terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Melnychuk assumiu o "crime" atribuído a Savchenko
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 10.02.2015

O ex-chefe do batalhão "Aydar" Sergei Melnychuk declarou que era ele que dirigia o fogo da artilharia, o qual Rússia tenta atribuir a a Nadia Savchenko.
Esta declaração ele fez numa entrevista a BBC Ukraina.

Nadia Savchenko no tribunal em 10 de fevereiro de 2015.
Mãe de Nadia Savchenko no tribunal em 10 de fevereiro de 2015
Nadia Savchenko no tribunal, em 10 de fevereiro de 2015
Sim, eu estava na vanguarda, os combatentes que tomaram parte na batalha, confirmarão - eu estava na frente dos veículos blindados," - disse Melnychuk.

Segundo suas palavras, os jornalistas russos foram vítimas casuais, e sobre eles ninguém fez pontaria.
Melnychuk disse que o batalhão "Aydar" avançava sobre Luhansk, justamente para livrar Savchenko e soldados ukrainianos que vinham para auxiliar o batalhão, mas se perderam e entraram em Luhansk.

"Nadia, em seguida, chamou-me: "Estamos no prédio 53, resgatem-nós", - disse Melnychuk

"Quando lá entraram nossos veículos blindados, os combatentes pró-Rússia os exterminaram, e depois chamaram os jornalistas para fotografar o resultado. Eles não esperavam que nós viríamos de uma distância de 12 quilômetros, libertar os nossos", - explicou ele.

Savchenko foi levada para Moscou pelos separatistas, e entregue ao serviço secreto russo. Ela está sendo acusada de dirigir a artilharia ukrainiana que, supostamente, conduzia "fogo certeiro" sobre os jornalistas.
Nas últimas eleições parlamentares, Savchenko foi lançada candidata a deputada (já aprisionada) e foi eleita. Ela também é delegado da Ukraina a PACE, a qual exige da Rússia sua libertação.
Ela está em greve de fome já por 60 dias.

Radio Svoboda (Rádio Liberdade), 10.02.2015

Tribunal de Moscou prolongou a detenção de Savchenko.
A prisão da piloto e deputado da Ukraina foi prolongada até 13 de maio.
Um dos advogados, Mykola Polozov, disse que a defesa vai apelar contra a extensão de sua prisão.
Como comunica o correspondente da Rádio Liberdade, Savchenko se queixou de que o tribunal não lhe deu água, apesar do fato de que ela está em greve de fome. Além disso, ela declarou sobre a atitude indigna da escolta em relação a ela e sua mãe.

Na sessão da corte Savchenko novamente rejeitou todas as acusações e disse que vai continuar a greve de fome, que ela já pratica a 60 dias. 
Ao entrar na sala do tribunal escoltada por guardas armados, com um cão, ela exclamou "Glória a Ukraina."
Um dos advogados, Ilya Novikov, pediu para dispensá-la da custódia. "Ela não está em condições de viver mais três meses, neste estado. "
Segundo a defesa, ela não pode ser cúmplice nas mortes dos jornalistas, já que caiu prisioneira antes de suas mortes. 


De acordo com os advogados, no final de janeiro, os investigadores relataram que contra Savchenko abriram novo processo criminal - de travessia ilegal da fronteira.

Tradução: O. Kowaltschuk

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