sábado, 18 de abril de 2015

Na Ukraina morreram 6.116 pessoas, cerca de 15.474 foram feridas, segundo ONU.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 18.04.2015

De abril de 2014, em consequência do conflito no Donbas foram mortas 6.116 pessoas, 15.474 receberam ferimentos.
Isto foi afirmado pelo secretário de Imprensa da ONU, para os direitos Humanos, Ravina Shamdasani.
"Estes números são aproximados. Os números reais podem ser muito maiores, já que centenas de pessoas são consideradas desaparecidas, e centenas de corpos ainda não foram reconhecidos", - disse ela.

De acordo com o porta-voz da ONU, os civis, como antes, estão gravemente afetados pelo conflito prolongado.
"Somente em 2015, cerca de 400 habitantes pacíficos foram mortos em resultado do bombardeio indiscriminado de áreas residenciais, bem como devido a explosões em minas e outros projéteis nos territórios sob controle de grupos armados ou do governo", - disse Shamdasani.
Segundo suas palavras a situação com os direitos das pessoas, no leste da Ukraina, parece estar piorando, devido a violações do cessar fogo.

"Da zona do conflito vêm relatos de perdas de ambos os lados, a intensificação dos combates, especialmente na região do aeroporto de Donetsk e próximo a Shyrokyne, em Donetsk", declarou Shamdasani, acrescentando que nas batalhas usam armas pesadas. Em 13 de abril, as forças armadas ukrainianas relataram sobre seis mortes e ferimentos de 12 soldados. "DNR" e "FSC" perderam quatro e tiveram 17 feridos. "Nós tememos uma nova escalada das hostilidades", disse Shamdasani. Ela disse, que o conflito afeta a vida diária dos ukrainianos, como na zona do conflito, também no restante do território.

A proliferação de armas, ausência de oportunidades de trabalho, acesso limitado a cuidados médicos e psicológicos, especialmente dos 20 mil soldados desmobilizados, medo do cessar-fogo não estabelecer-se - tudo isso causa um sério impacto sobre a população", concluiu Shamdasani, exortando as partes a respeitarem o direito humanitário internacional e os acordos de Minsk.
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Em Kyiv, foi morto a tiros, o jornalista, escritor e radialista Oles Buzyna, na quinta-feira, dia 16.04.2015. Assassinato parecido com o assassinato de Oleg Kalashnikov em 15.04.2015. O assassino estava à espera de sua vítima próximo ao local de sua residência.
A placa do carro era em letão ou bielorrusso, não ukrainiano.


A todos que estiveram envolvidos na organização e financiamento do Anti-Maidan, ou outras ações ilícitas contra o Maidan (Maidan - praça pública.  As manifestações que aconteceram em 2.013-2.014, da nação ukrainiana contra o domínio russo, que estava sendo introduzido com a colaboração do ex-presidente ukrainiano Yanukovych - OK) e sentirem ameaça à vida, favor entrar em contato com a polícia para não seguir o caminho de Kalashnikov e Buzyna.

Não se exclui que o assassinato de Oleg Kalashnikov e Oles Buzyna foi especialmente planejado e organizado em Moscou e é fonte de desestabilização interna da Ukraina por um lado, e incitação de sentimentos anti-ukrainianos na sociedade russa".

Putin, ao ser comunicado sobre o assassinato de Buzyna disse que este não é o primeiro assassinato na Ukraina e todos eles, em sua opinião, não são investigados.

Buzyna, no início de março, com escândalo demitiu-se do cargo de editor-chefe do jornal "Today", onde trabalhou desde janeiro. Ele argumentou que renunciou do cargo devido a censura, mas seus colegas disseram que foi devido à incapacidade de encontrar um diálogo comum com eles.

Como sabemos, na quarta-feira, no acesso à sua casa em Kyiv, foi assassinado um ex-membro do Partido das Regiões (Partido do ex-presidente Yanukovych) e um dos principais organizadores dos "titushok"(¹) e Anti-Maidan Oleg Kalashnikov.

1. "Titushke" era uma espécie de guarda do ex-presidente Yanukovych. Constituía-se de elementos criminosos, alugados pelo ex-governo, para emprego de força física, especialmente contra as atividades dos ativistas de oposição e para protestos públicos de rua para: provocações, intimidações, espancamentos e dispersão de manifestações, influência nos processos eleitorais, etc. Foi oficialmente reconhecido o uso de policiais e órgãos de defesa, de gangues criminosas dos "titushke" contra ações democráticas do "Euromaidan".  O nome surgiu em maio de 2013 e deriva do sobrenome de um esportista, Vadym Titushka.

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Pela segunda vez, no dia 17,04,2015, do território ocupado pelos militantes, tentaram retirar, ilegalmente, seis milhões de UAH.

União Européia cria comando para lutar com as mentiras da Rússia.
Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 18.04.2015

Moscou preparou bem a máquina de propaganda, mas UE só agora percebeu isso - euro-deputado Petras Aushtryavichus.


União Européia prepara-se para enfrentar Rússia na guerra da desinformação e esclarecimento da verdade, que é distorcida. Junto ao serviço diplomático europeu cria-se um comando cuja principal função será "correção e verificação de fatos e mitos indispensáveis para informações falsas. "Ainda bem que UE, finalmente começou agir neste sentido, mas as forças da Aliança, em comparação com a Rússia, são muito desiguais" - comentam os especialistas e euro-deputados em Bruxelas.

A composição de especialistas russo-falantes que tentarão desmistificar mitos e mentiras difundidas pela mídia russa - é apenas o primeiro passo de um conjunto de medidas na UE. Esforços serão direcionados na promoção de comunicação sobre política e programas da UE, apoio a meios de comunicação independentes e de sua diversidade. Especialmente realizar-se-á a promoção e incentivo da liberdade de imprensa.

Na primeira linha de resistência a agressiva propaganda russa estará o comando cuja admissão foi anunciada em todas as embaixadas dos Estados-membros da UE em Bruxelas depois da última cimeira da UE, de março.

De acordo com a edição online Euobserver, os candidatos devem conhecer o idioma russo, ter capacidade de análise da informação da UE na mídia russa. Devem ser ex-jornalistas ou colaboradores da imprensa que compreendem as "redes sociais", e a mídia.

O diretor do Centro UR-Rússia Fraser Cameron diz que as forças da UE e Rússia são desiguais. "O panorama da comunicação na UE é muito diferente: são meios livres e particulares, em comparação com a mídia controlada pelo Estado.  É óbvio que não podemos competir com eles. No entanto, nós podemos fornecer algumas fontes aos líderes da UE em Bruxelas e Estados-membros. Eles poderão usá-los para combater a propaganda russa".

De acordo com Cameron, a desinformação russa se torna, cada vez, menos eficaz: "O fluxo de mentiras revela cada vez mais a informações na internet, não na TV. A equipe européia irá promover os valores europeus, os princípios, regras e benefícios que eles podem trazer".

Segundo o euro-deputado Petras Aushtryavichus, a iniciativa é boa, embora um pouco tardia. "Isto será pouco, ações semelhantes devem ser criadas em cada país da UE. A UE poderá ajudar.
Moscou tem um verdadeiro exército de "jornalistas de bolso", ela tem um exército bem treinado. Ela prepara-se para isto de longa data, fez grandes investimentos.

O Estado ajuda a mais de 300 mil famílias deslocadas
Tyzhden.ua (Semana Ukrainiana), 18.04.2015

Com a meta de proteção social aos migrantes o Serviço Estatal de Emergência da Ukraina coopera com 137 organizações de voluntários.
A assistência financeira do Estado recebe 300 mil famílias do leste de Ukraina, segundo o vice-chefe do Serviço Estatal Mykola Chechotkin. "Para resolver as questões de proteção social dos migrantes, nós trabalhamos com as organizações voluntárias e organizações comunitárias em todas as regiões da Ukraina. Juntos entregamos ajuda voluntária, produtos de primeira necessidade, de higiene pessoal, medicamentos, roupas, alimentos. Os voluntários, com as equipes de resgate procuram por parentes, efetuam registros, prestam assistência jurídica e psicológica.
Temos 892 habitações para os deslocados, mas a procura pela habitação continua, portanto o alojamento é temporário."

Segundo Chechotkin já foram registrados 829.188 migrantes internos (Os que possuem alguns meios procuram alugar moradias, alguns procuram pelos parentes ou mesmo conhecidos - OK)

Segundo o presidente da administração civil-militar de Donetsk, mais de um milhão de pessoas não consegue sair da região ocupada de Donetsk.

Tradução: O. Kowaltschuk

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