Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 01.10.2015
Inna Pukish-Yunko
Advogados do Kremlin explicaram como evitar que a piloto ukrainiana recorra da sentença no Tribunal Europeu.
Nos dias do julgamento do caso Savchenko, o Tribunal de Donetsk (Rússia) e as abordagens a ele transformam-se numa mini-zona de rigoroso regime. Bloqueadas as entradas, revista de todos e tudo, "corja" de guardas com cães. Parece que no banco dos réus - um assassino, que planejava deixar Putin "encomendado" (é duvidoso que tal viveria até o julgamento). No tribunal - também agem os hábitos da carceragem: ninguém pode fazer um aceno (porque isto distrai a justiça), os advogados, durante o processo, nada podem anotar. Bem, pelo menos, ainda não proibiram respirar, dizem os defensores de Nadia Savchenko, comentando as insanidades judiciais. mas, mesmo as mais escandalosas novidades sobre o andamento do julgamento substituiu a declaração do Ministro da Justiça da Rússia sobre possível retorno da Savchenko a Ukraina - após seu veredicto pela corte russa.
Aspirar do "falso julgamento" de Putin por um veredicto justificado na questão da piloto ukrainiana - à beira de fantasia. Mas isto significa, que o retorno de Savchenko para Ukraina com a "liberdade" russa definitivamente não é possível. No máximo você pode esperar, e esta decisão (misericórdia do rei) não é a sentença total de 25 anos de cadeia, mas a diminuição para 24 anos e 11 meses.
O que, então, significa o comunicado do Ministério da Justiça da Rússia sobre a possível transferência de Savchenko a Ukraina? A resposta é simples: o veredicto é do tribunal russo mas o castigo pode ser na Ukraina. Mas, é indispensável o requisito - o reconhecimento da sentença pela Nadia Savchenko e pelas autoridades ukrainianas. "A transferência da pessoa pode ser negada, no caso de não reconhecimento pelo tribunal, ou outra autoridade competente do país estrangeiro, o veredicto da justiça da Rússia.
A traição neste cenário, explicam os advogados de Nádia, é que o reconhecimento desta sentença significa portas fechadas para o Tribunal de Justiça Europeu. Ainda será possível apelar sob a alegação que a sentença foi forçada sob pressão. Mas então surgem muitas nuances ilegais que podem complicar o processo e não garantem um resultado positivo. Mas, apesar dos obstáculos quanto à apelação da sentença russa, em Estrasburgo, asseguram: com a extradição de Savchenko para Ukraina precisa concordar. E, apesar de que os advogados não dizem diretamente, a lógica é clara, que com trapaceiro, você também deve trapacear. Se Putin, devido a suas próprias ambições permite-se a mentir para o mundo inteiro, então "levar" Kremlin para salvar a vida de mulher heroína - não é pecado.
O mais importante, o que nós precisamos, depois do julgamento - levar Savchenko, - declarou o advogado Ilya Novikov. Como as condições russas continuarão a realizar-se - isto já é outra questão. O principal, quando o veredicto entrar em vigor (que será em dezembro ou janeiro), e que Nadia esteja na Ukraina.
Se escolher entre a rápida liberdade para Nadia Savchenko (após a volta da piloto simplesmente a libertarão da punição de Putin) e a possibilidade de provar a sua inocência através do julgamento do recurso da sentença da Rússia pelo Tribunal Europeu. Quanto a isso não há dúvida. Além disso, o não envolvimento de Savchenko na morte dos jornalistas russos, convencer o mundo, não há necessidade.
A única questão é: se a Rússia em suas "boas intenções" (ditadas por seus interesses mercenários - não conduzir inequivocamente perda para si na questão da piloto ukrainiana à Justiça Européia) e no último momento não voltar atrás?
Dificilmente. Para Putin a extradição de Savchenko para Ukraina com o reconhecimento (mesmo forçado) dela com o veredicto de culpa - uma maneira de sair da situação com perdas mínimas. Rússia, honestamente, transferiu a piloto para Ukraina, culpa de Savchenko - além de dúvidas (foi ela mesma que reconheceu a sua sentença), e a tal Ukraina violou os acordos bilaterais e libertou a criminosa.
Há grandes chances de que Nadia voltará para casa, dizem seus advogados. "A sentença do caso será declarada no final do ano, ou no início do próximo. Ela, certamente, será de culpa, - diz Ilya Novikov. - Estou certo de que depois disso Nadia Savchenko entregarão para Ukraina em meio ano, ou mesmo antes.
(Os advogados de Nádia Savchenko são profissionais russos. Certa vez um ukrainiano lhe sugeriu trocar os seus advogados russos por advogados ukrainianos. Ela ficou bastante braba e respondeu que tinha inteira confiança neles, e não faria isto porque o palpiteiro não sabia o que falava, não entendia. Também nada foi divulgado a respeito do pagamento aos profissionais.
O que deu para perceber, para um leigo mesmo à distância, é que os advogados dispensaram toda a atenção ao caso e à Savchenko. Não conseguiram libertá-la de Putin, porque as forças não são iguais - OK).
Paris não acabou com a guerra no Donbas
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 03.10.2015
Blog de Victor Ukolov, cientista político, jornalista.
O cessar fogo começa a se tornar realidade. A decisão sobre a retirada de armas de calibre inferior a 100 mm possibilita assegurar uma trégua sustentável, parar ou dar uma longa pausa à fase quente do conflito.
Em minha opinião Poroshenko agiu assim, porque para ele - a prioridade é a vida dos ukrainianos, soldados e cidadãos civis.
Dizem que Putin assumiu o compromisso de abolir as falsas eleições nos territórios ocupados - é certamente uma vitória do "trio" pró Ukraina no "Norman Quartet" (França, Alemanha, Rússia e Ukraina).
As eleições ocorrerão somente com base em legislação ukrainiana e sob estreita vigilância da OSCE. Nas conversações isto foi considerado como único caminho possível para restaurar a integridade territorial da Ukraina.
O que pode fazer Ukraina ainda não está compreensível. Claro, que para 25 de outubro, eleições nos territórios ocupados não haverá tempo. Nesta data estão previstas eleições locais na Ukraina.
E, por incrível que pareça, o melhor resultado é que em Paris não assinaram nenhum documento - todas as partes reiteraram a necessidade de implementação de Minsk - 2 NA INTEGRA. Ou seja, traduzindo a declaração diplomática, - incluindo o desarmamento das gangues e retirada das tropas estrangeiras.
Atualmente, temos uma trégua real, mas até o final da guerra está longe.
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Estado Maior: Ukraina começou a remoção de armas de calibre inferior a 100 mm. Primeiramente a uma distância de 15 quilômetros da linha de fronteira.
Na "FSC" declararam que começou a retirada do armamento inferior a 100 mm e remoção de veículos blindados. Também dizem afastar-se a uma distância de 15 km.
No entanto, na FR o porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov não descartou que o acordo de Minsk terá de ser prolongado para depois do Ano Novo. (Então já estão dando os primeiros sinais de não cumprimento do Acordo de Minsk - OK).
Já um dos líderes da "DNR" Eduard Basurin disse que a remoção de armas, da linha de fronteira começará após 18 de outubro e está sujeita à trégua. (Como se não fossem eles os primeiros a atacar - OK).
Tradução: O. Kowaltschuk
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