Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 12.10.2014
No Donbass os sacerdotes da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou apoiam os separatistas e Rússia, e eles, por sua vez, apoiam nesta região, de todas as igrejas, apenas a Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou.
Sobre isto declarou, numa conferência de imprensa em Kherson, o Patriarca de Kyiv e de toda Rus-Ukraina, Filaret.
"A guerra confirma, que Ukraina necessita uma Igreja Ortodoxa independente de Moscou. Porque os padres do Patriarcado de Moscou, no Donbass não apoiam Ukraina. Apoiam a Rússia, os separatistas. Quem apoia os separatistas? Patriarcado de Moscou. Quem apoia os separatistas? Apenas o Patriarcado de Moscou. O Patriarcado de Kyiv está proibido. A igreja grego -católica está proibida, a Católica Romana - proibida, as igrejas protestantes - proibidas nos territórios controlados pelos separatistas.
No entanto, Filaret disse que os padres da Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Moscou, provavelmente, nem todos querem cooperar com os terroristas, porém a liderança da Igreja Ortodoxa russa não lhes dá esta possibilidade.
Preferência pelo Patriarcado de Kyiv.
As pessoas das aldeias Miliev e Kubak reuniram-se e votaram a favor do Patriarcado de Kyiv. 90% optou pelo desligamento do Patriarcado de Moscou. Na Ukraina, principalmente no leste, ainda uma grande parte da Igreja Ortodoxa encontra-se filiada ao Patriarcado de Moscou.
A Igreja Ortodoxa do Patriarcado de Kyiv alerta sobre provocações a Igrejas Ortodoxas do Patriarcado de Moscou, em 14 de outubro.
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| Igreja Ortodoxa ukrainiana do Patriarcado de Kyiv em Luhansk - julho de 2013 |
Igreja Ortodoxa Ukrainiana do Patriarcado de Kyiv adverte sobre possíveis provocações no dia 14 de outubro (dia da Proteção da Santíssima Virgem Maria - dia cristão e feriado nacional, comemorado nas igrejas de Rito Oriental (ortodoxos e grego-católicos) em Kyiv e demais regiões da Ukraina, com o objetivo de incitar discórdia religiosa e social.
"Sob a aparência de nacionalistas ukrainianos e simpatizantes do Patriarcado de Kyiv os provocadores preparam ataques a Kyiv-Pechersk Lavra (igreja antiga e histórica de Kyiv) e Igrejas do Patriarcado de Moscou" - informa o comunicado.
De acordo com dados das Igrejas Ortodoxas do Patriarcado de Kyiv, vêm informações sobre folhetos informativos, alegando em nome de patriotas ukrainianos e simpatizantes do Patriarcado de Kyiv, os quais contêm chamadas para no dia 14 de outubro causar "acerto físico" com o clero do Patriarcado de Moscou e capturar suas igrejas.
O Patriarcado de Kyiv avisa que não está envolvido na preparação e possíveis atos de força contra Kyiv-Pechersk Lavra e distribuição de panfletos apelando para violência.
O presidente da Ukraina Petro Poroshenko também espera provocações. Ele encarregou as forças de segurança para prevenir as provocações direcionadas à interrupção da sessão parlamentar no dia 14 de outubro.
Em um milhão de funcionários tremem as pernas...
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 10.10.2014
Uma vez em vigor a lei "Sobre limpeza no governo", eles terão de passar pela "lustração" ("Liustratsia", em ukrainiano. (Na região ocidental da Rússia, os altos funcionários de partidos afastados do governo, durante certo tempo, eram proibidos exercer cargos no aparato estatal, desempenhar a função de juiz, candidatar-se a cargos em órgãos representativos, etc, - OK).
Cada um dos funcionários ukrainianos que está no serviço público, trabalha em ministérios, departamentos, tribunais, Ministério Público, polícia, serviços de segurança, administração pública, governo local, fiscais, cargos de chefia no Exército e de outras instituições, terá de fazer uma espécie de "teste de integridade". Em outras palavras - passar pela "lustração" que, em seu tempo realizou-se em quase todos os países pós-socialistas. A lustração foi prevista pela lei "Sobre limpeza no poder", que no dia 9 de outubro foi assinada pelo presidente Poroshenko. Segundo primeiro-ministro Arseniy Yatseniuk, a "lustração" foi projetada para limpar o aparelho estatal de estilionatários, suborno, corrupção, e afetará aproximadamente um milhão de pessoas que trabalham em vários escalões do poder.
Comissões especialmente serão criadas, que devem incluir autoridades morais, pessoas de boa reputação, além de critérios morais, e que determinarão se a pessoa que trabalha no governo, ou pretende trabalhar, não causou um ato de corrupção, ou crime contra outra pessoa, seus direitos e liberdades. O convidado deverá informar seus rendimentos, bens de família, despesas. Em outras palavras, deve provar, que sua casa de campo, iates, "Lexus", relógios de platina, e outros bens, foram adquiridos com trabalho honesto. (Incrível, mas os jornais sempre citam este tipo de bens, e muito mais, de pessoas do governo, enquanto grande parte do povo vive com baixíssimos salários ou vai para o estrangeiro para trabalhar sob melhores condições e enviar dinheiro para sustento da família que continua na Ukraina - OK). Especialmente devem preocupar-se aqueles que se envolveram em repressões políticas e decidiam pelas causas injustas.
Quem não se apresentar para "lustração", seu caminho para o governo será fechado. Talvez seja por isso, que não esperaram a assinatura da lei sobre a "limpeza", há poucos dias, mais de 10 generais da Guarda da Fronteira, antecipadamente, renunciaram por escrito... Deste modo, manterão alguns benefícios...
A lei sobre "lustração" foi um dos principais requisitos do Euromaidan. Exigir sua adoção assumiu a maioria dos partidos. Mas, na verdade, temiam seu surgimento. Por este documento "com dificuldade" (sob ameaça de "lustração" popular) votaram 231 deputados (pouco mais de 50% necessários). Até a segunda leitura, a lei sofreu revisões significativas, foram excluídos os pontos mais rigorosos. O próprio presidente reconheceu que não está "encantado" por estes desenvolvimentos. Em Lviv, ele declarou: "Lei "sobre limpeza do governo" na redação aprovada pelo Parlamento, não é perfeita, é muito mais problemática. Uma boa parte de pessoas sem culpa, terá de aceitar e passar, às vezes, por processos humilhantes. Eu não estou feliz com isso, eu desejaria um documento melhor. Mas nestas condições haverá "lustração" e a lei será assinada... Tenho certeza que os pontos positivos nesta lei são maioria, e que Ukraina será melhor".
Quem viveu e trabalhou honestamente não precisa temer a "lustração". Mas na oposição ukrainiana a passagem deste "raio-x" denominam discriminação, perseguição política. Queixaram-se até ao Kremlin, onde também falam sobre "novas repressões da junta". No entanto, na Administração presidencial e na parte democrática do Parlamento falam sobre imutabilidade do curso para cura do poder. "Para evitar quaisquer ressalvas, mandamos o texto da lei para conhecimento jurídico à Comissão do Conselho Europeu "pela Democracia através do Direito" (assim chamada Comissão de Veneza)". Até dezembro lá devem concluir sobre conformidade desta lei com as normas internacionais. O presidente garante: se os "venezianos" apresentarem sérias observações à assinada por ele lei, farão ajustes.
Os candidatos para "lustração" enfrentam tempos difíceis - temem perder seus empregos, suportar vergonha. Alguns funcionários honestos também temem. Dizem que na Comissão da "lustração" podem entrar, casualmente ou abertamente, pessoas tendenciosas, que por causa de próprios interesses desejarão acertar as contas com eles.
Tradução: O. Kowaltschuk
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