terça-feira, 9 de setembro de 2014

Notícias da Ukraina - 09.09.2014
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

O Conselho Europeu aprovou novas sanções contra Rússia, afirmou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, avisa ITAR-TASS


"As novas sanções da UE contra Rússia entrarão em vigor nos próximos dias, Isto deixará um tempo para avaliar a implementação da trégua na Ukraina. Dependendo da situação nos locais, a UE está disposta a reconsiderar as sanções acordadas em todo ou em parte", - disse o presidente da UE.

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Ângela Merkel: A participação direta da Rússia no conflito ukrainiano é "muito-muito clara", disse a chanceler alemã em entrevista à rádio RBB-Inforádio, escreve Deutsche Welle.


Ela disse que as ações da Rússia não podem ser deixadas sem consequências e sanções são o único meio de pressão.  E que o governo alemão não tem dúvida de que com meios militares este conflito não pode ser resolvido. Então as sanções são a única possibilidade de influência sobre a Rússia, que apoia os separatistas na Ukraina. (Eu penso que Rússia não apenas apoia os separatistas, mas que ela fomenta o separatismo na Ukraina desde o começo. - OK).

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Hoje, 9 de setembro, ao Conselho da cidade de Kharkiv vieram dezenas de ativistas que exigem explicações por que as bandeiras ukrainianas foram retiradas das principais ruas da cidade e colocadas as bandeiras da "Nova Rússia".
Eles não conseguiram falar com o prefeito. E os demais funcionários não dão explicações e os orientam para dirigir-se ao serviço de imprensa. (Será que Kharkiv resolveu apoiar o separatismo? - OK).

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Durante a guerra no Donbass já destruíram cerca de 400 empresas em Donetsk e 200 em Luhansk.

No mês de agosto, novamente deixaram de arrecadar cerca de 900 milhões de "hrvynias" (moeda local) de imposto. O funcionário Ihor Bilous explicou que estas companhias não poderão ser recuperadas rapidamente, porque houve a destruição física. Serão necessários bilhões de dólares.

Do  jornal Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana):

Os terroristas reivindicam todo o território das regiões de Donetsk e Luhansk e não concordam apenas com a parte que eles controlam.
Sobre isto declarou à agência de notícias "RIA NOVOSTI" o auto-proclamado primeiro-ministro da "DNR" Oleksandr Zakharchenko.  Deste modo ele respondeu ao assessor do presidente, Yurii Lutsenko, o qual disse que o protocolo de Minsk não prevê um estatuto especial para as regiões de Donetsk e Luhansk como um todo, e dele receberá apenas a parte controlada pelos militantes.
"Grande agradecimento ao Sr. Lutsenko por tão generosa oferta, mas nós, com nossa terra, sozinhos resolveremos... "DNR" - é todo o território da província de Donetsk, e "FSC" - é todo o território da província de Luhansk", - disse Zakharchenko. A trégua acordada em Minsk Zakharchenko denominou "possibilidade sem sangue, liberar o território ocupado".
Como foi dado ao conhecimento, na segunda-feira, Lutsenko disse que cerca de um terço das regiões de Donetsk e Luhansk, região que não é controlada pelas autoridades ukrainianas, receberá um estatuto especial. Ele também admitiu, que esta área será isolada e cercada com construção especial.
(Está difícil de entender. Ainda ontem os jornais diziam que o presidente Poroshenko não aceitaria perda de nenhuma parte do território ukrainiano. E que a região de conflito continuaria fazer parte da Ukraina, mesmo em condição diferenciada . Então construção de cerca para quê? -  OK).

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O FSB da Rússia, deliberadamente atraiu o oficial de inteligência da Estônia Eston Kokher a uma armadilha, para roubá-lo.
Eston marcou encontro com um informante porque havia observado que "elementos do FSB" ativamente participavam do contrabando de produtos na fronteira leste da UE com a Rússia. Ele foi ao encontro umas 5 milhas ao norte do posto fronteiriço Luhamaa, próximo da aldeia Miiksy. Ele tinha cobertura de oficiais estonianos, que não puderam reagir a tempo porque foram utilizadas granadas de luz e som e a ligação foi perdida. Quando perceberam o que estava acontecendo, Kokhver já estava sendo arrastado para dentro da floresta na Rússia.
Atualmente Kokhver está em Moscou, acusado de espionagem.

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No Conselho de Segurança Nacional confirmam a morte de cinco militares ukrainianos durante a trégua.
"No último dia não houve mortos, mas nos três dias e meio, a contar da data da assinatura do protocolo de Minsk foram registradas 5 mortes de soldados ukrainianos e 33 pessoas feridas", - disse o porta-voz da Central Analítica do Conselho, Se. Lysenko.
Este é o resumo de todos os ministérios e agências envolvidas no ATO.

Do jornal: Ukrainskyi Tyzhden (Semana Ukrainiana):

Funcionários do regime do ex-presidente Yanukovych deduziam do orçamento do Estado da Ukraina cerca de 150 bilhões de "hryvnias" (moeda local) por ano, através de abuso nos concursos públicos e compras estatais. Sobre isto, em entrevista coletiva declarou o ministro da Justiça Pavlo Petrenko.
Ao longo dos últimos quatro anos, esse fenômeno tornou-se generalizado (roubo de fundos através de leilões), quando os fundos alocados do orçamento do Estado, simplesmente roubavam-se. De acordo com SBU (Serviço de Segurança da Ukraina), aproximadamente 75% das dotações do Estado alocadas para concursos públicos, aproveitavam-se com desvios. O dinheiro era simplesmente roubado. A questão trata de 150 bilhões de "hryvnias" por ano.
Petrenko sublinhou, que de acordo com especialistas, a utilização indevida levava a uma redução do PIB de 6 -7%.
Lembramos, que a 60 ukrainianos a comunidade internacional adotou sanções restritivas, entre outras coisas prevê o congelamento de ativos dessas pessoas no exterior. No mínimo 30 altos funcionários desta lista - é o círculo do ex-presidente Yanukovych. (Nos últimos dias do governo Yanukovych, os jornais davam notícias de procedimentos que poderiam estar retirando dinheiro em espécie, em malas, da Ukraina. Se isto aconteceu tem gente vivendo confortavelmente lá fora - OK).

Do site Radio Svoboda (Rádio Liberdade):

"As ações da gestão russa em relação a Ukraina são terríveis."
Os representantes de intelectuais russo emitiram uma declaração contra a guerra na Ukraina, isolamento da Rússia e restauração do totalitarismo: "Parar a agressão russa!" Entre os que assinaram a carta, - diretor cinematográfico Vladimir Mirzoyev.

"O sentimento maior, que agora eu sinto em relação a o que está acontecendo na Ukraina - é sentimento de inquietação, estou horrorizado. Porque morrem pessoas e eu, absolutamente não compreendo, por que elas devem morrer. Isto é, simplesmente, uma idéia esquisita - criação de um novo império, criação do "mundo russo".
Provavelmente, esta concepção viveu por muito tempo nas cabeças das forças russas, e eis que agora todos esses demônios estão realizando seu plano louco. Eu acho que é extremamente preocupante, perigoso e totalmente surreal".

"Quando eu ouço dos lábios de alguns politólogos as palavras "geopolítica", "oposição EUA-Rússia", então eu penso: essa terminologia, essa ideologia - do século passado..."

"A população foi profundamente traumatizada durante todo o século XX. São pessoas, que facilmente caem em estado maníaco de euforia e psicose patriótica".

"Guerra - é o mal. Guerra pela quimera - é mal dobrado. Guerra com irmão - é mal triplicado."

"A nação que comete agressão no país irmão, faz um suicídio realmente moral. Mas atrás do suicídio moral vem o suicídio físico, econômico e político".

"Aqueles, que com auxílio da propaganda estatal desviaram seu cérebro, categoricamente não aceitam pontos de vista alternativos".

"Agora a tragédia ocorre no território da Ukraina, mas isso não significa, que as rachaduras não tramitam no interior do nosso país".

"Aquilo que fazem hoje nossas forças de segurança, militares e liderança, que pensam em termos de guerra, batalhas, cisões, - assustador. Isso é muito perigoso para Rússia, não só para Ukraina". 

"Espero que Ukraina será capaz de sacudir a poeira imperial de seus pés, e começará a verdadeira modernização".

Tradução: Oksana Kowaltschuk

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