quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Notícias da Ukraina - 4 e 5 de novembro de 2014
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

Rússia implantou complexos de mísseis "Iskander" na faixa fronteiriça da região de Donetsk, e continua a implementação de sua tecnologia no Donbass.
Ao todo foram registrados seis lançadores de complexos de mísseis táticos "Iskander", em frente a região de Donetsk.
Nas regiões russas, opostas a região norte de Luhansk (Ukraina) está a composição especial de tropas de fronteira do FSB (Serviço Federal de Segurança) da FR, convertido para um alto nível de prontidão de combate, versão de serviço - reforçado.
Enquanto isso, na região de Alchevsk - Stakhanov - Pervomais'k continuam transladar forças dos exércitos russo-terroristas.
Destacou-se a chegada de veículos blindados da Rússia, da "Brigada Mecanizada "Psyzrak" (comandante - Alex Mozgovey). De Krasnodon vem artilharia de cano. Na faixa Enakieve - Makiivka continua a implementação da Defesa Aérea.
Também destaca-se a vinda à região de Shakhtarsk dos complexos 3-300 (sistema para destruição de aviões). No entanto o trabalho de serviços médicos não foi fixado.
Em Makiivka, as armas e o equipamento militar que vem da Rússia, repintam para assemelhar ao equipamento militar das Forças Armadas da Ukraina - para a cor vede fosco, com as duas listras brancas paralelas, os números apagam-se.
Todas as informações foram publicadas no Facebook, por Dmytro Tymchuk, do grupo "Informação da Resistência".

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Os combatentes ukrainianos ameaçam  enviar para linha da frente os que votaram pelas leis de 16 de janeiro de 2014.(¹)
Uma das primeiras tarefas dos comandantes dos batalhões, que entram no Parlamento é criar uma associação interpartidária e não permitir o juramento dos deputados que votaram a favor das leis de 16 de janeiro. 
Sobre isto, numa conferência de imprensa, anunciaram os líderes dos batalhões "Dnieper-1" e os Pacificadores "Yurii Bereza e Andrii Teteruk", e também o comandante do batalhão da Guarda Nacional "Donbass" Semen Semenchenko.
"Nós devemos não permitir-lhe nem a possibilidade de fazer o juramento",- disse Bereza.
Bereza acredita, que os antigos regionais (que votaram as leis de 16 de janeiro) podem expiar sua culpa, passando pelo menos 30 dias lutando, na linha de frente, na zona de operações anti-terroristas.
E, como um dos primeiros e indispensáveis passos no Parlamento, os combatentes vêem a criação do Exército Nacional Ukrainiano; Polícia Nacional ukrainiana: municipal e geral; criação de exército de reserva segundo princípios de Israel, Suíça e EUA; reconstituição do ciclo nuclear na Ukraina; reconhecimento do estatuto dos participantes do ATO.

l. "Leis da ditadura" ou "Leis de 16 de janeiro." - Pacote de leis aprovadas pelo Parlamento na quinta-feira, 16 de janeiro de 2014 e que, apesar de fortes críticas, foram assinadas pelo presidente Yanukovych, no dia 17.01.2014. Estas leis não foram discutidas e tornaram-se disponíveis apenas após sua aprovação. Na opinião da maioria, estas leis restringiam os direitos dos cidadãos, outorgavam aos órgãos do poder estatal mais liberdades nas ações de penalidades aos manifestantes e tinham como objetivo criminalizar a oposição e a sociedade civil.
Esta legislação emprestou normas da legislação russa e, algumas vezes, algumas normas eram até mais cruéis que as homólogas russas.
O Partido das Regiões acentuava na legitimidade das decisões aprovadas e seus efeitos benéficos sobre a então situação da Ukraina.
À aceitação dessas leis houve protestos e muitas pessoas morreram.

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OTAN: "Rússia treina e abastece os separatistas".


O Secretário Geral da OTAN Jens Stoltenberg, durante uma conferência de imprensa, junto a representantes da UE nas questões de Política e Segurança Federica Mogherini, declarou:
"Rússia treina os separatistas, fornece-lhes equipamento militar especial, e algumas tropas continuam no leste da Ukraina".
Ele também disse que a OTAN observa o exército russo que aproxima-se da fronteira com Ukraina. "Nós apelamos à FR para fazer esforços a fim de uma solução pacífica, respeitar a trégua e o Acordo de Minsk". Ele reiterou que OTAN não reconhece as eleições realizadas pelos separatistas. E que as tropas da OTAN, neste ano, mais de 100 vezes interceptaram aviões militares russos  que se imiscuíram no espaço aéreo dos aliados.

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Um grupo de nacionalistas russos em Moscou queimou a bandeira da "Novarússia". Durante uma passeata carregavam uma faixa com slogans em idioma ukrainiano: "Liberdade às nações! Liberdade à pessoa". No final queimaram a bandeira da "Novarússia".


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Yatseniuk, primeiro-ministro ukrainiano: "Assim que for renovado o controle dos territórios de Donetsk e Luhansk, o governo fará todos os pagamentos sociais.


O orçamento central não vai enviar fundos aos territórios de Donetsk e Luhansk que são controlados pelos separatistas. 
No entanto, o governo fornecerá gás e eletricidade para evitar lá uma catástrofe humanitária. Declarou o primeiro-ministro da Ukraina.

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O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ukraina anunciou a eliminação de nove escritórios consulares em diversas partes ao redor do mundo.
"Isto é parte do processo de otimização do uso dos recursos públicos", - explicou o motivo do fechamento dos consulados Yevhen Perebyinis.
Entre as instituições que serão liquidadas, entrou o consulado de Curitiba - Brasil.

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Na rede apareceu um comovente vídeo sobre o aeroporto de Donetsk. O nome do vídeo é: "Ukraina em guerra pela Independência" As fotos são acompanhadas pela música folclórica ukrainiana na execução de Sviatoslav Vakarchenko


Resumo e tradução: O. Kowaltschuk

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