Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 12.09.2014
Zinoviya Voronovych
Ao orçamento não recolheram 16 bilhões de "hryvnias"
Devido a guerra no Donbass, na Ukraina esqueceram sobre economia. Na primavera, o recém empossado ministro Paulo Sheremeta declarou, que à realização das reformas necessita-se três a seis meses. Passou meio ano. Reformas não aconteceram, e o ministro demitiu-se. Percebeu, que na nossa situação reformas - como cataplasma para morto? Enquanto isso na Ukraina cai tudo: "hryvnia" (UAH), produção, receita. Crescem apenas as dívidas. Afinal, todos os empréstimos são de fora - em moeda estrangeira, e crescem junto com o dólar.
Durante este ano, Ukraina deveria pagar apenas para o FMI 3,663 bilhões de dólares pelos créditos recebidos nos anos anteriores. O orçamento formaram na base de 8,5 hryvnia por dólar. Isto constitui 31,1 bilhões de "hryvnias". Supondo-se que a taxa média deste ano é aproximadamente 12 "hryvnias" por dólar, então ao FMI já precisa pagar 43,9 bilhões de "hryvnias". Ou seja, esta dívida aumentou mais de 12 bilhões de "hryvnias". Mas o FMI não é o único credor nosso...
Enquanto o Tesouro Público informa que, de janeiro a agosto, o orçamento recebeu 266,5 bilhões de "hryvnias",isto é 94,1% dos índices planejados, o déficit neste período foi de 16,8 "hryvnias". Esperar que no outono nós "alcançaremos" os planos, não faz sentido. Pois aumenta a taxa de declínio da produção. A produção industrial em julho caiu 2,2%. E, se comparar com julho do ano passado, foi de 12,1%. Manufatura industrial durante o mês caiu 3,4%, e no ano 12,7%. A maior queda foi na indústria química - 40% no ano. Isso é compreensível, porque várias grandes fábricas, localizadas no Donbass, praticamente pararam de trabalhar. Algumas delas - semi-destruídas. Os militantes, especialmente destroem as instalações industriais para minar a situação econômica, já difícil, na Ukraina.
Diante de tudo isso, é difícil imaginar, como vamos sobreviver os últimos meses do ano. Os funcionários públicos lembram bem, como nos anos anteriores, pacíficos, em outubro - novembro de repente acabava o dinheiro para salários e outras despesas sociais. E, o Tesouro, para juntar dinheiro aos pagamentos sociais, bloqueou fundos próprios das cidades, instituições, etc.
"A situação é, realmente, difícil. Para isto há motivos objetivos - Ukraina, realmente está em estado de guerra. Mas a guerra - não é desculpa para não realização de reformas, - diz o deputado Paulo Rozenko. "A meu ver, o governo, não faz o suficiente para, nas condições de guerra salvar a economia. Aplicam-se apenas certas medidas fiscais para equilibrar o orçamento, não mais. Esperamos, que o novo governo, que será firmado após as eleições (Parlamentares) poderá imbuir-se de coragem e iniciar as reformas. Do contrário, será difícil se manter à tona. Penso, que no final do ano os salários, pensões, bolsas vão pagar e, talvez, em dia. Mas para isto precisarão sacrificar outras despesas. Para cobrir o deficit orçamentário irá parte do empréstimo do FMI. Incluindo o financiamento dos pagamentos sociais. Riscos graves para esfera social, eu não vejo".
Isto é, o dinheiro do Fundo, que custa tão caro para nós, mais uma vez irá para gastos diários. Mas, além de salários e pensões, o orçamento deste ano é sobrecarregado pela guerra. "Os gastos com ATO não foram previstos, porque o próprio ATO ninguém previu. Os fundos retiraram de outros programas. Já cortaram prêmios e subsídios aos funcionários, parte de investimento de programas - diz o especialista em questões sociais Maxim Boroda. - Quanto a desvalorização da "hryvnia", então eu não falaria exclusivamente sobre a influência negativa no orçamento. Pelo contrário, a queda da "hryvnia" contribui para receita. Pois é a ajuda a empresas exportadoras, as quais, como de direito, são grandes pagadoras de impostos. Então, em relação aos valores, a ajuda pode permanecer como antes, enquanto em moeda nacional ela irá aumentar significativamente. Pois os impostos são pagos em moeda local. O imposto indireto sobre combustíveis é calculado em euros. Embora não podemos dizer que os impostos indiretos compõem uma grande parcela da receita. Com o serviço da dívida pública, neste ano, não teremos problemas, porquanto recebemos uma parcela do FMI. E há outras receitas. Problemas podem surgir quando precisaremos reembolsar os fundos que recebemos agora".
8 bilhões de dólares
Foram tantos os investimentos que "fugiram" da Ukraina no primeiro semestre. Isto foi afirmado pelo presidente da Agência Estatal de Investimentos e Gestão de projetos nacionais Sergey Yevtushenko. Esperar pelo ingresso de novos investidores, não é real. Afinal, segundo palavras do primeiro-ministro, nenhum investidor irá para o país, no qual entraram tropas russas.
Resumo de notícias do dia 08.10.2014, segundo "Semana Ukrainiana".
O Ministério dos Assuntos do Exterior da Ukraina exige que Rússia põe termo quanto a utilização ilegal de cinco portos da Crimeia e cancele a decisão do governo russo sobre sua utilização. Eugene Perebeinis, representante do Ministério acrescentou que os portos ukrainianos da Crimeia estão oficialmente fechados desde 15 de julho. Que as ações da Rússia são uma violação da soberania da Ukraina e das obrigações internacionais.
Trata-se dos portos: Eupatoria, Kerch, Sevastopol, Feodosia e Yalta.
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OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa) registrou transporte de carvão da região de Luhansk para Rússia. O fato acontece nos postos de fronteira "Gukovo" e "Donetsk" na região de Rostov. Isto é afirmado no relatório semanal da Missão de Observação da OSCE, na quarta-feira, segundo UNIAN. "Comboios de caminhões transportam carvão de Luhansk para Federação Russa a partir do momento em que a linha férrea da fronteira parou de funcionar", - diz o comunicado (Antes o roubo era pela linha férrea? - OK).
A missão também observou aumento do número de pessoas, usando roupas militares, que cruzam a fronteira em ambas as direções, para Ukraina da Rússia e vice-versa. De 372 pessoas por dia, agora são 555. Entre estas pessoas, muitos se dizem cossacos russos.
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O chefe da Agência Nacional de Serviço Civil Konstantin Vashchenko informou, que Ukraina, hoje, cortou aproximadamente 27 mil funcionários públicos. (Provavelmente havia número superior à necessidade real, o país em guerra não pode manter. Mas, aonde estas pessoas irão buscar seu sustento? - OK).
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Valery Geletey, Ministro da Defesa: atualmente 224 militares ukrainianos encontram-se presos pelos separatistas. O SBU (Serviço de Segurança da Ukraina) trabalha na solução deste problema.
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Do artigo Standard & Poor's: "O risco de estagnação prolongada na Rússia está crescendo". De acordo
com a Agência, as sanções internacionais e sanções em resposta do lado da Rússia têm um impacto negativo na economia da FR, em resultado de um acesso limitado aos mercados financeiros e aumento do custo de financiamento para os mutuários russos, bem como a incerteza das condições de negócios, que afetam negativamente o investimento. Além disso, entre os principais fatores negativos para a economia da FR - uma forte redução na oferta de alimentos causada pela proibição russa, sobre a importação de produtos agrícolas, e a depreciação do rublo, levou ao aumento da inflação e declínio do poder de compra da população.
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Rússia promete defender Putin, Xi Jinping e Castro.
Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov: "Nós nos colocamos de modo extremamente negativo às tentativas de mudar o regime de um país soberano através da implementação de algumas ações de fora. Trata-se de Venezuela, Cuba, Rússia, China, ou qualquer outro país da União Européia", - disse Lavrov (Ukraina pode?! - OK).
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ONU declara deterioração dos direitos humanos na Crimeia.
O número de deslocados da Crimeia para Ukraina aumentou para 17.794 pessoas. Na Crimeia continua a redução de liberdade de expressão, de reuniões pacíficas, violam-se direitos de propriedade e propriedades retiram-se ilegalmente.
Realizam-se buscas, especialmente entre os tártaros e ukrainianos, argumentando que procuram materiais de "conteúdo extremista".
O Escritório de Direitos Humanos insta as autoridades para cessar a pressão, a intimidação e garantir os direitos fundamentais de todos os habitantes da península: liberdade de reunião, de expressão, religião, educação, garantia de direitos econômicos e sociais.
ONU exorta para investigar os casos de assassinatos e desaparecimentos forçados de ativistas da Crimeia.
Na Ukraina, segundo ONU, o número de migrantes internos forçados, em 2 de outubro era de 375.792 pessoas, mesmo com a volta de alguns migrantes para seu local de origem.
Tradução: O. Kowaltschuk
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