segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Principais notícias dos dias 2 e 3 de novembro
Vysokyi Zamok (Castelo Alto)

Petro Poroshenko: "Ukraina e o mundo não reconhecerão esta farsa". Esta é a opinião que o Presidente expressou no Twitter.


Ele explicou que as pseudo-eleições nas áreas de Donetsk e Luhansk não tem nada em comum com a vontade do povo e violam os acordos de Minsk.
Em Mariupol houve uma ação popular contra as "eleições" nas "Repúblicas" "DNR" e "FSC".


Terroristas no Donbass, a cada dia "ganham" cerca de dois milhões de euros".
O SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) interceptou conversas regulares dos terroristas. Os terroristas chechenos em Shakhtarsk e Torez saqueiam nos postos e controle.


Mulheres prisioneiras, evacuadas de Luhansk, costuram roupas para militares ukrainianos. São 171 mulheres que cumpriam suas penas em Luhansk e foram transferidas para Kharkiv, para Colônia Kachanivska. (Estão alimentadas e protegidas. Muito melhor que a população que teve suas casas destruídas, vive em porões e precisa providenciar sua alimentação durante os bombardeios - OK)


Brock, Presidente da Comissão do Parlamento Europeu dos Assuntos do Exterior, segundo notícia Tass: Europa não reconhecerá estas pseudo eleições da "DNR" e "FSC" (realizaram-se ontem, dia 2 de novembro): A União Européia não reconhecerá porque estas eleições realizam-se com violação da legislação ukrainiana, portanto, são ilegítimas. Além disso, esta eleição é antítese do espírito e da letra do Protocolo de Minsk e visa minar o processo de paz no Donbass". Ele apelou à Rússia para usar sua influência e, de acordo com as leis da Ukraina, pavimentar o caminho para as eleições locais o que contribuiria  para a implementação do Protocolo de Minsk.

O Departamento de Estado dos EUA já declarou que Washington não reconhecerá estas eleições.

Lavrov, Ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que as eleições serão importantes para legitimar o poder, que é uma das áreas mais importantes dos Acordos de Minsk e que, certamente, reconhecerão os resultados, e que ninguém tentará sabotá-las.

John Kerry, secretário de Estado dos EUA: "Ukraina não tem que seguir pelo caminho que Putin inventou para ela". E, apesar das sanções econômicas e queda nos preços do petróleo, Rússia continua pressionar Ukraina. 
Mas os EUA não vão enfraquecer sua posição e exigem a plena realização dos acordos de Minsk. Ele ressalta que as restrições econômicas do Ocidente agem negativamente sobre Rússia: o rublo está em seu nível mais baixo em relação ao euro desde 1999 quando ele foi criado; Rússia gastou bilhões de dólares para apoiar o rublo; caem os preços do petróleo... há um profundo impacto na economia russa; seu PIB perde constantemente...
O presidente Putin deve decidir se ele quer respeitar os direitos soberanos da Ukraina, tomar essa decisão para si mesmo e trabalhar conosco de forma construtiva, e não violar as normas de conduta que nos orientam desde a II Grande Guerra".

"As eleições da "DNR" e "FSC" realizaram-se e Kyiv deve reconhecê-las", declarou o vice-presidente do Comitê da Duma para as questões de associações públicas e organizações religiosas Mikhail Markelov
(Partido "Rússia Unida"). Ele diz que Kyiv é obrigado a aceitar os resultados porque houve inúmeras violações fixadas nas eleições de 26 de outubro. Então não pode haver reclamações. E, também conta com uma avaliação objetiva por parte dos europeus, e que exatamente agora se decide, no Donbass, a questão de guerra e paz". O russo está convencido que a legitimação da liderança no Donbass levará a relações qualitativas com a Rússia, inclusive em termos de cooperação econômica e assistência tão necessária à "Novarússia" 

O Serviço de Segurança e o Ministério do Interior da Ukraina qualificam todos os acontecimentos de 2 de novembro, nos territórios temporariamente ocupados, Donetsk e Luhansk, como crimes em grande escala, contra cidadãos da Ukraina, e documentam fatos de terror em massa, intimidação, chantagem, suborno, trabalho forçado e sequestro.
Em processos criminais abertos foram documentados crimes, como bombardeios de moradores pacíficos que não cessam (cidade de Mariupol), pressão cínica armada com artilharia sobre cidadãos cidade de Snizhne), suborno e chantagem (cidade Donetsk), - declararam no SBU.
"Acontece uma coerção cínica e engodo de cidadãos às "ratoeiras", diferente você não nomeará os locais das pseudo-eleições. Lá as pessoas propõem produtos alimentícios por um preço ínfimo: frutas e verduras trazidas pela FR no chamado "Comboio Humanitário" (Ontem, dia primeiro, chegou o 5º Comboio russo à Ukraina. Já voltou para Rússia. Pelo jeito veio trazer apenas gêneros alimentícios para "comprar" a população que sofre com a guerra. Por míseros quilogramas de comida compram a liberdade da pessoa - OK). O que constitui um crime organizado, farsa cínica, para montar um banco de dados das pessoas e classificá-las de acordo com as necessidades da "DNR" e "FSC", - diz o comunicado do SBU.
De acordo com o relatório, os cidadãos em idade militar "são vistos pelos combatentes e seus patrões moscovitas como bucha de canhão para lutar contra Ukraina e como complemento das Forças Armadas Russas. Sobre isto testemunham as notificações de recrutamento (Muitos se omitiram e não quiseram entrar na luta contra Rússia. Ukraina não os obrigou. Agora não escaparão, e terão que lutar contra seu próprio povo - OK).
Os cidadãos mais idosos, que foram amedrontados e obrigados a comparecer sob as miras dos automáticos, subornam com a entrega barata,(única) de produtos alimentícios, música comunista e slogans que se ouvem dos alto-falantes das "ratoeiras". Os homens de meia-idade, saudáveis, serão aproveitados nos trabalhos forçados - cavar trincheiras e construir fortificações", - dizem no SBU.
Tudo isto acontece sob a cobertura dos pseudo-observadores internacionais, que serão declarados como personas non gratas na Ukraina. Suas atividades nós tratamos como apoio aos combatentes terroristas. Eles se tornaram sócios de bandidos.
Entre os observadores, registrados no leste da Ukraina, há representantes da Sérvia, República Tcheca, França, EUA, Grécia, Abkhazia, Ossétia do Sul e Rússia. Segundo seus relatos, a votação se caracteriza por altas taxas de comparecimento e passa sem irregularidades significativas.

Terroristas nas "eleições" distribuem intimações ao exército russo.
"De acordo com os serviços de informação, o que fica evidenciado nas intimações que se propõem a sua atenção, hoje, nas eleições às chamadas "DNR" e "FSC" Rússia aproveitou para complementar as suas próprias unidades das Forças Armadas" (!) - escreveu Markiyan Lubkyvskyy, assessor do Presidente do Serviço de Segurança da Ukraina.
De acordo com o SBU, foram preparadas e entregues aos militantes mais de 30 mil intimações que são entregues a pessoas em idade militar.
As intimações com o emblema "Ministério da Defesa da "DNR", datadas de 31.10.2014 estabelece que o receptor, na base das leis da FR "Sobre Defesa" e "Sobre obrigação militar e serviço militar" deve comparecer na sede responsável pela ordem de Donetsk dia 5 de novembro, das 10 às 13 horas, com passaporte (carteira de identidade) e cartão militar.
"Pela recusa de comparecimento aos pontos de recrutamento, os jovens serão punidos de acordo com a legislação russa (!)", - disse Lubkyvskyy.

Intimação
Alemanha advertiu Rússia em relação ao apoio aos separatistas após pseudo-eleições.
"Espero, que Rússia, além das declarações oficias, não fará nada, a fim de utilizar os resultados das eleições como desculpa para encorajar os separatistas de fato continuar seu caminho para a independência", - disse o Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.
A posição da Rússia ferre o processo de distensão, disse o ministro. 
"Nós vamos julgar a Rússia pelas declarações que o Presidente russo reiterou em Milão - que ele apoia a unidade da Ukraina e que Rússia não questiona esta unidade" - continuou o diplomata alemão.
Os acordos de Minsk alcançados no início de setembro, ainda é o fio condutor para futuros desenvolvimentos, disse Steinmeier. A eleição organizada pelos separatistas viola esses acordos, "porque não podemos reconhecer essas eleições", concluiu o ministro da Alemanha.
(A posição de alguns (ou será de todos ?) políticos europeus é deveras estranha. Está provado que os separatistas violam o Acordo de Minsk todos os dias, matando militares ukrainianos, segundo notícias dos jornais. Esta eleição tem finalidade certa, ou seria apenas uma distração? Rússia diz uma coisa mas faz apenas o que considera útil para ela, e pouco se importa como que diz ou pensa Europa, - OK).

Conselho de Segurança Nacional: "As tropas russas já estão em Luhansk e Donetsk - sem máscaras.


"Rússia introduz, intensamente, seus exércitos, no território controlado pelos rebeldes", declarou em uma entrevista, na segunda-feira, Andrii Lysenko, o porta-voz do centro de informação do Conselho de Segurança. "Não cessa o intensivo deslocamento do equipamento militar e forças vivas do território da FR ao território temporariamente controlado pelos combatentes. A presença de tropas russas já não se disfarça."
Já temos a comprovação, que os exércitos russos estão em Donetsk e Luhansk", acrescentou ele.
No entanto, durante o último dia ocorreram voos de 3 aviões Su-24, de reconhecimento das Forças Armadas russas sobre o Mar Azov e Estreito de Kerch, também o avião Il-20 para realizar vigilância eletrônica sobre o Mar Negro e próximo da Snake Island", - disse o porta voz.
OTAN: "preocupante e perigosa" atividade militar russa na Ukraina.
Na sede acreditam que Rússia mantém o potencial de desestabilização na Ukraina aproveitando "tanto forças que estão dentro da Ukraina, como milhares de forças muito capacitadas, estacionadas próximo da Ukraina, que em caso de uma ordem podem ser implantadas rapidamente.
A UE também está consciente sobre a atividade da Rússia e lá eles observam o desenvolvimento da situação. Sobre isto relatou a representante da Comissão Européia Maya Kosyanchuch.

Resumo e tradução: O. Kowaltschuk

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