terça-feira, 29 de setembro de 2015

Notícias Ukrainianas
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 28.09.2015

A delegação da FR deixou a Assembléia Geral das Nações Unidas durante o discurso do presidente da Ukraina Petro Poroshenko na cimeira sobre a agenda global para o desenvolvimento.
Em seu discurso Petro Poroshenko lembrou, que cada dia de guerra no Donbas custa cerca de US $ 5 milhões. "Em resultado da traiçoeira anexação russa da Criméia e agressão ao Donbas, milhares de pessoas foram mortas, destruída infra-estrutura. Ukraina perdeu aproximadamente 1/5 de seu potencial econômico.

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Em Moscou e São Petersburgo, a polícia deteve participantes da marcha da paz - ações contra guerra com Ukraina.
As ações não foram coordenadas: "Moscou e São Petersburgo recusaram-se da execução de decisões ilegais da prefeitura e da administração", - escreveram os organizadores.
Em Moscou foram detidas 11 pessoas, mas depois da assinatura dos protocolos, todos foram libertados.
Em São Petersburgo participaram cerca de 2.000 mil pessoas. Foram detidas duas: uma porque trazia nas costas a bandeira ukrainiana e um boné azul-amarelo na cabeça. A outra participante porque queria portar um cartaz. Muitos carregavam bolas azuis e amarelas. Alguns transeuntes, incluindo estrangeiros, incluíram-se ao protesto quando souberam o motivo. Alguns protestantes realizaram piquetes em separado com cartazes: "Não a guerra - Federação Russa para fora da Ukraina" , "Nosso mundo", "Pela anexação e agressão - culpados à responsabilidade!", "Glória a Ukraina! Glória aos heróis!".  Parte de manifestantes usava trajes bordados.
Os participantes, com acompanhamento de guitarra cantaram canções anti-guerra. Em seguida, atendendo ao pedido de policiais, separaram-se.

Notícias do jornal Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 29.09.2015

Das investigações da agência deduz-se que Rússia usa o porto de Kerch para enviar a Síria misteriosos caminhões brancos.
O ferry "Alexander Tkachenko" normalmente transporta pessoas e máquinas através do Estreito de Kerch. Mas em agosto, o ferry de repente parou de trabalhar, e o governo russo fretou um navio.
Depois de dez dias através do Bósforo e do Mar Mediterrâneo, em 11 de setembro a balsa chegou ao porto sírio Tartus, sob o controle do país, onde Rússia aluga a base militar. Estes dados estão em dados de bancos abertos sobre a chegada de navios para Síria, e coincidem com os dados do analítico terminal da Reuters Eikon e provas das fontes da agência.
Pelo caminho o navio entrou no porto Novorossiysk na costa do Mar Negro, onde marinas comerciais estão localizadas nas proximidades da base naval. Lá carregaram a balsa com caminhões pintados de branco, segundo a fonte da agência no porto.
A agência Reuters não conseguiu descobrir o que havia nos caminhões, eles deixaram o navio em Tartusi.
O Ministro da Defesa não respondeu à agência se fretou o navio. O Ministro russo de Situações de Emergência, que oferece ajuda humanitária russa no exterior, disse que não sabia nada sobre a entrega.

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OTAN: "Rússia encobre-se com luta contra o "Estado Islâmico" para apoiar Assad. O comandante da OTAN acredita que as armas russas na Síria são muito potentes para lutar com o "Estado Islâmico". Em vez disso Rússia vai apoiar o regime de Bashar Assad.
Bridlav: "Nós vemos o fornecimento de algumas armas de defesa muito avançadas. Nós vemos aviação muito progressista, tipo "AR-ar" que é enviada aos campos de pouso. E, eu não vi o Estado Islâmico usar tais aviões", - disse Philip Bridlav.
Segundo suas palavras, Rússia equipa suas bases aéreas na Síria não para combater o "Estado Islâmico, mas para apoiar o presidente sírio.
Bridlav supõe que o armamento russo inclui sistemas de defesa antimísseis tipo "terra-ar" SA15 e SA22. Eles são usados para abater aviões inimigos.
"Eu não vi "Estado Islâmico" voar em nenhuma aeronave que exigiria SA15 e SA22", - assegurou ele.
Rússia tenta criar na Síria uma "zona proibida", fornecendo lá super-armas, afirma Bridlav. Cujo objetivo é fornecer suporte para Bashar al-Assad, que sofre pressão do Ocidente.

Poroshenko derrotou o discurso de Putin na ONU.

"As solicitações da Rússia para criação de coalizão anti-terroristas de Moscou sobre perigo de coalizão e avisos anti-terroristas que soam nos últimos dias, não merecem crédito", - disse o presidente da Ukraina Petro Poroshenko falando da Tribuna da Assembléia Geral das Nações Unidas listando violações por parte da Rússia e seus princípios declarados. 


"Como é possível chamar para a criação da coalizão antiterrorista, se você apoia o terrorismo diretamente na frente de sua porta? (O tratamento entre os ukrainianos é na segunda pessoa do plural. Perdoem-me, mas não sigo. -OK).

Como é possível falar de liberdade para as nações, se você pune seu vizinho por sua própria escolha? Como é possível falar de paz e lei, se sua política é a guerra com ajuda de governos fantoches? Como é possível exigir respeito para todos, se você não respeita ninguém?" - disse Poroshenko. 

O presidente salientou, que sendo membro do Conselho de Segurança da ONU, Rússia compromete a paz e a segurança a nível regional e internacional.

"Na verdade, a fim de preservar sua influência nos países vizinhos, Rússia por décadas, deliberadamente, criou em torno de si uma zona de instabilidade. Isso inclui Nagorno-Karabakh,Transnistria, Abkhazia, Ossétia do Sul, Criméia e Donbas.; Todos estes prolongados conflitos são apoiados, ou diretamente conectados com a Rússia", - disse Poroshenko.

Segundo ele, o próximo objeto de agressão de Moscou pode ser qualquer país, não só geograficamente próximo da Rússia. Evidência disso ele citou o aparecimento de "homúnculos verdes" nas terras da Síria. (Os tais "humúnculos verdes" já foram citados na Criméia e Ukraina - OK).

O presidente da Ukraina também disse que a restrição do direito do veto, em casos de violência contra massas no mundo, expansão do formato do Conselho de Segurança, melhora nas operações de manutenção da paz da ONU - ainda não são todas as proposições da Ukraina quanto a reforma da ONU no século XXI.

"Ukraina defende a restrição gradual do direito de veto com sua abolição no futuro. O direito ao veto não deve ser um ato de perdão por um crime, que pode ser usado a qualquer momento, que pode ser extraído da manga" a fim de evitar uma punição justa." - disse ele.

A este respeito Poroshenko saudou a iniciativa dos presidentes da França e México "quanto a declaração política sobre limitado direito a veto entre permanente grupo de cinco do Conselho de Segurança em casos de atrocidades de massa".
A principal atenção deve ser dada à modernização do Conselho de Segurança da ONU - incluindo a expansão da adesão de sócios e melhoria de seus métodos de trabalho.

A composição do Conselho de Segurança da ONU deve refletir as realidades do século XXI e representar maior número de países da África, Ásia e América Latina. Membro não-permanente adicional no Conselho deve ser dado aos países do Leste Europeu, porque seu número duplicou nas últimas décadas", - disse Poroshenko.

Ele também observou que Ukraina considera necessário "melhorar a arquitetura do universo e da pacificação da ONU, o que é um elemento importante de reforma da Organização.

Tradução: O. Kowaltschuk

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