terça-feira, 16 de junho de 2015

Como os russos recolhem dinheiro para a guerra na Ukraina
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 15.06.2015


Ativistas russos recolhem dinheiro para pagar a guerra na Ukraina, escrevem os jornalistas do New York Times. Enquanto isso Bellingcat tem novas provas de que Rússia fabricou fotografias, que acusam Ukraina na derrubada do avião da Malaysian Airlines no ano passado. E Kyiv Post escreve, que o governo ukrainiano ou não tem nenhum interesse na luta contra a corrupção, ou está preparado para perder esta luta contra.

Os ativistas russos recolhem dinheiro para pagar a guerra na Ukraina, escrevem os jornalistas do americano New York Times Joe Becker e Steven Lee Myers. Embora grupos de ativistas chamam suas missões de humanitárias, a maioria deles apoia abertamente as operações de combate e ajudam os separatistas com tecnologia em Donetsk e Luhansk.

"New York Times examinou os sites desses grupos, suas atualizações nas redes sociais e outros recursos. Encontrou mais de 10 grupos na Rússia, que recolhem dinheiro para ajudar os separatistas" - escrevem os jornalistas.

Os fundos recolhem com a ajuda dos bancos estatais russos, e também pelos terminais do sistema privado QIWI, o qual relacionam com Visa. Enquanto a maioria das doações provem da Rússia, os jornalistas escrevem, que algumas doações, vêm através de instituições financeiras americanas e européias, incluindo Western Union e PayPal. 

Devido às sanções ocidentais, estas empresas estão proibidas de fazer negócios com pessoas ou grupos que constam de lista negra.

Quando perguntaram à secretária de imprensa PayPal Sarah Fryuye sobre as contas, com ajuda das quais juntava-se dinheiro aos separatistas, ela disse que nenhuma das contas é real, e recusou-se de mais explicações. "Não se sabe quanto dinheiro recolheu esta rede de doações, embora os grupos encontrados pela publicação de New York Times declaram que receberam milhões de dólares", - escrevem os jornalistas.

Embora QIWI fechou algumas contas, os apoiantes dos separatistas no Donbas encontram outros caminhos para receber doações. O "Grupo "Betmen", em 20 de abril escreveu em sua página na rede social, que todas as suas contas, exceto uma no banco russo "Sberbank" foram liquidadas. No entanto, em 18 de maio o grupo lançou nova conta QIWI e apelo: Donbas necessita sua ajuda", - escrevem os jornalistas.

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Novas fotos de satélite mais uma vez comprovam, que Rússia fabricou próprias "fotos argumentos" de que, o lado ukrainiano teria derrubado o avião Malaysian Airlines no céu sobre Donbas em 17 de julho do ano passado, escrevem os pesquisadores do grupo internacional Bellingcat.  Graças a doações, a empresa conseguiu adquirir fotos de satélite com data da catástrofe às 11:08 horas. Fotos do lado russo tem o tempo indicado às 11:32 e 11:40. 

Em particular, as novas imagens mostram, que a "faia" ukrainiana, da qual, segundo afirmações do lado russo, teriam abatido o avião, está estacionada no seu local. No entanto, na foto russa esta "faia" não existe. Em outras fotos podem ser vistas claras diferenças no solo, vegetação e localização de equipamentos militares. Segundo os pesquisadores, isto prova que os russos editaram as fotos e demonstraram argumentos fabricados de desenvolvimento ukrainiano na catástrofe. 

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O caso do desaparecimento misterioso do parlamentar Serhey Klyuyev mostrou, que o presidente ukrainiano Petro Poroshenko e o primeiro-ministro Arseniy Yatseniuk ou não têm interesse para combater a corrupção, ou estão prontos para perder esta luta, escreve a edição ukrainiana-inglesa Kyiv Post.

"Ukraina não está mais próximo da criação de um sistema limpo, competente e independente que o sistema do ex-presidente Viktor Yanukovych", - escreve o jornal.

No desaparecimento de Klyuyev acusam, necessariamente, o procurador-Geral Viktor Shokin, que é incapaz de forma competente e honesta processar e julgar os funcionários corruptos da Ukraina. Mas Shokin é apenas parte do problema. O verdadeiro problema está nos líderes políticos ukrainianos, que querem controlar o judiciário, diz a edição. (O judiciário ainda é composto por pessoas do tempo de Yanukovych, e não corresponde às iniciativas do governo. Ainda faltam reformas, pelas quais o ocidente insiste - OK).

"Kyiv Post contou pelo menos 30 pessoas do círculo de Yanukovych, que desapareceram após o Maidan. Grupos como 
"Reanimador pacote de reformas" conta 50 "fugitivos" de investigações criminais. Isto são estimativas suavizadas, que não incluem os oficiais  do "Berkut", juízes de instâncias inferiores e outros",  - escreve a edição.

Poroshenko pode arbitrariamente avaliar suas conquistas na luta contra corrupção. No entanto, os ukrainianos sabem, qual é a situação verdadeira. "Sem o Estado de direito nova revolução - uma questão de tempo", - adverte Kyiv Post.

Tradução: O. Kowaltschuk

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