terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Poroshenko pede a Shokin e Yatseniuk deixarem os cargos.
Isto foi publicado no site do presidente.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 16.02.2016.


"Esta manhã tive uma reunião e conversa importante com o Procurador-Geral. Eu me dirigi a Viktor Mykolayevich com proposição, para que ele escrevesse uma carta de demissão. Viktor Shokin introduziu aquelas reformas, às quais na Procuradoria faziam oposição ao longo de décadas: Privação da procuradoria de supervisão geral, criação de uma Agência Nacional Anti-Corrupção e Agência Estatal de Investigação, etc. Por outro lado a Procuradoria Geral não conseguiu ganhar a confiança da sociedade. E é por isso que na ordem do dia está a questão da demissão do Procurador-Geral", - diz o comunicado.

Poroshenko também declarou que há necessidade de reorganizar, plenamente, o governo.

"Agora já está evidente a questão da reorganização total do governo" "Por enquanto o primeiro-ministro pode escolher, de que modo é melhor dar espaço para realização desta pergunta", - disse o presidente.
Ele disse: "O momento para renovação parcial do Gabinete Ministerial foi omitido. Sobre isto muito falaram, e como resultado - apenas conversas. A reformatação total de ministros deve basear-se na atual coalizão de: "Solidariedade", "Frente Popular", "Auto-Suficiência" e "Pátria".
(Solidariedade - Poroshenko, Frente Popular - Yatseniuk, Auto-Suficiência - Andrii Sadovyi, prefeito de Lviv e sempre bem falado pelo jornal local. Pátria - Yúlia Tymoshenko, de pouco destaque ultimamente - OK). 

Também, em seu discurso, o presidente Poroshenko disse que apenas em caso extremo, exercerá o direito de dissolver o Parlamento
"A dissolução do Parlamento não é obrigação, apenas direito do presidente. E eu vou usá-lo apenas em caso extremo, o qual nós não temos o direito permitir", - disse Poroshenko.
A este repeito ele declarou, que "a questão da restauração da confiança deve ser resolvida dentro do recinto do Parlamento". Confiança - é o principal recurso, que é indispensável para resolver os problemas da escala que o nosso país enfrenta.

Outras declarações do presidente (resumo):
"Espero rápidas decisões do Parlamento."
"Eu estou convencido, que o país não tem tempo reservado, para após dois anos incompletos, pela quarta vez mergulhar na campanha eleitoral, e ainda nas condições de agressão externa."
"Uma guerra política interna, de todos contra todos - é o sonhos do nosso vizinho do nordeste".
"E por isso que tomei a palavra e expressei minha visão da crise - para evitar o pior cenário", disse Poroshenko.


Yatseniuk continua como Primeiro-ministro. 
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 16.02.2016.


O Parlamento não afastou Arseny Yatseniuk. Pelo afastamento votaram 194 deputados, mas eram necessários 226 (metade mais um). Anteriormente o Parlamento havia declarado como insatisfatória a atividade do governo.
De acordo com a lei, a questão da responsabilidade do Gabinete Ministerial não pode ser considerada pelo Parlamento mais de uma vez durante a sessão regular, e também durante um ano após a aprovação do programa de atividades do Gabinete de Ministros.

Na política ukrainiana surgiu uma crise aguda. Pelo afastamento de Yatseniuk apresentaram-se duas facções da coalizão - "Auto-Suficiência" e "Pátria".

A facção "Pátria" retira do Gabinete Ministerial o Ministro da Juventude e Desporto Igor Jdanov, disse Tymoshenko e acrescentou "e dele dependerá como fará sua escolha".

O deputado Mustafa Nayem, do bloco Petro Poroshenko acredita que o fracasso na votação para não demitir o governo Yatseniuk foi pré-planejado. E que seria resultado da conspiração de oligarcas: Rinat Akhmetov, Igor Kolomoisky e Serhiy Lyovochkin - por um lado, e Petro Poroshenko e Arseniy Yatseniuk - do outro.

Ele se baseia mo fato de que os votos do Bloco Petro Poroshenko por diversos projetos, variavam de 110 a 125, mas  pelo afastamento de Yatseniuk votaram apenas 97 deputados. Ele termina o seu desabafo dizendo que vão pensar o que fazer, que a experiência ruím, não deixa de ser experiência, que histerias e batidas de portas não haverá, porque esta não é a saída.
Mustafa Nayem nasceu em Cabul - Afeganistão. Estudou e casou na Ukraina. Participou ativamente do Euromaidan.

Tradução: O. Kowaltschuk

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