O que nos roubou o falso "Comboio Humanitário" russo.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 04.09.2014
Ivan Farion
Na fronteira oriental da Ukraina, quase três centenas de plataformas ferroviárias, estão esperando para entrar no Donbass o sucessivo "comboio humanitário" da Federação Russa.
Ele foi repintado de branco. Os "KAMAZES" , supostamente carregados de produtos para população, que por causa das operações militares na região encontra-se à beira da sobrevivência. Moscou fala em boa vontade e propósitos nobres. No entanto permissão para pisar no território ukrainiano a esses "missionários", na aparência de forças da paz Kyiv não lhes dá. Porque não confia neles. O primeiro comboio desta "humanidade" já ganhou a glória do "Cavalo de Troia", e trouxe a Ukraina muita desgraça. Depois de sua intrusão não autorizada, na terceira década de agosto, a situação nas regiões de Donetsk e Luhansk teve forte deterioração. O "comboio humanitário" da Rússia, na verdade, tornou-se militar, exportou guerra para Ukraina.
Verificação com ajuda de"scanner" assustou "Humanitários".
No início de agosto, Moscou alardeou para o mundo todo, que Rússia traz, para salvar os ukrainianos orientais 400 t de grãos, 340 t de carne enlatada, 100 t de açúcar, 30 t de sal, 60 t de concentrados, 680 t de água engarrafada, 62 t de comida para bebê. E ainda 54 t de material médico, quase 13 mil sacos para dormir, 69 mini-estações elétricas. Ukraina, embora espera-se deslealdade dos vizinhos, concordou em receber este carregamento, solicitando aos "benfeitores" cumprir as formalidades em tais casos.
Em particular, apresentar uma lista detalhada da carga, transportá-la através do mais próximo itinerário da coluna russa, ponto de passagem na província de Kharkiv, passar pela revista, transferir a carga para transporte ukrainiano - depois, acompanhados pelos inspetores da Cruz Vermelha seguiriam ao seu destino. Os guardas de fronteira exigiam verificar a carga com ajuda de "scanner" - então nada poderia ser escondido. E foi exatamente isto que muito assustou os humanitários". Inesperadamente eles mudaram drasticamente o curso programado, fazendo um enorme gancho nos adicionais 500 quilômetros. Por 5 dias eles desapareceram. Em vez do ponto de passagem de Kharkiv, eles apareceram no mutilado pelos russos, com "Grad", Izvaryne, localizado no território controlada pelos separatistas da província de Luhansk.
A surpresa não foi apenas esta. Quando os jornalistas ocidentais pediram aos motoristas para levantar as lonas dos caminhões e abrir as portas dos refrigeradores, eles apresentaram-se carregados menos que pela metade, e - com chá e sal. Descobriu-se que, de Moscou para Luhansk os "benfeitores" vieram semi vazios. Os motoristas explicaram que as máquinas eram novíssimas, ainda não foram submetidas à prova, por isso não podem sobrecarregar-se. Conto de fadas para ingênuos! Um dos muitos, com os quais nos últimos meses Rússia alimenta o mundo. Aqueles jornalistas ocidentais, em muitos caminhões viram tábuas. Elas costumem ser colocadas sob as correntes de veículos blindados para evitar danos na carroceria de carros-reboque...
Em 22 de agosto o esperado. Durante a revisão dos primeiros carros do "comboio humanitário" na fronteira houve um incidente. Sem mais nem menos os motoristas do brancos "KAMAZ" repeliram os guardas de fronteira ukrainianos, pularam na cabine e aceleraram. Em poucos minutos a coluna russa, com não se sabe que carga, cruzou a fronteira da Ukraina escoltada por militantes armados (seus, russos, não os da Cruz Vermelha) e seguiu na direção de Luhansk. Quase no mesmo momento (que coordenação!) o Ministro de Negócios Estrangeiros da FR irritou-se com "demora de Kyiv", e chamou os procedimentos de "escárnio". Por causa disso, dizem, não podiam esperar e decidiram entregar a "ajuda humanitária" independentemente.
Aonde naquele dia e com o quê os "benfeitores" russos foram, é conhecido apenas por seus superiores. Um dia depois os caminhões brancos deixaram o território da Ukraina. O chefe do Serviço de Fronteiras do Estado da Ukraina Mykola Lytvyn afirmou ao Procurador-Geral Valery Yarema, que os caminhões russos foram para casa vazios.Posteriormente , porém, no serviço de imprensa do Conselho de Segurança e Defesa Nacional reconheceram: no caminho de volta para Moscou os "humanitários" apoderaram-se de muito equipamento militar ukrainiano, de importância estratégica. Trata-se de equipamentos da fábrica de Luhansk, de máquinas-ferramentas da empresa de defesa "Topaz". Nesta empresa eram produzidos sistemas de vigilância eletrônica e de defesa aérea de longo alcance "Kochuga-2", a qual não tem análogo no mundo. Nos brancos "KAMAZ, de Torrez a Snizhne levaram para Rússia os roubados da filial do consórcio "Motor Sich" os componentes de turbinas de aviões a jato (de passageiros e militares), peças para helicópteros, as quais a aviação russa não pode dispensar.
As máquinas foram carregadas "até o topo" - desta vez super aquecer os motores dos novíssimos caminhões, os motoristas não temeram. E, os refrigeradores, de acordo com nossa inteligência, foram até os necrotérios de Luhansk e de lá retiraram centenas de cadáveres dos "homenzinhos verdes". Para esconder do mundo os traços evidentes da agressão russa. Um mês antes dessa viagem o governo russo levou a seu territórios 23 profissionais de Luhansk, especializados na produção dos já citados "Kolchugas". Junto com suas famílias. Deu-lhes a cidadania, e "emprego"
em Cheboksary, capital da Autônoma Chuvaske. A imprensa russa escreveu relatórios entusiasmados sobre como nas margens do Volga os "KAMAZES" brancos levaram eficientes equipamentos de defesa. No entanto, que tudo foi roubado da Ukraina, eles não informaram...
Não é por acaso que os especialistas ocidentais denominavam a visita do "Comboio Humanitário" de Moscou como prelúdio à invasão. Sim, isto aconteceu. Existe uma grande probabilidade, que em 22 de agosto os "filantropos" russos, que traiçoeiramente atravessaram a nossa fronteira, em seus caminhões levaram para Luhansk e Donetsk centenas de seus militares e equipamento pesado, militar (Anteriormente li que apenas a carga de alguns caminhões foi mostrada aos jornalistas. Não sei se houve mais grupos de jornalistas - OK). Com ajuda desses recursos, no Dia da Independência da Ukraina começou a contra-ofensiva às posições das forças ATO. De acordo com o assessor do Ministro do Interior, Anton Herashchenko, devido às forças inimigas superiores nossos combatentes retiraram-se de muitas posições, sofreram pesadas perdas. A fronteira tornou-se um "ponto de passagem", através dele, já abertamente despejam-se rios de tropas russas, dizem já são 10 mil...
Como nos tempos antigos, o cavalo de Troia fez o seu trabalho sujo. O ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov já promete "rebanhos humanitários"...
O apetite de lobo do urso russo...
Depois da retirada da Ukraina das capacidades de produção "Kolchuga", helicópteros, munições, os ocupantes transportam para o seu leste comboios de carvão de Donetsk, grãos. Rússia pretende lucrar com o nosso outro bem. Em Mariupol lhe interessam duas usinas siderúrgicas, "Azovmash", nossos navios, infra-estrutura portuária. E ainda - alimentos. Como disse o mal-afamado "regional", Oleg Tsarev, esta cidade no litoral do Mar Azov pode tornar-se ama de leite da "DNR" e "FSC", porque tem grande base de produtos.
Petisco para os russos - complexo militar-industrial. Em Dnipropetrovsk Moscou é atraída com "Pivdenmash" com seus mísseis balísticos, em Kharkiv - fábrica Malushev, onde produzem veículos blindados e onde há um grande potencial científico. Zaporozhye - também centro poderoso da indústria ukrainiana, e não apenas de defesa. Putin, com seu olho predatório observa o nosso Mykolaiv, Kherson, Odessa, que são portas para o mar da Ukraina, centros da construção naval. Já está claro, que nos planos do governante russo - criar um corredor seco da Rússia para Criméia, cortar Ukraina do Mar Negro, e depois se reunir com a não reconhecida Transnistria. Entre outras vantagens, os territórios arrebatados dariam a Moscou a possibilidade de abastecer a Criméia, com água, comida, eletricidade. E, no geral - fortalecer a situação geopolítica e econômica da Rússia.
O grupo de análise Da Vinci AG disse, que a desestabilização pela Rússia da situação no leste e sul da Ukraina, destruição da infra-estrutura, entre outras coisas, tem como objetivo afastar os concorrentes ukrainianos, tanto no mercado interno, como no externo, reforçar as empresas russas, afastar da Ukraina os investidores. Números eloquentes: se durante as hostilidades a indústria nacional diminuiu em 12,5% a exportação de metais ferrosos (mínimo 400 milhões de dólares), a metalurgia russa aumentou suas exportações em 17,3%. Os mesmos processos polares ocorrem na química, manufatura, construção de máquinas. A artilharia russa e "Grad" disparam não apenas nas posições ATO, mas também nos nossos gigantes industriais.
Tais como fábrica Stakhanovskyi de ligas de ferro, fábrica de alumínio "Solur", Siverskodonetsk "Azot", fábrica de Kramatorsk de construção de máquinas, o eslavo "Betonmash". Desativam devido a ferrovias danificadas, energia, água, oleodutos, pontes e outros meios de comunicação e infra-estrutura. Houve casos de fogo posto nas áreas de cultura de grãos. Sobre pessoas que vivem nestes territórios, não pensam. Sua terra transformam em cinzas. Agem segundo o princípio: quanto pior para Ukraina melhor para Rússia...
Pensamento sobre...
Vyacheslav Gusarov, perito militar, grupo "Resistência do Conhecimento":
O "comboio humanitário" russo - operação das forças especiais russas. Foi realizado a fim de criar estradas de transporte e união com os bandos pró-russos, formados por bandidos, para entregar-lhes os indispensáveis bens. Estas operações especiais eram acompanhadas por massivas informações de apoio com uso de métodos de manipulação.
Os objetivos foram alcançados. Serviços especiais russos continuarão a nos enviar "comboios humanitários" para garantir o sucesso e formação no auditório do "eleito de hábito". Antes de tudo, as próximas viagens terão caráter casual, modificarão seu formato, o nome dos carregamentos, a aparência do transporte, e também pessoal, que desempenhará a função "forças da paz". É possível que nas próximas fases de suas ações "humanitárias" Kremlin queira incluir representantes das Nações Unidas, em busca do objetivo de longo alcance - receber o mandato de pacificador no leste de Ukraina...
Entretanto...
Os brancos "KAMAZES" russos continuam trazer desgraça para Ukraina. Segundo as palavras do secretário de imprensa do Conselho de Segurança e Defesa Nacional Andrii Lysenko, os carros que ilegalmente trouxeram para Ukraina a "ajuda humanitária", agora usam para apoio das tropas russas na Ukraina. Cruzando a nossa fronteira, eles viajam pelo Donbass acompanhados por combatentes nos jipes...
(Não entendo de guerra, mas não houve nenhum movimento para barrar a entrada deste "comboio humanitário", apenas conversações com a Cruz Vermelha. Era óbvio que entrariam de qualquer jeito. Nenhum destacamento militar na fronteira... apenas jornalistas estrangeiros. - OK)
Tradução: O. Kowaltschuk
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