Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 30.10.2015
Ivan Farion
Se o oncologista não remover o tumor a metástase rapidamente se espalhará e levará o doente ao túmulo. A analogia aplica-se a Comissão Eleitoral Central da Ukraina, liderada por Michael Okhendovsky. Isto inclui as recentes eleições parlamentares, incluindo os acontecimentos escandalosos em Mariupol, Odessa, Pavlograd. O papel de Okhendovsky foi de liderança.
Em Mariupol, as cédulas foram impressas com erros grosseiros nos escritórios do oligarca Akhmetov. Em vez de exigir nova impressão (Em vários loais imprimiram ligeirinho e a votação foi possível) o presidente da CEC exigiu votação nas células corruptas. Devido a "desobediência" ameaçou e insistiu na eleição até duas horas antes do fechamento das urnas. Parcialidade óbvia.
Em Pavlograd, na região de Dnipropetrovsk, onde pelo cargo de prefeito disputavam Anatoli Vershyna do "Bloco da Oposição" (com aproximadamente 34% e o estreante "UKROP" (União de Patriotas Ukrainianos), participante da ATO Eugene Tyeryehovym ( aproximadamente 20%). No momento das eleições, na cidade, estavam registrados 90.250 eleitores (De acordo com a lei, havendo mais de 90 mil eleitores há a obrigatoriedade do 2º turno, se nenhum dos candidatos conseguir mais de 50% mais um voto, entre os dois primeiros lugares). Com a interferência das "forças superiores" o segundo turno foi caçado. Influenciou também o comando do oligarca Akhmetov e Vershyna tornou-se prefeito de Pavlograd. Motivaram esta decisão de que, de repente, havia 500 eleitores a menos em Pavlograd. De repente, eles excluíram-se da lista da cidade. Então agora seria necessário não somente estabelecer quem persuadiu os 500 eleitores a abandonar suas casas, mas, principalmente, avaliar o comportamento do chefe da CEC, cujas ações fazem fronteira com o crime.
Sob pressão da indignação pública, a CTE (Comissão Territorial Eleitoral) acabou decidindo o segundo turno. O Tribunal Administrativo de Recursos anulou a escandalosa decisão da CEC.
Por causa das manipulações, as quais observavam "através dos dedos" na CEC, houve explosão de descontentamento popular também em Odessa. Segundo todas as sondagens, para segunda rodada candidatavam-se o atual prefeito Gennady Truhanov (atrás do qual arrasta-se uma questão penal) e conselheiro do presidente da ODA (Administração Estatal Regional) Oleksandr Borovik. No entanto, Truhanov (aquele, que com orgulho pregava no seu paletó a fita de St. George - símbolo russo), não quis ir para este duelo. Sua equipe, de várias maneiras começou a "puxar" votos para completar os 50% mais 1 (um). E conseguiu a tarefa. Na Comissão Eleitoral "pintaram" para Truhanov quase 53% e o anunciaram prefeito.
O CEC deveria averiguar as graves violações em Odessa, que estão documentados mas, novamente, eximiu-se. E isto já não é descuido, mas tendência.
Tendenciosidade de Okhendovsky já é antiga. Ainda desde 2004 o então chefe da CEC Sergey Kivalov enviou-o, juntamente com outros dois "especialistas" para o supremo Tribunal para demonstrar, que o presidente, na segunda rodada, tornou-se Viktor Yanukovych. Okhendovsky, então, fez de tudo para argumentar que não houve fraude. Tal devoção o Partido das Regiões valorizou totalmente. Com a "recomendação" do Partido das Regiões Okhendovsky tornou-se presidente da CEC.
O dirigente de um dos mais importantes órgãos estatais vive no mesmo luxo fabuloso dos que o trouxeram para este cargo. Sua "Fazenda" - uma casa de três andares na área de resort, com 600 m², rodeada por um muro de três metros de altura. Cuidam dela oito guardas. Okhendovsky anda numa "Mercedes" de 100 mil dólares, acompanhado por um jipe "Nissan" e dois Volkswagen". De onde esta escolta - não se sabe, em sua declaração consta apenas um "Lexus". E, mais um objeto "ínfimo": o relógio de Okhendovsky vale 60 mil dólares, o que é duas vezes mais que seu salário anual...
- Por que tal "armação" até agora não afastaram? As autoridades pós-Maidan podiam fazê-lo ainda em junho do ano passado, quando chegou ao término a composição atual da CEC. Pelo contrário, estimularam o funcionário. Petro Poroshenko... condecorou-o com a Ordem de Yaroslav, o Sábio. Como diz o decreto, "por sua significativa contribuição para a construção da nação, desenvolvimento sócio-econômico, técnico-científico, cultural e educacional do Estado Ukrainiano, trabalho consciencioso de muitos anos e elevado profissionalismo." (Como são falsas essas condecorações!!! - OK).
(Prezados leitores, desculpem a repetição do assunto, mas este artigo é bem mais completo que o anterior. E eu faço votos que o atual presidente não se reeleja porque ele revoltou a nação ukrainiana, que não esperava por isto, quando votou nele. Se não fez de propósito, fê-lo por inércia! Fê-lo neste período de luto por centenas de jovens ukrainianos que morreram e ainda morrem no Donbas. Afinal, aonde foi que viu a tão significativa contribuição de Okhendovsky???. Agora, e somente agora está falando na renovação do pessoal da CEC. - OK).
Korban detido pelo SBU (Serviço de Segurança da Ukraina).
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 31.10.2015
Candidato a prefeito de Kyiv, membro do Partido "UKROP" (União dos Patriotas Ukrainianos) e o mais próximo companheiro do oligarca Igor Kolomoisky, Gennady Korban foi detido pelo SBU, avisou em sua página no Facebook seu correligionário e candidato a prefeito de Dnipropetrovsk Boris Filatov.
Procuradoria e Serviço de proteção da Ukraina realizaram uma operação especial, e em grande escala, para prender membros de um grupo criminoso organizado. Houve uma longa e cuidadosa preparação, com a inclusão de serviços operacionais - a partir de escutas telefônicas, vigilância por vídeo, etc. Argumentos de qualidade estão sendo preparados. Na Procuradoria Geral salientaram: "Nenhuma causa política aqui não há.
"Os policiais aguardavam a conclusão das eleições locais, e no sábado realizaram ações de grande escala contra esta organização criminosa", - especificaram na Procuradoria Geral. ((Ontem, sábado, dia 30 de outubro foi declarado vencedor para prefeitura de Kyiv, o atual prefeito Klitchko - OK).
A Procuradoria destaca que o principal item da operação especial é o Artigo 255 do Código Penal da Ukraina - atividade de organização criminal.
A Procuradoria também avisou, que mais tarde divulgará a informação, se as pessoas que estão sendo verificadas, têm envolvimento partidário. No momento estas pessoas não estão sendo pesquisadas como membros de um partido, mas como pessoas que, pelos aplicadores da lei são suspeitas como pertencentes a uma organização criminosa.
O porta voz do SBU (Serviço de Proteção da Ukraina) Elena Hitlyanska avisou no Facebook: "SBU e Procuradoria Geral realizam operação especial em grande escala em Dnipropetrovsk! Envolve mais de 500 funcionários do Serviço de Segurança.
Também Elena Hitlyanska declarou que poderia levantar o véu sobre apenas um dos aspectos de operação especial: "Há evidências de desvio do fundo que foi criado para ajudar os soldados da ATO, aonde os ukrainianos doaram dinheiro para ajudar os soldados".
Constatou-se que deste fundo foi roubado cerca de 40 milhões de UAH. Eles foram aproveitados para compra de valiosos carros. Ela acrescentou que o grupo usava os serviços dos centros de conversão.
"UKROP" mostrou documento, ao abrigo do qual o Serviço de Segurança e da Procuradoria, realizava a busca.
O candidato a prefeito de Dnipropetrovsk, membro do Partido "UKROP", Bóris Filatov anunciou uma "mobilização geral" do partido: "Faço apelo aos membros do nosso partido, deputados, eleitores, soldados desmobilizados, voluntários... Preparemo-nos para dar a última batalha aos revanchistas e colaboracionistas... Reunamo-nós às 18 hors próximo a DniproODA. Temos assunto para conversar. E o que mostrar ao inimigo", - declarou ele.
(Já que o fuso horário permite, logo abaixo estão as fotos. -OK). Como avisa Interfax-Ukraina, reuniram-se cerca de 800 pessoas. Filatov tem a intenção de trazer às ruas de Kyiv os apoiantes de seu poder político. ""Desestabilização em Dnipropetrovsk não haverá, toda a ênfase será transferida para Kyiv".
Agora vejamos o que diz o Prefeito de Lviv
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 31.10.2015
Sadovyi, prefeito de Lviv desde 2.004. Estas eleições ele ainda não ganhou (Se bem que, aqui de longe eu penso que deveria - OK). O problema foi a grande quantidade de partidos e seus respectivos candidatos. Ele não obteve os 50% mais 1 (um) voto e vai concorrer no 2º turno, sem nenhuma briga, sem nenhum alvoroço. O segundo turno deverá ocorrer no dia 15.11.2015.
"Na quinta-eira, dia 30.10.2015, à noite minha família sentiu na própria pele o problema que é óbvio, que existe em todo o país, mas ao qual poucos prestam atenção.
O rapaz que atirou uma granada para dentro de minha casa, na qual estavam minha família, meus filhos, diz que não tinha nada pessoal contra mim, mas queria assim, protestar contra a injustiça.
Eu não vou procurar aqui quaisquer motivos secretos e mandantes desconhecidos. Eu quero que este incidente nos obrigue a olhar no olho do problema.
Hoje eu decidi ir à casa da família do rapaz. Conversei com sua avó - 91 anos tem a senhora Halyna, e tentei entender melhor o que nos espera no futuro.
Os rapazes voltam da guerra. E continuam sozinhos com as suas famílias, e com as dificuldades..
Por isto passaram todos os países, onde houve guerra.
Infelizmente, com os problemas dos soldados que retornaram ocupam-se apenas as autoridades locais, voluntários e família. O Estado, simplesmente afastou-se e deixou-nos sozinhos com dezenas de milhares de pessoas jovens, que retornam da frente.
Lviv foi a primeira cidade da Ukraina que aprovou um programa de ajuda financeira e material aos combatentes da ATO e suas famílias. Não existe nenhum programa estatal até hoje.
Na próxima semana nos abriremos um novo centro de reabilitação para feridos. E novamente - apenas com os fundos locais.
Primeiros na Ukraina começamos a construir habitações para famílias dos heróis falecidos, e posteriormente aos participantes. E, você acha que houve algum tipo de auxílio estatal? Mais uma vez, não.
Certamente, nós faremos tudo, o que estiver em nossas forças. Lviv será exemplo de unidade e apoio mútuo.
E, um Estado, que não abandona à própria sorte os seus defensores, nós ainda precisamos construir", - disse Andriy Sadovyi, prefeito de Lviv.
Tradução: O. Kowaltschuk
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