quinta-feira, 1 de outubro de 2015

EUA advertiram Rússia, que "adicionar combustível ao fogo" na Síria está fadado ao fracasso
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 30.09.2015

Ministro Carter
O Ministro Carter observou que os ataques aéreos russos, segundo as evidências, foram direcionados aos territórios, onde, provavelmente, não há grupos militares do "Estado islâmico", o que alegou Moscou.
Presidente da oposição síria, com base em Turquia, Khald Khoja: Os ataques russos mataram, pelo menos, 36 civis. Os ataques foram causados nas áreas onde não há combatentes do "Estado islâmico", ou outros grupos islâmicos associados à rede "Al-Qaeda".
Todos os alvos afetados por alvos russos, eram civis, estes territórios são controlados por forças de oposição, que extirparam dali o "Estado islâmico" há um ano.

Também a união síria "Tadzhammu-l-Izza" que tem o apoio dos EUA declarou no Twitter, que os golpes desferidos na província Hama  foram desferidos contra sua posição na cidade de Latamna.

Segundo a Agência "Reuters" uma fonte diplomática da França anunciou que os ataques russos foram direcionados contra os oposicionistas do regime Assad, e não contra os islâmicos. Informação que também foi dada pelo chanceler francês Laurent Fab'yus. O que também foi afirmado pelo ministro da defesa da França Jean-Yves Le Drian.

Grã Bretanha pediu à Rússia para mostrar que seus ataques aéreos na Síria tinham apenas o propósito do "Estado islâmico" e os grupos ligados à rede "Al-Qaeda", mas não os opositores moderados do regime Bashar Assad.

O secretário de Estado dos EUA John Kerry também advertiu que Washington estará "profundamente ocupado" se Rússia atacar áreas onde não há islamitas e sim oposição moderada. Do contrário haverá dúvidas, se Rússia pretende guerrear contra o grupo extremista, ou proteger o regime do presidente Bashar al Assad.

Rússia declarou, oficialmente, que estas primeiras ações foram direcionadas contra posições, técnicas e composições, que, de acordo com Moscou, pertencem ao "Estado islâmico".
Estes ataques foram feitos após, na Rússia a Câmara Alta do Parlamento e o Conselho da Federação aprovarem por unanimidade o pedido do presidente Vladimir Putin sobre aproveitamento de forças armadas russas além das fronteiras do país depois que o presidente da Síria, Bashar al-Assad apelou oficialmente a Moscou pelo apoio militar.
(E, já que as dúvidas foram convenientemente explicadas, a vida continua _ OK).


Estes ataques prontamente apoiou a Igreja Ortodoxa Russa - seu representante denominou a luta contra o terrorismo - "luta sagrada".
O regime de Assad chama "terroristas" a todos os seus oponentes - os radicais islâmicos e as forças moderadas de oposição política, com o apoio do Ocidente e do mundo árabe,

Os ataques das tropas russas na Síria também levaram ao aumento de tensões nas relações com os EUA cuja ação de combate é a principal força de coligação internacional contra o "Estado Islâmico" na Síria e no Iraque. Esta coalizão luta contra os islamitas em apoio à oposição secular Síria.

Putin declarou que o final da guerra no Donbas "ainda está distante".
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 01.10.2015


Sobre isto ele falou na reunião do Conselho para o Desenvolvimento da Sociedade Civil e Direitos Humanos.
"A solução, por enquanto, ainda está longe, mas há coisas, que inspiram confiança, que a crise pode ser superada, e o mais importante, que tiroteio hoje não há. Esperamos que o diálogo entre estas não reconhecidas repúblicas e autoridades de Kyiv ainda será positivo. E será executada a condição principal para alcançar qualquer compromisso - um diálogo aberto", - disse Putin.
Ele expressou confiança, de que todo o confronto militar no Donbas cessará após a retirada de armas de calibre inferior a 100 milímetros.
(O que se comenta na Ukraina é que o Putin quer que as duas "repúblicas" pertençam "oficialmente" a Ukraina, para que Ukraina as reconstrua, mas na verdade o governo das "repúblicas"  continuará sob influência russa. Inclusive já estão preparando uma "eleição". - OK)

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Putin pediu uma reunião bilateral ao presidente Poroshenko.
Este encontro, se Poroshenko concordar, acontecerá em Parias, porque no dia 02 de outubro haverá uma reunião em Paris, no formato "Normandy Quarteto", composto pelos presidentes da Ukraina, Alemanha, França e Rússia. Poroshenko terá uma reunião bilateral com o presidente francês, François Hollande.

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A avaliação da chanceler alemã, Angela Merkel caiu para 54%.
Este é o pior nível desde dezembro de 2011, quando havia crise na União Européia.
A pesquisa mostrou que 51% dos entrevistados estão preocupados por causa do grande número de pessoas que procuram asilo na Alemanha.
Também a pesquisa mostrou que 44% dos alemães acreditam que a imigração traz mais desvantagens que vantagens (um aumento de 11% em relação ao mês anterior.

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No Ministério da Justiça reagiram à declaração da extradição de Nadia Savchenko.
A declaração do Ministro da Justiça da Rússia sobre a possibilidade de voltar Nadia Savchenko a Ukraina, após o verdito indica que a decisão já foi tomada. Ele, mais uma vez reiterou que o sistema judicial e os tribunais são "de bolso".
Tal declaração, antes da condenação de Nadia Savchenko pelo tribunal russo, diz apenas uma coisa - que o veredito já foi dado, e ele é, definitivamente culpado" - disse o Ministro da Justiça da Ukraina Pavlo Petrenko numa reunião em Kyiv, comentando a declaração do Ministro da Justiça da FR.

Conforme relatado no Ministério da Justiça da FR, declararam a possibilidade de considerar o pedido da ukrainiana Nadia Savchenko sobre extradição. Note-se, que a questão de sua possível extradição a Ukraina pode ser discutida se este país reconhecer a decisão do tribunal russo e garantir o castigo do condenado em seu país.

Lembramos:
O Tribunal de Justiça em Rostov - Rússia, em 22.09.2015 iniciou a consideração sobre o mérito do caso criminal Savchenko. Não foi permitida a entrada de jornalistas.

Em 15.09.2015, o Tribunal de Donetsk prorrogou a prisão de Savchenko para mais  6 (seis) meses.

Em 29.09.2015 o Tribunal se recusou a examinar a questão Savchenko com o uso do polígrafo que Savchenko tanto pediu.

Savchenko - voluntário do batalhão "Aydar". Quase um mês ela lutou na área da ATO - em Luhansk, onde com outros soldados caiu em emboscada, perto da cidade Shchastia. Os terroristas exigiam pela libertação da piloto, a libertação de quatro lutadores seus. 
Em 08 de julho soube-se, que Savchenko estava na prisão, na Rússia. Ela é acusada de assassinato de jornalistas russos Igor Kornelyuk e Anton Voloshin, que morreram em 17 de junho em Luhansk.

Tradução: O. Kowaltschuk

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