quinta-feira, 25 de setembro de 2014

"Regime russo começa comer a si mesmo"
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 24.09.2014
Igor Tymots

"Chegaram ao leal a Putin empresário Yevtushenko. Devido às sanções ocidentais a Kremlin falta dinheiro. 


"Regime russo começa comer a si mesmo".
Os países ocidentais continuam exercer pressão à Rússia. UE e EUA expandiram a lista de empresas russas, às quais não pode, no Ocidente, emprestar dinheiro. Sob a "mão-quente" caiu o amigo de Putin, empresário Arkady Rotenberg - na Itália apreenderam seu apartamento, três vilas na ilha da Sardenha e ativos da empresa Rotenberg "Aurora" no valor de 30 milhões de Euros. Enquanto isso, entre os ricos da Rússia começou uma nova redistribuição de propriedades - mais de uma semana sob prisão domiciliar encontra-se um dos maiores ricaços russos, presidente do conselho de diretores do grupo financeiro-industrial AFK "System" Vladimir Yevtushenko (incluído na relação dos 20 russos mais ricos). 

"A nova questão da Yukos" - assim denomina a mídia russa a questão de Yevtushenko, levado sob prisão domiciliar depois da acusação de lavagem de dinheiro. Pessoas do seu círculo dizem que o aprisionamento e os processos penais estão relacionados com sua relutância em vender a companhia de petróleo "Bashnyeft" ao presidente da "Rosneft" Igor Sechin - pessoa do círculo de Putin. 

O ex-presidente da Yukos, Mikhail Khodorkovsky (cumpriu 10 anos de prisão) aconselhou Yevtushenko negociar com o governo. "Se houver possibilidade apelar a Putin, então apelar. Melhor concordar com quaisquer condições", aconselha o mais famoso prisioneiro da Rússia.

O empresário russo Yevgeny Chichvarkin, que emigrou para Londres, acredita que o aprisionamento de Yevtushenko está associado ao desejo do Estado de tomar seus ativos. "Apesar do fato que Yevtushenko ser uma pessoa leal, a situação no país, com o dinheiro, não está muito boa - devido as aventuras militares de Putin e sanções, causadas pelas tais aventuras. Vai mal o crescimento da extração do óleo, abaixo do preço previsto no orçamento. Então deseja-se que todos os rendimentos receba o Estado, não pessoas particulares e funcionários próximos. Yevtushenko entregará "Bashnyeft" a Sechin, comparecerá dois - três anos aos interrogatórios, dará ainda uma montanha de dinheiro aos "chequistas" pelo fechamento de investigação criminal de ficção.  "Esta é a melhor opção. No pior dos casos, dele ainda tirarão o Telecom ("AFK" System controla um pacote de ações da maior operadora da telefonia movel MTS - autor), Prevê Chichvarkin.

_ O fato de que a prisão de Yevtushenko aprovou, pessoalmente Vladimir Putin, tem certeza o cientista russo Andrei Piontkovskyy.

Sechin "cozinhou! Yukos. Agora ele pode pôr o olho em tudo que lhe agrada. Incluindo "Bashnyeft". O fato, que as pessoas que fazem parte do círculo íntimo do presidente podem obter qualquer empresa, é muito conhecido por todos os observadores da vida econômica russa e da cena política", diz Piontkovskii.

A jornalista russa Yulia Latynina acredita, que com a prisão de Yevtushenko o regime começa "comer a si próprio", porque lhe falta dinheiro devido a sanções ocidentais. "A empresa russa "Rosneft" caiu sob sanções dos EUA em 17 de julho. Isto significa que a empresa não pode pedir dinheiro emprestado nos mercados internacionais, mas ela tem enormes dívidas - 45 bilhões de dólares. Em agosto "Rosneft" pede ajuda financeira. Em setembro Putin anuncia, que  Rússia vende parte do campo de óleo Vankorsk aos chineses, o que surpreende, porque trata-se da venda de um campo normal, bem explorado. Isso é claramente falta de dinheiro no Tesouro. Em meados de setembro Yevtushenko vai sob prisão domiciliar. Esta é uma medida suave do regime. O motivo da prisão explicou Khodorkovsky: Dívidas gigantes em "Rosneft", a exploração do óleo cai. Aonde pegar dinheiro? Vamos "torcer" a empresa "Basnyeft de Yevtushenko. Caso Yevtushenko - é uma virada de jogo na Rússia, porque, até recentemente as "torcidas" era aceitável pagar. Mas Yevtushenko já apreenderam, porque dinheiro para pagar, não há. Isto ocorreu devido as sanções. Temos que pegar dos nossos porque dos estrangeiros já pegamos tudo", - escreve a jornalista russa Yulia 
Latynina.

Em Kharkiv detiveram  pró-sabotadores que preparavam ataques.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 24.09.2014

Em Kharkiv foram detidos vários grupos de sabotagem que agiam sob encomendas dos serviços especiais russo.

Como resultado das operações especiais do SBU Kharkiv foi limpo de grupos de sabotagem e subversão, aos quais os serviços de segurança russos encarregavam a desestabilização da situação nas cidades pacíficas ukrainianas, pelo caminho da subversão e explosão de edifícios administrativos. 

Em 22 de setembro, foi detido  o líder, criado e dirigido pelos serviços especiais russos, da organização "Luta", o cidadão da Ukraina chamado "Inácio".  Ele coordenava as atividades ilegais dos membros  do grupo extremista terrorista "Krasnoi Narodnoi Armii" (Exército Nacional Vermelho).
Em seu telefone celular encontraram inúmeras fotos de ferrovias e pontes, cartões telefônicos de diversas operadoras, telefones celulares e literatura anti-ukrainiana.

Foi estabelecido, que em junho, na Crimeia, ele recebeu das unidades pró ativas que coordenam as atividades separatistas e terroristas das cidades de Simferopol, Feodocia e Yalta, instruções, tarefas e quantia superior a 50 mil dólares EUA para execução de atos terroristas e separatistas na Ukraina.

Foram planejadas a realização, em 26 de setembro, as explosões junto a instalações ODA (Administração Estatal Regional) em Kharkiv e Dnipropetrovsk, bem como colocação nos edifícios administrativos das bandeiras da Rússia e "Nova Rússia".

Também foi neutralizado outro grupo subversivo sob a direção do cidadão "K" da Ukraina que, de acordo com tarefas dos serviços especiais da FR preparava ataques terroristas nos objetos de infra-estrutura, e distribuía materiais de caráter separatista para mudanças no território ukrainiano. O detido, desde março de 2014, participava ativamente de ações anti-ukrainianas na região sudeste. As instruções e financiamento, constantemente recebia dos instrutores do FSB da FR (Serviço Federal de Segurança da Rússia). 

Para postagem de símbolos e organização de ações ilegais na Ukraina, o cidadão "K" recebia de seus supervisores recursos no valor de 20 mil e 35 mil "hryvnias", respectivamente.

Os líderes dos grupos subversivos, durante ações processuais admitiram sua participação na atividade ilícita e deram mostras incriminadoras de coordenação de suas atividades pelos representantes de serviços especiais russo.


Terroristas expulsam dos apartamentos os dirigentes da Universidade  de Luhansk.
Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 24.09.2014

Os militantes expulsam dos apartamentos a gestão da Universidade Nacional Taras Shevchenko e tentam remover seus pertences pessoais de suas residencias. Sobre isto informou o porta-voz do Centro de Informação do Conselho de Segurança Nacional Andrii Lysenko. Além disso, os terroristas já realizaram um inventário dos bens dos apartamentos de professores que não retornaram a Luhansk até 22 de setembro.

Universidade de Luhansk - edifício central. Foto da Internet.
Problemas graves também na Universidade Nacional de Donetsk. A maioria dos estudantes e professores dizem que não podem trabalhar e estudar na cidade ocupada por terroristas por causa de seus princípios e postura patriótica.

Foto da Universidade de Donetsk, do site oficial

Anteriormente, o coletivo da Universidade pediu ao Gabinete de Ministros para evacuar a Universidade. Seu pedido está sendo resolvido. A Universidade terá campus em Vinnytsia, disse o ministro da educação, Serhii Kvit, em sua página no Facebook.
"Já temos algumas proposições. A forma de estudos será mista  (presencial e à distância). Mas uma pate significativa de professores e estudantes vai estudar e trabalhar em Vinnytsia", - Explicou ele.

Ataque à missão da OSCE
Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana), 24.09.2014

Em Luhansk, no dia 23 de setembro encontraram-se sob fogo de militantes, os observadores da OSCE. Em defesa da vida das pessoas e representantes da missão, os militares ukrainianos abriram fogo. 
Durante o dia militantes abriram fogo 5 vezes contra as tropas do Comando Operacional "Norte", uma das quais com morteiros, quatro com armas de grosso calibre.
Durante o último dia, contra as posições dos militares ukrainianos na zona do ATO, dispararam mais de 50 vezes.

Comboio russo não é humanitário, isto é intervenção - Poroshenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 25.09.2014

 Rússia violou as regras de ajuda humanitária e, na verdade, invadiu Ukraina com seu "comboio", disse Poroshenko aos jornalistas. "Em primeiro lugar, isto não é comboio humanitário. Em todas as questões humanitárias nós estamos prontos para cooperar - não importa que país irá fornecer ajuda. Mas, quando se trata de comboio humanitário, então deve estar presente o Comitê Internacional da "Cruz Vermelha", que deve fiscalizar e observar a entrega  em Luhansk e Donetsk. Rússia violou as regras de ajuda humanitária e rejeitou não apenas a cooperação com Ukraina, como também com a "Cruz Vermelha". Nos tais caminhões humanitários brancos, nós vimos a entrada de equipamentos de comando para Luhansk, através do segmento da fronteira que não está sob o nosso controle, sem qualquer envolvimento das autoridades aduaneiras da Ukraina" - disse ele.

"Assim, o comboio russo não é humanitário. Nós o consideramos como uma intervenção no território da Ukraina. E isto é parte de ações que nós precisamos parar..." disse o presidente ukrainiano.
(Já apareceu notícia do 4º comboio vindo para Ukraina. O primeiro, segundo jornais, retirou da Ukraina as instalações de duas fábricas, uma delas de importância estratégica, e até carvão. Até agora não houve nenhuma notícia sobre tentativas de impedimento à entrada desses comboios. Pelo contrário, o assunto está cada vez menos comentado. 
Ainda bem que o presidente resolveu falar. - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk

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