante da Rússia, de apoio aos terroristas pelas forças regulares russas, ele disse: "Foi cometido ataque maciço às forças ukrainianas em Mariinka. Cerca de 1.000 (um mil) homens e 30 tanques participaram do ataque. As forças ukrainianas foram submetidas a 82 ataques, incluindo 11 vezes com "Grad". O fogo de artilharia corrigia-se profissionalmente, o que indica participação de soldados russos. Estes ataques têm potencial para verificar as forças de defesa da Ukraina e tomar o controle sobre o território.
Se tomassem Mariinka, seria possível realizar bloqueio econômico a Mariupol, e assim realizar uma grande ofensiva ao longo da linha de frente. Forças ATO repeliram esses ataques, no entanto, cinco pessoas morreram e 38 foram feridas - morreram 3 civis". (Novamente diferença nos números - OK).
Samantha Power, representante permanente junto a ONU: "De acordo com OSCE, armas pesadas para os separatistas vinham durante e antes do ataque. A Missão Especial de Monitoramento da Ukraina, SMMU da OSCE tentou entrar em contato com a "DNR", durante meia hora, mas, "eles ou estavam ocupados ou não desejavam comunicar-se com a missão".
"Os olhos não podem esconder a verdade, e a verdade é que recente onda de violência foi baseada em ataques conjuntos pela Rússia e pelos separatistas", - disse ela,
Seus dados também divergem: 5 soldados mortos, 35 feridos, há vítimas entre população. De acordo com decreto de Putin, as perdas das Forças Armadas russas não se divulgam.
Os militantes de Donetsk não reagiram aos apelos da OSCE para parar os combates.
Tradução: O. Kowaltschuk
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