Como em Starobilsk despediam-se com heróis mortos.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 02.10.2014
27 militares, cujos corpos não conseguiram identificar, enterraram em Luhansk, ontem.
Terroristas cortaram o braço do combatente ukrainiano, ele sobreviveu.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 01.10,2014
Olena Lavryk
A volta do inferno.
O combatente Vasyl Pelush, que foi capturado pelos terroristas, voltou para casa na região de Lviv. O jovem de 19 anos foi mantido refém e sofreu terríveis torturas.
Quando eclodiu o Maidan em Kyiv, Vasyl deixou sua casa e foi para Kyiv. Quando começou a guerra no leste, ele alistou-se como voluntário no batalhão "Aydar" e foi para Donbass. Quando, em maio, veio em licença, muitos amigos tentavam convencê-lo não voltar para Donbass, mas ele voltou.
Naquele dia trágico, o carro com os combatentes ukrainianos ficou sob fogo. Todos morreram, exceto Vasyl. Ele caiu nas mãos dos terroristas. O que fizeram com ele, como abusaram, que torturas desumanas empregaram, faltou coragem perguntar. Mas há um fato que não deixa dúvidas - o jovem voltou para casa sem o braço direito. Os terroristas brutalmente cortaram seu braço direito, porque nele havia uma tatuagem patriótica - o tridente com a inscrição - "Glória a Ukraina!"
Muitos lutaram por sua libertação. (Houve acordo para libertação de prisioneiros, dos dois lados. Mas as libertações dependem dos acordos e estão diminuindo - OK). As chances diminuíam com o tempo. Vasyl agradeceu a todos, destacando seu comandante. Mas, em primeiro lugar a Deus, porque entende, que sua vida foi salva por milagre. Chegando a sua casa, primeiramente foi à igreja onde toda a cidade já agradecia por seu retorno. E ficou em pé durante toda a novena, apesar de sua perna ferida doer muito. Com a bandeira e o velho rosário, na mão esquerda, que ganhou de sua avó - como um talismã.
Sadovyi (prefeito) sobre bomba na Câmara Municipal de Lviv.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 01.10.2014
Hoje 1º de outubro de 2014, às 12:32 horas, para o telefone do secretário da Empresa Municipal de Lviv "Lvivelektrotrans" pessoa desconhecida avisou que no prédio administrativo da Câmara Municipal, na Praça do Mercado, havia explosivos. (Parece que não passou de trote, o que já aconteceu muito em Kyiv). Lviv é a maior cidade ocidental da Ukraina, centro da região da qual partem muitos voluntários para lutar no leste da Ukraina.
Barroso respondeu publicamente a Putin.
Europeiska Pravda (Verdade Européia), 01.10.2014
Texto da carta do presidente da Comissão Européia.
O presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso reagiu às exigências ultimato da Rússia para introduzir ao texto sobre associação com Ukraina.
A carta-resposta, de primeiro de outubro, foi publicada no site da Comissão Européia.
"Este documento é a resposta à carta-ultimato de Vladimir Putin, na qual ele ameaçava a exportação ukrainiana para Rússia se ao texto sobre Associação não forem feitas modificações indispensáveis à Rússia".
A carta de Vladimir Putin foi publicada oficialmente.
Assim - publicando a carta-resposta, na Comissão Européia dão entender ao presidente russo, que não irão para conversações sobre modificações do acordo, nos bastidores.
Carta de José Manuel Barroso a Vladimir Putin:
Senhor Presidente,
Em resposta à sua carta, enviada em 17.09.2014, eu gostaria de destacar a participação de todas as partes da reunião trilateral, em nível ministerial, sobre a implantação do Acordo sobre Associação da Ukraina com União Européia, incluindo acordos profundos e globais de livre comércio, que aconteceu em 12 de setembro.
As conclusões a que se chegou durante a reunião foram aceitas por todos os participantes das negociações, e foi feita a declaração ministerial conjunta.
A União Européia informou os países membros sobre os resultados das negociações trilaterais, e nós recebemos sua aprovação para tomar as medidas legais cabíveis.
Eu quero enfatizar que a proposta de adiar a implementação do acordo dobre FTA (Ferramenta técnica que utiliza-se durante a medição de grandezas físicas e tem características metrológicas) está associada com a continuação do tratamento preferencial na zona do livre comércio CIS, conforme acordado em nível ministerial. Neste contexto, estamos profundamente preocupados com o fato de que Rússia adotou recentemente uma resolução que prevê a criação de barreiras ao comércio entre Rússia e Ukraina. Em nossa opinião a introdução desta resolução será contrária às conclusões comuns e à decisão de adiar a implementação da parte comercial do Acordo sobre Associação.
A declaração ministerial conjunta prevê futuras consultas sobre as respostas às perguntas, que surgem na Rússia quanto ao Acordo. Nós estamos prontos para continuar envolver-nos às decisões das questões de impacto negativo sobre a economia e abrangente área de livre comércio.
No entanto, eu gostaria de lembrá-lo, que o Acordo sobre associação bilateral, e de acordo com as normas do direito internacional, e quaisquer alterações a ele somente podem ser feitas a pedido de uma parte e de acordo da outra, dentro dos mecanismos que estão especificados no texto do Acordo e com os procedimentos internos, correspondentes, das partes.
Eu também quero lembrar, que as decisões comuns, que foram alcançados no encontro ministerial, dizem que, todas essas etapas são partes de um processo de inserção de paz na Ukraina, respeito à sua integridade territorial, e também direito a independentemente, escolher o seu futuro.
Então, quando todas as partes devem observar os resultados das negociações, a declaração de ministros não pode limitar os direitos soberanos da Ukraina.
A Comissão Européia continua colaborar na regulação pacífica da solução. Com atenção a isto, nós esperamos que os passos positivos, que foram fixados com o protocolo de Minsk, de 5 de setembro e do memorando de 19 de setembro, serão implementados à vida, incluindo o acompanhamento da situação na fronteira russo-ukrainiana e confirmação do monitoramento dos representantes da OSCE, como também o afastamento de todos os agrupamentos estrangeiros e técnicas militares do território ukrainiano.
Nós também contamos que um progresso rápido será alcançado nas negociações trilaterais do gás para encontrar uma solução provisória para o período de inverno, tendo em conta as propostas da Comissão Européia. O importante é retomar o fornecimento do gás aos cidadãos da Ukraina e cumprimento de todas as obrigações contratuais diante dos consumidores da UE.
Sinceramente Seu,
José Manuel Barroso.
Tradução: O. Kowaltschuk
Nenhum comentário:
Postar um comentário