sábado, 29 de novembro de 2014

Notícias ukrainianas - 25 e 26 de novembro
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 29.11.2014

Presidente da França François Hollande oficialmente suspendeu a entrega do primeiro navio "Mistral" para Rússia, devido a atual situação no leste da Ukraina

O Presidente da República considera que a atual situação no leste da Ukraina, como anteriormente, não permite transferência à Rússia do primeiro "Mistral", - diz o comunicado do Palácio Eliseu, no dia 25 de novembro.
Segundo contrato de vários anos atrás, a entrega deveria ser realizada no dia 14 de novembro, do primeiro navio.
O contrato, assinado em junho de 2011 previa a construção pela França de dois navios militares para helicópteros.
Rússia ameaça com justiça e pagamento de indenização.

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Ministério do Exterior: "Rússia continua fornecer armas pesadas aos terroristas. Somente entre 17 - 23 de novembro foram registradas duas colunas de tecnologia: uma para Shchastia - com 6 veículos, e outra para Stanychno-Luhansk - com 16 veículos.
Além da técnica, para Vuhlehirsk veio um destacamento de 500 combatentes e mais 300 fuzileiros das Forças Armadas para Novoazovsk, Samsonov, Bezimenne e Shyrokine.
Continua a acumulação de armas pesadas e tropas nas regiões fronteiriças com Ukraina. Continua a rotação das Forças Armadas da FR na refião de Rostov. No dia 23 foi vista uma coluna de 10 tanques, através da cidade de Shakhtarsk em direção à cidade de Donetsk. 
Diariamente verificam-se tiroteios nas regiões ocupadas. Diariamente morrem 2 - 3 pessoas, combatentes ukrainianos ou moradores atingidos.

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Juízes que proibiam Maidan, entram com recurso contra lustração. (Lustração é afastamento dos corruptos, funcionários inclinados contra o Estado Ukraina em geral).

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Os terroristas querem trocar prisioneiros por comida.
"Grupos terroristas querem trocar prisioneiros ukrainianos por comida." 
Lembramos, nos territórios ocupados pelos terroristas e mercenários russos cresce situação catastrófica - falta água, produtos, objetos. 
Segundo ATO, os frequentes comboios "humanitários" da FR trazem unicamente armas e combustível aos mercenários.
Em muitas cidades os moradores locais organizam ações de protesto e "motins famintos." 
Em Antratsyt os "kazaques" disseram aos moradores locais: "Enquanto os cães correm pelas aldeias - vocês ainda não têm fome.

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Vasilieva (defensora russa, dos direitos humanos): Os bandidos de Kaderovski raptam ukrainianos e levam para escravidão na Chêchenia.
Nomes de ukrainianos que, por inexplicáveis motivos como Nadia Savchenko, foram levados para Rússia, publicou no seu site a defensora russa, fundadora do grupo "Carga 200 da Ukraina para Rússia", Elena Vasilieva.
No Facebook ela escreveu:
"Incompreensíveis permanecem as pretensões, como a Savchenko, também os abaixo relacionados, - destacou ela: Se Rússia apeendeu militares - isto significa, que durante no mínimo três meses há guerra com Ukraina, e no território ukrainiano, o que não corresponde às declarações oficiais do principal comando de Putin: "Rússia não atacou Ukraina". Se as pessoas foram retiradas contra sua vontade, e elas são mantidas na prisão - então o dirigente do Comitê Investigativo Vladimir Putin ocupa-se com sequestro de pessoas", - escreve a defensora e publica a lista dos ukrainianos desaparecidos.
01. - Oleh V. Chuzh, 31.05.1988
02 - Oleksandr Ishchuk, 16.10.1987
03 - Sergey Shepetko
04 - Aleksandr Korostinskiy
05 - Roman Kozarenko
06 - Yuri V. Makarchuk
07 - Sergey Tymoshchuk
08 - Sergei Solovyov
09 - A. Revenchuk
10 - Alexey Baska, 1974
11 - I. Volyanovskiy
12 - Vladimir Vulkovskyy de 1983
13 - P. Kimot
14 - K. Yarush
15 - I. Nazarenko
16 - A. Maruhnyak
17 - G. Chip
18 - M. Timchuk
19 - Eugene O. Solodovnyk, 15.07.1991
20 - M. Tsybin
21 - Sergei Miroshnichenko, 15.06.1993
22 - Maxim Baranov, 30.07.1992
23 - Mihanko A.
24 - Sergey V. Dem'yanyk, 26.03.1988
25 - A. Moiseenko
26 - Yakumenko
27 - Galich
28 - Kurin (precisão questionável de nomes gravados)
29 - Alexandr Shkurko
Vasilieva acrescentou que existem listas de ukrainianos levados para escravidão na Chêchenia, pelas pessoas de Ramzan.
"Se Rússia dava assistência à fraternal Ukraina dando tratamento médico às pessoas - então por que estas pessoas não voltam? Nomes completos dos prisioneiros significam que nós já contactamos suas famílias. Famílias dos outros procuramos. Chamo a atenção de ativistas de direitos humanos russos e autoridades de supervisão, que as pessoas não estão apenas na prisão, mas também em calabouços. ´
É necessário verificar todas as cidades da Rússia", - pensa Vasilyeva.
(Vasilyeva é defensora russa, vive na Rússia. Ou ela não sabe tudo, e nem poderia saber, ou sabe até mais do que diz. Mas é compreensível, ela não poder dizer tudo o que sabe. Estas declarações da Vasilyeva dão uma pista para onde sumiram muitos combatentes ukrainianos, que são dados como "desapareceram sem notícia". Somente em Ilovaisk, foram capturados 170, parte foi entregue na troca de prisioneiros. Ilovaisk foi a maior tragédia ukrainiana. - OK).

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Onze amigos de Putin
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 26.11.2014
Vladislav Polchyn

Apesar da agressão russa contra Ukraina, na Europa há suficientes políticos, amigos do líder russo. Geralmente são da extrema direita, que frequentemente, com palavras, condenam Kremlin


Alguns políticos europeus apoiam abertamente o presidente russo. Putin jogou seus caniços em quase todos os tanques - entre seus companheiros de armas altos funcionários, líderes de extrema-direita, de partidos neo-fascistas, ex-presidentes de grandes países europeus...
Parte deles foram observadores do quasireferendo na Criméia, alguém abertamente destaca ou elogia o agressor russo na arena internacional...

Peixe graúdo: presidentes, primeiros-ministros, chanceleres.
Pela amizade de ex-chanceler da Alemanha Gerhard Schröeder com Putin o presidente da Comissão e dos Assuntos Externos do Congresso dos EUA Tom Lantos chamou Schröeder de "prostituta política!. Depois de trabalhar como chanceler Schröeder recebeu do Kremlin "salário" - cargo no russo "Gazprom". Este ano Schröeder depois que "Big Seven" denominou o "referendo" na Criméia ilegal, simplesmente criticou a política do Ocidente em questões ukrainianas, traçando paralelos com a separação de Kosovo da Sérvia.

Não menos amigo de Putin é o italiano Silvio Berlusconi - no passado três vezes primeiro-ministro da Itália, chefe do partido de centro-direita. Berlusconi chama Putin "querido Amigo" e teimosamente canta para ele exagerados elogios. "Eu tenho relações fraternas com Putin, - dizia Berlusconi durante uma entrevista no final de 2013. - Ele é o melhor político do mundo hoje em dia. Considero que Rússia teve muita sorte, por ter tal líder. Putin tem problemas com a imagem externa o que não corresponde com a essência de sua política". No mês passado, Putin visitou seu velho amigo nos arredores de Milão...

Presidente checo Milos Zeman - outro "peixe-graúdo. Este político denomina a agressão russa.."guerra civil na Ukraina", condena sanções da UE quanto ao Kremlin, e o Maidan considera "guarida de banderivtsi" (palavra derivada de Bandera, o mesmo que foi líder do exército insurgente ukrainiano, e lutou contra o domínio russo antes da II Guera Mundial - OK). A imprensa tcheca informava que Zenan tinha preferencias nos negócios relacionados com Putin. Recentemente, em entrevista ao russo "Primeiro Canal" Zenan disse, que não via senso em ajuda econômica do ocidente à Ukraina... 70%  dos tchecos não apoiam as posições de Zenan  de Putin em relação à Ukraina. Durante as comemorações do 25º aniversário da Revolução Veludo em Praga (17 de novembro) em Zenan lançaram ovos - pelas suas declarações pró-Putin e o convite a Putin para visitar Praga.

Com "perspicácia" destacou-se o ex-presidente tcheco Vaclav Klaus - durante a guerra russo-georgiana de 2008, ele não condenou a agressão da FR. Agora, durante a guerra na Ukraina, Klaus continua dizendo, que Maidan - ação planejada dos Estados Unidos.

Entre os fãs de Putin também está o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban. Este político se recusa a acreditar na utilidade das sanções ocidentais contra a FR, considera Putin um ídolo, e o modelo político russo - exemplar. Pelas''espertezas" em casa Orban já se expôs a protestos em massa do povo húngaro.

Amigo próximo de Putin é também o vice-presidente do Partido Democrático da Sérvia Nenad Popovic. Além dos negócios de Popovic na Rússia, os políticos praticam "amizade de partidos". Os "democratas sérvios são aliados da "Rússia Unida" de Putin. 

Entre os maiores apoiadores de Putin revelou-se a extrema direita de diversos países da UE. Como escrevem os meios de comunicação ocidentais, parte deles - Kremlin pôde comprar, a outra parte é próxima a política autoritária de Putin e sua agressiva política externa.

Grande fã de Putin na Europa é a líder do partido da extrema-direita francesa "Frente Nacional" Marin Le Pen. Ela tem sido constantemente acusada de anti-semitismo e racismo. Em uma entrevista à revista alemã Der Spiegel Le Pen disse que UE é "URSS européia", e expressou o desejo, da França deixar UE. Le Pen declarou que "Putin desperta nela o entusiasmo", e ela "apela para a federalização da Ukraina". No pseudo referendum na Criméia houve um assessor especial da Le Pen, Emerik Shopard, conhecido crítico do futuro da Ukraina.
E, recentemente, o partido da Le Pen reconheceu, que recebeu da Rússia 9 milhões de euros para realização da campanha eleitoral. O crédito do "First Checo-Russo Banco" publicaram em setembro. Este banco é controlado pelo amigo de Putin - empresário Gennady Timchenko, incluído na relação de sanções dos EUA e UE. O mediador na obtenção do empréstimo tornou-se o deputado da UE do movimento da extrema direita "União azuis-escuros" Jean-Luc Shafhauzer, que no início de novembro viajou às assim chamadas eleições da "DNR" e "FSC". Antes do recebimento do crédito Le Pen encontrou-se com Putin.

Líder do partido nacionalista húngaro "Jobbik" Gábor Vona - também é amigo de Putin e adepto da política externa do Kremlin. Seu partido nos meios de comunicação frequentemente chamam de neonazista e anti-semita.  No quasireferendo  da Crimeia foi observador do "Jobbik"  Bela Kovach. Os membros deste partido vieram também às "eleições" no Donbass - como observadores. Kovach, em seu tempo, apresentava-se pela "Grande Hungria" no Transcarpathia e desde junho lhe foi proibida a entrada na Ukraina. A alguns meses atrás, o Ministério Público da Hungria pediu a Bruxelas privar Kovach do mandato de deputado do Parlamento Europeu, - porque ela é suspeita por espionagem em favor de Moscou.

Os peixes pequenos também se pesca.
A Bulgária também não faltam aliados de Putin. O líder do partido da extrema direita "Attack" Volen Siderov se opõe a UE e OTAN e reconhece fidelidade a Kremlin. Os sentimentos pró-russos "Attack" explicam sua posição anti-ukrainiana. O membro do "Attack" Kiril Kolev  e o líder da búlgara "Ortodoxa Dawn Paul Chernov eram "observadores no pseudo referendo na Criméia.

Amigo nº 11 de Putin na Europa é Mateusz Piskorski, ex-deputado do Sejm polonês e hoje vice-presidente da "Auto-defesa" do odioso Andrzej Lyeppera, que cometeu suicídio... Convidado pela organização supervisora russa CIS EMO, Piskorski era o chefe da missão de observadores internacionais no 'referendo" da Criméia. Piskorski é conhecido como anti-semita, autor de vários artigos no portal "White Light", no jornal "Eu-russo", editor do jornal de skinheads poloneses Odala. Abertamente elogia "raça ariana", Hitler e nazismo...

Tradução: O.Kowaltschuk

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