domingo, 19 de outubro de 2014


Principais notícias da ASEM (17 e 18.10.2014) e da Ukraina
Vysokyi Zamok (Castelo Alto) 19.10.2014

Em Milão, nos dias 16 e 17 de outubro, realizou-se a reunião da ASEM (Organização Internacional unificada de países da Asia e Europa, com a presença de chefes de Estado. Fatos relevantes:


Herman Van Rompuy, presidente do Conselho da Europa: Putin deu a entender que ele é contra o congelamento do conflito no leste da Ukraina e considera Donbass território ukrainiano. (No entanto, no dia 01.09.2014, ele declarou ao presidente da Comissão Européia, José Manuel Barroso que, se quiser, poderá tomar Kyiv em duas semanas).

O primeiro-ministro da Itália disse aos repórteres que, em sua opinião, foi dado um passo importante em relação a Ukraina. No entanto, o porta voz do presidente russo afirmou, que os líderes europeus não entenderam a posição da Federação em relação aos acontecimentos no Leste da Ukraina.

David Cameron, primeiro-ministro da Grã Bretanha: Putin não quer que Ukraina se divida" (Não mesmo??? - OK). Mas, se não houver progresso na execução dos acordos, UE deve reforçar as sanções contra Rússia.

O pequeno almoço de trabalho dos presidentes da Ukraina e Rússia, durou quase uma hora e meia.
As discordâncias persistem.
Segundo primeiro-ministro italiano Matteo Renzo,os líderes da cimeira ASEM deram um passo importante na discussão sobre Ukraina... Eles consideram importante incluir Rússia na solução de problemas internacionais. Para decisão de tal situação é preciso tempo, mas os trabalhos vão continuar nas próximas horas, dias, meses... 
Além de Putin e Poroshenko, participaram das negociações o primeiro-ministro da Itália Matteo Renzo, o primeiro-ministro britânico David Cameron, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês François Hollande, e chefes da Comissão Européia, José Manuel Barroso e Herman Van Rompuy.

"A introdução de sanções foi o passo certo, mas falar sobre aumento das sanções é muito cedo", disse o representante de um dos países da Europa Ocidental.

Poroshenko descreveu os três pontos do Acordo de Milão: "Primeiro - devem ser implementados todos os itens do memorando de Minsk. Segundo - colaboração com as eleições no Donbass. Terceiro - certo progresso em relação ao gás.

Cinco países lembraram a Putin sobre os acordos de Minsk e expressaram total apoio à integridade territorial da Ukraina.

Poroshenko teve uma reunião com Putin a portas fechadas.

Rússia acusou os participantes do pequeno almoço em Milão, em completa incompreensão da Ukraina.
"Com pesar, podemos notar, que os participantes demonstraram uma completa falta de vontade para entender a situação real no sudeste da Ukraina", - disse Peskou (Secretário de Imprensa de Putin) aos jornalistas.

Total apoio à integridade territorial da Ukraina.

Outras notícias:

Nos combates de Ilovaisk morreram muitos combatentes ukrainianos. Réquiem pelos heróis mortos.


Os terroristas continuam o bombardeio das áreas residenciais, informa o porta-voz do Centro Analítico Andrii Lysenko. 
"Ontem eles lançaram ataques de artilharia sobre as aldeias Granitne, Pisk, Maloorlivka, Debaltseve, Troïtske, Nikishin, Novoorlivka, Kamianka, Trudivske, Krasnogorivka, Hostra Mohyla, Donetskyi, Funze, Nyzhnie, Zolote, Stanytsia Luhanska.
Além destas localidades, os terroristas lançaram foguetes múltiplos "Grad" sobre Trohzibenk em Luhansk e Komuna, Tonenke e Novokalynove na região de Donetsk.

Vídeo social: "Onde está Ukraina?"
A Professora pede: Indique a França. Indique o Brasil. E onde está Ukraina?


O governo da Grã Bretanha já aprovou um pacote de assistência militar para Ukraina, inclusive assume o custo do transporte e desembaraço aduaneiro. O pacote inclui: 1.000 conjuntos de armaduras mais capacetes; 80 conjuntos de equipamentos médicos; 500 conjuntos de roupas de inverno para os militares; 500 meias quentes. O pacote ainda deve passar pela aprovação do Parlamento. 

A ajuda humanitária russa que vem aos terroristas da "FSC" é maciçamente saqueada, mesmo antes de chegar às fileiras dos voluntários. Eles pretendem seguir um plano já elaborado pela "DNR" que, no entanto, é raramente observado. (Esperar o quê de grupos marginalizados da sociedade soviética?...-OK).

O carvão das minas de Akhmetov é exportado para Rússia. (Os leitores, com certeza lembram o recente artigo sobre a falta de carvão na Ukraina...OK).
"O carvão, extraído nas minas JSC "DTEK Sverdlovantratsit" em Luhansk, é levado para região de Rostov (Rússia). É levado por caminhões e pela ferrovia através da estação "Krasna Mohyla". Rússia fornece os materiais necessários para funcionamento da empresa", segundo informações de pessoas próximas ao corpo de veteranos.

Na capital da Ukraina, abrigos contra bombardeio existem apenas no papel. A prefeitura, inclusive, forneceu os endereços dos "4.000 abrigos" existentes. A correspondente do 5º Canal Eugene Tahanovych entrou em pânico após inspeção desses endereços.


O Serviço Federal de Inteligência da Alemanha concluiu que o Malásia Boeing foi derrubado pelos separatistas. "A Comissão holandesa, que trabalha na investigação do desastre, após a decodificação das anotações da chamada "caixa preta", absteve-se de atribuir a culpa concretamente a alguém. Porém, o Serviço de Inteligência Federal da Alemanha, segundo informação do Der Spiegel, chegou a uma conclusão concreta: como as fotos ukrainianas, também as interpretações russas dos eventos, de acordo com Schindler, foram falsificadas.  "Foram os separatistas pró-russos" - declarou o Presidente do Serviço da Inteligência Federal da Alemanha Gerhard Schindler.

Assista o pronunciamento do presidente Poroshenko. Texto traduzido abaixo:


Donbas sozinho é incapaz de sobreviver, portanto, diz o presidente, a realização de eleições legítimas é indispensável: Nós cumprimos o Acordo de Minsk, instalamos a paz, garantimos a eleição de um governo legítimo de acordo com as leis, e iniciamos diálogo político. Segundo caminho: praticam-se falsas eleições, eleições sem escolha, porque isto não são eleições, a nação não vai participar. Compreendam, por favor, que estes territórios sozinhos não são capazes sobreviver, não há tal possibilidade. Possibilidade de que eles farão algo e sobreviverão. Nestes territórios não são pagos os salários pelo trabalho, e não haverá pagamentos, se eles forem por este caminho, porque este caminho é, simplesmente, caminho para lugar nenhum. E 70% do potencial industrial destes locais não trabalha e não vai trabalhar. Por quê? Porque não há para onde enviar mercadorias. Não há governo, esta produção não será reconhecida por ninguém, mesmo se ela existir. Não há condições para administração, não há nenhuma posição sobre pagamentos sociais, não há onde pagar e, finalmente, este é o caminho para nada, não é porque ele não agrada Ukraina ou Europa, ou ao mundo todo, mas porque recursos para sobrevivência não há. E, por isso, a vitória da Ukraina estará conosco.

Entrevista completa do presidente Poroshenko. Em ukrainiano.


Tradução: O. Kowaltschuk

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