segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Os amigos de Putin dividiram-se e começam lutar entre si.
Vyssokyi Zamok (Castelo Alto), 06.10.2014

Os mais próximos ao presidente Vladimir Putin dividiram-se em dois grupos principais e guerreiam entre si.

O primeiro grupo, liderado pelo primeiro-ministro Dmitry Medvedev, está preocupado com o crescente isolamento da Rússia dos sistemas globais econômicos e financeiros. O segundo grupo, liderado por Igor Sechin e outros chefes das empresas estatais e veteranos dos serviços especiais, gostaria de reforçar o controle do Estado sobre a economia. Neste grupo também entram os representantes das forças da FR, inclusive Sergei Ivanov.

As diferenças entre a elite política adquirem força de acordo com a queda da economia russa - rublo e petróleo caíram a um mínimo.

"Eu considero, que o preço "Brent" reduzido a 90 dólares - é o preço mínimo pelo qual a Arábia Saudita pode manter os gastos do governo nos níveis atuais. Para países como Irã e Rússia os preços do petróleo já estão abaixo do nível necessário para manter os gastos do governo." - disse o gerente de riscos no mercado de petróleo do Mitsubixhi Corp, em Tóquio Toni Noonan.

Segundo analistas, consultados por Reuters, esta tendência pode continuar. Combustível para o fogo acrescentou o presidente da AFK "Sistem" Vladimir Yevtushenkov e o desejo de nacionalizar sua empresa "Bashneft". O ex-presidente da Yukos Mikhail Khodorkovsky, após a prisão de Yevtushenkov, disse que a questão contra ele foi iniciada por Sechin, que quer comprar "Bashneft". 

A companhia de Sechin "Rosneft", neste ano, reduziu significativamente a produção de petróleo, caiu na lista das sanções do Ocidente e necessita de ajuda financeira do Estado.

Yevtushenkov, de acordo com pessoas inteiradas no assunto, pertence ao grupo de D. Medvedev. Belkovsky está convencido que  "a batalha por Yevtushenkov Medvedev perde, e "Bashneft" repetirá o destino da Yukos.
O próprio conflito a Yevtushenkov, segundo índice de Bilionários Bloomberg, desde o início do ano diminuiu em 70%, para US 2,9 bilhões.
 
Nova ordem Mundial
Tyzhden ua. (Semana Ukrainiana), 02.10.2014
Alla Lazareva
Quase tudo prognosticado no Conselho da Europa. Exceto confusão. Ela sentia-se não apenas nos discursos dos adequados participantes dos debates sobre Ukraina, mas, praticamente, em tudo. O costumeiro silencio de Strasburgo vibrava com inquietação e evidente falta de entendimento, o que fazer em seguida: com a guerra, com Ukraina e Rússia, com o mundo todo.


"Eles tentam chegar a algo, mas não sabem, simplesmente não sabem, como será no futuro," - um conhecido diplomata com longa experiência de trabalho no Conselho Europeu pensativo, bebericava capuchino, que foi trazido por engano pela garçonete. Bem, não vai jogá-lo fora.

"Entenda: o mundo ainda não viu tal situação. Ossétia do Sul e Abkhásia ainda, formalmente, consideram-se parte da Geórgia, Nagorno - Karabakh - é um tema de conflito entre dois estados vizinhos. Transnistria em todos os mapas do mundo  também faz parte da Moldávia. Mas Crimeia - foi, simplesmente, anexada e apropriada região. Não previstos mecanismos dos dirigentes das principais organizações internacionais para solução de problemas semelhantes!" - tentava justificar colegas no Conselho da Europa.

Na verdade: que o Conselho Europeu ocupe-se exclusivamente com os direitos da pessoa e normas democráticas. Consideremos outras estruturas poderosas: OSCE e ONU. OSCE não poderá tomar medidas radicais contra Rússia, porque decisões políticas mundiais são aprovadas apenas por consenso. A própria Rússia bloqueará. Situação semelhante com as Nações Unidas, onde Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança. Resta apenas a OTAN, que não se apressa ir para um conflito aberto com Moscou, e, ainda prováveis coligações anti Kremlin, se alguém tivesse vontade para organizá-las.

O oficial russo ajudou retirar do "inferno de Ilovaisk" 90 soldados ukrainianos.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 06.10.2014

Aproximadamente 90 combatentes ukrainianos conseguiu-se retirar do "caldeirão de Ilovaisk", graças a ajuda de um desconhecido oficial russo.
Sobre isto contou o médico militar Vsevolod Steblyuk que participou dos combates de Ilovaisk. Ele admitiu que sobreviveu milagrosamente. Steblyiuk acompanhava uma coluna do exército ukrainiano quando o inimigo abriu uma rajada de tiros. Depois do tiroteio , únicos tiros foram ouvidos - eram os tiros de misericórdia aos feridos.


Steblyiuk e mais alguns sobreviveram... e alcançaram as granadas para explodir-se. Mas, em algum momento avistaram próximo um oficial russo, perito de desembarque. "Nós tínhamos um acordo, que eu levo todos os feridos, que for capaz de encontrar. Na primeira noite reuni 17 pessoas", - disse o militar.

Todos os feridos os russos recolheram para seu acampamento. No dia seguinte o oficial permitiu a Steblyiuk ir ao mais próximo local habitado - lá descobriram dezenas de soldados feridos.

Segundo Steblyiuk, a ele e a seus amigos que sobreviveram, planejavam fuzilar. Mas, graças à autoridade pessoal do oficial foram deixados vivos. "Este combatente disse: Doutor, se você sobreviveu a o que aconteceu, é porque Deus beijou a sua testa. Não tenho direito de lhe fuzilar" - contou Steblyiuk. Este desconhecido oficial negociou com os combatentes dos postos de controle, para que todos os feridos fossem evacuados para o lado ukrainiano.

Tragédia de Volyn no inferno de Ilovayisk - 10.09.2014 - Centro de Imprensa.


Volyn conta suas vítimas de Ilovaisk. Segundo voluntários, entre mortos, feridos e desaparecidos passam de mil. As maiores perdas são da brigada mecanizada nº 51 de Volodymyr Volynskyi, soldados que ficaram cercados. Agora os necrotérios de Zaporizhzhia e cidades próximas estão cheias de cadáveres. Muitos irreconhecíveis. Muitos soldados estão feridos nos hospitais, foram capturados ou desapareceram.

Observação: As próximas notícias resumidas são todas do dia de hoje, 06.10.2014, do jornal Castelo Alto.

Pessoas deslocadas na  Ukraina já chegam a 387.000. Destas 359 mil conseguiu-se alojar temporariamente. São pessoas que se deslocam dos territórios ocupados, ou das áreas da ATO.
Os cidadãos da Crimeia e Sevastopol que vieram para Ukraina são 18.358 pessoas.

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Jemilev: Desde a ocupação da Crimeia, desapareceram 18 tártaros. Ele disse que há evidências de que nos desaparecimentos está envolvida a "auto-defesa" da Crimeia. "Anteontem desapareceu um tártaro de 23 anos. O FSB nega qualquer envolvimento. Em Bilohirsk duas pessoas foram presas e empurradas para dentro de um carro. Houveram testemunhas que viram tudo, registraram o número do veículo.  Eram membros dos chamados grupos de auto-defesa. É uma mistura de criminalidade, funcionários afastados do Serviço de Segurança, KGB, GRU, chamados cossacos. Estas pessoas fazem o trabalho sujo, por encomenda. O cadáver encontrado em 15 de março é serviço deles", - diz Jemilev. Ele concluiu que nenhum assassinato ou sequestro foi investigado.
"Isto é luta com discordantes e tentativa de instilar o medo nas pessoas," - concluiu Jemilev.

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Asanov, o tártaro sequestrado na Crimeia foi encontrado morto num sanatório abandonado na Eupatória. Ele sumiu no dia 29 de setembro.
Sua irmã afirma que Asanov era uma pessoa calma, não era politicamente ativo, não usava expressões fortes nas redes sociais.
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Os primeiros drones da OSCE vieram para Ukraina nesta segunda-feira. São dois. Mais dois deverão vir. Eles serão usados na fronteira russo-ukrainiana e na zona de guerra, que faz parte do acordo de paz entre Moscou e Kyiv (que continua sendo violado por Moscou, diariamente, de acordo com notícias dos jornais. - OK).

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Os moradores da aldeia Mytlashivka - Chercasy, surraram os representantes do ex-deputado do Partido das Regiões Volodymyr Zubek (partidário do ex-presidente Yanukovych), que vieram para aldeia a fim de subornar eleitores.

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Dmytro Tymchuk, coordenador do grupo "informação da resistência" avisa que no Donbass encontram-se 3.000 soldados russos. Na região do aeroporto de Donetsk chegaram 10 veículos blindados russos. Também à região habitada de Audiyivka chegou a mesma quantidade. Observa-se concentração de novas unidades do exército da FR e unidades anteriores são reforçadas com armaduras e artilharia. À região de Dokuchaievsk chegou um comboio com 30 caminhões de suprimentos.

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Os oficiais do Serviço Nacional de Fronteiras começam demitir-se sem esperar pela lustração. De acordo com a adoção  pelo Parlamento ukrainiano, da lei sobre lustração, serão atingidos aproximadamente 100 representantes do Serviço Nacional de Fronteiras. "Todos eles são altos oficiais, generais e coronéis. (Esta lei da "lustração" significa que não poderão ocupar cargos no governo pessoas que cometeram atos contrários à Ukraina e ao seu povo. Pobre Ukraina, quantos destes pupilos de Moscou ainda infestam o seu território! - OK).

Tradução: O. Kowaltschuk 

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