quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Putin está, novamente, pronto ao ataque?
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 06.11.2014
Ivan Farion

Após as eleições ilegais no Donbass a ameaça de uma nova invasão russa na Ukraina aumentou significativamente.


No domingo passado, nos territórios ocupados do ukrainiano Donbass os fantoches do Kremlin tentaram legitimar o seu poder temporal na região. Em face de dois líderes de grupos terroristas, Zakharchenko e Plotnytskyi, foram eleitos os líderes das "repúblicas populares", além de - centena e meia de deputados de Donetsk e Luhansk dos "parlamentos populares". Na Ukraina e na maioria dos países do mundo não reconhecem esta "expressão popular" destes "quasipaíses", e denominarom-na farsa, contrária aos acordos de paz de Minsk. ONU caracterizou esta ação como "contraproducente". Apenas a Rússia, previsivelmente declarou, que "com respeito" coloca-se diante do pensamento da população do sudeste da Ukraina, e aconselhou Bruxelas e Kyiv considerar esta escolha, iniciar diálogo com a "liderança legítima da "DNR" e "FSC". E, no dia de sua "inauguração" Kremlin, já abertamente, enviou ao Donbass novas colunas de seus soldados, armas e equipamentos militares (parte dela foi enviado pelo "Comboio Humanitário"). Próximo à fronteira ukrainiana os russos colocaram complexos de mísseis "Iskander", e para um alto nível de prontidão trouxeram tropas de exércitos fronteiriços do FSB da Rússia.

Próximo a Donetsk calmamente deslocam-se forças estrangeiras de defesa aérea S-300. Através da fronteira, em pleno andamento, desafiadoramente, atravessa artilharia de cano, repintados veículos blindados, ótico-eletrônicos aprovisionamentos de inteligência, aviões de reconhecimento. Intimação para mobilização receberam mais de 30 mil moradores da "Novarússia". De acordo com o especialista miliar D. Tymchuk, no Donbass conclui-se o completamento do exército russo-terrorista. Bandidos com insígnias da "DNR" e "FSC" declaram suas pretensões já para Kharkiv, Dnipropetrovsk, Zaporizhizhia. Dizem que Kyiv é pouco para eles, que não são contra tomar Lviv... A ameaça de guerra em grande escala, a qual, parecia, afastaram os acordos pacíficos de Minsk, de fantasiosa adquire concretas formas específicas. Nos comentários de especialistas e jornalistas ocidentais, cada vez mais ressoa a palavra "guerra". Alguns acreditam que o Kremlin irá iniciá-la ainda antes do inverno...

Putin precisa de guerra para, todos os problemas que hoje Rússia enfrenta (economia desmorona, petróleo barateia, rublo cai), atribuir a ela, diz o político russo, de oposição, Boris Nemtsov. Ainda mais triste perspectiva dos territórios ocupados retrata o jornalista militar Arkady Babchenko, que cobria os combates em muitos pontos quentes do mundo, e agora é uma testemunha ocular dos acontecimentos no Donbass. "Nenhuma Transnistria no Donbas não haverá, - escreve ele. - Nem Transnistria, nem Abkhazia, nem Kosovo. Estas estruturas têm, pelo menos, alguns sinais mínimos de Estado. No Donbass não há nada. Lá, forma-se a Chechênia de padrão do ano 1.998. Nós veremos tudo: anarquia, grupos isolados lutando entre si, banditismo,sequestro, reféns, torturas, ataques armados de surpresa, tiroteios, explosões de postos de controle, sequestros, prisioneiros, etc... De acordo com Babchenko, o principal da Ukraina hoje - não é política, não é economia, mas a preservação do Estado como tal. Segundo o pensamento do blogueiro, agora nosso país necessita uma maciça mobilização, transferência de sua economia para atividades militares, preparação de um exército bem armado. Não há nenhuma outra opção. Quaisquer atrasos são perigosos, pode resultar em perdas enormes. 

Parece, que o novo perigo militar, que paira sobre Ukraina após as pseudo eleições no Donbass é completamente consciente em Kyiv. À reunião do Conselho de Segurança sobre o plano de ações contrárias, em caso de agressão externa, foram dedicadas quase cinco horas. Nesta, especialmente consideraram o cenário "mais pessimista" do desenvolvimento dos acontecimentos. O principal comandante Petro Poroshenko deu instruções adequadas para reforçar a nossa defesa. Segundo palavras do presidente já foram formadas novas unidades e uniões, que permitirão bloquear possíveis ofensivas inimigas na direção de Mariupol - Berdyansk, Kharkiv, região norte de Luhansk, Dnipropetrovsk. O presidente avisou sobre a execução do plano de construção das fortificações da primeira, segunda e terceira linha de defesa. Sobre o fato que nossas Forças Armadas efetivamente são reabastecidas com os recentes equipamentos de inteligência e equipamentos ofensivos, sistemas de manejo de fogo... Segundo suas palavras, depois das eleições não reconhecidas na "DNR" "FSC" Ukraina reforçará o bloqueio desses territórios - "para evitar a propagação de tumores cancerígenos".  Não se trata apenas de reforço de controle militar para evitar a penetração em outras regiões de grupos subversivos, mas também sobre sanções econômicas quanto a áreas controladas pelos separatistas. Na quarta-feira, na reunião, o primeiro-ministro Arsenii Yatseniuk declarou, que Ukraina cessa subsidiar, do orçamento central, os territórios ocupados por militantes (trata-se de aproximadamente 34 bilhões de hryvnias (UAH) - porque isto será apoio direto ao terrorismo russo.

Na reunião do Conselho de Segurança foi aceita a decisão, para aumento significativo de gastos militares. O financiamento de programas de defesa será prioritário , não menor de 3% do produto interno bruto por ano (hoje é 1,2%). O governo deverá desenvolver medidas para expandir a produção de bens militares para modernizar o complexo militar - industrial. Durante o próximo mês o Conselho Ministerial deverá apresentar proposições quanto ao "modelo ideal da segurança nacional da Ukraina" inclusive através da celebração de "acordos internacionais multilaterais ou bilaterais para fornecer garantias de segurança eficazes para Ukraina e proteger sua soberania e integridade territorial". Por decisão do Conselho de Segurança, deve ser imediatamente revista a ordem de completar as forças armadas e formação de voluntários. Agora para estes cidadãos serão previstos contratos de curta duração de serviço militar.

Será fortalecida a educação patriótica. Há a incumbência para retomar nas escolas secundárias o ensino básico de treinamento militar. Os especialistas aprovam esta idéia, concomitantemente falam sobre a necessidade de um determinado ciclo - treinamento militar nas escolas, sua continuação nas faculdades, criação e preparação do "exército de reservistas" conforme a necessidade de defesa territorial...

Dado cínico dos combatentes, ao ignorar os Acordos de Minsk, ao Parlamento será encaminhado o pedido  da revogação da lei, que prevê  regime especial de governo local em certas áreas de Donbass.

Tudo isso são decisões necessárias. Mas elas não são suficientes. Pessoalmente não me abandona o sentimento, de que na sociedade embotou  a compreensão de que, contra nós guerreia um dos países mais fortes do mundo - por isso não temos o direito, nem por um segundo em nada relaxar. Deve haver mobilização das forças e espírito. Bem disse, o mencionado acima jornalista russo Babchenko: "Gopnyky" (ladrões de rua) não entendem linguagem humana. "Gopnyky" não entendem certos papeizinhos e acordos. "Gopnyky" somente entendem a força. Se eles veem, diante de si um fraco - atacam. Eles não atacam somente quando veem um forte. Tornemo-nos fortes!

Serhii Taran , diretor do Instituto Internacional das democracias

Rússia não vai parar. Ela continua aquilo, que começou. A chamada "Novarússia" é usada como base para desestabilizar a situação na Ukraina. Exatamente por isso apossou-se desta área, para qualquer 
outra coisa ela não lhe é necessária. Donbass - região desvantajosa, que sempre precisa de subsídios. Em termos de sanções internacionais, ele é muito caro para o orçamento russo.

Da "DNR" e "FSC" constantemente virão ameaças. Nós não nos livraremos dessas ameaças,
enquanto não modernizarmos o país, não criarmos forças armadas bem equipadas. Melhor ainda - unir-nos com a comunidade internacional com sanções contra Rússia. Caso contrário, sua agressividade ela não cessará. Nós não podemos relaxar. Infelizmente nós temos a ilusão que podemos negociar com terroristas. A história testemunha que negociar com terroristas é impossível...

Andrii Okara, cientista político (cidade de Moscou)

Se não continuar a ATO no território do Donbass, isto significa que amanhã teremos que lutar já no Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk e Melitopol. O que é pior, segundo eu penso, que a liderança russa psicologicamente superou a tal ponto, o não retorno, que está pronta para a Guerra Mundial...

Já quanto aos benefícios sociais de Donbass. Eu, humanamente não entendo este super humanismo das autoridades ukrainianas e do Estado. Por que Ukraina deve pagar pensões às pessoas que amaldiçoam Ukraina e votam em Zakharchenko? (Eu também não entendo - OK).

Victor Nebozhenko, cientista político (Kyiv)

A atitude de Kyiv deve ser inequívoca: Eleições no Donbass - ilegítimas, seus dirigentes - criminosos, quaisquer pontos de sua localização precisa destruir dentro das ações ATO. As operações militares ninguém cancelou, nós temos o direito  de dispor dos terroristas do mesmo modo, que os israelenses desfazem-se do Hamas.

Rigorosa deve ser a posição da Ukraina quanto aos pagamentos e outros benefícios a "DNR" e "FSC". Hoje estes territórios não são subordinados ao governo ukrainiano, então é indispensável cessar, lá, todas as funções sociais do Estado ukrainiano. Gás e eletricidade deve-se fornecer segundo residual de princípios. Se congelarem Vinnytsia e Zaporizhzhia, então dividir nosso recurso comum com territórios desleais não é necessário. A Ukraina por isto ninguém culpará.

Tradução: O. Kowaltschuk

Um comentário:

  1. Parabéns pelo seu blog! Vou acompanha-lo e divulgá-lo o máximo possível para desmascará o Putin e seu sistema eurasiano duginista. E quando acessei esse blog e o flagelo russo, recebi um aviso que esse blog é falso, é a tentativa de censura do marco petista regulatória da internet.

    ResponderExcluir