Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 10.06.2015
Em 08 de junho, no território da naftobase de Vasylkivsk em depósitos de reabastecimento de combustível BRSM - Nafta, as quais relacionam com o ex-ministro de Energia Edward Stavisky, ocorreu um incêndio.
Durante quase dois dias os bombeiros não conseguiram apagar as chamas. Segundo o responsável pelas Situações de Emergência Nikolay Chechetkin, iriam eliminar o fogo, completamente, até 10 de junho.
Mas, na parte da manhã houve mais uma explosão, o incêndio se intensificou.
Durante este tempo já morreram 4 pessoas, seu território esta, praticamente, todo queimado.
A maioria dos funcionários acredita, que o grande incêndio e explosões causaram graves violações no armazenamento de produtos petrolíferos. Mas, dentro da companhia isto negam.
"Isto não podia ter acontecido por negligência, porque a "naftobase" trabalha, já por mais de 10 anos. Entre as possíveis causas examinamos incêndio proposital", - declarou o diretor da rede de marketing estratégico Alexander Melnechuk.
A "Verdade Ukrainiana" tentou entender a situação e recolher todas as versões atualmente existentes.
O que é BRSM?
A rede de postos de gasolina AZS "BRSM - Nafta" no início dos anos 2.000 fundaram os empresários Andrey Biba e Alexander Polishchuk.
Até 2.010, isto é, até a presidência de Yanukovych, eram 20 postos de gasolina. Tudo mudou em 2.011, quando a proprietária de 50% das ações tornou-se Valentina Ushakov - sogra do ex-ministro da Energia e Indústria de Carvão Edward Stavisky. Os novos proprietários anunciaram novos horizontes para Companhia.
Durante os três anos, enquanto Stavisky era ministro, a rede de postos de gasolina cresceu a 130 unidades e, em várias vezes aumentou o volume de venda de produtos petrolíferos.
Mas, Stavisky negava que era, de fato, um dos acionistas.
A quem hoje pertence BRSM
Depois da fuga de Viktor Yanukovych, Edward Stavisky também precisou abandonar rapidamente o país, para evitar prisão e processo penal. Desde a primavera do ano passado ele vive em Israel e, devido a ameaça de processo criminal, e também sanções da União Européia, mudou seu sobrenome Stavisky para Rosenberg.
As mudanças ocorreram, também, entre os proprietários da BRSM.
Desde abril de 2.014, os 50%, que anteriormente pertenciam à sogra do ex-ministro, agora controla a empresa Mellian Management Ltd.
Ela está registrada em Belize, e o registro de entidades jurídicas desse país não divulga os proprietários finais.
No entanto, o serviço de imprensa da BRSM afirma, que a empresa, atualmente controla o fundo de investimentos holandês "Fundo FreezeOil do empresário Roel Pieper.
Curiosamente, o fundo foi criado apenas no verão de 2014 (Já após a fuga de Yanukovych, da Ukraina - OK).
O nome mais conhecido do supostamente novo proprietário da rede AZS, holandês Roel Pieper dirigiu uma porção de empresas: AT & T Unix Systems Laboratories, UB Networks, Tandem Camputers, Connekt, e, em 2007 tornou-se figurante do célebre escândalo do projeto de montagem de aviões Eclipse 5000. Pieper realizava este projeto junto com o empresário russo Daniel Bolotin, com o dinheiro do banco russo Sviaz - Bank ( O nome significa algo como: Banco de Ligação, Banco de Comunicação - OK), que forneceu um empréstimo de $ 150 milhões. No entanto, a empresa faliu, e o crédito não voltou.
Pieper nunca investiu no comércio de petróleo, e parece ser, simplesmente proprietário de empresa fictícia para protegê-la de sanções e eventuais conflitos de negócios.
Alguns participantes do mercado de produtos de petróleo, pediram para não citar seus nomes, afirmam que Edward
Stavisky continua no controle da companhia, e seu parceiro júnior no negócio tornou-se deputado e proprietário de companhias exploratórias de gás Oleksandr Onishchenko.
O último - tem boas relações com a equipe presidencial. Nas eleições parlamentares do ano passado Onishchenko concorreu ao Parlamento por um dos distritos majoritários da região de Kyiv e, o bloco do presidente Poroshenko, conforme combinado, não apresentou contra ele um candidato forte.
Em entrevista a "Verdade Ukrainiana" Onishchenko, em troca de suas relações com a empresa não confirmou: "Interesses no negócio de apropriação indébita de óleo, eu não tenho", - disse ele.
Explosões ocasionais
Mudança de proprietário não salvou a empresa de Stavisky de contrariedades. Elas começaram ainda no final de abril do ano passado - num posto de gasolina, na região de Kyiv ocorreu uma explosão, que matou seis pessoas. Na ocasião a empresa emitiu um comunicado que a explosão foi planejada, com a finalidade de capturar o negócio.
Depois disso, nos postos da BRSM ocorreram revisões, ou devido a violações dos regulamentos de incêndio, ou de combustível de má qualidade vendido nos postos.
As explosões continuaram. Assim, em 28 de dezembro na AZS em Kyiv foi avariado o dispositivo caseiro fixado entre as juntas de placas de concreto, e em 10.01.2015 na estação de Brovary houve uma potente explosão.
Mais dois engenhos explosivos, de fevereiro a março de 2.015 foram destruídos pela milícia.
"À empresa, por diversas vezes propuseram a venda de seus postos, mas a direção recusou, - extra-oficialmente comentam na BRSM. - Então essa explosão, provavelmente foi feita com a finalidade de reforçar a posição de negociação".
Dois jogadores de produtos do mercado de petróleo, e um gerente da companhia, disseram, que pelos postos da BRSM, ainda desde o verão do ano passado interessou-se o empresário Sergei Tishchenko, proprietário das empresas "Factor".
Tishchenko - figurante do escândalo de produtos de petróleo. Foi a sua empresa que recebeu quase o total de produtos de petróleo da empresa Kurchenko, sem a realização de leilões e não a preços de mercado.
(Prezados, a descrição de negociações obscuras continua. Cansei. Volto às conclusões sobre o incêndio - OK).
A versão básica, divulgada pelos órgãos oficiais - negligência dos proprietários do depósito. O presidente do DNS Mykola Chechotkin, em comentário a "Verdade Ukrainiana" disse que o incêndio, provavelmente, ocorreu devido a violação das regras de segurança durante os trabalhos técnicos. "Mas existem várias versões, inclusive a sabotagem. A principal versão será confirmada com a investigação" - acrescentou ele.
Turchenov, do Conselho de Segurança e Defesa da Ukraina, foi categórico. "Os depósitos petrolíferos construídos ilegalmente, no governo Yanukovych, quando o dinheiro resolvia tudo. Todos os envolvidos na criação desta situação perigosa: quem deu permissão ao uso do local, quem assinou os documentos, sentar-se-ão no banco dos réus", assegurou.
Segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gerashchenko, DNS, repetidamente emitia avisos a BRSM sobre a necessidade de trazer o seu depósito em conformidade com as normas estatais, mas ações necessárias não eram realizadas. "Num país europeu, a pedido do serviço de bombeiros deveria ser aceita a decisão de fechamento do perigoso objeto. E, quaisquer subornos não ajudariam", - disse Gerashchenko.
Uma outra versão, que os funcionários contam aos jornalistas não oficialmente - violação nas regras de segurança no preparo de gasolina falsificada. As redes da BRSM sempre foram questionadas por este motivo - os produtos de petróleo a empresa vende mais barato, que outros participantes do mercado.
Possivelmente, as respostas a todas as perguntas obteremos num futuro próximo, nos dará uma investigação objetiva.
Tradução: O. Kowaltschuk
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