terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Documento secreto: Putin planejava começar o desmembramento da Ukraina, em Kharkiv.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 24.02.2015

A redação da russa "Novaya Gazeta" (Nova Gazeta) publicou o conteúdo do documento do cenário de Kremlin em relação aos acontecimentos na Ukraina.

O documento contém um plano de desmembramento da Ukraina. Seu texto está no site da "Novaya Gazeta".

Como indica "Novaya Gazeta, em geral, um alto grau de coincidência deste projeto com as ações posteriores do governo russo é evidente, embora o curso real do drama ukrainiano fez alguns ajustes.
Particularmente, planejando a guerra na Ukraina, a comitiva de Putin esperava iniciar o desenvolvimento da Ukraina da Criméia e da região de Kharkiv, e não de Donetsk - considerando "as estreitas conexões de negócios e relações da elite empresarial local, liderada por Rinat Akhmetov, com grande número de representantes da aliança oligárquica oposicionista".

Em sua preparação, provavelmente, poderia participar o "empresário ortodoxo Constantim Malofyeyev, e o documento foi apresentado a Putin entre 4 e 12 de fevereiro de 2014 - anterior a fuga de Yanukovych.
"Primeiro, o regime de Yanukovych definitivamente faliu. Seu apoio político, diplomático, financeiro e informativo pela FR já não tinha nenhum sentido", - diz o documento.
Os autores enfatizam que Rússia, de modo algum, deve limitar sua política na Ukraina, mas apenas com tentativas deve influenciar a desagregação política de Kyiv.

"A Constituição da Ukraina, em qualquer caso, é incapaz de tornar-se um mecanismo, pelo qual, legitimamente, poder-se-ia tornar um instrumento que realizaria a integração dos territórios orientais e a Criméia ao âmbito do estado-jurídico da Federação Russa", diz o documento. Também lá é indicado, que "Rússia deve conseguir acordos sobre contratos transfronteiriços  e transfronteiriça cooperação, e depois estabelecer relações contratuais diretas com aqueles territórios ukrainianos, "onde há preferências pró-eleitorais persistentes."

Entre estas zonas, de acordo com o documento, não há a região de Donetsk. "Em primeiro lugar - com a República da Criméia, Kharkiv, Luhansk, Zaporizhia, Mykolaiv, Dnipropetrovsk e, em medida menor - Kherson e Odessa. (Desta lista, intencionalmente não fazem parte as regiões de Sumy e Donetsk. A primeira - considerando a muito alta influência nela do partido "Pátria" (de Yulia Tymoshenko), e Donetsk - em consequência de estreitos laços da elite empresarial local, liderada por Akhmetov, com grande número de representantes da oposição oligárquica, que possuem aqui seus vastos interesses econômicos.

Em seguida publicamos um trecho do documento.
"É razoável a consecutiva apresentação de três slogans, que surgem um do outro:
- A exigência da "federalização" (ou mesmo confederalização) como garantia para essas regiões de interferência de forças nacionais pró-Ocidente, em seus assuntos internos;
- Independentemente de Kyiv a entrada das regiões do leste e sudeste a nível regional para a União Aduaneira, que garantirá as condições indispensáveis para o trabalho normal  e desenvolvimento industrial;
- A soberania direta seguida da adesão à Rússia, como o único garante de um desenvolvimento econômico sustentável e estabilidade social.

É indispensável preparar as condições para realização na Criméia e Kharkiv (e depois em outras regiões) dos referendos que coloquem a autodeterminação e posterior adesão à Federação Russa.

Lembramos, Constantim Malofyeyev entrou na lista de sanções da União Européia. Na Ukraina contra Malofyeyev foi instituído processo penal, ele é suspeito no financiamento dos militantes. 

No Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ukraina propõem à FR um plano de Confederação do Estado da Rússia.

Tradução: O. Kowaltschuk

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