quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Como Poroshenko e os oligarcas  ajudaram Yatseniuk ficar no cargo
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 17.02.2016
Maria Zhatovska, Roman Kravets


(Texto resumido-OK).
- São mais cinco minutos, talvez esta seja a última apresentação, ouçam, - diz no final do relatório do governo, Arseniy Yatseniuk.
- Por que tão pessimista, Arseniy Petrovich, - diz o "speaker" do Parlamento Volodymyr Groisman.
Depois de algumas horas Yatseniuk não tinha motivos  para pessimismo.
Os deputados da tribuna criticarão o governo e com 247 votos contra, reconhecerão seu trabalho insatisfatório.

No entanto, pela confiança ao Gabinete Ministerial votarão apenas 194 dos 226 necessários..
No último momento, anterior a votação, desaparecerão 23 votos do "Bloco Petro Poroshenko". Não votarão os deputados da facção presidencial, que recebem influência de Igor Kononenko (Lembram da saída do Ministério de Aivaras Abromavichus? - OK) e do presidente da Administração presidencial Bóris Lozhkin.
Também não votarão os deputados do "Bloco da Oposição" e "Renascimento" (Vidrodgenia), que são grandes críticos e são guiados pelos oligarcas Rinat Akhmetov, Serhiy Lyovochkin e Igor Kolomoisky.
Pessoas do círculo do presidente, que no mesmo dia conclamavam Yatseniuk à renúncia, e os deputados de Akhmetov e Kolomoisky, que deixaram o governo em paz pelo menos até setembro.

A esperada reorganização do poder, da qual na última semana falava Poroshenko, não aconteceu.

Imediatamente após a votação parte dos deputados da facção presidencial, "Auto-Suficiência" e "Pátria" acusaram o presidente e o primeiro-ministro em conspiração com os oligarcas.

Os acontecimentos em 16 de fevereiro apenas aprofundaram a crise política - na manhã de 17 de fevereiro "Pátria" deixou a coalizão.
A um passo desta decisão, estão os deputados da "Auto-Suficiência.

O que aconteceu nos bastidores do "grande teatro" chamado  "Governo de Yatseniuk.  Deixar não pode demitir".


Conversas sinceras.

- Eu não vou pressioná-los, vim ouvir, - disse Poroshenko na entrada, na reunião da facção BPP, no dia 15. E, realmente apenas observava. Mas saiu do equilíbrio com a questão de Igor Kononenko. O deputado Mustafa Nayem falava sobre a dispensa de Viktor Shokin e a deposição do mandato de Igor Kononenko. Mal o deputado Nayem citou o nome de Kononenko, o presidente explodiu: "Não há provas os deputados afogam o colega e assim pode-se acusar qualquer um".


Os deputados esperavam uma avaliação ao governo e a Arseniy Yatseniuk pessoalmente. Mas Poroshenko somente falou sobre os riscos em caso do afastamento do Gabinete Ministerial, o que poderia ocasionar a ausência do tranche do FMI.

Yatseniuk, com confiança, tentava convencer os deputados. Quando eles começaram fazer perguntas, ficou nervoso.

Lyashko, no dia da votação mudou de idéia ao receber suborno político de 265 milhões de UAH, da empresa de Chernigov, de carros de bombeiros, que pertence a um membro do Partido Radical. 
- Que suborno político dar a você, para que você não chantageie o país e renuncie voluntariamente - perguntou Serhii Leshchenko, mas não obteve resposta.

Sem a presença do presidente e do primeiro-ministro o BPP decidiu reconhecer o governo insatisfatório e receber assinatura de 150 deputados para afastamento.

A Frente Popular apoiou Yatseniuk e reconheceu seu trabalho satisfatório.

Depois da reunião da facção, Yatseniuk foi à Administração Presidencial onde houve reunião de pessoas próximas a Poroshenko e Yatseniuk, e ali aconteceram os principais acordos.
Diz uma fonte da Administração Presidencial que Yatseniuk ficou até às três horas da noite, recontando cada voto pela demissão.

Responsáveis pela votação, do lado do BPP, Igor Kononenko. Da Frente Popular, o ministro do Interior Arsen Avakov e Andrii Ivanchuk.

- O presidente e o Primeiro Ministro compreenderam que não se deve queimar as pontes. A história conhece muitos exemplos quando esqueciam tudo ao redor e depois, o inimigo aproveitava-se da ocasião.Disse um deputado da "Frente Popular", próximo a Yatseniuk.

O novo penteado da Tymoshenko e óculos com aro escuro atraíram mais atenção que o relatório do governo.
Depois de falar sobre maior cooperação entre o Gabinete Ministerial e o Parlamento, Yatseniuk disse que a crise política foi provocada pelo desejo de eleições antecipadas, que na verdade não é nada mais que luta pelo poder.

Lembramos, em 16 de fevereiro o Parlamento ouviu o relatório anual do Ministério. Os deputados reconheceram o trabalho do governo insatisfatório, no entanto, não conseguiram votar pela renúncia do Gabinete.

Tradução: O. Kowaltschuk

Nenhum comentário:

Postar um comentário