Vysokyi Zamok (Castelo Alto)), 05.11.2015
Orest Drumalovskyy
No dia do idioma ukrainiano Arsen Avakov pleiteará o direito de usar o idioma russo.
O litígio entre o ministro do Interior Arsen Avakov e o programador e professor sênior da Universidade Nacional de Lviv Ivan Franko continua.
Lembramos, o ativista apelou para o Ministério do Interior com o pedido de fornecer a tradução, em ukrainiano, do discurso de Avakov, publicado no site oficial do Ministério. O Ministério se recusou a traduzir o discurso de seu "chefe". Então, Svyatoslav foi ao tribunal.
Em 14 de setembro Themis anunciou o veredicto: recusa de fornecer a tradução do discurso de Avakov é ilegal. No entanto, o desdém demonstrado ao idioma pátrio pelo funcionário superou todas as expectativas. O ministro apelou da decisão do tribunal. O julgamento será realizado no dia 9 de novembro, dia do idioma e da literatura ukrainiana. Importante e simbólica data...
Curiosamente, em setembro, depois de perder no tribunal, o Ministério do Interior não apenas assumiu o compromisso de traduzir todas as apresentações/discursos de seu chefe, como pediu desculpas a Svyatoslav Litinskii com emocional resposta em Ivano-Frankivsk. "Em Lviv eu sempre falei o idioma ukrainiano, - simploriamente explicava-se Avakov. -Pessoas de Lviv às vezes são muito estúpidas, desculpe, como estúpidos são os de Kharkiv. Mas você me compreende - quando falo em ukrainiano ou russo - isto é mais importante. E, se alguém quer "mostrar-se" e processar o ministro, para obter glória, que seja".
O ativista de Lviv escreveu um pedido para fornecer informação, se com o seu comentário, o ministro teve a intenção de insultar o povo de Lviv, de Kharkiv, ou quis manchar a sua dignidade, honra ou reputação profissional. A resposta do chefe do Departamento de Comunicação do Ministério do Interior Artem Shevchenko foi rápida: Sr. Svyatoslav, atente para o fato, que o ministro Avakov, como uma pessoa emocional, mas extremamente educada, nenhuma vez em comunicação com as pessoas não citou um nome específico. A partir disto, pode-se conciliar, com lógica, que o ministro do Interior não teve como objetivo ofendê-lo. (A teimosia de qualquer país, em negar-se, sistematicamente, ao uso do idioma oficial, pátrio, por si só já é ofensa a todos os cidadãos conscientes deste país. Mais grave ainda é adotar, para uso profissional, o idioma do país secularmente agressor. - OK). Pelo contrário, o ministro do Interior está pronto para dialogar com as pessoas como o Senhor, particularmente. Ministro Avakov lhe respeita. Considera-o pessoa sábia e auto-suficiente. Ele não pretendia, e não pretende ofender os cidadãos de Lviv, nem ao Senhor, Sr. Litinskii. O ministro do Interior, não tem intenção de desonrar sua dignidade, honra e reputação profissional. Ministro Avakov extremamente orgulha-se com os habitantes de Lviv, porque foi em sua cidade, Sr. Litinskii, que surgiu o primeiro parque da Ukraina, o livro impresso, o correio, a universidade, o jornal, o teatro municipal, o hotel, um monumento, futebol, hóquei, organização pública nacional religiosa. Então, com vocês, temos muito a aprender. É o que fazemos.
Mas, apesar da promessa de traduzir as apresentações de Avakov, o Ministério continua com os processos judiciais. Durante 15 anos em cargos de governo, Arsen Avakov não conseguiu aprender o idioma ukrainiano. Será que não queria?...
Nas reuniões anteriores compareceram muitos cidadãos de Lviv para apoiar Svyatoslav Litinskii, entre eles linguistas e ativistas. Todas as despesas o ativista paga sozinho.
Comentário para "Castelo Alto"
Svyatoslav Litinskii, ativista da comunidade.
Este apelo já não me parece nem estranho, mas ridículo. Por que, então, as promessas para traduzir, para ukrainiano, todos os discursos de Avakov, que serão publicados nos sites oficiais. Os advogados do Ministério do Interior, que recebem dos fundos estaduais, direcionam todos os seus esforços na luta contra o Estado, idioma ukrainiano... Absurdo! Em um país normal, civilizado, isto seria inaceitável.
(Este Svyatoslav é espetacular. Vejam suas conquistas. Infelizmente são poucos como ele, e muitos como Avakov - OK).
Em 2008 foi atacado por policiais de tráfego pela recusa a exigências ilegais. Os policiais foram demitidos. Inúmeras vezes levou policias do DAI à responsabilidade administrativa por violação de regulamentos e regras de trânsito (queixa frequente e generalizada é a cobrança de propina por tudo. mesmo não havendo culpa. E, mesmo agora, com o presidente pró Ukraina, os velhos hábitos soviéticos ainda persistem - OK).
Em janeiro de 2014 tentou obrigar o Gabinete Ministerial para aumentar os salários dos professores. O tribunal rejeitou a ação devido a violação de prazo.
Em junho de 2014, o tribunal considerou violação da legislação referente ao idioma na implementação de máquinas de lavar, sem marcação em ukrainiano. Como resultado, as grandes companhias começaram a produção de máquinas de lavar com rótulo ukrainiano. Outros produtores introduziram rotulagem ukrainiana sem ordem jurídica.
Em março de 2015 saiu o primeiro forno de microondas com rótulo ukrainiano no painel.
Vitorioso em inúmeros tribunais na emissão de recibos. Os bancos, agora, são obrigados a emitir recibos em ukrainiano.
Em março de 2015 dirigiu-se aos fabricantes de automóveis exigindo a introdução da língua ukrainiana no painel de carros novos. O caso está no tribunal.
Segundo a decisão da justiça (novembro de 2014) obrigou o Serviço de Migração do Estado da Ukraina emitir-lhe o passaporte (Carteira de Identidade) somente no idioma ukrainiano. Ele recebeu o passaporte, no qual as linhas da página russa não foram preenchidas. (É claro, não criaram um novo modelo somente para uma pessoa. Mas, o que pensa o governo ukrainiano que ainda não resolveu esta questão? - OK).
Abriu demanda para reconhecimento de inação ilegal do Conselho Nacional. O legislador exige 50% de produção nacional para os canais da TV e rádio. O Conselho Nacional ignorou esta exigência.
No tempo de guerra russo-ukrainiana de 2014-2015 ativamente ajudava o exército, recolhendo câmeras infra-vermelhas, armaduras e PNB para 80ª e 24ª brigadas.
Outras notícias
Ukrainska Pravda (Verdade Ukrainiana), 06.11.2015
O chefe do partido "UKROP", Gennady Korban, que foi liberado para prisão domiciliar por dois meses, chegou a Dnipropetrovsk.
Agora, ele está em seu apartamento. Foi recebido pelo pai e cidadãos simpatizantes da cidade.
No apartamento também estão os investigadores do SBU (Serviço de Proteção da Ukraina), policiais e um dos advogados de Korban. Os advogados alegam violações de regras processuais.
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Contra Olena Lukash há questões criminais sob vários artigos do Código Penal.
Além dos crimes do regime Yanukovych, ela é suspeita no desvio de 2,5 milhões de UAH do orçamento do Estado, segundo o promotor do GPU (Promotoria Geral da Ukraina) Kutsenko. Ele explicou, que trata-se de propostas artificiais durante verão e outono de 2013. Foi então, segundo dados da promotoria, que Lukash, "abusando de suas funções de Ministro da Justiça, em conluio com outros funcionários do Ministério, realizou, artificialmente, procedimentos com a finalidade de implementar programas de adaptação da Ukraina à legislação da UE".
Segundo os resultados do concurso, Lukash apropriou-se do orçamento, com mais de 2,5 milhões de UAH.
No entanto, Kutsenko ressaltou que este é apenas um dos episódios que serão averiguados quanto a culpa de Lukash. "Ainda temos muitos episódios, especialmente, questões do Maidan - crise do regime Yanukovych", - disse o promotor. O inquérito não revela os detalhes da detenção.
"Hoje, ela voltou para Ukraina e foi detida em Kyiv", disse Kutsenko. E, na sexta-feira, provavelmente, o tribunal vai adotar medidas de precaução.
Posteriormente descobriu-se que Olena Lukash escondia-se numa propriedade privada, de um parente seu, em Kyiv. Ela manifestou sua disponibilidade de cooperação apenas após o aparecimento do SBU, no quintal da casa em que estava.
Em seguida, Vadim Novynskyi, do "Bloco de Oposição" pagou a fiança de 5 milhões, 115 mil e 600 UAH e Lukash foi libertada.
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O Conselho Superior de Justiça decidiu despedir, por violação de juramento, três juízes que, arbitrariamente, detiveram ativistas durante a Revolução da Dignidade (Maidan).
Tal decisão foi tomada contra o juiz Denis Chudovsky de Kharkiv, juíza Neli Tsubry de Cherkasy e juiz Andrew Makukha de Kyiv.
Em Kharkiv foi ilegalmente detido D. Marenchev, em 19.02.2014 por alegada insubordinação. D. Marenchev declarou que não participou da ação, apenas, de passagem, aproximou-se por curiosidade. Lhe foi negado um advogado. Além disso, os "policiais" permitiram-se a um comportamento vergonhoso, relativo aos detidos.
A juíza Neli Tsubry aprovou a detenção ilegal de cinco protestantes. As violações específicas cometidas pelo juiz Makukha não foram especificadas na mensagem.
No geral, o conselho Superior de Justiça estuda a demissão de oito juízes.
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OSCE: "A missão tem visto um aumento a partir de domingo (1 de novembro) de atividades na área do aeroporto de Donetsk. Este aumento não foi relacionado com exercícios ou neutralização de minas. Só no domingo nós registramos 114 explosões nesta área." - disse Alexander Huh, vice-chefe da missão na Ukraina.
Vysokyi Zamok (Castelo Alto), 05.11.2015
Os países bálticos, Estónia, Letónia e Lituânia, assinaram um memorando de cooperação para pedidos de indenização à Rússia pela ocupação soviética, visto que a Federação Russa é o Estado sucessor da União Soviética.
Segundo a lei internacional, em caso de ocupação, pode-se exigir indenização por danos materiais e um pedido de desculpas em forma de satisfação.
Em seguida, será formulado um pedido de indenização conjunto, ao abrigo do direito internacional e preparadas medidas para sua apresentação.
Além das exigências dos Estados, há a possibilidade de possíveis exigências de pessoas ao Estado e às e às empresas, que se aproveitaram do trabalho escravo, segundo "Verdade Européia.
Tradução: O. Kowaltschuk
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