terça-feira, 2 de setembro de 2014

Resumo de notícias - 02.09.2014
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

Jagland, Secretário-Geral do Conselho Europeu considera, que o conflito na Ukraina é resultado do fracasso das instituições europeias estabelecidas após a Segunda Guerra Mundial para promover a paz e evitar uma nova guerra. Ele manifestou sua solidariedade com Ukraina e seu povo e ressaltou que os acontecimentos na Ukraina não são questão do século 21 mas pertencem ao passado.

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Os militantes não se vêem como parte da Ukraina e conquistar Kyiv não irão. "Não se trata de nenhuma federação na composição da Ukraina". - declarou um dos líderes Andrew Purhin. O outro líder Alexander Zakharchenko declarou: Nem "DNR", nem "FSC" não querem continuar na Ukraina, nem geograficamente, nem politicamente, nem financeiramente.

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Ministério das Relações Exteriores: Ukraina tornou-se local de confronto entre Oriente e Ocidente. Rússia passou para um confronto aberto. No território da Ukraina agem, no mínimo, quatro batalhões das Forças Armadas da FR.  De acordo com o porta-voz do Ministério, Ukraina espera que a comunidade internacional forneça ao Estado ukrainiano uma ajuda efetiva para repelir a agressão russa..

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Os terroristas retiram o carvão das minas e levam para Rússia, avisou o presidente do Sindicato Independente dos mineiros da Ukraina Mykhailo Volynets. "Na mina "Andracite" e minas vizinhas, foram raptados cerca de 15 mil toneladas de carvão, também da mina "Red Partisan". Em colunas de caminhões transportam o carvão para Rússia, sem nenhuma resistência, nas regiões que não são controladas pelo exército ukrainiano. (Anteriormente apareceu a notícia de que os tais caminhões  da "Ajuda Humanitária" teriam desmontado e levado para Rússia uma fábrica inteira. Deve ser para isso que veio a "Ajuda Humanitária, com 280 caminhões. Também teriam levado pertences das instituições do Exército ukrainiano - OK). A pilhagem do carvão acontece à luz do dia. Acontece nas minas estatais e do grupo System Capital Management, cujo presidente é Rinat L. Akhmetov.

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Conselho de Segurança Nacional: Os ukrainianos que fogem para Rússia, já na fronteira recebem um documento com o compromisso de receber o estatuto de refugiados. Depois eles são transferidos para regiões deprimidas da Sibéria. (Será que esperavam, do bom Putin, um bom apartamento em Moscou, com emprego garantido? Nem o idioma ukrainiano quiseram aprender nos 23 anos de independência, não defenderam a sua verdadeira pátria - recebem o que merecem - OK).

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Mídia: A OTAN acredita que Ukraina já perdeu a guerra no Donbass, segundo a publicação alemã Der Spiegel, citando um alto funcionário da Aliança, cujo nome não foi revelado. Segundo este funcionário, ao presidente Poroshenko restam negociações, para trazer as pessoas da zona de combate, vivas. O conflito ukrainiano teria sido analisado numa reunião de generais da OTAN, na semana passada. Nesta reunião foram apresentados os dados, de acordo com os quais, na fronteira com Ukraina há, pelo menos, 20 batalhões com 500 militares russos cada, e máquinas pesadas em cada um. Nesta reunião também foi dito que Rússia tem a intenção de abrir caminho terrestre para Criméia.

Vejam a localização de Donetsk e Luhansk no mapa. Se Rússia abrir um corredor seco à Crimeia, ela vai ocupar também, no mínimo, mais duas províncias: Zaporizhia e Kherson.
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O Parlamento ukrainiano ratificou o acordo entre Ukraina e Organização Européia para a Pesquisa Nuclear (CERN), que corresponde a membro associado desta organização.

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O novo pacote de sanções da UE em relação a Rússia, atualmente em discussão, pode relacionar-se ao aspecto esportivo. Se o pacote de itens for aprovado, os clubes de futebol da Rússia vão perder o direito de receber a Copa do Mundo  - 2.018

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Alemanha aceita 20 militares ukrainianos gravemente feridos, que deverão chegar a Berlim, na data de hoje, 02 de setembro.

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Estão mantidos em cativeiro das organizações terroristas "DNR" e "FSC" 19 médicos militares, segundo Herashchenko, encarregado da presidência.

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Herman Van Rompey, Presidente do Conselho Europeu: "Ukraina está em guerra com a Rússia pelos valores europeus. Esse conflito não tem solução militar, mas nesta fase não há nenhuma solução política, porque não há nenhuma vontade política russa. A crise na Ukraina é a maior ameaça de segurança européia após a "guerra fria". Na agressão da Federação Russa contra a Ukraina, a UE não age como um parceiro normal. Nós somos o lado da decisão, para não dizer  - o lado da crise. Se Ukraina desistir do Acordo de Associação, o conflito acaba rapidamente. Mas eles não farão isto. Depois do Maidan - isto é um choque de valores.
 28 países têm sido capazes de permanecer unidos. E vamos fazê-lo novamente com uma nova onda de sanções. Mas ainda não é suficiente a união de todos nossos Estados-membros. Precisamos de uma coalizão maior. Estamos em contato como "Big Seven", vem aí a cimeira da OTAN", disse o presidente do Conselho Europeu.

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14-15 caminhões cruzaram a fronteira com cadáveres de soldados russos, empilhados uns sobre outros. O número é entre 800 e 1.000 corpos. Muitos feridos estão nos hospitais de Eysk, cidade nas margens do Mar Azov, a 172 km de Rostov-on-Don, próximo à fronteira da Ukraina.

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Human Right Watch - Organização internacional de direitos humanos constata que os militantes no Donbass, arbitrariamente detém cidadãos que torturam, humilham, mas também envolvem em trabalhos forçados e usam como reféns.
De acordo com a Organização, nos últimos 5 meses, os apoiantes armados da "DNR" e "FSC" apossaram-se de várias centenas de civis. Entre os presos, em maioria os suspeitos de deslealdade com os terroristas, os ativistas das autoridades ukrainianas e ativistas religiosos.
"Os rebeldes pró-russos executam sistematicamente crimes hediondos contra os detidos. O governo auto-proclamado deve libertar todos os detidos arbitrariamente, suspender execuções extrajudiciais, libertar os reféns. E, fornecer um tratamento humano a todos, enquanto detidos - militares ou civis.
12 pessoas entrevistadas declararam que foram agredidas após a captura, pisoteadas, chutadas, cortadas com faca, queimadas com cigarro ou submetidas à simulação de execução, ou usadas para resgate ou troca pelos militantes capturados por forças de segurança.
Lembramos que, segundo os dados do Ministério do Interior, durante a realização do ATO, sequestraram ou fizeram reféns 1.026 moradores de Kharkiv, Donetsk e Luhansk. De acordo com o Conselho de Segurança, em cativeiro dos terroristas estão agora 680 militares ukrainianos.

Tradução:  O. Kowaltschuk

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