(Resumo)
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 13.02.2015
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Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, novamente acentuou que as sanções anti-russas dependem do cumprimento, pela Rússia, dos acordos de Minsk."Rússia tem escolha - ou implementação plena dos acordos de Minsk, ou continuação das sanções econômicas"
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Polônia apela a OTAN para criação de uma base permanente no Oriente, apesar do acordo com a Rússia.O presidente da Polônia Andrzej Duda está convencido de que é hora de criação de uma infra-estrutura militar permanente nos países do leste da Aliança. "Fortalecimento da OTAN no Oriente será consequência lógica do alargamento. Chegou a hora para o estabelecimento de infra-estrutura da OTAN na Polônia, Romênia, países bálticos", - disse ele.
Atualmente a construção de infra-estrutura permanente da OTAN próximo às fronteiras da FR é proibida pelo acordo básico de cooperação entre a Aliança e FR. Todas as forças da OTAN nos países bálticos, são distribuídas numa base rotativa.
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O Presidente do Parlamento Europeu Martin Schulz disse, em Munique, que a liderança russa tenta dividir a União Européia a partir de seu interior."Concordo plenamente com Petro Poroshenko (Presidente da Ukraina) sobre as intenções da liderança russa - dividir a UE de dentro. Os céticos anti-europeus, islamófobios e partidos de diferentes formações em grande número representados no Parlamento Europeu, eu os ouço com meus colegas diariamente, e se eu compará-los com a retórica do partido de Putin na Rússia, as mensagens que eles espalham por toda a Europa, elas são iguais. E para mim isto não é surpresa", - Disse Schultz.
Em apoio às suas palavras, ele citou "o fato conhecido" quando o partido francês Frente Nacional "recebeu dinheiro da Rússia".
O presidente do Parlamento Europeu lembrou que na segunda metade do século passado na Europa concordaram com um princípio, "o qual pode impedir a repetição dos erros da primeira metade do século". Isto é, a solidariedade das nações e respeito mútuo. E é isso que Putin coloca em dúvida, aumentando o número de partidos políticos na Europa, e isso, aliás, já subiu para o nível dos governos. Nós, na UE, temos partidos nos governos, nos escritórios, que questionam os princípios de solidariedade, de respeito mútuo e democracia internacional, - disse Schulz.
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Os presidentes da Polônia e Ukraina Andrzej Duda e Petro Poroshenko se opuseram à construção do gasoduto "Nord Stream - 2", que Alemanha quer construir com "Gazprom", o que contraria os interesses da Polônia e outros países. "Nós fomos contra o "Nord Stream-1, mas ele existe. Agora somos contra o "Nord Stream - 2" porque ele contraria não apenas os nossos interesses, mas também os interesses da Ukraina e da Eslováquia. E o que nós ouvimos? É apenas um negócio. OK, talvez neste processo é realmente dinheiro privado mas na realidade é um problema político, não econômico", disse Duda."Há muitos outros gasodutos entre a Rússia e Europa. Por que os alemães querem construir com "Gazprom" um novo gasoduto que contraria os interesses da Polônia e outros países?" pergunta o presidente polonês.
Após a discussão de Duda Poroshenko observou que os investidores europeus têm duas opções: investir um bilhão de euros na modernização do sistema de transporte de gás ukrainiano ou 20 bilhões de euros - na expansão do "Nord Stream".
"Nord Stream " tem uma única finalidade - política. Tornar Europa mais dependente e enfraquecer Ukraina, Polônia e Eslováquia", - finalizou o presidente ukrainiano.
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Poroshenko, em Munique, pede aos europeus para desistir da intenção de cooperação com a Rússia.Alguns líderes procuram reforçar o diálogo com a Rússia, apesar de tudo o que aconteceu na Ukraina. Os países ocidentais repetem o erro de seis anos atrás, quando Rússia realizou agressão contra a vizinha Geórgia.
"Eu lembro, que em 2008 Rússia ocupou parte da Geórgia, e já em 2010 houve muitas vozes para voltar à cooperação com FR. É o quê, isto evitou a anexação da Criméia? Isto parou a invasão do Donbas? Ou evitou o problema da Síria?" Ou, talvez, Rússia começou a colaborar no inquérito do MN-A?" (O avião holandês que caiu no território ukrainiano e que Rússia nega ter sido derrubado por seus militares, apesar das evidências-OK) - perguntou Poroshenko aos presentes.
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Medvedev, em Munique, declarou que na Ukraina há crise e guerra civil. O chefe do governo russo mencionou as sanções contra a FR por parte da UE e EUA, e disse que por causa delas deteriorou-se a situação na FR."O problema na Ukraina - é uma pedra, na qual todos tropeçamos. Nós não vemos outra saída, além de resolver o problema pacificamente. Os acordos de Minsk devem ser executados por todos, sem exceção, - disse ele. E continuou dizendo: nós cumprimos nossas obrigações, mas nem todos fazem o mesmo: nós não temos nenhum progresso, as armas continuam sendo vendidas. "Ukraina bombardeia o seu leste" - acusou Medvedev.
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Poroshenko: "Senhor Putin, isto não é guerra civil na Ukraina - isto é agressão russa. Não há guerra civil na Crimeia, são seus soldados que ocuparam o território do meu país. E nem mesmo há uma guerra civil na Síria, são seus bombardeios que matam os civis", disse Poroshenko.Poroshenko insistiu que as sanções econômicas contra Rússia devem continuar, até Rússia respeitar o controle de Kyiv de acordo com a fronteira russo-ukrainiana no Donbas.
Este pronunciamento é muito importante, comentou a declaração no Twitter o embaixador dos EUA na Ukraina Geoffrey Pyatt.
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A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite disse que Rússia e Ocidente não estão no limiar de uma "guerra fria", mas da "guerra quente".Ela disse que Rússia realiza agressão na Ukraina e na Síria. Nós, realmente, estamos agora confrontados com uma série de problemas", disse ele observando que se trata dos desafios de segurança e do fluxo de refugiados. Nós nos atrasamos com nossas decisões", - concluiu ela.
Antes disso o primeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev disse que a linha política da OTAN em relação a Rússia é hostil e característica de "guerra-fria".
"Permanece fechada e hostil a linha política da OTAN em relação a Rússia - acrescentou Medvedev. Dizem no Ocidente: "Fazem filmes sobre ameaça nuclear da Rússia" e na Ukraina "há guerra civil". Em Munique, em 2007 o presidente russo Vladimir Putin advertiu sobre a intensificação das relações entre a Rússia e o Ocidente, disse Medvedev.
Também ele culpou Ukraina na violação dos acordos de Minsk. "O problema da Ukraina - uma pedra, sobre a qual todos nós tropeçamos", - comentou ele as sanções contra Rússia da UE e EUA, devido às quais a economia cai. - Não vemos outra saída, além de pacificamente resolver o conflito na Ukraina. Os acordos de Minsk devem ser executados, todos, sem exceção. Nós cumprimos nossas obrigações, mas nem todos fazem o mesmo: nós não temos nenhum progresso, armas continuam sendo vendidas. Ukraina bombardeia seu leste", - declarou Medvedev.
"Às vezes, surge a interrogação - nós vivemos em 2016, ou em 1962?", - Medvedev apelou à sala.
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana). 06.02.2016
Segundo a irmã de Sentsov, ele está sendo levado para Irkutsk, Kolchenko para Chelyabinsk.
Sentsov foi condenado a 20 anos de prisão "por criação de grupos terroristas na Criméia e organização de queima de escritórios regionais do partido "Rússia Unida" e "Comunidade Russa na Criméia", e Kolchenko pela participação em atos terroristas.
Ambos sempre sorriem. Não demonstram abatimento diante do ocupante. |
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Durante o ano passado ao orçamento da Ukraina foi devolvido cerca de 300 mil UAH de "dinheiro corrupto", mas dinheiro da "Família" Yanukovych entre eles não há, segundo procurador adjunto Vitaly Kaskiv. E isto é uma quantidade ridícula, dado o nível de corrupção na Ukraina.Ele explicou que os valores presos no estrangeiro, do período Yanukovych, não voltarão para Ukraina porque não há nenhuma condenação judicial na Ukraina, contra os ex-funcionários na lista de sanções. Nem na primeira instância.
Planejava-se que a soma deveria ser de 1,5 bilhões de UAH, de acordo com a lei "Sobre Orçamento do Estado para 2015. No entanto a Procuradoria Geral "não conseguiu lidar com complexas questões internacionais".
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06.02.2016Contra as Forças Armadas da Ukraina, no Donbas lutam 34 mil pessoas, incluindo o número total de militantes armados e forças russas, disse o porta-voz do Estado-Maior, general Vladislav Seleznev.
Cerca de 7.000 são militares russos e não somente instrutores. Também os que são diretamente envolvidos em sabotagem, ataques e tentativas de assalto a nossas posições ao longo de toda a linha de fronteira.
Segundo o Ministério de Defesa, de janeiro a setembro de 2015, no Donbas morreram 627 militares russos e mais de dois mil receberam ferimentos.
Ukraina e o Ocidente acusam Rússia em apoiar os separatistas. Moscou rejeita estas acusações, alegando que no Donbas não há militares russos, apenas "voluntários".
Inteligência dos EUA: "Moscou não vai enfraquecer a pressão sobre Ukraina.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 10.02.2016
Apesar de graves problemas na economia, em 2016 Moscou continuará a pressão sobre Ukraina para frear sua integração européia.
Isto foi dito pelo presidente da inteligência nacional James Klepper na reunião da Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA.
"Os acontecimentos na Ukraina intensificaram as intenções visíveis de Moscou em aumentar sua presença na região, para evitar possíveis mudanças de regimes nas antigas repúblicas soviéticas e acelerar a transição para um mundo multipolar, no qual Rússia seria uma indiscutível hegemonia na região Eurasiana", diz James Klepper. Portanto, disse ele, "Moscou continuará procurar uma maior integração regional, aumentará a pressão sobre os Estados vizinhos para que eles sigam o exemplo da Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão, e se juntem à encabeçada por Moscou União Econômica da Eurásia".
Apesar da crise econômica na Rússia, Kremlin não abandonará as intenções de usar uma política dura em 2016, constatou Klepper. Ele ressaltou que o uso de forças militares e paramilitares russas secretas na Ukraina "continua a ser uma preocupação e desperta inquietação" nos países vizinhos da Rússia, incluindo aliados da OTAN.
"O nível de violência diminuiu, mas as metas de Moscou na Ukraina para manter longa influência sobre Kyiv e tentativas decepcionantes na Ukraina, de integração às instituições ocidentais, obviamente permanecerão inalteradas em 2016" - disse o chefe da Inteligência Nacional dos EUA.
Tradução: O. Kowaltschuk
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